• Psiquê - Na Fronteira da Loucura, de Ubiratã
• Título: Psiquê - Na Fronteira da Loucura
• Autor: Ubiratã ( will657071 )
• Gênero: Fantasia
Uma psicóloga e um grupo excêntrico de pacientes prestes a contar suas histórias de vida: é a partir dessa premissa simples que Ubiratã desenvolve seu conto Psiquê - Na Fronteira da Loucura. Neste primeiro texto, que parece ser o início de uma série de contos dentro deste universo, conhecemos a intrigante história de Durã, um príncipe que usa de sua loucura para governar o seu país.
Assim como em Yang Ti - No Caminho das Águas — Nota PC: 4,6 —, O Rouxinol — Nota PC: 5,4 — e Equipe Haori — Nota PC: 2,9 —, Ubiratã reproduz neste novo trabalho um universo de fantasia com muita criatividade. Suas obras carregam um tom de excentricidade que bastante nos lembra as fórmulas usadas em animes/mangás, nos quais a extravagância das expressões e as personalidades caricaturizadas são pontos que chamam a atenção e, se bem trabalhados, podem jogar a favor da narrativa. O conto, então, parece ter um alicerce interessante; contudo, incapaz de fugir do mesmo destino que suas antecessoras, vemos aqui um trabalho que deixa a desejar na execução, que se perde em problemas estruturais e acaba por desmotivar o leitor a prosseguir já nos primeiros capítulos.
Como em suas irmãs, em Psiquê os elementos de apresentação na capa são esteticamente desfavoráveis, não servindo de atrativo para os leitores e — ainda pior —, fortalecendo já de início a sensação de um trabalho de espírito caótico. Há também o famigerado uso de hífens no lugar de travessões, assim como alguns problemas de pontuação, como a ausência de vírgulas e pontos finais, e os erros de digitação comuns, passíveis de correção após uma revisão apurada. O que chama mais a atenção e não deixa que aconteça a suspensão de descrença é o fato dos deslizes serem generalizados. O leitor se depara com problemas ao longo de toda a leitura e é inevitável que o cansaço e a frustração acabem por vencê-lo mais cedo ou mais tarde.
Assomado aos obstáculos estruturais, para aqueles que conseguem chegar até o fim, o sabor certamente não será agradável, já que fica perceptível que as informações são entregues sem o devido cuidado de dar o tempo certo para que simpatizemos com a trama como um todo. O final é aberto e não traz nenhuma resposta que justifique a persistência do leitor fiel. Os personagens não aparecem o suficiente para que traga empatia com seus destinos, e os diálogos, que aqui tem uma função crucial para o entendimento do enredo, se assemelham mais a trechos desconexos de um trailer de filme.
Psiquê - Na Fronteira da Loucura perde pontos por não mostrar nenhuma evolução e cometer os mesmos erros apontados nas suas antecessoras. Se em O Rouxinol, Ubiratã pareceu mostrar que estava em uma curva ascendente, essa percepção parece cada vez mais equivocada após o desempenho insatisfatório de Equipe Haori e Psiquê.
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Nota: 3,4
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