38. Loja de Departamento
Beth organizou todas as suas coisas dentro da mochila. Pegou a sua insígnia e colocou dentro de um bolso interno, se certificando para que ela não ficasse perdida naquele amontoado de tralhas.
Ao terminar, colocou ela nas costas e saiu do quarto, o trancando com a chave.
Quando caminhava pelo corredor em direção das escadas para o lobby da mansão, ela ouviu uma voz falar atrás de si.
"Então quer dizer que você já está indo?", perguntou Dorothy.
Beth virou e fitou a menina.
"Já decidi meu próximo destino, estou indo para Olivine", respondeu ela. "Já até comprei o bilhete do navio que vou viajar para chegar lá."
"Eu vejo... Bom, se você já está de saída não tenha nada mais a dizer além de se cuida."
Beth arqueou as sobrancelhas. "Um boa sorte cairia bem", falou ironicamente.
A menina riu. "Nunca desejarei boa sorte a um rival. Se você quer participar da liga pokémon suponho que tenha o objetivo de se tornar a campeã de Johto, estou certa?"
Na verdade não, pensou Beth. Seu sonho era batalhar o seu ídolo, Gold, e para alcançar-lo não mediria esforços para conseguir vencer a Liga Pokémon, mesmo que essa não fosse a sua motivação principal.
"Bom, para seu governo eu também quero ser uma campeã. Cynthia, Iris e Diantha... todas elas são mulheres poderosas e aclamadas que alcançaram o patamar de divas no mundo inteiro e inspiração para várias treinadoras pokémon que buscam a ascensão nesse mundo machista que a gente vive", discursou Dorothy. Beth percebeu que havia um brilho nos seus olhos os quais nunca tinha visto antes. "E é justamente para me torna um modelo a ser seguido que eu, um dia, vou me derrotar a a liga e me tornar uma campeã! Não importa de que região seja."
Beth olhou para ela, cética.
Que delusional, pensou ela não sabendo se admirava ou temia a ambição de Dorothy.
"Boa sorte", respondeu Beth.
"Não preciso de sorte, preciso de garra!", respondeu ela. "E se você pretende participar da liga pokémon saiba que eu irei massacrar quem quer que entre no meu caminho."
Ela jogou seu cabelo para o lado. Em seguida, caminhou para outro corredor da casa.
Beth virou-se voltou a retomar seu caminho em direção do primeiro andar.
Não tenho medo da ameaça dela, sei que um dia ainda chegarei ao mesmo nível de poder dela e daquele idiota do Harold.
Desceu as escadas e chegou no grande salão principal.
Quando ia caminhar em direção dos portões, uma mão tocou no seu ombro.
"Você não iria sair sem se despedir antes, não é, Beth?", indagou Freddy sorrindo.
Beth retribuiu o sorriso.
"Claro que não." Beth deu um forte abraço nele. "Adeus."
Ele retribuiu o abraço. "Toma cuidado."
Eles se separaram.
Beth entregou a chave do quarto para ele.
"Qualquer coisa me liga, você tem o meu número gravado na sua Pokégear."
Beth tinha tentando chamar o garoto para a acompanhar em Olivine, porém, ele recusara com um semblante sério.
"Não posso sair dessa cidade até conseguir a insígnia simples. Sinto que todos estão evoluindo enquanto eu apenas continuo parado no mesmo lugar. Sei que se continuar apenas seguindo seus passos acabarei sendo deixado para trás... É por isso que eu decidi que não vou sair daqui enquanto não ficar mais forte", tinha explicado ele.
Beth caminhou em direção dos portões acompanhada de Freddy.
Quando saiu do terreno da residência, Freddy perguntou: "Tem certeza que não quer que o Leoncio leve você no porto?"
Beth respondeu, convicta: "Não precisa! Eu quero dar uma corrida pela cidade pra me exercitar um pouco e comprar alguns itens na loja de departamento antes de partir."
Beth ainda tinha guardado consigo uma boa quantidade de dollars, ganhados através das batalhas que se envolveu a caminho de Goldenrod. Era uma pena que teve que gastar mais da metade para comprar aquele bilhete pois não sobrou muita coisa para ela usar.
"Então se é isso... Até mais!", despediu-se ele.
Beth acenou. Em seguida, correu pelas calçadas das ruas daquele bairro luxuoso em direção do centro da cidade. Olhou uma última vez para trás. Freddy estava esgueirado nas grades de ferro, olhando para o chão.
Beth sentiu um pouco de pena dele.
Virou para frente e continuou correndo enquanto seus cabelos ruivos eram soprados pelo vento.
⏰⏰⏰
Beth olhou através da vidraça daquela loja de roupas.
Um chapéu branco redondo e de abas, idêntico ao que havia perdido quando havia caído no mar, estava estampado na vitrine.
Ela olhou o preço.
20 dollars.
Devaneou por um momento, decidindo se valia a pena ou não gastar seu dinheiro naquele acessório. Por fim, tomou a decisão.
Vou comprar.
Entrou na loja, pegou o chapéu e levou ao caixa.
"São 20 dollars", informou a mulher.
Beth abriu sua mochila e, de lá, retirou um punhado de dinheiro.
Deu para a atendente.
Quando ela ia colocar o chapéu em um saco, Beth interveio: "Não precisa! Eu vou usar a partir daqui."
A mulher respondeu: "Tudo bem". Em seguida, entregou o chapéu em sua mão.
Beth o colocou sobre a sua cabeça e, em seguida, olhou-se em um espelho da loja.
Perfeito.
Ela deixou a loja satisfeita e continuou a caminhar em direção da loja de departamento de Goldenrod.
Parou em frente a uma grande construção composta de vários andares. Respirou fundo e adentrou as portas automáticas do super mercado.
Chegou em um grande salão disperso. Em seu centro tinha uma moça em frente a uma bancada, prestando atenção na tela de um computador.
Beth foi ao seu encontro.
"Bom dia."
A mulher parou de digitar e a fitou. "Quer algum tipo de informação?", indagou secamente ela.
"Bom... Sim, aonde eu consigo poções e revives por aqui?"
"As poções, revives, elixires e repelentes se encontram no segundo andar. Para chegar lá você pode pegar um dos elevadores ou subir as escadarias. Espero ter ajudado." Tão logo falou ela voltou a prestar atenção na tela do computador.
Que grossa.
Beth resolveu subir as escadas e logo chegou no segundo andar.
Lá era localizada a seção para treinadores.
Nas diversas prateleiras havia vários sortimentos de itens destinados a treinadores pokémon: poções; antídotos; revives; medicamentos de cura para envenenamento, congelamento, queimadura e paralisia; pokebolas de vários modelos; repelentes; e até uma espécie de corda. Pessoas, provavelmente treinadores, caminhavam pelos labirintos de prateleiras, carregando cestas onde colocavam os itens.
Beth pegou uma cesta perto da entrada do caixa. Em seguida, caminhou pelos corredores, colocando dentro da cesta cinco revives, cinco poções, uma pokebola do tipo comum e um antídoto.
Os levou para fila que levava ao caixa. Quando chegou sua vez, passou todos os itens para o atendente e pagou o dinheiro.
Deu 150 dollars, pensou ela.
Guardou todos os itens em sua mochila. Em seguida, entrou no elevador cheio de pessoas. Ela ia apertar o botão para descer para o primeiro andar, quando mudou de ideia.
Quero visitar os outros andares, pensou ela, curiosa. Apesar de não poder gastar mais nenhuma quantia dinheiro isso não impedia ela de olhar as outras coisas.
Apertou no botão "4" e aguardou o elevador subir para o quarto andar da enorme loja.
Ela chegou na seção intitulada "caixa de remédios". Pelas prateleiras existiam várias espécies de embalagens contendo pílulas.
Beth chegou perto de uma prateleira e olhou para o medicamento.
Proteína.
Ela indagava-se para que servia aquilo quando um funcionário da loja, que passava por perto, pareceu ler sua mente e disse: "Proteína. Um suplemento utilizado para aumentar o poder de ataque de um pokémon. Só toma cuidado para não acabar lisa até a alma, um desses custa o olho da cara."
Ao ouvir o que o homem tinha dito, Beth olhou para etiqueta de preço grudada na embalagem do medicamento.
Seu queixo caiu no chão.
10000 dollars!?
Aquele preço era absurdo. Apesar do choque, ela não conseguia deixar de pensar que, se desse um daqueles para seu pokémon, eles certamente ficariam mais fortes.
Será...
Beth olhou para os dois lados do corredor onde a prateleira se localizava.
Eles não vão descobrir...
Ela pegou a embalagem soturnamente e colocou em um bolso de sua mochila. Olhou mais uma vez para o redor.
Eles nem vão dar falta, é só um no meio de tantos outros, tentava se justificar mentalmente.
Quando ela deixou a seção e adentrou o elevador sem ser abordada por ninguém, suspirou de alívio.
Ninguém percebeu.
O elevador desceu para o lobby da loja.
Beth começou a apressar o passo em direção da saída quando foi subitamente abordada por um homem.
Ele usava uma farda azul e um boné com símbolo de um Arcanine.
Droga, um guarda.
Ele a fitou, desconfiado.
"Aonde pensa que vai garota?", interrogou ele. Em seguida, pegou um walkie talkie preso no seu cinto e falou: "Estou com a suspeita aqui comigo."
Ferrou.
Após terminar de falar no aparelho, ele direcionou sua mão em direção do corpo dela.
Beth fez um escândalo.
"EU CONHEÇO MEUS DIREITOS. Você é um homem, não pode me revistar assim. Isso é assédio."
O homem franziu as sobrancelhas. "Não seja por isso." Falou no walkie talkie: "Mônica, preciso de sua ajuda para revistar a jovenzinha."
Ferrou de vez.
Beth preparou-se para sair correndo, porém, o homem foi mais rápido e a segurou pelo braço. "Nem pensa em fugir", disse ele.
Beth deu de ombros.
Após alguns minutos uma mulher com farda idêntica a do homem chegou no local.
Ela começou a apalpar o corpo de Beth em busca de algo.
"Nada", disse ela após terminar a tarefa.
"Eu não roubei nada, devem estar me confundindo com outra pessoa", mentiu Beth.
O homem a fitou diretamente. "As câmeras flagraram você próxima a uma seção deserta, sozinha. Por coincidência um produto foi roubado exatamente no mesmo local aonde você, a pouco tempo, esteve. Não acha isso tudo muito conveniente?".
As pessoas paravam para assistir a abordagem.
Beth engoliu o seco. "B-b-bom... mas vocês não acharam nada, logo não podem me acusar de ter roubado assim nem mais nem menos."
"Ainda não", disse a mulher. "Falta revistar a sua mochila."
Ela tirou sua mochila bruscamente e começou a fuçar dentro dela.
Quando ela abriu o bolso aonde Beth tinha escondido a Proteína, a mulher segurou o produto e a olhou com a testa franzida. "Não roubou nada, hein?".
Beth tentou fingir demência. "Não sei como isso parou ai, juro!".
O guarda falou: "Aham, tente explicar isso para a polícia."
Ah não. Justo no dia em que estaria deixando a cidade aquilo tudo havia acontecido.
Não posso parar na polícia senão tudo acaba aqui. Tentou ser fria e pensar em suas opções. Não tenho nada a perder.
O homem estava preparando-se para fazer uma ligação com seu telefone. A mulher segurava sua mochila, a fitando com um olhar acusador.
Rapidamente, Beth pegou a pokeboka do seu bolso e chamou seu Jumpluff para fora dela.
"Esporos de Algodão neles!", ordenou Beth apontando para o homem e a mulher.
O Jumpluff disparou de seu corpo bolas de algodão extremamente grudentas. Elas grudaram no corpo do homem e da mulher, os cobrindo completamente. Os dois caíram no chão, sem conseguir se mover.
"Sua ladrazinha!", esbravejou o homem deitado no chão enquanto tantava se livrar dos esporos grudados ao redor do seu corpo.
Beth pegou sua mochila jogada no chão. Juntou a Proteína e guardou no bolso da sua bermuda.
Agora que já cheguei até esse ponto vou até o fim.
As pessoas olhavam horrorizadas a cena, mas não moveram um dedo para se meter na confusão.
Beth chamou o Jumpluff de volta para sua pokebola e começou a correr em direção dos portões de entrada.
Quando chegou nos portões de entrada deu de cara com três guardas correndo em sua direção.
E agora?
Bruscamente, mudou de direção e correu para os corredores que levavam para dentro da área restrita a funcionários da loja, esbarrando nas pessoas que recusavam a sair do seu caminho.
Enquanto corria ouviu o som do grunhido de um Arcanine.
Droga.
Olhou para trás e viu o pokémon de fogo vir correndo em sua direção.
Beth viu uma prateleira de ferro localizada no meio do caminho e teve um ideia.
Isso deve dificultar.
Ela a derrubou no meio do caminho, interditando a passagem e conseguindo alguns minutos a mais para pensar em algo.
Ela adentrou uma sala escura.
Caminhou tentando não fazer barulho. Chegou em uma espécie de depósito cheio de caixotes. Homens carregavam os caixotes para dentro de caminhões. Beth encondeu-se próxima a eles para não ser vista.
Teve uma ideia.
Sorrateiramente, ela entrou dentro de uma grande caixa cheia de cebolas, encolhendo-se..
Olhou para seu relógio. Eram 10:30.
O navio parte às 01:00, pensou ela, temerosa.
Ficou aguardando alguns minutos até que sentiu o caixote ser levantado. Ao sentir o impacto do atrito com o chão, soltou um gemido baixo.
Ouviu o som do motor do veiculo ser ligado..
Quando teve certeza que estava sozinha, ela abriu a caixa e respirou fundo.
Estava no contêiner escuro do caminhão, cheirando a cebola até os ossos.
Saiu de dentro e sentou-se próxima a um caixote, enquanto o contêiner de metal tremia cada vez que o caminhão dava uma parada brusca.
Me meti em uma enrascada, pensou ela analisando se havia realmente valido à pena ter roubado aquele suplemento.
Quando o caminhão parou de dirigir, ela entrou dentro do caixote, novamente. Os homens carregaram todos até não sobrar mais nenhum dentro.
Quando ouviu a conversa dos dois, Beth tomou coragem para sair de novo.
Estava em outro depósito, caminhou sorrateiramente pelas várias caixas que existiam no local e deixou o lugar.
Após deixar o local sentiu a brisa marinha no ar. Ela percebeu que estava na DOCAS do porto marítimo de Goldenrod. Sua situação não estava tão ruim assim.
Até consegui uma carona de graça, pensou.
No porto havia vários tipos de veículos marinhos. Navios, barcos, um cruzeiro enorme, algumas lanchas e outras embarcações menores.
Beth retirou o bilhete do navio de sua mochila.
Tesouro do Kingdra. Rodeou as redondezas em busca do navio que a levaria para Olivine.
Esse é um dos navios mais deprimentes que eu já vi na vida.
A embarcação era feita de metal grosseiro e velho. Haviam algumas partes de seu casco que claramente haviam sido remendadas.
Ela caminhou em direção da ponte estendida no cais. Um homem colhia os bilhetes daqueles que subiam com suas malas para dentro.
Beth passou pelo homem, o entregando seu bilhete.
"Boa viagem", disse ele para Beth após ela mostrar seu bilhete. A entregou uma chave e sorriu.
Beth subiu a ponte para dentro do navio.
Olhou para chave.
Número 36, leu o número esculpido nela.
Caminhou pelos caminhos internos no navio até achar sua cabine. Abriu a porta com a chave. Dentro do quarto tinha uma cama, uma cômoda e um armário vazio.
Beth deixou sua mochila sob a cama e deitou, se sentindo aliviada por tudo ter dado certo.
Pegou a pokebola de seu Tyrogue e o chamou para fora.
"Ty."
Beth tirou o suplemento do bolso. Rasgou a embalagem e deu a pílula enorme para o Tyrogue comer.
"Come, vai ter deixar mais forte", disse ela.
O lutador cheirou a Proteína, estranhando, então comeu.
Espero que você se fortaleça para a próxima batalha. Jasmine, a líder de ginásio de Olivine, usava Pokémons do tipo metálico. Como seu Tyrogue era do tipo lutador ela teria a vantagem de tipos ao seu lado.
"Você vai ser meu triunfo."
O Tyrogue apenas a fitou, sem entender nada.
⏰⏰⏰
Após descansar, trancou sua cabine com a chave e começou a explorar ao redor. Descobriu os porões, a grande cozinha onde cozinheiros preparavam refeições, um grande refeitório, e, por último, chegou no topo do navio onde marinheiros musculosos fumavam a cigarro e jogavam conversas fora.
Também tinham alguns passageiros olhando para a cidade, contemplativos.
Beth se escorou no estibordo e observou a grande metrópole de Goldenrod. Nas ruas, o trânsito era caótico como de praxe. Os grandes arranha-céus se projetavam majestosamente. Forçando a visão ela conseguiu enxergar a antena da torre de rádio, responsável por emitir as ondas de transmissão por toda a região.
Quando parou para analisar, Beth percebeu que aquele dia representava o fim de um ciclo. Desde que partira de New Bark com o ovo roubado até todo caminho até a cidade ela tinha evoluído tanto como treinadora que, em retrospectiva, aqueles acontecimentos pareciam terem sido passados em uma vida passada.
Sua jornada tinha iniciado com um roubo. E agora o ciclo terminava com um roubo.
Ironia do destino?
Ouviu um som ensurdecedor ser emitido do navio. A embarcação começara a desancorar. Ela observou ele deixar o porto em direção à baia.
Os prédios da cidade começavam a diminuir à medida que navegavam em direção ao alto mar.
Os ventos sopravam as suas madeixas ruivas, as fazendo flutuar pelo ar. Seu chapéu branco ameaçava sair voando pelo ar.
Naquele momento ela só queria que aquela sensação gostosa da brisa marinha em encontro com o seu corpo nunca passasse.
Ela ouviu o som de um flash ao seu lado. Percebeu que havia um jovem de cabelos encaracolados ao seu lado, tirando fotos com a ajuda de uma câmera fotográfica.
"Nada como uma foto para memorizar um momento inesquecível", disse ele alto.
Beth não sabia se ele estava falando com ela, então não respondeu.
O navio deixou a baia da cidade e alcançara o alto mar.
Beth olhou para o horizonte azul à sua frente.
Olivine.
As únicas informações que tinha sobre a cidade litorânea era que sua líder de ginásio, Jasmine, se especializava em Pokémon do tipo metálico; e também era de conhecimento comum a existência do grande farol de Olivine, responsável por iluminar o mar e guiar os grandes navegadores através das águas marinhas noturnas.
Olhava para a infinidade do oceano apenas devaneando sobre o que a esperava no seu próximo destino.
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