Profano
Falo de facadas, correntes, cigarros, álcool, drogas, sexo, tudo que é profano, mas quando reviro os olhos, e me enforco no meu próprio crucifixo, veem em mim apenas o reflexo do sagrado, e de tudo que é sentido, e que jamais poderia ser tocado.
O gosto do beijo no altar, não tem a mesma intensidade que aquele que ganhei no balcão de um bar.
O amor puro não tem o mesmo prazer do que fizemos escondidos em um beco escuro.
Os corpos quentes, suados, melados de sangue e do gozo a pouco tempo derramado, tão belos juntos quanto quadros recém pintados.
Me use como se fosse um objeto, rasgue a pele como se fosse papel, me torture e me dome por completo, me faça ser somente a ti fiel.
Da tua boca quente sobre cada corte, ao delirar me fazia perceber que você era a minha grande sorte.
Das minhas unhas curtas rasgando tua pele, sabias que nossa presença qualquer santo repele.
De palavras sagradas usadas como blasfêmia, a xingamentos usados como oração, quem poderia criticar, se nosso sexo, nada mais era, do que nossa própria religião.
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