• O Rouxinol, de Ubiratã

        • Título: O Rouxinol
        • Autor: Ubiratã (will657071)
        • Gênero: Fantasia

    O Rouxinol é um pequeno conto que discorre sobre um encontro entre um homem e um pássaro prestes a ser atacado por uma serpente. Nos breves parágrafos do texto, Ubiratã tenta abordar de forma sensível temáticas como empatia e gratidão.

    Assim como em Yang-Ti - No Caminho das Águas, obra já resenhada pelo Ponto Crítico, encontramos aqui alguns deslizes estruturais básicos, como a ausência de elementos de apresentação na capa - título e nome do autor -, uso de hífens como subtítulos de parágrafos e erros no uso de pontuação - ponto final e vírgula. Problemas que afetam na qualidade geral do trabalho e que não podem deixar de serem mencionados, pois mantêm a avaliação negativa em alguns quesitos técnicos. No entanto, a falta de uma sinopse mais elaborada, que também poderia ser considerado um problema na outra ocasião, aqui é parcialmente justificada pelo tamanho diminuto do texto. Quanto menor a obra, mais difícil se torna fazer uma apresentação sem comprometer a experiência de leitura. Também, por outro lado, um ponto de melhoria bastante perceptível foi a separação dos parágrafos feita adequadamente, com o espaçamento entre um parágrafo e outro; algo simples, mas de grande impacto na leitura.

    O conto apresenta uma narrativa rápida, o que nos impede de fazer uma análise mais profunda de personagens ou de desenvolvimento. Além disso, a obra segue os moldes das lendas, trazendo fantasia para um acontecimento corriqueiro e sendo contada a partir da ótica neutra de um narrador-observador. Para construir sua história, Ubiratã opta pela simplicidade e pela objetividade, o que leva a uma experiência de leitura morna, que não marca positiva, nem negativamente.

    Se por um lado pouca coisa surpreende, por outro vemos o estabelecimento de um ritmo melhor para os eventos narrados. Não fosse pelas escorregadas gramaticais, O Rouxinol agradaria mais, já que sua singeleza vai além das palavras. O tema é bonitinho; o autor volta a tratar de espiritualidade e estabelece uma relação curiosa entre o homem e o pássaro. Tudo feito com um pouco mais de calma dessa vez. A própria construção do texto é menos confusa e sua qualidade, mais homogênea - características que acredito serem influenciadas pelo tamanho reduzido.

    Por fim, parece estarmos diante de um avanço, que poderá ser comprovado ou refutado com um próximo trabalho. Há muito o que melhorar, mas isso não significa que os pequenos passos não sejam dignos de comemoração.

Nota: 5,4

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