O relato de uma parede
Coma vai você?
A dias que não lhe vejo;
A dias que não lhe enxergo;
Quem seria você?
Algo ressoa em sua presença.
Quem sou eu?
Um eterno questionamento.
Meus braços contornam o inexistente;
Contenho um vazio latente,
Que me faz refletir;
O certo? O errado? Não estaria o mundo quebrado?
Seus conceitos esbanjam nenhum nexo,
Por que continuo vidrado?
Com meu atual reflexo?
A cada passo na realidade, meu ser é afundado pela gravidade,
Sinto de verdade, como se quisesse sumir,
Mas no fim, acabo aqui, adentrando universos mais interessantes,
Largando eu mesmo,
E este flutua a deriva, no mar caótico chamado vida.
Uma ilha seria a solução? não, seria apenas uma desculpa.
Por que as lágrimas caem?
Não são tristes;
Não são arrependidas;
Não são alegres.
Lagrimas insistentes.
Lagrimas inatas, segundo uma certa poetiza.
Caem para cima, flutuam para o céu,
Para onde ninguém enxergará,
Sendo encobridas por um sorriso,
E um monte de palavras genéricas e vazias.
Meu olhar vai de encontro a parede,
A pintura mal feita arranca de mim alguns risos,
Mas no fim ela me define,
Uma existência mal-acabada,
Uma existência forte, e ao mesmo tempo fragil,
Uma existência inexistente.
Uma parede, nada mais que uma parede,
Que fracassou em ser colorida corretamente.
Mas olhando bem... até que ela tem o seu próprio charme.
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