33. Bestas Lendárias
Ele acendeu mais um maço de cigarro com o isqueiro. Então, o colocou na boca.
Após uma longa tragada, suspirou uma grande quantidade de fumaça pelas narinas, espalhando pela sala o cheiro incômodo de queimado.
O homem a sua frente tossiu, disfarçando o incômodo.
"Espero que me traga boas notícias dessa vez, Henry", disse com o semblante de tédio.
"S-s-s-sim chefe", gaguejou Henry nervosamente. Ele ajeitou os óculos sobre o seu nariz. "As pesquisas com o pokérus estão finalmente mostrando resultados. A análise genética do vírus foi feita com sucesso e já estamos perto de chegar a próxima fase do projeto."
"Tudo preparado para a operação de anúncio?"
"Sim... todas as redes de comunicação de Johto e seus arredores já foram hackeadas com sucesso. Até hoje a noite tudo estará pronto."
"Ótimo." Ele suspirou outra nuvem de fumaça. "Isso é muito bom"
Tirou o cigarro da sua boca e colocou sobre o pequeno prato circular de metal, agora cheio de brasas, em sua mesa.
"Alguma atualização sobre a localização do Entei?"
"Um esquadrão de membros especial foram convocados e já estão no encalço do espécime", informou o homem. "Infelizmente ele se move rápido demais, porém o dispositivo de localização ainda está implantado nele. Será apenas uma questão de tempo até conseguirmos o capturar novamente."
Ele enrolou um cacho dos seus longos fios ruivos em seu dedo e os enrolou.
"Era só isso?"
"Só."
"Dispensado."
Ao ouvir a ordem, o homem rapidamente deixou a sala.
Ele levantou de sua poltrona. Precisava de um pouco de ar puro.
Levantou de sua poltrona e saiu pela porta.
Enquanto caminhava pelos corredores subterrâneos da base, sua mente era invadida por pensamentos conflitantes.
Os membros de baixo escalão que cruzavam o seu caminho apenas se curvavam em sinal de respeito e rapidamente deixavam seu caminho, evitando cruzar olhares.
Percebeu que havia parado em frente a uma porta de metal guardada por um complexo sistema de segurança.
Ele colocou a sua mão sobre o leitor de digitais. A máquina começou a escanear a sua mão.
Em seguida, se abriu.
Ele adentrou o recinto.
Dois cientistas vestindo jalecos faziam anotações em blocos de anotações quando o viram adentrar.
Eles se curvaram em um gesto de reverência.
"Quero atualizações sobre o estado das bestas... já estão sobre controle total?", exigiu ele, olhando para as duas gaiolas de aço resistente as quais se encontravam na sala de segurança.
"Eles ainda tentam resistir... porém os temos sobre controle. Garanto que logo logo estarão nos obedecendo por completo."
As duas feras rugiram ao o avistar, mostrando os dentes afiados.
Suicune e Raikou, pensou ele.
Em Ecruteak existia uma lenda popular a qual contava a sobre a história de uma torre a qual caira em declínio após ser atingida por um raio, causando um grande incêndio e levando, assim, a sua ruína. No incêndio, três pokémons não identificados pereceram nas chamas. No entanto, um majestoso pássaro acenderá do céu e revivera os três com o seu poder, dando assim origem as bestas lendárias de Johto.
Suicine, Raikou e Entei.
Até então seus nomes eram apenas lendas de cunho popular, e agora estavam ali diante dele, em carne e osso.
Depois de muito tempo em encalço das criaturas, trabalhando de modo anônimo e pesquisando a respeito de qualquer informação a qual pudesse os levar até as lendárias bestas, ele conseguira capturar os três Pokémons com sucesso.
É claro que se não fosse a incompetência de dois membros estúpidos não teriam deixado o Entei escapar, porém, era questão de tempo até localizarem novamente o pokémon.
Suicune e Raikou rugiam enquanto tantavam a todo o custo se libertar das jaulas. Suas garras arranhavam o aço, causando um som insuportável o qual ecooava por todo o esconderijo.
Mais um minuto daquele som infernal e ele achava que seu cérebro derreteria.
"Acalme eles", ordenou ele já farto do barulho emitido pelos pokémons.
Em questão de segundos, ondas eletromagnéticas foram enviadas pela jaula, acertando os pokémons.
Eles caíram no chão, murmurando de dor e tremendo com os espasmos musculares provocados pelo choque.
"Continuem com o bom trabalho."
Ele saiu pela porta e voltou a caminhar pelos corredores deixando os pokémons para trás.
Quando chegou ao lado de fora, encontrou uma rocha e se sentou, admirando a paisagem.
As Ruinas Alfa certamente eram um local emblemático e misterioso.
O que aquele pedaço de sítio arqueológico guardava ainda era um mistério até mesmo para o mais experiente pesquisador.
Muitos argumentam que o local possui alguma conexão especial com a origem dos pokémons.
Outros dizem que a origem de todas as linguagens do mundo habitam nas suas salas subterrâneos, sendo estas originadas a partir do pokémon chamado Unown.
Agora, tudo estava abandonado. Suas paredes possuíam rachaduras e algumas de suas salas subterrâneas haviam soterrado com o grande cataclisma provocado por ele.
Várias placas com o dizer "Interditado! Risco de Desabamento" enfeitavam a redondeza.
O fato era que aquele local agora estava abandonado, a mercê do vazio. Ou melhor, servia como atual base da Equipe Rocket.
Depois do fiasco causado por Gold e Lance em Mahogany, o esconderijo secreto da organização havia sido descoberto e toda a maquinaria e documentação foram aprendidas pelas autoridades de Johto. Ele tiveram que praticamente recomeçar do zero no momento ao qual começaram a construir a base nas ruinas daquele lugar amaldiçoado.
Uma brisa fresca de vento soprou os seus longos fios de cabelos, o fazendo entrarem na sua boca.
Seu cabelo sempre fora longo, porém, naquele ponto estava quase chegando a altura de sua cintura.
Silver continuou fumando o seu cigarro e admirando a paisagem, contemplativo.
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