Seventeenth
Continuem votando e comentando, leio todos eles <3
Louis ignorou os chamados de seu pai, fechando suas expressões e caminhando em passos rápidos pela casa.
A camisa de Harry continuava em sua mão, num aperto raivoso.
— Mãe! Onde você está?! - gritou no meio da sala de estar.
— Ai, credo, que gritaria é essa? - Johannah reclamou, descendo as escadas. - O que você quer comigo? Seja rápido, tenho horário marcado com...
— Com os caras para quem você vendeu Harry?!
A ômega franziu o cenho, parecendo não saber o que dizer. Ela olhou para seu pai nervosa.
— Mark! Você contou?!
— Jay, ele estava no direito de saber.
— Eu não acredito nisso. - ela colocou o rosto entre as mãos.
— Onde ele está? - Louis perguntou mas ela pareceu ignorá-lo. - Mãe, onde está o Harry? - perguntou novamente entre dentes, se aproximando um pouco dela.
— Você não precisa dele, Louis! - ela gritou.
O alfa rosnou pegando o primeiro vaso que viu em uma estante e tacando na parede do outro lado da sala.
— Louis! - Mark se adiantou.
— Você passou meses dizendo como eu precisava de um ômega servo e agora diz isso?! Eu fui contra tudo o que eu acho certo para te agradar e você age assim?!
— Eu queria que você comprasse um servo que prestasse, aquele não era útil para você!
— É claro que ele não seria, você o fazia trabalhar mais que um empregado normal.
— Porque eu não queria ele perto de você.
— Mas que droga?!
— Jay, só diga logo onde ele está e Louis irá buscá-lo. Nós não precisamos de todas essas brigas.
— Exatamente! Todas essas brigas não aconteciam antes daquele ômega imundo pisar nessa casa, eu não vou dizer onde ele está! - o rosto dela já estava vermelho quando se virou para Louis. - Você acha que eu não notei o jeito que você olhava para ele?
O alfa mais novo a olhou confuso.
— Não se pode controlar isso, Jay. Eles uma hora ou outra acabariam... - seu pai começou.
— Não ouse terminar isso! Eles não vão ficar juntos, Harry não serve para o nosso filho!
— Você não determina isso! - Louis se meteu finalmente entendendo os pensamentos dela.
— Eu sou sua mãe, eu sei o que é melhor para você!
Ele negou com a cabeça, cansado de tudo aquilo. Não podia acreditar no que sua mãe estava fazendo.
— Se não me disser onde o Harry está, vai poder parar de me considerar como seu filho. - sentiu os olhos marejarem, mas permaneceu firme. - Porque ele é o melhor para mim.
— Jay... - Mark tocou o braço da ômega, que também começava a chorar sem quebrar o contato visual com Louis.
— Anton Morris... - disse desviando o olhar para pegar um cartãozinho em sua bolsa, o estendendo para o alfa. - O número dele está aí.
— Eu nunca esperarei esse tipo de traição de você, mãe. - disse antes de se virar, saindo de casa.
Johannah soluçou, se virando para Mark que a acolheu em seus braços, acariciando os cabelos longos.
∆∆
Harry entregou a bandeja depois que comeu o sanduíche e bebeu o suco que Pietro trouxe, ele também já tinha lhe dado um saco de gelo para por em seu machucado.
O quarto para o qual ele o levou era do mesmo tamanho que o outro, mas tinha mais cores vivas e além da cama fofinha, tinha uma cômoda e um grande vaso de flores em um canto. A janela ficava trancada, mas pelo menos podia abrir a cortina e ver o pequeno jardim nos fundos da casa.
Ainda não confiava no alfa, mas já que iria conviver com ele ao menos por um tempo, poderia aprender a fazê-lo.
Pietro não era exatamente gentil, mas também não o deixava desconfortável.
— Seus antigos donos te tratavam bem?
A pergunta repentina dele fez o ômega franzir o cenho desviando o olhar.
— Por que está perguntando?
— Ficar olhando para a parede do lado de fora do quarto é chato e ficar aqui dentro apenas olhando a sua carinha de gato selvagem é estranho, então...
— Carinha de gato... O quê?!
O alfa apenas seu de ombros, sentando no chão e encostando as costas na parede.
O cacheado suspirou, se ajeitando sobre a cama.
— Sim, tinha o Louis, as irmãs dele e o Mark... Eles eram gentis, cheguei a achar que gostassem de mim. - riu sem humor, brincando com as suas mãos. - A mãe do meu... Ex-dono... Ela realmente não gosta de mim, me odeia na verdade.
— Perguntei porque reparei que você não parece maltratado, alguns ômegas que compramos tinham antigos donos bem ruins.
— Talvez eles só não tiveram tempo o suficiente para se preocupar em me maltratar, não cheguei a passar um mês com eles e fui vendido. - sentiu tristeza novamente e se odiou por isso.
— Quem sabe eles quisessem um bichinho de estimação. - Pietro comentou.
— É, quem sabe eu fosse isso para eles. - ponderou olhando para o alfa. - Mas então me acharam aquele bichinho de estimação chato, que traz um monte de problema e decidiram se livrar de mim.
Não pode deixar de se lembrar da discussão de Louis e Johannah que escutou.
— Então você descobriu do pior jeito que esses riquinhos não prestam, nunca confiei em nenhum deles.
Harry riu, mas sentiu seus olhos ficarem úmidos e uma lágrima escorrer por sua bochecha.
— Eu sou um bobo. - secou o rosto rapidamente. - Eu achei que... Talvez ele pudesse... Gostar de mim de verdade.
O loiro ergueu uma sobrancelha.
— Ele? - perguntou mas Harry negou com a cabeça, tentando impedir o choro. - Ah, qual é! Ele quem?
— Louis! - disse exasperado.
— Seu antigo dono? - perguntou e o cacheado acenou positivamente. - Entendi... Sinto muito? - o consolo pareceu mais uma interrogação.
Não era sua culpa, não era bom em consolar ômegas com o coração partido.
— Tudo bem, já estou acostumado. Afinal, não é a primeira vez que sou vendido por aqueles que eu amo.
E bom, talvez aquele ômega tivesse o coração muito partido, em pedaços.
Batidas brutas na porta fizeram os dois saírem da bolha em que estavam, e Pietro ficou de pé quando Ricky entrou.
— Ômega bonito, Pietro. - cumprimentou.
— O que você quer? - o loiro perguntou entrando na frente dele para que não atormentasse Harry.
— Digamos que alguém apareceu procurando por ele. - riu e apontou olhando sobre o ombro do mais alto. - E Morris não está nada feliz.
Pietro olhou para trás, encontrando os olhos confusos de Harry.
— Por mim?
— Sim, e eu posso jurar que nunca vi alfa mais bravo que aquele. Parecia que a qualquer momento aqueles olhos azuis iam fritar de tão vermelho que o rosto dele ficou quando falei que tínhamos pegado você.
— Louis...? - murmurou para si mesmo.
— Isso, esse é o nome dele! - ele se virou para Pietro. - Aliás, eu acho bom seu cheiro não estar no ômega ou aquele cara vai cortar as suas...
— Cala a boca, Ricky!
— Ok, ok, agora vamos logo que o chefe chamou por vocês. - disse dando a volta no mais alto e indo até o ômega, o pegando pelos braços para o pôr de pé.
— Me solta!
— Tira as mãos dele!
Ricky levantou as mãos, os olhando.
— Tudo bem, não encosto mais.
Pietro revirou os olhos, empurrando o outro alfa para fora do quarto e puxando um Harry hesitante pela mão.
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