chapter 4

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Acordei sem a presença da minha mãe, o que me deixou um pouco triste. Verifiquei a hora e me levantei. Fiz minha skincare, arrumei meu cabelo, que por sinal precisava de um salão, e coloquei uma roupa confortável. Desci até a cozinha e encontrei Yujin, nossa cozinheira de longa data.

- Vi que a senhorita não estava muito bem quando chegou ontem, então preparei seu café da manhã preferido - diz a senhora de cabelos tingidos de castanho chocolate, que realçavam muito o seu rosto.

- Muito obrigada, Yujin! Você é a melhor! - me sento e corto um pedaço da panqueca de banana. Eu amo tudo o que essa mulher faz; é incrível como essas mãozinhas enrugadas podem fazer coisas tão deliciosas!

Após o café da manhã, escovei os dentes, peguei meu notebook e sentei no puff que tem no gramado do quintal de casa. Quando quero respirar e relaxar, fico aqui; o ventinho tão leve, mas ainda consigo senti-lo tocar meu rosto, e a grama com aroma de recém-cortada me trazem tranquilidade. Abri o aparelho e já entrei no aplicativo de mensagens para "desabafar" para a garota mais fofoqueira da escola. Digitei um dos maiores textos da minha vida, dizendo que terminei com Yoongi porque não gostava mais dele e tinha outro alguém, inexistente, por quem estava apaixonada, e acrescentei o detalhe de que minhas amigas não queriam me escutar, por isso falei com ela. Acho que está ótimo; não serei taxada de vilã e muito menos de insuficiente. Conectei os fones no notebook e coloquei minha playlist da Halsey.

Esfreguei meus olhos e olhei para o céu já escurecido. Por quanto tempo dormi? Olhei para frente e vi que a playlist já tinha acabado. Me levantei lentamente e fui até a cozinha, avistando Yujin colocando os pratos na mesa.

- Já está na hora do jantar? - digo, observando seus gestos extremamente cuidadosos.

- Não, senhorita. Ainda estou servindo o almoço - ela solta uma risada fraca.

- Eu cochilei e perdi a noção do tempo. Mas o céu está bem escuro, não é? - digo, apontando para a janela, e a mais velha observa.

- Ah sim, a previsão do tempo disse que nos próximos três dias vai chover forte - ela diz, limpando a mão no avental e respirando aliviada. - Pode vir almoçar. Com licença - Yujin caminha em direção ao seu quarto, mas eu a interrompo.

- Yujin - ela se vira para mim com um sorriso.

- Você sabe se meus pais vêm jantar conosco hoje?

- Acredito que não, senhorita. Seus pais andam muito ocupados ultimamente no trabalho.

- Tudo bem... Obrigada, pode ir! - digo, e ela faz uma pequena reverência e sai.

Há quanto tempo não temos um pequeno jantar de família no domingo? O dinheiro compra muita coisa para mim, menos os meus pais.

Hanni, de um lado com o seu celular, comendo rapidamente e um sorriso enorme e animado no rosto, e eu do outro, mexendo na comida sem vontade nenhuma de dar outra garfada. Yujin aparece sem sua roupa de trabalho, e eu a pergunto:

- Você não quer comer conosco? - a senhora me olha com o olhar cansado.

- Me desculpa, sei que está cansada, eu só...

- Tudo bem, querida. Eu como com vocês - ela diz com um sorriso singelo.

- Obrigada... - digo, sorrindo aliviada. Ela sabe o quanto nossos pais fazem falta, e por mais que ninguém os substitua, mesmo assim ela nos traz conforto.

Consegui terminar minha refeição, que estava perfeita, como sempre. Me levanto e agradeço novamente a Yujin, que logo vai para sua casa descansar até o próximo turno, o jantar.

- Hanni, vou sair mais tarde, quer ir comigo? - pergunto, e vejo a mais nova finalmente tirar os olhos do celular e olhar para mim. Não que eu queira sair com a pirralha, mas queria dispensar a nossa cozinheira por hoje, afinal é domingo.

- Não, já tenho compromisso, mas obrigada pelo convite - ela diz, exibindo seu sorriso clássico. Apesar de ser minha irmã, não posso negar as qualidades dela. Hanni realmente é muito talentosa e esforçada, e claro, linda como eu.

- Ok - disse, não dando muita importância. Saí do cômodo e fui para a academia no andar de cima. Vou fazer um pouco de yoga para relaxar.

Nada. Absolutamente nada me relaxava. Yoga; livros; séries; dança, nenhum desses hobbies meus me distraía. Minha mente só pensava em uma coisa: Yoongi. Aquele merda era de grande ajuda para mim, agora me traiu com uma das minhas melhores amigas e sabe lá Deus o que ele está tramando para continuar sendo super popular. Apesar de eu não ter nada a ver com esse idiota, temos uma coisa em comum: fome de fama e poder. Às vezes eu odeio toda essa falta de privacidade, mas é isso que me faz ser quem sou. E com ele não é diferente. Peguei todos os presentes, quase todos repetidos, que ganhei do imbecil e guardei dentro de uma caixa. A hora de queimá-los vai chegar. Observo pela janela que a chuva já começou a cair; eu sorrio sem perceber. Eu amo a chuva, por um motivo inexplicável, mas eu amo. Joguei a caixa em qualquer canto do quarto e comecei a me arrumar para sair.

Já que a minha irmã não vai comigo, decido ir até um lugar que não vou faz tempo: a casa do Jeon. Como é a casa do meu melhor amigo, opto por usar uma roupa mais casual: o casaco moletom cinza dele que não devolvi, e nunca devolverei, e um short do mesmo tecido, preto.

Jennie
amoree

Jeon
fala, Kim.

Jennie
daqui a pouco estarei aí, me espere ansiosamente.

Jeon
quem te convidou?

Jennie
eu mesma, querido 🤌🏻

Jeon
você é impossível mesmo ein, Jennie.

Jennie
obrigada, mi amore.

Desliguei o celular e sorri, só ele mesmo para me fazer rir nesses momentos. Peguei minha bolsa e a chave da minha BMW; hoje não quero chamar atenção, por isso vou com o meu carro mais simples. Vai ser uma viagem um pouco longa, mas nada melhor do que uma das minhas playlists especiais enquanto a chuva cai forte do lado de fora.

Cheguei em cerca de 30 minutos e bati na porta de madeira da casa simples de Jungkook. O mais velho abre a porta tentando segurar o sorriso por me ver, compreensível, já fazia mais de um mês que não nos víamos.

- Que saudade, Bunnie! - abraço Jungkook e sinto a rigidez de seu corpo malhado.

- Já falei pra você parar de me chamar assim, ratinha - olho para cima nada feliz com o apelido irritante que ele me deu quando éramos crianças.

- Não vou parar enquanto você não deixar de me chamar assim também! - digo, e ele me mostra a língua, parecendo uma criança.

Ele olha para trás de mim e revira os olhos. - É sério? - olha pra mim de volta e eu procuro pelo que o incomoda. O carro, é claro.

- É o mais humilde que eu tenho - falo, levantando os ombros sem soltar do abraço.

perguntinha: qual é a sua sobremesa favorita?

Continua.

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