21. INSETOS NA FLORESTA
Ash olhava cautelosamente pelas redondezas, prestando atenção. Os sons que vinham da floresta eram os mais variados, desde de xiados, até o som de movimentos sendo emitidos da mata. As árvores e arbustos os cercavam por toda a parte, dando a impressão de que aquele lugar nunca teria fim.
Guiava a sua bicicleta com as suas mãos já que naquele ponto da floresta de Viridian era praticamente impossível de se transitar.
Um som de folhas sendo remexidas subitamente surgiu.
Um cartepie caiu de cima da copa de uma árvore bem na frente de Ash. Tremendo, ele pegou o frasco de repelente e começou a espirrar na direção do inseto. Ao sentir o cheiro, o Cartepie fugiu para longe.
Ash suspirou de alívio.
Pokémons inseto são assustadores, pensou ele. Desde que se entendia por gente ele tinha aquele medo irracional de pokémons do tipo inseto.
Ele parou de andar.
"Luna, eu já tô morto de cansaço... Acho melhor nós procurarmos um lugar pra montar a barraca", disse Ash.
Não teve resposta.
Olhou para o cesto da bicicleta só para perceber que o pokémon não estava lá.
"LUUUUUUNAAAA", gritou ele enquanto olhava para trás, esperando que o pokémon não estivesse muito afastado.
E agora, pra onde ela foi?
Estava extremamente cansado e tudo que queria no momento era descansar. Porém, com o sumiço do pokémon, agora teria que procurar por ela pela aquela floresta enorme.
Ele suspirou fundo. Em seguida, retornou o caminho de onde estava seguindo e começou a gritar: "LUNA! LUNA!".
Porém, não veio nenhuma resposta. Apenas os sons dos pokémons insetos que se escondiam pelas redondezas poderiam ser ouvidos.
⏰⏰⏰
Quando, enfim, o cansaço chegou a uma nível extremo, ele resolveu descansar sob uma árvore.
Onde diabos ela foi parar?, raciocinava enquanto limpava o suor da testa. Seus pés estavam cheios de calos de tanto pedalar, tanto que mal conseguia ficar em pé.
Encostou a cabeça no tronco da árvore e fechou os olhos.
Um zumbido o despertou.
Ele olhou para os lados e percebeu que alguma coisa estava o cercando. Vultos apareciam e desapareciam pelo redor. O terror começava a tomar conta dele.
"Q-q-quem tá ai?", perguntou.
Os zumbidos se intensificaram.
Ele pegou o frasco de repelente e o acionou, só para perceber que o conteúdo havia sido esgotado.
Não pode ser. Deveria ter sido mais cuidadoso, afinal, ainda estava longe de Pewter e precisaria o usar por um bom tempo até que estivesse completamente seguro.
Ash retirou duas pokébolas do bolso. Chamou Ember e Poly para fora como sinal de que não estava indefeso.
Então, surgiram.
Um grupo de cinco Beedrills olhava para sua direção, e pela expressão não estavam ali para fazer amizade.
Cinco contra dois, pensou, temeroso.
"Ember, Lança Chamas", ordenou Ash.
O lagarto soltou de sua boca chamas em direção dos insetos. Eles se dispersam, escapando do golpe rapidamente.
São muito rápidos.
"Poly, Descarga Elétrica!"
O Porygon lançou a Descarga Elétrica na direção deles, sem sucesso também. Os Pokémons se teletransportavam quase que instantaneamente para longe dali.
Como vou acertar um golpe se eles desviam sempre?
Então, os cinco, ao mesmo tempo, começaram a lançar pequenos ferrões roxos em direção de Ash.
Os Pokémons se colocaram na sua frente e tomaram o impacto. Caíram no chão.
Alguns ferrões atingiram a perna de Ash e se encravaram em sua pele. Ele podia sentir finos fios de sangue descerem por ela
Estão envenenados, pensou ele.
Percebeu que não haveria a possibilidade de uma batalha. Naquele momento tudo que restava a fazer seria, de alguma forma, fugir dali.
Chamou o Porygon e Charmander de volta para suas respectivas pokébolas.
Preciso de alguma distração para fugir.
Olhou para sua bicicleta próxima da árvore.
Essa é a única opção.
Pegou o veículo, jogou na direção dos pokémons. Em seguida, fugiu dali.
Enquanto corria desesperadamente sem saber para onde ir, olhou uma última vez para trás a tempo de ver sua bicicleta ser trucidada pelas enormes pinças dos Beedrills.
E lá se foi o presente de aniversário que havia ganhado de sua mãe.
Continuou correndo com todas as forças que restavam em seu corpo.
O veneno dos Ferrões Envenenados começavam a fazer efeito. Sua visão ficou embaçada. O mundo ao ser redor girou e ele não sabia mais nem para onde estava indo.
Acabou tropeçando em um tronco caido e rolou pela grama. Quando se recompôs percebeu que tinha sido cercado pelos Beedrills. Sua visão estava quase completamente escura, apenas conseguia enxergar a silhueta dos insetos próximos a ele, com suas pinças afiadas preparadas para o abate. O bater das asas deles emitiam um zumbido quase insuportável.
Ash sentiu as forças no seu corpo o abandonar. Um clarão surgiu subitamente e essa foi a única coisa o qual se lembrara antes de apagar.
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