46- Alvorecer do Amor ( especial de natal)


               Seis messes se passaram desde então...

Era um dia ensolarado, quando o moreno passou para buscar a amada para passear durante uma manhã de sábado.

-Onde estamos indo? - perguntou a garota sentada no banco do passageiro com Valente no colo.- 

- Já disse que quero lhe mostrar um lugar. - falou o moreno atento a estrada.- Não fica muito longe daqui.

-Você está me matando de tanta curiosidade. -falou a loira fazendo carinho no cachorro que já estava completamente recuperado.-

Luigi riu divertidamente.

-Meu Deus, que namorada mais impaciente e curiosa que eu fui arrumar.

- Já está arrependido? Se estiver ainda há tempo voltar atrás...

- Corrigindo... Impaciente, curiosa e dramática. - Antonella fechou a cara irritada, e Luigi riu mais ainda daquela situação, deixando a garota ainda mais brava.

 Mas seguiram o caminho por mais um tempo até chegar no destino desejado. 

- Veja, é ali a entrada. - falou o moreno dirigindo o seu Corvette Classic para o portão de madeira, e parou o carro na frente. - Espere um pouquinho que vou abrir.- disse o moreno enquanto a loira olhava admirada a linda vista. Realmente tudo naquele lugar era lindo. O mato parecia mais verde do que o normal. O capim mais denso e a terra mais escura. E podia sentir o ar puro da natureza, e o ecoar dos pássaros ao longe. Segundos depois Luigi voltou e eles entraram na propriedade, depois ele desceu e fechou o portão.-

- De quem é esse lugar?

- Meu.

- Sério?

- Sim! Se elmbra que havia comentado que comprei uma propriedade?

- Sim!

- Então, é essa aqui!

- É Lindo!

- Comprei com o dinheiro que ganho dos casos a alguns messes atrás, antes de te conhecer... Paguei uma pequena bagatela por essa propriedade, mas muita gente me chamou de louco quando resolvi investir no terreno. - disse tranquilamente. -  Nunca trouxe ninguém aqui, a não ser o Valente. - sorriu o moreno.- Você será a primeira, e a última garota que vou trazer nesse lugar, já que é minha namorada e é especial para mim.

-Grazie!

- Bom bambina, agora vamos ter que abandonar o carro e andar mais alguns minutos até o nosso destino final. você leva o Valente? - falou ao entregar a coleira para a garota, e logo depois descendo do carro, e pegava uma cesta que havia preparado alguns aperitivos para fazer um piquenique com a amada.-

-Claro!

Eles andaram por cerca de mais uns 15 minutos numa pequena trilha de terra, rodeado de árvores, até chegarem no lugar onde Luigi tanto queria mostrar para a amada. 

Quando chegaram no local e Antonella pode ouvir o barulho da água limpa e cintilante ecoar no ambiente, juntamente com o cheiro do ar puro da natureza, a loira olhou para o namorado sorridente e maravilhada. 

-É tão lindo... É só sua?

- Sim! - falou colocando a cesta no chão e depois forrando o chão com uma toalha para poder se acomodar de forma confortável.-

-Meu Deus que lugar lindo! Nunca imaginei que alguém fosse dono de uma cachoeira.

-Nem eu! - sorriu.- Na verdade a propriedade é bem grande... Eu apenas fiquei sabendo desse lugar a algumas semanas atrás, quando vim ver como estava a obra... Então resolvi dar uma volta com o Valente, e aí acabamos parando aqui nesse lugar.

- Então foi esse pequenino que descobriu esse lugar?

- Digamos que sim!

- É muito lindo... Parece tão mágico.

Luigi abraçou a garota calorosamente sob o sol da tarde.

- Sim, realmente é tão lindo e mágico, como o alvorecer...

- Alvorecer?

- Sim...

- Mas por que o alvorecer?

- Por que é o começo do dia, o momento em que o dia nasce... Como o nosso amor.

Antonella sorriu maravilhada e sem palavras, mais antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela foi surpreendida ao se deparar na sua frente uma caixinha de veludo vermelha.

- Bambina, eu acho que já está na hora de trocarmos esse diamante azul de plástico, por um anel de verdade... Antonella Feretti, você me daria a honra de ser a senhora De Luca? - disse abrindo a caixinha para mostrar o conteúdo a amada.-

- Ai meu Deus! - foi tudo o que disse a loira levando a mão a boca e contento às lágrimas de tão emocionada sem saber o que dizer.-

- E então bambina, você quer se casar comigo?

- Luigi, você tem certeza... Eu acho que é muito cedo para isso, nós deveríamos esperar mais um pouco.

Luigi se afastou do abraço da amada e ficou de frente para ela removendo a linda joia da caixa e em seguida colocando no seu dedo anelar, logo após retirar o anel de plástico e guardar na caixa onde antes estava a joia.

-Bom, talvez seja cedo... Mas eu tenho certeza absoluta... A primeira vez que te vi, foi como se já te conhecesse... Talvez de outras vidas. - sorriu.- Mas eu te entendo perfeitamente se ainda não se sente preparada. E por você eu espero o tempo que for para ficar ao seu lado... O importante é que no final, você me diga sim! Então nesse dia, eu serei o homem mais feliz do mundo por ter uma mulher tão incrível ao meu lado. - suspirou.- Todo homem precisa de uma garota que seja o seu porto seguro... E toda garota precisa de um homem, que lhe faça, se sentir, feliz e protegida. - sorriu para a amada.- Aqui será o começo da nossa história, e do nosso amor... Será aqui que criaremos nossos filhos e os ensinaremos o verdadeiro significado da palavra amor, e mostraremos que a família sempre vem em primeiro lugar.

-Ok amore mio, eu espero que você cumpra a suas palavras... O Valente está de testemunha.

Luigi sorriu feliz.

-Então isso é um sim ao meu pedido?

- Sim! Eu aceito ser a senhora De Luca.

Luigi não se conteve de felicidade e num momento espontâneo, beijou a sua amada. Um beijo calmo, tranquilo e apaixonante. Quando finalmente se separaram, ele a manteve em seus braços apenas observando o lugar e ouvindo o barulho da queda da água.

-E então, como vai se chamar a nossa cachoeira? Você já tem um nome para ela?

Luigi parou por um momento pensativo.

- O que você acha de Alvorecer?

-Alvorecer?

- Sim! Como o nosso amor que nasce todos os dias...

- É lindo... 

- Então a partir de hoje, aqui será a cachoeira do Alvorecer... Onde construiremos o nosso lar e nossa família.

Nesse momento, Valente começou a latir e Antonella se abaixou para pegar o pequeno animal nos braços e fazendo carinho.

- Calma aí pequenino, você também é a nossa família. - disse a loira acariciando o animal na cabeça. E depois voltando para os braços acolhedor do amado.-

E como diz nos contos de fadas... E eles foram felizes para sempre.

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens, e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine." 1 coríntios 13: 1

P.S:Para aqueles que assim como eu, não entendem nada de carro. Eu vou deixar aqui em cima o carro do nosso eterno Luigi De Luca. O Corvette Classic...

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