28. Golpe Crítico

No jardim da mansão HighCastle, os dois batalhavam.

"Skiploom, Disparo de Sementes!", exclamou Beth.
A florzinha voadora começara a disparar projéteis compostos de sementes de sua boca.
"Totodile, evasiva!", disse Freddy para o seu pokemón.

O Totodile começou a correr  de forma desesperada pelo campo, tentando fugir da grande quantidade de sementes que eram disparadas em sua direção. O pequeno jacaré tropeçou em um cipó de grama e caiu no chão. As balas o acertaram em cheio, o fazendo rugir de dor.

O Skiploom interrompeu os disparos.

"TOTODILEEEE", gritou o garoto para o pokemón estirado no chão.

Mais uma vitória, pensou Beth.

Já havia alguns dias que estavam treinando para a batalha de ginásio que estava por vir. Pelos seus cálculos, aquela era a vigésima vez que derrotara o garoto apenas naquela semana.
Não que aquilo significasse algo grandioso – Freddy era um dos treinadores menos habilidosos que ela enfrentara durante a sua jornada. Mesmo assim, ainda sentia uma alta dose de confiança com o feito alcançado. 

"Desse jeito vou acabar com o meu estoque de revives...", resmungou Freddy enquanto dava um pouco do frasco de líquido verde na boca do pokémon desmaiado no chão. Em questão de segundos o medicamento fez efeito. "Prontinho." Ele guardou o frasco em seu bolso. 

Tão logo, o Totodile já estava novamente saltitante com aquela alegria que era comum a sua espécie.

"Já estou ficando entendiada de tanto vencer", disse Beth, franzindo as sobrancelhas.
Ele lamentou-se: "Preciso melhorar minhas estratégias de luta urgentemente. Desse jeito não vou conseguir ganhar de ninguém."

Beth lembrou do mico que havia presenciado no ginásio de Violet, quando o menino desabou de chorar no chão após perder para Falkner. Ela teve que concordar com cabeça.

Beth virou o olhar e olhara seus outros pokémons. Ela havia libertado eles para pegar um pouco de sol. Afinal, passar tanto tempo preso em uma pokébola não era lá muito saudável.
Seu Butterfree e o Ledyba de Freddy voavam pelos céus da própriedade, polenizando as plantas e flores. Seu Tyrogue praticava golpes de luta sozinho, com aquela cara marrenta que já se transformara em uma característica dele.

"Desculpa, mas se você continuar batalhando desse jeito não vai chegar a lugar nenhum", ouviu um voz falar atrás de si.
Beth fitou Dorothy. Ela estava encostada na beira da piscina enquanto bebia do canudo de um copo de limonada. A garota a olhava pro trás de seu óculos de sol, sorrindo maliciosamente.
"Concordo... desse jeito acho bem difícil ele chegar muito longe", respondeu Beth.

A garota retirou os óculos da sua face e colorara sobre cabeça. "Eu não estava falando sobre o meu primo."

Beth sentiu a vermelhidão subir a sua cabeça.

Freddy olhara para as duas.

"Desculpa Freddy, eu amo você... mas tenho que admitir que seu nível está bem abaixo do mercado", falou ela. "Lá em Galar você seria sequer considerado um youngster."

É claro que ela tinha que citar Galar, Beth já estava farta dos discursos para inflar ego que Dorothy fazia. Foda-se Galar! 

O garoto olhou para o chão, magoado. 

"Eu sei... por isso preciso melhorar!", falou Beth na defensiva. Não gostava daquela sensação de inferioridade imposta por ela. 

Dorothy sorriu. "O que eu estava querendo dizer é que, se você quiser realmente medir o seu nível de habilidade como treinadora atual, você deve batalhar contra alguém experiente."

Beth deu de ombros. "No momento, essa é a única forma de treinamento que tenho."

A garota saiu da água da piscina e se secou com uma toalha branca. "Isso não é verdade. Eu já estava querendo fazer esse pedido há alguns dias..."

Beth estava curiosa com qual pedido poderia ser aquele.
Quando ela terminara de enxugar seu corpo escultural, voltou a falar: "Eu desafio você para uma batalha."

Beth sorriu. Desde que ouvira a garota falar sobre os seus feitos na Liga Pokémon de Galar ela tinha o desejo de testar o verdadeiro poder de uma treinadora profissional. Agora tinha a desculpa perfeita para acabar com a sua curiosidade.

"Eu aceito o desafio", disse Beth, não conseguindo esconder a ansiedade em sua voz.

✳️✳️✳️

Beth se posicionava ao lado extremo direito, enquanto fitava a garota a olhar com as mãos na cintura. Ela vestia uma biquíni azul com bolinhas, então teve que se esforçar para a levar a sério.

Sentado no chão do gramado estava Freddy, agarrado com seu Totodile. Além dos dois, Tyrogue, Butterfree e Ledyba resolveram parar as suas atividades para presenciar a batalha.

"Vamos lá, Skiploom!", Beth exclamou. O Pokémon que já estava fora da pokébola veio voando e parara na sua frente.
Dorothy riu estridentemente. "Isso vai ser divertido...". Ela destravou a sua pokébola. "Hora de brilhar, Inteleon."

Após acionar da pokébola, um pokémon se materializou no campo, acompanhado de uma luz vermelha.

Nunca vi esse pokémon.

Uma curiosa criatura com características réptilianas fora projetada. Seu corpo possuía um padrão de coloração azulado. Era esguio e tinha uma postura que externava arrogância. Uma membrana amarela, a qual lembrava uma capa, cobria as costas.

Ela fez um movimento para pegar sua DexGear do bolso de sua bermuda. Quando apontou o aparelho para o pokémon, as informações se tornaram visíveis na tela:

"Inteleon, o pokémon agente secreto. Ele possui muitas habilidades secretas escondidas, tais como ponta de dedos que disparam água e uma membrana em suas costas, a qual o permite planar no ar."

Um tipo água.

Havia escolhido o pokémon certo, pois seu Skiploom tinha a vantagem de tipo pelo fato de ser um tipo planta.

Ela guardou sua DexGear.

"Não acho sábio você ter escolhido um pokémon do tipo água para essa batalha", debochou Beth.

A sua oponente soltou um risinho tampando a boca, da forma irritante como sempre fazia.

"Como se eu precisasse do conselho de uma treinadora amadora! Ha ha ha", zombou ela. "Tipos nada importam quando você tem conhecimento e experiência o suficiente para conduzir uma batalha. Mas chega de falar, mostrarei para você a diferença entre nós duas aqui e agora."

Beth mordeu a língua.

Ai vem.
"Inteleon, Pulso Sombrio!", ordenou Dorothy.

O Pokémon saira disparando de sua posição, tão rápido que Beth mal tivera tempo para reagir.
"Skiploom, não deixa ele acertar você!"

O Inteleon corria em alta velocidade em direção do Skiploom. De sua mão, era emitida uma aura sombria a qual corria em espiral.

De alguma forma, o Skiploom continuou no mesmo lugar, sem fazer um movimento.

Por que não me obedece!?

O Skiploom fora acertado em cheio pelo pulso e disparou em alta velocidade pelo chão do jardim.

"Por quê... ele não desviou?", indagou Beth. 

Dorothy riu ao ouvir sua indagação. "Logo se vê que você realmente é uma treinadora amadora. Pulso Sombrio tem como efeito adicional a possibilidade de fazer o pokémon oponente hesitar em fazer alguma movimentação", explicou ela. "Aqui está a dica número um para ser uma boa treinadora: conheça e manipule as probabilidades ao seu favor."

Beth mordeu a língua novamente.

O Skiploom se recuperou do impacto e levantara do chão.

"Minha vez de atacar. Skiploom, Disparo de Sementes. "

A florzinha começara a disparar os projéteis de sementes pela boca em direção do oponente.

O Inteleon desviava de todos disparos de forma graciosa, quase como se fosse uma bailarina.

Ele é muito rápido, pensou Beth que mal conseguia acompanhar com os olhos os movimentos do pokémon. Era como se seus passos fossem tão naturais como o ato de respirar ou caminhar.

"Inteleon, Pulso Sombrio", disse Dorothy que parecia se deliciar com o pânico estampado no rosto de Beth.

De repente, o pokémon desaparecera de vista.
Beth começou a olhar por todos lados, desesperadamente tentando encontrar-lo.

Aonde?

"Atrás de você", ouvira a voz de Dorothy falar.

Então, ela sentiu uma súbita onda de ar passar ao seu lado, soprando seus fios de cabelo ruivo. O vulto disparou, passando ao seu lado e acertando as costas de seu Skiploom com o Pulso Sombrio

Passou do meu lado e eu nem vi, pensou ela, espantada.

O Skiploom se equilibrou no ar, evitando a queda no chão. Beth notara que o pokémon já começava a dar os primeiros sinais de debilitação.

Como eu vou atacar ele se sequer consigo acompanhar seu movimentos. Analisou a sua situação.

Uma ideia súbita veio a sua mente. Isso deve funcionar.
"Skiploom, use o Sementes Sangue-Suga ao seu redor!", ordenou Beth.

"Ploommm", o pokémon grunhiu em concordância.

A planta voadora disparou brotos de sementes ao seu redor, construindo um escudo protetor.

Se ele chegar perto vai ser pego pelas Sementes Sangue-Suga. Ela sorriu, confiante.

"Não é só você que conhece alguns truques", disse Beth. "Agora você não vai conseguir sequer chegar perto."

Dorothy começou a gargalhar estridentemente. "Ah é?", provocou ela. "Inteleon, despistar."

Novamente, o pokémon começara a fazer movimentos velozes pelo campo de batalha. Beth o perdeu de vista.

Aonde!?. Tentava desesperadamente o achar.

Lembrou do último ataque. Rapidamente, ela olhou para suas costas. Não havia nada lá.

"Tente novamente", zombou Dorothy. 

Quando Beth voltara a olhar para frente, ela percebeu uma sombra pairar sobre o Skiploom.

Ah não!

Ela olhou para cima. No céu, o Inteleon planava logo acima com a ajuda de sua membrana em forma de capa.

Tudo aconteceu de forma sorrateira, como se o mundo repentinamente começasse a correr em câmera lenta.

"Recochetear", as palavras foram formadas da boca de Dorothy.

"Skip-", Beth não teve tempo de terminar.

O Inteleon havia despencado de cima, caindo em cheio em cima de seu Skiploom, o prensando.

O oponente saira de cima do Skiploom, que agora estava estirado no chão, extremamente debilitado.

Como eu imaginava, um golpe do tipo voador. Aquilo significava que havia sido super-efetivo. 

"Isso acabou. Bom, com certeza não foi uma das batalhas mais emocionantes que já tive... mas pelo ao menos serviu para alongamento."

A garota virara de costas e começara a caminhar de volta para a piscina, acompanhada por seu Inteleon.

Beth olhou para o pokémon estirado no chão. Ele gemia e se remexia com as dores causadas pelo resultado da batalha.

"Você foi bem, Beth!", gritou Freddy de longe, em companhia dos grunhidos dos pokémons. 
Então aquele era o poder de um treinador profissional. Agora estava claro a diferença disparada de poderes entre ela e os outros, mas aquilo não era algo ruim. Apenas significa que ainda tinha um longo caminho a percorrer até alcançar o nível de lendas como Gold.

Um dia vou chegar lá!

Já havia aceitado a sua derrota. Porém, aquela batalha não acabaria ali.
Beth sorriu.

"Essa batalha ainda não acabou!", disse ela, determinada.

Dorothy virara de costas e a fitou.
Lentamente, seu Skiploom levantou do chão e estava planando no ar novamente. 

A garota suspirou. "Nossa, você ainda vai querer continuar essa batalha. O estado do seu pokémon não é lá o dos melhores, apenas está adiando o inevitável."

E ela não mentiu. Apesar de seu Skiploom ainda conseguir se manter ativo, bastaria um golpe para o debilitar seriamente.
No entanto, Beth ainda tinha uma carta na manga.

"Me chamo Beth Copper, e não sou conhecida por desistir antes do fim", respondeu convicta.
Dorothy revirou os olhos. "Okay então."

Ela voltara para sua posição no campo.

Beth fechou os olhos.

Havia passado muito tempo treinando aquele movimento e finalmente chegara a hora de o pôr em prática.

"Skiploom, Tempestade de Sementes."

O Skiploom começara a emitir uma neblina rosada. A cortina de fumaça a cobrira completamente, ocultando a sua presença.

"Que diabos–". Dorothy havia adotado uma expressão de pura confusão. "Brisa das Fadas!?"
Beth sorriu.

"Não", respondeu Beth. "Essa é uma combinação de golpes criada por mim. Agora vem a parte boa. Skiploom, Disparar!"

De dentro da neblina, eram disparos projéteis de sementes, os quais eram lançados para todas as direções ao mesmo tempo.

O Inteleon tentava desviar dos projéteis  os quais eram lançados para todos os lados. Ele foi pego por um, e logo por outro.

Beth assistia tudo, delíciada por finalmente ter pego o pokémon de surpresa. E o melhor de tudo era a expressão na face de Dorothy.

Uma mistura de raiva e incredulidade, na certa por ter sido pega de surpresa por alguém ao qual ela mesma havia chamado de amadora.

E agora, quem ri por última vadia?

"Você não pode desviar quando não sabe de onde vem o tiro, não é mesmo amiga?", provocou Beth. "Principalmente quando vêm de todos os lados." 

O Inteleon continuava tentando desviar dos disparos, porém eram muitos ao mesmo tempo para se dar conta.

"Você... confesso que havia a subestimado, porém, agora vejo o meu erro. Estava pegando leve mas agora fiquei realmente puta", a expressão de deboche dela logo mudou para uma séria. "Chega de brincar!"

A neblina desaparecera do campo e o Skiploom voltou a se tornar visível.

"Inteleon... Energia Focalizada", ordenou Dorothy.

O Inteleon fechara os seus olhos e pareceu meditar por alguns instantes. Uma aura branca o cobriu para logo depois desaparecer.

Estou com um mal pressentimento. Não podia deixar o pokémon tomar vantagem.

"Disparo de Sementes!", ordenou.

As sementes foram disparadas em direção do Inteleon. Porém, ele fora mais rápido e dara um salto-mortal, lançando-se em uma volta diagonal pelo ar e pousando atrás do Skiploom.

"Tiro Certeiro!", falou Dorothy secamente. 

Ai vem.

O Pokémon disparou de sua posição velozmente e logo estava cara a cara com o Skiploom. Ele apontou o dedo de sua mão, a qual agora estava posicionada em forma de uma arma.

"Ski–", não teve chances de terminar.

Da ponta dedo indicador, fora lançada uma espessa corrente de água em forma de bala. O disparo acertou seu Skiploom em cheio e o lançara pelo gramado. O impacto foi tão forte que ele afundou no chão, arrancando os matos ao redor e mergulhando fundo na terra.

Beth caiu de joelhos no chão.
Para completar a derrota, Dorothy fez questão de zombar dela: "E para encerrar com chave de ouro, um golpe crítico. Essa é a verdadeira diferença de poder entre eu e você, fofinha." Ela começou a rir.

Beth, no entanto, riu também.
"Obrigado", agradeceu Beth.
A menina interrompeu a sessão de risos a indagou: "Pelo quê?"

"Por me possibilitar ter tido essa batalha e finalmente descobrir o meu verdadeiro potencial como treinadora", respondeu. "Se não fosse por você eu continuaria insegura em relação a meus pokemons. Graças a isso, eu agora sei que estou no caminho certo. Grave as minhas palavras, um dia ainda batalharemos de igual pra igual."

A menina empinou o nariz. Ela estava com o ego ferido, pois esperava que Beth estivesse com um semblante triste após a derrota. Fora um grande golpe para si quando havia percebido que o efeito havia sido o contrário. E isso a irritava.

"Hum. Que seja", disse ela. Então, se cobriu com uma toalha e fora caminhando de volta para a mansão, seguida por seu Inteleon. 

Freddy saiu do chão e fora conversar com ela. "Toma, ainda tem um restinho de revive dentro."

Beth pegou o frasco e deu na boca de seu Skiploom desmaiado.

"Ploommm", soltou ele, ao ser trazido de volta à consciência.
Beth passou a mão em sua flor amarela acima de sua cabeça. A sua relação com o pokémon havia começado de forma complicada, mas agora agradecia por o ter capturado na rota 29. Nem sabia como um dia havia sequer cogitado a possibilidade de o trocar por outro.

Ainda bem que não fiz isso. 

Beth e Freddy voltaram a treinar um com o outro. 

✳️✳️✳️

O sol já estava se pondo quando a governanta, Luciene, vira caminhando com uma expressão furiosa em direção a eles. Em suas mãos trazia duas bandejas, com o que pareciam ser lanches. Os dois estavam descansando no chão, conversando. Eles notaram a mulher vir na direção deles. 

"Oh deuses! O que aconteceu com o jardim, por acaso passou um furacão por aqui?", ralhou ela ao ver a bagunça que se formara no local.

Freddy rapidamente saira correndo em direção a ela, pegando um dos sanduíches que haviam nas bandejas. "Foi mal", disse ele com a boca cheia de pão.

"Mais educação, mocinho. Como o herdeiro dos HighCastle você deve aprender a respeitar os bons modos." Ela olhou para ele, séria. Após a advertência, ela deixou a outra bandeja no chão do gramado. "Esse é para os Pokémons".

Em seguida, todos os Pokémons soltos ao redor partiram rapidamente em direção ao objeto depositado, aproveitando enquanto podiam as berries cristalizadas trazidas. 

Freddy revirou os olhos.

A empregada veio em sua direção e a entregara um dos sanduíches para Beth. Ela aceitou.

"Aonde está a Dorothy?", perguntou ela.

"Foi lá para dentro, com aquela cara irritada que ela sempre faz", explicou Freddy. "Não sei porque ela é tão chata assim."

"Bom, devo procurar ela antes que o sanduíche acabe esfriando."

Dessa forma, Luciene retornou para o lado de dentro da residência.

Beth olhou para o seu sanduíche. Entre os dois pães havia uma camada, do que parecia ser, queijo de Mareep, presunto de Mankey e tomates.

Ela deu uma mordida.

Freddy havia sentado novamente para comer o seu sanduíche. Beth fez o mesmo.

Quando Beth terminou de mastigar o pedaço mordido, ela lembrara de algo que estava preso na ponta de sua língua.

"Freddy... o que significa golpe crítico?", perguntou ela.

Ele olhou para ela.

"Sério que você não sabe o que é um golpe crítico?"

Se soubesse não estaria perguntando. Ela apenas acenou a cabeça em confirmação.

"Bom... um golpe crítico é o ápice na escala de poder alcançado por um movimento usado por um pokémon", explicou ele enquanto comia seu sanduíche. Beth conseguia ver o queijo grudado no seu dente enquanto ele falava.

"O poder desse tipo de golpe é maior do que a média comum. Além de causar mais dano e ser mais poderoso, ele também ignora a mudança de status de um pokémon oponente, o fazendo ser muitas vezes letal."

Interessante, pensou ela. Tinha que guardar aquela informação, pois ela poderia ser de grande utilidade futuramente.

"Agora entendi o porquê daquele último golpe do Inteleon ter causado tanto dano, apesar de ser do tipo água e meu Skiploom resistir a ele."

O garoto havia terminado de comer o lanche. "Isso. Além disso, a Dorothy usou uma estratégia para aumentar a probabilidade de um golpe ser crítico."

Beth franziu o cenho em curiosidade. "Qual estratégia?"

"Ela utilizou o Energia Focalizada para aumentar a taxa crítica do seu Inteleon. Além disso, O golpe Tiro Certeiro tem uma alta taxa de acerto crítico. Acho que nem preciso dizer pra você qual o objetivo dessa estratégia..."

Entendi!, Beth finalmente havia decifrado a combinação utilizada por Dorothy. "A junção do Energia Focalizada e o Tiro Certeiro aumentam a probabilidade do golpe crítico drasticamente! Isso significa que as chances de um golpe ser crítico é de quase cinquenta por cento."

O garoto apenas concordou com a cabeça, sinalizando que não precisava explicar mais nada. "Isso é 1/2 de chances, o que por si só é um número ridiculamente alto."

Beth se sentiu burra por não ter descoberto esse fato antes.

"Aqui está a dica número um para ser uma boa treinadora: conheça e manipule as probabilidades ao seu favor", as palavras voltaram a ecoar em sua mente.

Ela fitou o seu sanduíche por um tempo. O pão começava a esfriar e o queijo havia grudado completamente na massa. 

Tenho que evoluir como treinadora... senão nunca vou conseguir chegar ao nível da liga pokémon..., refletiu ela.

Apesar de ter evoluído muito o seu estilo de batalha, ela sentia que ainda estava muito atrás de todos os outros ao seu redor.
Beth resolveu deixar as suas preocupações de lado por um momento. O resto daquele dia apenas descansaria a sua mente para a batalha que se aproximava cada vez mais. E, para isso, precisava estar preparada tanto fisicamente quanto mentalmente. 

Ela comeu o sanduíche.

~~~~~~~~~~~~~~~

Arigatoooooooo mister robo bobo. E essa batalha da Beth e da Dorothy? Juntando o ego das duas dá para construir uma fábrica com estoque infinito -q. Ansioso pelo que essa nova rivalidade vai proporcionar. O próximo cap tem a volta do rival mais pnc do mundo vulgo HAROLD BRONZE e uma batalha... em dupla!? Agora fiquei curioso!


Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top