Cortes? Tapas? Agulhas? Pretende me assustar com apenas ameaças?
Tente a sorte, me atinja com suas facas.
Que eu vou me derramar em prazer como um pagão no leito de morte.

Amarrado a você como uma doença, apegado, como um católico é a sua crença.
Mas eu não sou um deus, e olha só! nossos sentimentos carnais são ateus.
Mordidas quase canibais, meus pecados já não importam mais.

Você de novo a minha frente, vejo seus pontos fracos, como se fosse transparente.
Ordens, pedidos, sangue, os gemidos.
Espancado, cortados, de corpo cansado.
O desejo era imoral, nossa união imortal.

Seus dedos me controlavam, como se eu fosse uma marionete, meus gritos ecoavam, nossas roupas largadas no carpete.

Você liberava o pior de mim, como que podia me fazer gozar tão fácil assim.
Éramos demoníacos, nosso sangue junto ao whisky era o mais puro dos afrodisíacos.

Tudo planejado, você armado para me matar, eu pronto para te manipular, te fazer mudar, te forçar a me amar.