Oi
Não sei como vou te dizer isso;
Entenda, às vezes é bem difícil;
Pensei que tudo era tão fictício;
Até que provei um pouco disso.

Não sei o que tem em mim;
Ou o que há em você;
Um sentimento confuso sem fim;
Que me leva a loucura por não entender;
Não sei o que me faz sentir desse jeito;
Com esse leve arrocho em meu peito;
Mas também acho que não preciso saber.

Não deve ser sua beleza;
Muito menos sua inteligência;
Longe de ser sua fraqueza;
Quem sabe seja sua experiência;
Fico sem saber o que me algema;
A essa existência extrema;
Que me tira tanto a paciência.

Minha incerteza é ilógica;
O que me prende a ti?
Por mais que abram a porta;
Não existe lugar para ir;
Como negativo e positivo;
Ou talvez magnetismo;
Sempre vou estar aqui.

Entre lágrimas, sorrisos e abraços;
Por que eu escolhi os seus?
Acho que foi por causa dos espaços;
Que você perfeitamente preencheu;
Como num encaixe perfeito;
E sem nenhum outro jeito;
Mais clichê que Julieta e Romeu.

Pela calma e desentendimento;
Pelo desordem e segurança;
Por perdão e ressentimento;
Pela confusão e esperança.

Por cada momento incrível;
Também por cada piada horrível;
Por você ser insubstituível;
Por ser às vezes insencível.

Por ser incrivelmente amável;
Por ser muito insuportável;
Pelo caráter invejável;
Por seu temperamento instável.

Por me trazer a alegria;
Por me ajudar na tristeza;
Por me tornar rico todo dia;
Mas não falo de ouro da nobreza;
Somos ricos da boa saúde;
E que isso nunca mude;
Até o dia que aqui não esteja.

É impossível resumir tudo que sinto;
Ou eu apenas não consigo falar;
Como se fosse até um instinto;
Uma força que não me deixa escapar;
Mas também não quero fugir de você;
Pois só ti me fez perceber;
Que és o que eu quero sempre amar.

Além de tudo, é também espontâneo;
Real motivo de afinidade;
Que ocorre em tempo simultâneo;
Gerando nossa fidelidade;
A importante confiança;
Que nos dá perseverança;
Culminando em reciprocidade.