16. Harold vs Kris, Parte II

Harold logo se recuperou do resultado da batalha anterior.

Agora vem a batalha decisiva.

Sabia que o segundo round definiria se ele conseguiria derrotar a líder de ginásio, adquirindo, assim, a sua segunda insígnia de ginásio.
Agora o verdadeiro desafio começava. 

"Vai, Meganium!" Kris chamou seu Pokémon para fora da pokébola. 
Interessante.
Só restava um pokémon para ser usado. Aquele que fora seu Pokémon inicial e que, até o momento, só havia o causado decepção.

Harold ainda se lembrava bem do dia em que havia iniciado sua jornada. Quando fora informado que ganharia um pokémon inicial do Professor Elm, já sabia de antecedência qual seria seu escolhido.

Cyndaquil.

Era de conhecimento comum que, entre os três Pokémons iniciais de Johto, o rato de fogo era o mais poderoso. Até o campeão tinha um Typhlosion, o qual havia evoluído de seu Cyndaquil que ganhara de Elm no seu início de jornada.

Então, desde que Gold havia se tornado o campeão da região, a popularidade do Cyndaquil tinha disparado até as estrelas. O sonho de toda criança era ter um Cyndaquil para chamar de seu.
Porém, infelizmente, quando chegara o dia de sua escolha para inicial, o professor havia o deixado por último. Quando fora sua vez de escolher, Cyndaquil já havia sido escolhido por uma garota estúpida que esquecera o nome. No entanto, o problema não era esse.

Apesar de não ser sua escolha inicial, Harold ficaria satisfeito em conseguir um Totodile. Mas até aquilo havia sido tirado dele.

Fiquei com o lixo, lamentou-se ao lembrar que pegara o inicial mais fraco de todos.

Era de conhecimento comum que a Chikorita era o pior inicial, não só de Johto, como de qualquer outra região

No entanto, não tinha tempo para se incomodar com aquilo. Não naquele ponto.Tinha que se conformar com o que havia conseguido, por mais ruim que fosse.

"Não me decepcione, Bayleef!", chamou o Pokémon para fora da pokébola.

A plateia voltou a gritar e torcer para a sua oponente.

"Parece que para o segundo round teremos uma batalha um tanto inusitada!", disse o narrador. "Meganium e Bayleef fazem parte da mesma família de espécie Pokémon. Quem será que sairá vitorioso dessa batalha? Façam as suas apostas."

Harold esperava Kris fazer o primeiro movimento. Dessa vez adotaria uma estratégia mais defensiva.

Defender e desgastar, pensou. Se sua Bayleef apenas se defendesse o tempo suficiente para cansar o Meganium ele com certeza venceria.

Kris ordenou: "Meganium, comece com Folha Navalha."

O Pokémon começou a disparar folhas cortantes em direção do Bayleef. A grande concentração de folhas partira em direção dela.

"Bayleef, Refletir!", exclamou Harold. 

O Bayleef começou a formar um escudo protetor. Aquela defesa a defenderia por, mais ou menos, cinco golpes.

"Boa jogada...", elogiou Kris, sorrindo. Porém, havia confiança em seu semblante. Harold supôs que ela já descobrira sua estratégia e estava pensando em uma forma de a quebrar. "Vamos ver por quanto tempo ela consegue se proteger. Meganium, Pancada Corporal."

O Meganium começara correr pela arena em grande velocidade em direção do Bayleef. O impacto acertou a proteção em cheio, enfraquecendo-a.

"Bayleef, eu não vou perdoar você se acabar cedendo", falou Harold para seu Bayleef.

Não havia mais nada a fazer, a não ser esperar que seu Bayleef aguentasse os ataques.

"Bay Bay!", a Bayleef grunhiu com determinação.

Espero que essa inútil aguente.

O Meganium continuou a atacar o Bayleef protegido pelo escudo proveniente do Refletir.

Ele ouviu o som de algo despedaçando.

Chegou no limite. Era hora de contra-atacar.

"Bayleef, Folhas Navalha!", exclamou Harold.

"Meganium, contra ataque com o mesmo golpe!", dessa vez foi Kris que exclamou.

A Bayleef lançou as folhas afiadas em direção do Meganium que, por sua vez, fez o mesmo. As folhas se chocaram, caindo no chão, sem reação nenhuma.

A voz do narrador falou: "Que é isso minha gente! Uma verdadeira batalha dos tipos plantas, até o momento nenhum dos desafiantes possuí vantagem sobre o outro. Quem será aquele a tomar a dianteira?"

Harold agora teria de passar a adotar uma postura mais ofensiva, com finalidade de botar mais pressão no oponente.

"Bayleef, Investida", comandou ele.

"Meganium, Proteção!", retrucou a líder de ginásio.

O Meganium invocou um escudo temporário e se protegeu do Investida.

Porcaria!, pensou Harold ao ver que a Bayleef havia deixado uma brecha aberta.

"Ótimo! Agora revide com Pancada Corporal."
"Bayleef..." Não teve tempo de reagir. O Bayleef fora acertado em cheio pelo Pokémon oponente.

O Meganium tinha quase o dobro de tamanho do Bayleef, então o impacto fora forte. A Bayleef sairia voando pela arena. Ela fez uma volta no ar e, então, caiu de cara no chão, guinchando de dor.

"Parece que Kris finalmente superou a margem da igualdade de poder, agora o treinador Harold está em desvantagem!", anunciou o narrador.

O Bayleef continuava no chão, sem forças para levantar.
"Síntese!", ordenou Harold.
O Bayleef fez força para levantar. Com dificuldade, logo ficou em pé.

"Não vou deixar.  Meganium, Folhas Mágicas."
O Meganium lançou a tempestade de folhas brilhantes em direção do Bayleef.

"Bayleef, desvia!", falou Harold. Mas era tarde demais. O Bayleef fora acertado e soltou outro uivo de dor.

Espero que esteja sofrendo mesmo, quem mandou ser inútil!, pensou Harold, furioso. Era tudo culpa dela que sua estratégia não estava funcionando. Se tivesse escolhido um Cyndaquil isso não estaria acontecendo.

"Bay-Bay", soltou o pokémon jogado no chão. 

"Parece que a Bayleef ficou gravamente ferida com o Pancada Corporal, será que chegamos ao fim desta batalha?" 
Harold interveio: "Bayleef... Se você não levantar eu nunca vou perdoar você."

O garoto olhava o pokémon estupidamente se remexendo no chão, tentando levantar.

"Bay... Bay...", guinchou ela em som baixo.

Harold gritou: "ANDA, LEVANTA SUA INÚTIL! VOCÊ QUER SER FORTE OU NÃO?"

"Bay...", soltou a Bayleef fazendo forças para se levantar. Lágrimas começaram a sair de seus olhos. 
Quando finalmente achou que ela tinha forças para levantar, o pokémon caiu de novo.
"Você não deveria tratar seu Pokémon assim", falou Kris do outro lado da arena.

Harold olhou para ela, sério.
"Me poupe da sua lição de moral", respondeu.

Ela balançava o rosto em sinal de desaprovação.

"Percebo que seu Bayleef se esforça demais em ser forte e corresponder as espectativas que você deposita nela." Kris olhava para o pokémon deitado no chão, tentando a todo custo arranjar forças para levantar. "Apesar disso, você a trata como nada mais do que uma ferramenta e não chega a sequer reconhecer o valor de todo seu esforço em se mostrar forte e digna de afeição."

O público começou a vaiar-lo.

Idiotas, todos eles!

A treinadora continuou com o seu discurso moralista: "Treinadores que maltratam e humilham seus Pokémons são piores do que lixo. Você sequer merece ser chamado de um." Sua voz era severa.
Harold chamou a Bayleef de volta para a pokébola. Já estava de saco cheio de tudo aquilo.

"Cuide da sua vida", falou por fim, antes de dar as costas e partir para fora da arena.

Ouviu o narrador falar às suas costas.

"Que rumo inesperado minha gente! Parece que o treinador oponente resolveu, simplesmente, deixar a arena de batalha. Seria isso uma desistência!? "

Harold deixou a arena ao som das vaias que aindam ressonavam por toda a sua volta.

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MEU DEUS QUE ÓDIO DESSE HAROLD AAAAAAAAA #RespeitemaChikorita #ChikoritaMelhorInicial. Nos vemos no próximo capítulo, de volta com nossa vilã-heroína favorita-odiada Beth!

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