A dor ecoa,
Os tendões inflamam, ameaçam se partir,

Mas se regeneram.

O amor a saúde reina,

Os frutos imaginários brotam,

Da loucura ao orgulho, ao alívio,

Passageiro,

 A dor retorna, nunca se foi,

Mais leve, contudo,Insistente, 

como um mosquito.

No fundo sabe que a eternidade é uma ilusão,

Mas mesmo assim sofre,

Agonia-se, esmurra o ar, chuta o azar,

Nada acorre.

Perde-se, esvazia-se, se atira aos prazeres,Se arrepende, 

torna a poesia,

A arte o percorre por toda parte de sua alma,

Só nela vê sentido em sua existência doente,

Quebrada,Vale tudo, e ao mesmo tempo nada.

Sorri.

Seus versos não o decepcionam,

Saudades daquela que se nomina Ruby,

Saudades que não o motivam a ir procura-la.

A vida é uma jornada, Onde as escolhas que os outros fazem,

Não alteram drasticamente seus passos,

Acabados, sem rumo,

Não se sente parte do mundo.

A dor o lembra de tudo que esqueceu e deixou,

O arrependimento perdeu toda força que tinha,

Agora ele engatinha,

Rumo ao que não foi planejado.