Agora já é tarde.
     Creio que três poesias foram o bastante.
     Em meus olhos, sem muito alarde,
     A água corre a todo instante.

     Espero que o dia traga a paz,
     Espero que o sol me traga o remédio.

     Pois meu peito não suporta mais,
     desta dor, ser intermédio.

     É como nadar e morrer à beira da praia.
     É como voar e cair no chão.
     Só quero que essa tristeza saia,
     E liberte-me dessa terrível solidão.

     Sim, mesmo acompanhada,
     Sinto-me sozinha neste momento.
     Talvez o problema seja interno,
     E a culpa é desse peso que carrego aqui dentro.

     Não vou me estender.
     Tenho de dormir, amanhã não posso mostrar fraqueza.
     Peço que depois de ler,
     Não tome para si minha imensa tristeza.

     Use estas palavras como um conforto,
     Imagine então que muitos agora choram também.
     Não permaneça absorto,
     Às dores e aflições de alguém.

     Ainda vai demorar um tempo,
     Para que fique tudo bem.
     Para que meu coração esteja cem por cento,
     E eu consiga enxergar, desta dor, além.