21. Caça aos Insetos!

Beth viu uma comissão caminhar para a direção da aglomeração de treinadores.

Quatro pessoas, três homens e uma mulher, pararam em frente deles.

Um deles falou: "Atenção! Atenção!". As conversas cessaram e todos prestaram atenção nos recém chegados. "Nessa bela Quinta-feira, estou aqui para oficializar mais uma edição do Concurso de Captura de Insetos."
O homem limpou a garganta e, então, continuou: "A maioria de vocês já devem estar cientes das regras. Porém, como manda o protocolo, a cada edição eu devo esclarecer-los sobre elas e o funcionamento da competição, caso existam aqueles que ainda tenham dúvidas ou sejam novatos."

Ele começou a explicar todas as regras. Freddy já havia a explicado todas enquanto esperavam, então mal prestou atenção em tudo. 
"Bom, agora que já esclareci todas as cláusulas, é meu dever apresentar os avaliadores dessa edição!"
Beth olhou para os outros que o acompanhavam.
Um deles usava um óculos e gravata, em conjunto com paletó. O outro era um homem que Beth julgou ser um jardineiro. E, por último, uma mulher. Ela usava uma espécie de roupa de escoteiro verde e possuía cabelos curtos da mesma cor.

"Com vocês, devo a honra de receber, Cameron!", disse o homem apontando para o de óculos e paletó. O homem sorriu e acenou com a mão.
"Rômulo!", dessa vez ele apontou para o que parecia um jardineiro. O homem continuou sério.

"E por último, mas não menos importante, Bugsy!", ele apontou para a mulher.

Bugsy... espera ai, pensou Beth. Será que poderia ser quem estava pensando que era. Se não se enganava, aquele era o nome do líder de ginásio de Azalea. Ela não sabia se estava surpresa pelo fato de encontrar o treinador ali ou pelo fato de o ter confundido com uma mulher.

Os treinadores ao seu redor começaram a repercutir a presença de Bugsy.

"Uau, não é todo dia que a gente encontra um especialista em Pokémons insetos como o Bugsy aqui."

"Acho ele tão fofinho... quase sempre esqueço que ele é um homem."

"Será que ele vai gostar do Pokémon que eu vou capturar?"
Beth olhou para o líder que estava claramente envergonhado com a atenção recebida.

O mediador da competição voltou a falar: "Bom... agora que já apresentei aqueles que farão parte da bancada de avaliadores, vamos começar com a distribuição das pokébolas!"
Dois ajudantes começaram a entregar as pokébolas para os participantes. Eles logo chegaram aonde Beth estava e entregaram em sua mão seis pokébolas.

"Não esqueçam de entregar as pokébolas não usadas no final do concurso!", falou a ajudante que a entregou a pokébola.
Beth olhou para a esfera. Parecia uma pokébola normal, com exceção do símbolo com as iniciais PN cravado em seu topo.
"É uma pokébola exclusiva daqui", disse Freddy, a espantando. Estava tão focada nas conversas paralelas que esquecera da presença do garoto.

"Deu para perceber..."
Guardou elas no bolso de sua bermuda.

A ajudante entregou as pokébolas para ele.

"Você também vai participar?", perguntou Beth com as sobrancelhas franzidas.

"Não tenho nada melhor para fazer mesmo... então sim."
Beth apenas concordou.

O organizador voltou a falar: "Bom... agora que todos estão com as suas pokébolas prontas, podemos iniciar", anunciou ele. Os olhou com um semblante sério.

"Só preciso os lembrar uma última vez que é estritamente proibido capturar mais de um pokémon. Não poderão ser feitas batalhas entre Pokémons para facilitar a captura, vocês terão que contar apenas com a sua habilidade e, talvez, um tiquinho de sorte." 

O homem olhou seu relógio.
"Sequer pensem em trapacear e sigam as regras. Acreditem, ou não, mas nós temos meios de saber se elas foram quebradas. Bom, agora atenção. Em suas marcas... "

Beth se preparou para sair correndo ao anúncio do início da competição.

"Aprontar... Está iniciado!"
Então, a aglomeração de treinadores começou a correr para todos os lados. Todos apressaram-se para tentar cumprir o desafio a tempo.

✳️✳️✳️

E

la se esguiou pelo chão, calmamente, tentando não fazer barulho.

O arbusto aonde esta escondida estava a causando coceira, porém, fez o máximo de esforço para não se mexer.

Agora.

Mirou a pokébola e atirou no Beedrill. Porém, o pokémon se antecipou e esquivou. Em seguida, saiu voando fugindo pelo céu.
Droga, pensou ela.

Já havia gasto quatro pokébolas e ainda não conseguira capturar um pokémon só.
Para se ter ideia, ela sequer conseguiu capturar um patético Metapod. E aquilo era humilhante por si só. 

Ela saiu do arbusto e deitou no chão, cansada e suando.
Olhou para o relógio no seu pulso.
Já haviam se passado duas horas desde o começo da competição.
Seria mais fácil se eles deixassem a gente usar nossos Pokémons, pensou ela. Não entendia o porquê da regra, mas chegou a conclusão que deveria ter algum sentido.

Ela viu um Heracross passar voando e pousar em cima de uma árvore.
Beth levantou e olhou para o pokémon que cravava sua boca no tronco da árvore.
Aquilo parecia um deja vu.

Dessa vez não vou deixar ele escapar. 

Cuidadosamente, caminhou nas pontas do pés e parou perto da árvore. Retirou a pokébola do bolso. Era a penúltima, depois daquela só restaria uma.
Destravou a pokébola e mirou.
Então, jogou a pokébola em direção do Pokémon. Ele foi sugado. A pokébola caiu no chão e começou a mexer e emitir um ruído mecânico.

Isso!

Beth olhava esperançosa, enquanto a pokébola remexia e piscava com uma luz vermelha.
A captura não fora um sucesso.
O Pokémon saiu da pokébola e fugiu voando pela floresta.

Fala sério.

Seus joelhos cairam no chão.
Começou a achar que aquela espécie de Pokémon deveria ter algum tipo de karma contra ela.
Ouviu o som de algo vindo de perto. Parecia ser um guincho de um Heracross. 

Ela levantou e correu para ver do que se tratava.
Não muito longe dali, um Heracross estava coberto por uma forte rede de metal. Ele se mexia violentamente, tentando se livrar as amarras.

Beth assistia tudo, escondida por detrás de uma árvore. 

"Isso!", comemorou o garoto. Beth percebeu que ele era apenas alguns palmos de altura menores que ela.

Em seguida, ele pegou algumas berrys que havia em sua pochete e deu na boca do Pokémon. O Heracross se aquietou.

"Bom garoto."

Beth não entendia nada. Por que ele havia capturado o inseto na rede para, depois, o alimentar com berrys? 

O garoto tocou com a pokébola no pokémon. A pokébola remexeu brevemente e então parou, informando a captura.

Ela saiu detrás das árvores e se revelou.

"Como... você conseguiu capturar ele?", perguntou. "Eu joguei a pokébola mas não deu em nada..."
Ele olhou para ela, a notando.
"Primeiro você deve ganhar a confiança...", explicou ele. "E depois, só então, quando tiver certeza que o conquistou... você o captura."

Beth anotou mentalmente as dicas.

"Como você sabe dessas coisas?"
"Eu posso ser jovem... porém, um dia, ainda quero me tornar o maior capturador de insetos do mundo!", disse ele com determinação. O garoto pegou sua rede e guardou na sua mochila. Em seguida, guardou a pokébola. "Esse é o meu sonho. Grave o meu nome. Trant, o caçador de insetos."

"Então tá...", respondeu ela, revirando os olhos internamente. 
"Vejo você na fase dos resultados. Até mais!", despediu-se ele. Então, correu em direção do ponto central do Parque Nacional, onde provavelmente já estavam reunidos os treinadores que já terminaram com as capturas.
Beth prosseguiu a caminhar pela mata, em busca de qualquer Pokémon inseto que fosse.

✳️✳️✳️

O Butterfree bebia a água acumulada no chão da floresta.
Havia algo de diferente nela, porém, Beth estava concentrada demais para descobrir o causava aquela sensação de estranhesa.
Olhou no seu relógio de pulso.
Faltavam dez minutos para o fim da competição.

Preciso me apressar.

Ela saiu do arbusto lentamente. Teve um impulso de atirar a pokébola no pokémon, porém, lembrara do conselho dado pelo garoto que encontrara não fazia muito tempo.
"Primeiro você deve ganhar a confiança...", lembrou das palavras ditas por ele.

Calmamente, ela abriu sua mochila e pegou algumas berrys que não tinha comido.
Pegou um verde.

Sitrus Berry.

Se não se enganava, aquela berry era uma das mais deliciosas que comera. 
Caminhou lentamente em direção do Butterfree.

A borboleta notou sua presença e parou de beber água do chão. Em seguida, a olhou. Beth sabia que ela estava olhando desejosamente para a Sitrus Berry em sua mão, não para ela.

Então, jogou a berry próxima a ela.
O Butterfree se espantou momentaneamente, batendo as asas e ameaçando fugir. Porém, ele continuou no mesmo local olhando para Berry.
Anda logo...

Após alguns segundos, o Butterfree tomou coragem para ir atrás da Berry. Começou a comê-la.

"Quer mais?", disse Beth. Ela pegou outro punhado de berrys da mochila e exibiu na sua mão.
"Butterfreeeee!"

O Butterfree saiu voando e fora parar na sua frente. Então, começou a comer as frutinhas da sua mão.

Agora.

Beth pegou sua pokébola e, delicadamente, tocou no Butterfree o qual comia as berrys, descontraída.

A pokébola piscou por alguns segundos. Ela parou.

Beth pulou de entusiasmo, feliz com a captura. 

Era incrível como a sua equipe estava crescendo gradualmente. Ela começara sua jornada sem nenhum pokémon, e agora tinha uma Skiploom, um Tyrogue e um Butterfree.

Espero que venha mais. 

Ela lembrou do tempo da competição.

Tenho que ir!

Então, partira correndo em grande velocidade em direção da grande fonte, temendo ser desclassificada pelo limite de tempo.

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Feliz natal minha gente. Confesso que não esperava ver a-, ops, o Bugsy aparecer nesse capítulo. E aqui apresento o resultado da primeira interação. Com três votos a um, o Butterfree foi o vencedor e agora faz parte da equipe da Beth! Gostaram? Se não, esperem até a próxima enquete para votar no seu favorito! Até a próxima. 

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