20. O Parque Nacional
Ela ouvia a música que tocava na estação de rádio. Em sua mão, carregava algumas berrys que havia coletado de um arbusto qualquer.
Era uma melodia vibrante e animada, cantada por uma voz jovem e aguda.
Pokémon Lullaby, lembrou ela. Ainda não entendia como as pessoas não enjoavam do som da música, já que ela tocava quase todo santo dia.
Beth chupou uma berry. Em seguida, jogou o caroço no chão.
Freddy andava ao seu lado, segurando a sua pokégear enquanto guiava a sua bicicleta com as mãos.
A música de repente foi interrompida.
Uma voz começou a narrar: "Bom dia habitantes de Johto e proximidades! Nesta bela manhã de uma ensolarada quinta-feira, com uma temperatura de aproximadamente 24° celsius, está começando mais uma edição do noticiário local mais escutado e confiável..."
Beth prestou atenção no noticiário.
"Nos destaques do dia de hoje, polícia investiga caso de roubo no laboratório do consagrado professor Elm, especialista em cruzamento entre Pokémons. O caso ocorreu na cidade de New Bark, em seu laboratório. Ainda não existem suspeitos, porém, a polícia..."
Beth tinha que agir rápido.
Institivamente, ela tomou o aparelho da mão do garoto e apertou em vários butões de uma vez só.
A estação mudou para alguma qualquer.
"Por que você fez isso?", indagou Freddy, desconfiado.
"É que... eu acho esses jornais muito chatos...", mentiu ela.
"Prefiro o programa dos quizes, ele é mais divertido."
Ele levantou as sombrancelhas. Porém, não perguntou mais nada.
Beth devolveu o aparelho para ele.
Para sorte de Beth ele ainda não havia ligado os pontos. Se relacionasse o caso do roubo com a sua fuga de New Bark, Beth saberia que logo descobriria que fora ela a responsável por furtar o ovo de Elm.
Do nada, Freddy desligou seu pokégear e subiu na bicicleta. Então, começou a pedalar velozmente.
Aonde ele vai?, pensou Beth.
Não demorou muito e ele voltou pedalando, ofegante.
"Existe... Uma grande... Construção pela frente", falou ele, pausadamente. "Chegamos no Parque Nacional!"
Beth pegou seu mapa na mochila e olhou.
Parou no ponto onde a rota terminava e dava direto no local identificado como "Parque Nacional".
"Isso é bom, significa que já estamos na metade do caminho", respondeu Beth. "Vamos lá"
Após guardar o mapa, Beth começou a correr em direção do grande reservatório de vida selvagem.
A trilha ao qual chegaram dava em um grande portão escrito "Parque Nacional". Na entrada, existia uma guarita. Quando chegaram perto da guarita, um guarda apareceu através do vidro.
"Bem-vindos ao Parque Nacional. Estão aqui para o concurso?"
Beth franziu a testa em confusão.
"Não sei qual tipo de concurso você está falando... Nós só queremos atravessar para Goldenrod."
O homem respondeu: "Nesse caso, sintam-se a vontade para adentrar."
Assim, os dois continuaram a caminhar.
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O
grande parque ocupava uma área enorme.
Havia trilhas de tráfego para pessoas, compostas de vários pedaços de rochas.
Enquanto Beth caminhava, observando ao seu redor, não pode deixar de notar que haviam várias pessoas conversando em clima descontraído.
Sentados em bancos, haviam vários jovens casais, famílias em férias, jardineiros cuidando das plantas, a variedade era tanta que a fez se sentir zonza tentando notar tudo.
Ela passara tanto tempo em rotas semi desertas, com exceção de ocasionais treinadores que apareciam uma vez ou outra, que se desacostumou com a presença de multidões. A súbita mudança da atmosfera a causou estranhamento.
"Esse lugar é enorme", falou Freddy. "Confesso que é a primeira vez que venho aqui... apesar de morar perto só havia ouvido boatos de como era.
Um casal de Butterfree passou voando sobre os dois, derramando um pouco de pó sobre a sua cabeça.
Beth limpou o pó da cabeça.
"Segundo o mapa, se nós continuarmos seguindo para sul estaremos perto de Goldenrod em poucos dias", falou ela.
Continuaram caminhando.
Chegaram perto de uma fonte aquífera. Perto delas, um bando de Sunflora apreciavam o sol enquanto pequenos Sunkern tomavam banho na água.
"Vamos parar um pouco... Esse sol está de matar", avisou Beth. Ela olhou para o céu, protegendo os olhos com a mão. O sol brilhava forte, enviando fortes raios solares por toda parte. Sua pele ardia.
Os dois acharam um banco protegido por uma árvore e sentaram.
Freddy pegou algumas berrys que tinha consigo e começou a comer.
Beth estava morrendo de cede. Pegou sua garrafinha da bolsa e levantou.
"Vou colocar um pouco de água na minha garrafa", avisou ela.
O garoto apenas acenou a cabeça enquanto chupava o suco das berrys.
Beth se dirigiu até a fonte. Ao chegar, mergulhou a garrafinha sob as águas e a encheu. Em seguida, bebeu a água e fora preenchida pela sensação de saciedade.
Ela reparou que uma pequena aglomeração se reunia perto dali.
Treinadores, ao que aparentavam, em sua maioria, serem caçadores de insetos. Eles se reuniam e conversavam entre si. Vestiam chapéus sobre as suas cabeças e, alguns deles, carregavam consigo instrumentos de captura de Pokémons.
Curioso.
Beth decidiu investigar sobre o que se tratava.
"Ouvi falar que o prêmio principal de hoje será uma espécie de pokédex", ouviu um jovem falar para outra jovem. "Ultimamente os Heracross estão valendo mais pontos que os Pinsirs."
"Acho que vou tentar capturar um Venomoth... Mas quase nunca tenho sorte. Sempre acabo pegando, ou um Beedrill, ou Butterfree. E, você sabe, eles quase não valem muito."
"Isso é verdade."
Beth caminhou para outro lado da organização.
"Cara, eu sempre capturo os melhores pokemóns na ala oeste... a ala leste geralmente está infectada de Pokémons inúteis como Metapod e Kakuna."
"E qual isca você está usando ultimamente?"
"Eu estou usando alguns tipos de berrys especiais... mas os pokemons parecem estar espertos demais para o meu gosto ultimamente. São poucos que caem nas armadilhas que eu faço."
Beth não estava entendo nada sobre o burburinho.
Por fim, decidiu voltar ao banco aonde deixara Freddy.
"Você demorou", disse ele quando ela se sentou ao seu lado no banco.
"Acabei indo verificar um negócio... Ei, você sabe o porquê todos aqueles treinadores estarem reunidos ali perto da fonte?", perguntou Beth, curiosa.
O garoto a olhou com seus olhos negros.
"Treinadores... Ah, você deve estar falando sobre os caçadores de insetos. "
"Sim."
“Bom, eles estão aqui para participar do Concurso de Caça aos Insetos."
"O que é isso?"
"É uma concurso que ocorre toda a semana, na terça, quinta e no sábado", respondeu ele. "É uma competição onde os participantes devem capturar um pokémon inseto no limite de tempo de três horas. O Pokémon é avaliado por uma bancada de especialistas.
Aqueles que tiverem capturado os Pokémons considerados mais fortes e valiosos ganham prêmios."
Beth subitamente se interessou no assunto.
"Quais tipos de prêmios?"
"Dinheiro, itens para Pokémons, pedras evolutivas, esse tipo de coisa", explicou ele.
O instito de Beth apitava.
Se eu ganhar dinheiro eu posso voltar a apostar em batalhas contra outros treinadores, pensou ela. Se conseguisse dinheiro o suficiente não precisaria mais depender do garoto. Afinal, uma hora ou outra, estariam trilhando caminhos separados. Até lá deveria estar preparada.
Além disso, se o boato que ouvira fosse verdade, poderia até conseguir uma pokédex.
Freddy pereceu ler sua mente.
"Você não está pensando em participar... ou está?", disse ele.
"Você sabe que a maioria dos competidores são profissionais e passam a vida se dedicando a isso... né?"
Beth levantou e olhou para ele, determinada. "Bom... não custa nada tentar."
Ela ajeitou seu chapéu sobre a cabeça.
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Eita! Será que a Beth vai conseguir vencer o concurso? Veremos... E essa cidade de Goldenrod que parece se localizar no fim do mundo? Hashtag #CheguemLogoemGoldenrod
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