De qual altura eu precisaria cair, para a iluminação divina surgir?
Um anjo não falharia, um anjo não deveria se punir.
As asas são frágeis, mas aos toques são mais que sensíveis.

Só a boa sensação dos cortes, com sangue misturado ao álcool.
Para mim ainda eras um farol, mesmo com todos os flertes, e o perigo de morte.

Mas de uma coisa eu preciso que saiba, para que nada fique com pontas soltas, e que dessa maneira não tenha mais revoltas.

Saiba que ainda sonho com você, sonho o suficiente para saber que você não quer mais me ver.

Mas quem sabe se você me ligasse sem querer, se tentasse perceber.

Talvez eu me doasse para ti outra vez, quem sabe se você aceitasse, que ela ficaria bem melhor como sua ex.

Me diz, eu seria um tesouro para ti, se ela simplesmente deixasse de existir.

Mas não me importa, já que você não liga que eu escreveria certo por suas linhas tortas.

Eu preferiria você gritando, brigando, me batendo, de forma doente me amando.
Do que te ver longe, tendo com ela a paciência e a devoção de um monge.

Eu não era nada mais que um anjo caído, onde o vinho tinto do meu sangue estava pronto para ser por ti consumido.