Fifth
#2 em ltops
Tô um nojo
Vou até att
O dedo indicador enfeitado com anéis e unhas longas deslizou sobre a mesa de madeira, a ômega observou como tudo parecia limpo e organizado.
Aquele garoto ao menos não seria um desperdício de dinheiro.
Louis franziu o cenho ao abrir a porta e encontrar sua mãe em seu escritório, logo cedo.
— O que a senhora está fazendo aqui? - perguntou enquanto ia até sua cadeira.
— Nada, apenas vendo se fizemos a coisa certa e não apenas desperdiçamos dinheiro com aquele ômega.
Louis tinha a impressão de que respirava muito mais quando estava perto de sua mãe. Era um suspiro atrás do outro, numa tentativa de manter a calma. Não revirar os olhos era difícil também.
— Por que a senhora não deixa qualquer assunto que envolva o Harry comigo? Ele é minha responsabilidade.
— Ele não é uma responsabilidade, Louis. - ela cruzou os braços. - Ele é um servo.
— Que seja, apenas... Por favor, não se meta nisso.
No minuto em que disse isso soube pela cara ofendida da ômega que não devia tê-lo feito.
— Eu não estou me metendo, Louis Tomlinson, estou apenas tentando fazer as coisas nessa casa funcionarem.
— Tudo já funciona perfeitamente bem, mãe, e sinceramente, ele nem tem tanto trabalho assim. Temos empregados para cada tipo de tarefa que existe, desde o início te disse que não precisava de um ômega para me servir. Eu sei me virar sozinho, droga!
O rosto dela se contorceu de raiva e ficou vermelho. Se suas unhas não atrapalhassem teria fechado as mãos em punhos.
— Não importa o que você quer! Você deve ter um servo ômega por que é assim desde o início e não vai mudar apenas porque você quer! Apenas deixe de ser um menino mimado e...
— Eu não sou mimado! - se irritou também, batendo as mãos na mesa. - Ser mimado é querer escravizar uma pessoa sem necessidade, e isso é a última coisa que eu quero!
— Estes ômegas são salvos por nós da alta sociedade, você não entende?! Se não os tirássemos dos buracos de onde eles saem provavelmente viveriam drogados, se prostituindo ou matando e roubando! A maioria ao menos sabe ler e escrever, comprá-los é um favor que fazemos a eles!
— Eu não acredito que você está dizendo isso... - esfregou as mãos no rosto, nervoso.
Odiava brigar com sua mãe, mas parecia inevitável.
—Pode acreditar que estou, e não menti em parte alguma. - ela pareceu saturada da situação quando se virou e bateu os saltos em direção a porta, mas parou quando pegou na maçaneta. - Esse ômega mal chegou e já me trouxe dor de cabeça demais, talvez devêssemos devolvê-lo ou apenas jogar na rua, se os pais dele não o quiserem mais.
— Eu não vou devolver o Harry! - mal percebeu quando se levantou e usou a voz de alfa, quase rosnando.
— Não use sua voz de alfa comigo, garoto! E se não quer que eu suma com aquele ômega, aja como um alfa de verdade e trate ele como um mestre trata um servo!
Foram suas últimas palavras antes de sair do cômodo e fechar a porta em um estrondo.
Louis caiu de volta na cadeira, sentindo a raiva correr por suas veias como a lava de um vulcão.
Pôs o rosto entre as mãos novamente, tentando entender o porquê de ter se sentido tão revoltado com a ideia de se desfazer de Harry.
Realmente não queria um servo ômega desde o começo, mas não largaria o ômega em qualquer lugar agora que já o tinha o comprado.
E não era por causa do dinheiro gasto, não dava a mínima para isso.
Mas quando olhava para Harry, via alguém que apenas queria aceitação, carinho, um lar. Nem mesmo o conhecia direito, mas gostava da presença do ômega, mesmo que ele não parecesse tão a vontade em sua presença.
Abriu uma das gavetas da mesa, pegando um maço de cigarros e seu isqueiro. Seu pai tinha lhe dado várias tarefas para hoje, já que por enquanto trabalhava em casa e ele na empresa, mas não conseguiria fazer nada estressado.
Andou até seu quarto, trancando a porta e indo até a sacada que dava a vista da piscina e do jardim na área dos fundos da casa.
Pegou um cigarro, o pondo na boca e puxando a gola da camisa enquanto a mão com o isqueiro se enfiava por baixo da mesma. Era uma mania que tinha adquirido para acender o cigarro quando estava em um lugar aberto e com vento.
Tomou cuidado para não queimar o tecido, tirando a mão e o cigarro debaixo da roupa depois de aceso.
Começou a tragar profundamente, soltando a fumaça de modo preguiçoso. Era um hábito nada saudável, mas o acalmava.
Quando já estava em seu segundo cigarro uma movimentação chamou sua atenção perto dos canteiros de flores. Espantou a fumaça com uma mão olhando mais atentamente para baixo.
Era Harry quem ia em direção as flores, acompanhando de Pascal, o senhor gentil que cuidava das plantas e da pequena horta.
Os cachos brilhavam por conta do Sol e eram revirados pelo fraco vento, fazendo o ômega tentar tirá-los de seu rosto a todo momento.
Sorriu vendo os dois interagirem. Pascal parecia fazer alguma coisa nas flores enquanto falava, e logo em seguida Harry fazia o mesmo. Talvez estivesse ajudando o senhor a cuidar das plantas.
O ômega sorria quando fazia certo e parecia ser elogiado pelo jardineiro, e quando Louis acendeu o terceiro cigarro, os outros dois estavam com os joelhos e mãos sujos de terra, mas satisfeitos com o trabalho de podar as plantas.
Reparou nas adoráveis covinhas do ômega e em como suas bochechas coravam quando ele sorria. Era algo bonito de se ver.
Ele ficou ainda mais adorável quando o senhor Pascal posicionou uma flor sobre a orelha direita de seu "aprendiz", e Louis decidiu que Harry em um cenário cheio de flores era algo que combinava perfeitamente.
Não controlou as próprias ações quando tirou o celular do bolso traseiro, a boa qualidade o ajudando a aumentar a imagem na tela até que conseguiu focar no ômega, batendo uma foto da cena.
Imagem meramente ilustrativa apenas para mostrar o quão lindo o Harry fica perto de qualquer tipo de flor. Meu conceito favorito.
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