18. Emboscada
Beth esfregou os olhos, ainda processando a informação. Ela puxou as cobertas e olhou. O lugar, aonde estava seu ovo na noite anterior, agora se encontrava vazio. Apenas pedaços de cascas, quebrados, restavam.
Finalmente nasceu, chegou a conclusão. Olhou por todo o interior da tenda, para ver se avistava o Pokémon chocado. Porém, não havia nenhum sinal de vida que não fosse Freddy roncando e babando enquanto dormia.
Ela levantou e foi procurar do lado de fora.
A chuva caia torrencialmente em sua cabeça, molhando seus cabelos ruivos.
O lugar continuava do mesmo jeito o qual se lembrava. Os restos das brasas da fogueira eram carregados pela água da chuva em uma vala que descia para o fundo da floresta.
Beth olhara o chão em busca de pistas. Ela achou algumas marcas de passos afundadas no solo elamaçado.
Deve ser um bípede, pensou ao notar que o padrão das pegadas eram de dois pés.
Beth entrou apressada novamente na barraca.
Pegou seu chapéu branco e fez o movimento para sair da barraca, até ouvir um som de bocejo
"Onde você vai?", perguntou Freddy ainda sonolento.
Beth olhou para o menino.
"Meu ovo nasceu."
Ele pareceu acordar de vez ao processar a sentença.
"O ovo chocou." Freddy esfregou os olhos e olhou atentamente para ela. "Onde está?"
Ela respondeu: "Esse é o problema. Eu acordei e percebi a casca do ovo quebrada. Mas ainda não vi nenhum sinal do filhote." Beth pegou seu chapéu branco e colocou sobre sua cabeça. "Acho que ele acabou saindo da barraca. Estou indo atrás dele."
O menino se levantou aos poucos. "Espera, eu vou com você! Se formos nós dois temos mais chances de achar."
Beth esperou o garoto se recompor. Em seguida, os dois saíram da barraca, molhados pelas gotas da chuva as quais caiam com intensidade.
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B
eth seguia as pegadas. Logo atrás, tremendo, estava Freddy.
"Atchim", ouviu ele espirrar atrás de si. "Acho que peguei um resfriado."
Beth nem prestou atenção no que ele havia falado.
Mesmo estando encharcada, ela estava preocupada demais em seguir o rastro deixado pelo Pokémon para se atentar ao mundo a sua volta.
As pegadas desapareceram.
"Estranho", disse.
"O quê?", indagou Freddy.
"Os passos desapareceram aqui... não faz sentido. A não ser que o pokémon seja um tipo que flutua ou voa, ele não poderia simplesmente ter deixado de caminhar a pé... Senão teria feito isso desde o começo."
Beth olhou para o redor da floresta.
Por todos os lados haviam pinheiros, o que dava uma sensação de perdição.
" Ai", falou Freddy repentinamente.
Beth irritou-se.
Estou preocupada em procurar e esse idiota só está me atrapalhando, pensou ela. Logo se arrependeu de o ter deixado a acompanhar. Até o momento só havia reclamado e dito coisas óbvias, sua presença e sua ausência era a mesma coisa do que nada.
"Beth...", falou ele sem terminar.
"Com licença. Não sei se você percebeu mas, no momento, eu estou concentrada tentando desvendar o porquê de as pegadas terem desaparecido", respondeu, deixando transparecer a sua irritabilidade. "Se não for incomodar muito você poderia, por favor, ficar calado?"
Não demorou muito e ele respondeu: "Acho que você vai querer saber disso..."
Beth suspirou. Então, virou para ele.
O menino olhava para o céu. Beth o seguiu com o olhar.
Nas copas das árvores, presos à teias, haviam vários Caterpie, Weedles e um pokémon que não reconhecera. Estavam se debatendo, tentando se libertar das redes que os prendiam.
Será que é ele?, pensou ela, perguntando-se se aquele pokémon era o mesmo que brotara do seu ovo.
Enquanto os dois se perdiam no vislumbre, figuras ocultas os observavam do alto das árvores ao redor, apenas esperando a melhor oportunidade para se revelarem.
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Não acredito que fui trollado ;-;. Quando será que esse bendito Pokémon será revelado? Aguardem o próximo capítulo.
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