Argumentos

Meu intuito com este único capítulo é separar em quatro etapas um tutorial MASTIGADO de como desenvolver seu imaginário. Seu único esforço vai ser começar.

Primeira etapa:
Definir o que é e para que é importante; Imaginário não é somente criatividade, mas abstração. Somente com um imaginário bem desenvolvido podemos ter uma amplitude de criação de idéias. Isso ajuda no entretenimento e também em ser mais feliz. Além disso, facilita criar planos futuros (metas e conquistas).

Segunda etapa:
Descobrir as limitações do seu imaginário; por que você não consegue deixar o pensamento fluir.

Terceira etapa:
Liberar suas travas internas; buscar seu resultado e começar a ler, ou a ter qualquer experiência (como videogames, filmes, até música).

Última etapa:
Aprendendo a imaginar a partir da imagem e/ou experiência, e daí sair algo frutífero. Sua felicidade é o bastante. Outros bônus podem vir.

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Ler ficção é nada mais do que desenvolver seu imaginário. Sua capacidade de criar situações na cabeça e, por meio da própria capacidade, meio que vivenciar essas experiências.

"O valor de uma imaginação fértil, que é a fonte de todo pensamento criativo, é muito maior do que o do próprio conhecimento."

É maior do que o próprio conhecimento porque a partir do estímulo do imaginário e da abstração de ideias, podemos assimilar e comparar as situações da ficção e com as situações da realidade. É muito comum grandes filósofos usarem esse exemplo com base na literatura brasilera (com Machado de Assis) e outros exemplos de literatura francesa. Além da capacidade de comparar essas "experiências", ganhamos de brinde o domínio da linguagem e da expressão.

Todo mundo sente prazer em algum tipo de entretenimento. Seja de videogames, de quadrinhos, revistas no geral como gibis, filmes de todos os gêneros, animes japoneses e desenhos de todas as nacionalidades, jogos de mesa, tabuleiro, de azar... eu sou amante de tudo isso. E sinto orgulho disso.

Pois foi com os videogames que melhorei minhas capacidades de tomar decisões, foi com os quadrinhos que consegui aprender sobre justiça e de brinde passar a reconhecer heróis, foi com gibis que aprendi a rir com inocência da nossa turma de amigos, foi com os animes que aprendi lições e "presenciei" situações que na vida real jamais seriam possíveis. Ninguém nega os benefícios de tudo isso. Existem pesquisas científicas que comprovam tudo o que estou dizendo, de que videogames melhoram sua capacidade de raciocínio, reflexos e tomada de decisões. Livros estimulam sua capacidade de comparação, domínio da expressão e da linguagem. HQs aprimoram sua criatividade e capacidade de observação, principalmente quando o tema é de heróis. Etc. E tudo isso desenvolve seu imaginário.

O grande problema é que chega-se numa certa etapa da vida em que temos o costume de achar que entretenimento é perda de tempo. Que tempo é dinheiro. Que consumir esse tipo de conteúdo é burrice ou falta de senso de utilidade, já que esse tipo de gente não encontra utilidade prática para o que deveriam aprender lendo livros de ficção.

Não estou falando de improdutividade e procrastinação, que são situações COMPLETAMENTE DIFERENTES da proposta de entretenimento, que não geram nenhum enriquecimento para a mente ou para a alma. A improdutividade nos deixa estagnado e com sintomas de depressão. O entretenimento nos enriquece interiormente, nos deixando mais felizes.

Não se vive apenas de entretenimento, mas não se vive sem o entretenimento.

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ARTE E LITERATURA

Conceituar Arte é arriscado e deve ser feito com cuidado. Como diria Roger Scruton, nem tudo deve ser considerado arte, pois não há relevância na arte se tudo for considerado arte.

Percebe-se que neste livro não vou falar apenas de LER ficção, até porque muitos conteúdos de filmes e jogos são baseados em livros de ficção. Não existem somente livros para se consumir e desenvolver o imaginário. Existem todos os tipos de experiências, as quais basta escolher, sem medo ou preconceito da fonte do entretenimento. Vou tratar a questão do preconceito a seguir.

Não importa a fonte de entretenimento. Todas elas nos garantem círculos de amigos, comunidades inteiras para socializarmos e discutir sobre nossas grandes experiências em meio à tantos contos. Socializar de maneira saudável. Socializar com pessoas que gostam da mesma coisa que você. A arte verdadeira inspira essa beleza na gente.

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MINHA EXPERIÊNCIA

Os videogames são os meus favoritos. Eles ajudam a desenvolver o imaginário perfeitamente. Te colocam no controle e na representação gráfica visível da coisa. É a imaginação e a criatividade sendo perceptível aos olhos, E VIVENCIADO. Um jogo de videogame contém horas e horas de enredo, e muitas vezes o jogador trilha caminhos diferentes e finaliza de jeitos diferentes. Tive experiências muito fantásticas e inesquecíveis em jogos como Detroit: Become Human, Heavy Rain, Telltale's The Walking Dead e o grande The Last of Us. Experiências estas que eu não poderia sequer ter em vinte livros, ou filmes. Tenho uma lista de jogos, desde o PlayStation 2, ao PlayStation 3 e PlayStation 4, além do PC.

Claro, não posso listar aqui tudo o que consumi em toda a minha vida. Dezenas de HQs, dezenas de gibis, dezenas de animes, centenas de filmes e centenas de jogos. Mas a consequência foi positiva. Meu imaginário se desenvolveu ao ponto de eu criar uma conta aqui no Wattpad e lançar fanfics. A experiência é sempre marcante com relação a desenvolver o imaginário com ficções e etc. Isso me deu liberdade para divagar em assuntos que outros interessados também poderiam ter.

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PRECONCEITOS

Muitos são arrogantes mediante à leitura de livros e etc. Afirmam que só se deve ser literatura clássica brasileira, como se fosse o único jeito de desenvolver o imaginário de forma sadia e eficiente, o que NÃO É VERDADE.

Claro que a literatura brasileira INSPIROU muitas obras que conhecemos hoje, sendo essas obras baseadas no que aprenderam com Machado de Assis, por exemplo, e em mais clássicos da literatura. Mas não é só por esse motivo que eu ou você deva ler literatura clássica. Dá pra ter uma experiência muito interessante em outras fontes de entretenimento, e graças à internet, podemos encontrar comunidades online para conhecer pessoas e conversar sobre o que foi absorvido.

Não existem apenas livros. Ler livros não o torna melhor do que ninguém. Claro que ler livros é uma NECESSIDADE, mas não um atestado de autoridade e de inteligência. Isso é coisa de idiota e vigarista, que lê uma pilha de livros justamente para receber um status social, e NÃO para originalmente desenvolver o imaginário (ou no caso de livros acadêmicos, científicos, informativos, por amor ao conhecimento).

O mesmo preconceito acontece com pessoas que não gostam de videogames ou que não gostam de animes, por acharem que é "inútil" ou por qualquer outro motivo idiota. Preferem ficar horas no YouTube assistindo as melhores goleadas do time de futebol preferido do que assistir vinte minutos de um episódio de Death Note (anime japonês que trás uma situação de embate filosófico, onde os dois protagonistas confrontam suas ideias sobre justiça).

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CONTEÚDO DE FATO INÚTIL

Nem todo conteúdo dá pra abstrair. Nem todo conteúdo é arte ou tem alguma validade para desenvolver o imaginário, suprir a mente e a alma, tampoco sequer utilidade prática. Vemos muito disso no YouTube, onde encontramos todo tipo de conteúdo voltado ao público infantil, que não agrega em nada. Existem coisas que simplesmente não possuem significância.

O conteúdo que não presta é fácil de identificar:
- Basta ser ridículo; pois quando olhamos esse tipo de conteúdo, só assistimos porque é tão idiota e sem nexo que chega ao ponto de ser engraçado realmente. Mas esse tipo de conteúdo não agrega.
- Basta ser pobre; conteúdo pobre, que não traz nada nenhum valor intrínseco em ti. Exemplo: nenhuma crítica, ou uma opinião, ou sequer uma lição, ou sequer algum elemento que traga alguma satisfação real dentro daquilo que é lícito.

O bom senso e o senso crítico intrínseco em cada um de nós ajudam para que percebamos que esses conteúdos são nocivos à nossa inteligência. Quando eu falo de conteúdo, eu me refiro à tudo mesmo. Vídeos de humor, vídeos informativos e até Música.

Você, leitor, sabe que a Arte e a Literatura são dois grandes meios de desenvolver o imaginário. E agora vamos analisar sobre o terceiro meio: A Música.

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MÚSICA

A Música também é um método de desenvolver o imaginário, porém, no Brasil, esse método é dificilmente "praticado." Muito se ouve letras xulas e pouco se ouve letras poéticas. Que tipo de imaginário você espera de quem ouve Anitta, Luísa Sonza ou derivados? Não dá pra ter uma abstração limpa do bom e do belo.

O estilo musical brasileiro que mais consegue ampliar a capacidade do imaginário é o rap. Convido você leitor a ler o meu livro sobre rap.

Claro, não se esquecendo do bom e velho rock -- que é musicalmente perfeito, embora a visão da realidade dificilmente venha de uma música de rock. Com o rap é mais comum e mais fácil, já que a letra do rap é justamente pra causar esse impacto, quando no rock nem sempre.

Diga-me, leitor. Ouvir música é inútil? Entretenimento é inútil?

Espero ter correspondido suas expectativas com este livro.

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Convido você a também ler meu blog Apenas Dialética, um blog de filosofia e diversos.

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