5-Meeting the jeon family

Boa leitura💞

🎀VOTEM E COMENTEM🎀

As grandes portas de metais correram para os lados e rapidamente um monte de flashes foram em direção e Jimin e Jungkook. O ômega se assustou com tudo aquilo e apertou as mãos de Jungkook com força quando mais e mais flashes foram em sua direção, aquilo parecia não acabar, seus olhos viam tudo escuro por conta da claridade dos flashes. Era assustador.

Suas bochechas estavam vermelhas ao extremo e seus dedinhos amassavam a roupa do namorado por conta de sua timidez, aqueles fotografos o pegou de surpresa. Jimin não esperava um monte de flashes em seu rosto, não esperava ser fotografado.

Jungkook se mantinha de forma ereta e tentava andar o mais rápido possível com Jimin para se afastar daqueles fotógrafos, o alfa percebeu o incômodo de seu namorado e quis sair dali o mais rápido possivel, quando fez isso, foram para uma mesa afastada das outras e se sentaram ali.

Algumas pessoas olhavam para Jimin com curiosidade, alguns se perguntavam; "Quem é aquele ômega?" E outros; "Então foi por esse ômega que o Jeon trocou Seonghwa?" O alfa decidiu puxar a cadeira de Jimin para perto de si e ficou o mais próximo que podia de seu corpo.

O loiro estava espantado com o tanto de olhares que estava ganhando, olhou para suas vestes e se perguntou se estava mal vestido. Jimin não queria agradar ninguém, ele optou por; uma calça de couro preta com um cinto, uma blusa branca sobre medida e uma jaqueta que roubou de Jungkook. Não quis de jeito nenhum usar terno.

O salão de festa estava cheio, pessoas andavam para um lado e para o outro, todos estavam bem vestidos. Os garçons com terno preto rodavam pelo salão sem parar, todos eles eram betas masculinos. Ômegas e alfas podiam entrar no cio a qualquer momento e por isso só tinha garçons betas, eles não entravam no cio.

Uns músicos clássicos tocavam no grande púlpito do salão e os flashes que pegou Jimin desprevenido não paravam de brilhar há cada minuto que as portas do elevador se abriam. Entravam ômegas, alfas e betas bem vestido há todo momento.

Um dos garçons foi até a mesa de Jimin e Jungkook e deixou uma taça de champanhe para o alfa, esse que pediu um champanhe sem álcool para o ômega poder degustar, ele sabia que seu namorado não consumia álcool.

— Por que todos estão me olhando assim? — Jimin indagou, cruzando seus dedos com os de Jungkook em cima de seu colo.

— Porquê você é o ômega mais lindo desta noite. — Falou, beijando os dedinhos gordinhos do ômega.

— Você é tão hilário. — Sorriu sem graça e pegou sua taça quando o garçom voltou, o agradecendo com um sorriso largo. — Os olhares deles parecem de repugnância e alguns de curiosidade.

— Não importa o que os olhares deles dizem, o meu já é o bastante para você. — O ômega jogou uma mecha de cabelo para trás e riu mordendo o lábio inferior.

A música clássica acabou de tocar e passou a ser ouvida uma trilha sonora calma, suave e baixa. Jimin era amante de música calma, trazia paz e calmaria para seu coração.

Olhando para Jungkook, viu o quanto o alfa ficava sexy com terno, suas coxas bem marcadas, seus braços esticando o tecido do terno, suas mãos com veias altas, seu maxilar travado olhando para um canto qualquer do salão, e por último, seu olhar sedutor. Jimin achava aqueles pensamentos tão obscenos e pecaminosos, e como eram.

Uma onda de espasmos passou pelo seu corpo e todos os seus pelos arrepiaram, dos pés a cabeça. Balançou sua cabeça lentamente para não chamar atenção e espantou aqueles pensamentos de sua mente, talvez pensar em gatinhos fofos fosse o bastante para destrai-lo.

— O que foi? — Jungkook indagou quandou voltou com o seu olhar para o ômega.

— Nada, só vendo o quanto lindo você é. — Soltou e nem se deu conta, mas já era tarde para voltar atrás com suas palavras. Quando dizem que pensamentos falam, acreditem.

Jungkook riu abobalhado e pôs seus braços atrás de cadeira do ômega, se aproximando do rosto dele, lentamente. Levou seus lábios até o orelha quentinha e a mordeu, fazendo Jimin colocar as mãos em seu abs, o empurrando lentamente, mas sem sucesso.

— Ver você falando isso me deixa tão bobo. — O alfa falou beijando seu maxilar.

— E essa sua aproximação toda em público me deixa tímido. — Conseguiu, por fim, se afastar de Jungkook.

Os dois só pararam de se encarar quando ouviram um pigarreio em frente a mesa. Jimin olhou para o grande alfa a sua frente e depois para seu namorado, esse que se levantou da cadeira e abraçou o acinzentado extremamente alto.

O alfa era lindo, seu terno preto definia bem o seu corpo, seu óculos o deixava ainda mais lindo, ele era um pouco maior que Jungkook e bem mais forte que o moreno. Ele acabou de comprimentar Jungkook e foi até Jimin, segurando suas mãos e selando seus lábios nela, uma atitude de respeito e carinho.

Suas mãos eram finas e grandes, lindas de se ver, seu cabelo era um cinza azulado, sedosos e lisos. Ele era lindo e um alfa bem atraente.

— Eu sou o Namjoon. — Falou e Jimin sorriu envergonhado.

— Park Jimin. — Falou timidamente.

— Não precisa se apresentar, seu namorado fez tudo isso por você. Já sei até a sua idade. — Jimin riu quando Jungkook deu uma cotovelada no estômago de Namjoon e puxou sua mão lentamente.

— Não dê ouvidos para ele, bebê. — Voltou a se sentar e Namjoon fez o mesmo sentando a frente do casal. — Namjoon é um pouco exagerado.

— Você é um ômega realmente lindo, Jungkook me falou, mas eu achei que ele estava exagerando. É um prazer conhecê-lo pessoalmente Park. — Namjoon aproveitou o silêncio do ômega e pegou uma taça de vinho quando um dos garçons passou ao seu lado. — Ele é um alfa sortudo.

— Obrigado. — Suas bochechas estavam queimando diante as palavras do Kim. — Você também é um alfa bonito.

— Ei! Eu ainda estou aqui. — Jungkook falou com um certo ciúmes, arrancando uma gargalhada de Namjoon e um mínimo sorriso de seu ômega.

Jungkook não estava com ciúmes, ele confiava de olhos fechados em seu primo e também sabia que seu ômega foi apenas educado ao devolver o elogio do alfa. Jimin era tímido, Namjoon mais solto. Talvez uma amizade maluca poderia aconteçer ali.

Namjoon achou o ômega adorável, Jimin era frágil como uma flor, ele era perfeitamente lindo. Seu rosto era perfeito, sem nenhuma cicatriz de espinhas ou cravos, seu rosto era branco liso como uma folha de papel. A famosa pele de bebê.

O ômega sempre foi cuidadoso com seu rosto e sempre agradecia por não ter uma espinha ali, sua pele era lisamente lisa e sem defeito algum. Anos de cuidados sugiram efeitos e permanecia assim por um longo tempo.

— Quando você pretende voltar para a empresa? Não sabe a correria que está sem você. — Namjoon falou com sua atenção em Jungkook, só em entrar naquele assunto deixava o lúpus com dores de cabeça terríveis.

— O mais rápido possível, eu estou deixando Jimin mais acomodado na cidade, quando ele estiver pronto para me ter longe eu retornarei para assumir meu lugar. — O alfa falou sério, não queria entrar naquele tópico na frente do ômega.

— Jungkook, não fale como se eu não estivesse aqui, eu sei me cuidar e não preciso de você para ficar de olho em mim. Você precisa fazer suas obrigações e cuidar de sua empresa, eu fico bem sozinho. — Não era uma advertência, só não queria prejudicar Jungkook por sua causa, Jimin sabia se cuidar muito bem, não precisava de uma babá. — Não sou um bebê.

— Essa decisão foi minha, não quero deixá-lo sozinho naquela casa por um dia inteiro. — Falou e Jimin revirou os olhos. Como Jungkook era exagerado. — Mas prometo voltar o mais rápido possível, satisfeito?

O loiro assentiu dando um gole pequeno em seu champanhe, primeira vez que tocou na bebida e amou o gosto de maçã.

— Já conheceu sua sogra? — Indagou para Jimin, Namjoon estava adorando o olhar intimidador de Jungkook. Como ele adorava provocar seu primo.

— Ainda não e se fosse depender do Jeon eu não a conheceria nunca. — Alfinetou, tirando outro sorriso de Namjoon, esse que estava amando a situação do amigo. — Ela não deve ser tão má assim, né?

— Ah, pode crer que é. Sabe a Amanda Waller do Esquadrão Suicida? — O ômega assentiu. — Pensa em uma pessoa mil vezes pior que ela. Agora multiplica por cinco.

Jimin até perdeu a vontade de conhecer sua sogra, se aquela mulher era pior que a Amanda Waller ela não era o ser humano. Jimin viu o filme Esquadrão Suicida, toda sua raiva não era dos vilões e sim daquela mulher, talvez ela fosse a reencarnação de Lucifer e a mãe de Jungkook da Ira. Já pensou essas duas mulheres juntas? Uma bomba nuclear.

— Pare de amedrontá-lo, Namjoon. — Jungkook vosciferou em direção ao amigo quando Jimin se encolheu em sua cadeira. — Não o ouça, bebê. — Sussurrou no ouvido do ômega.

— Eu estou falando a verdade, Jungkook. Melhor prepará-lo para que ele fique ciente de quem sua mãe é. — Se aproximou de Jimin, sorrateiramente. — Ela é pior do que a Queen ingris do filme Malévola.

Sem via das dúvidas, Jimin queria sair correndo dali o mais rápido possível. Como se arrependeu completamente por ter discutido com Jungkook para vir nesta festa. As vezes o arrependimento dói tanto.

"Oi Deus, sou eu de novo." O ômega mentalizou choramingando.

— Namjoon pare de assustá-lo. — Jungkook rosnou para o seu amigo.

— Jeon, seu namorado precisa saber quem é a sogrinha dele. — Falou retoricamente, sorrindo diabolicamente.

— Olá Srs. — Todos se assustaram quando ouviram uma voz feminina a alguns passos de distância. — Você é tão fofo Kim, adoro saber que fala bem de mim.

Namjoon engoliu um seco quando viu a mãe de Jungkook parada atrás de si, o alfa pegou sua taça e se levantou da mesa, pronto para dar o pé dali e só voltar quando aquela mulher estiver longe de sua vista. Ele ficou completamente com o cu não mão.

— Ah, você é uma pessoa maravilhosa e preciso contar isso para as pessoas. — Falou coçando a nuca.

Jimin só não riu do medo de Namjoon por conta do olhar de sua sogra em cima de si, ela o olhava com um sorriso falso nos lábios. A ômega deu uns passos até está em frente a mesa e Namjoon sorriu amarelo, pronto para correr dali como um cachorro medroso.

— É, meu vinho acabou, vou buscar mais, já volto. — Que mentiroso, sua taça estava cheia. Namjoon piscou para a mulher e saiu dali fazendo um sinal de faca passando em seu pescoço para Jungkook.

A mulher estava linda, seu vestido vermelho colado em seu corpo e largo nos pés, seu salto preto eram finos e grandes, mas ela andava bem neles. Seu rosto estava livre de qualquer imperfeição e suas jóias brilhavam como ouro, seu corpo era curvilíneo e moldado pelos deuses; Suas pernas grossas, quadris largos, cintura extremamente fina e ceios grandes. Ela era perfeita. Jimin até duvidou que ela fosse mesmo asiática, as mulheres asiáticas não tinham corpos tão avantajados como o dela. Os olhos do ômega foi em cada canto de seu corpo, a admirando.

Kim Kardashian asiática.

Seu cheiro era de maçã, um cheiro fraco e doce. Mas mesmo assim tinha um ótimo odor.

Todos os olhares do salão estavam nela, alguns alfas a olhavam com desejo mas alguns deles desviavam o olhar com medo. Alguns ômegas a olhavam com inveja e outros com admiração. Ela era como Afrodite, Deusa de uma beleza extrema.

O olhar da mulher em Jimin era intimidador, mas o ômega não desviou os seus olhos. Não iria ceder tão fácil. Ela o olhava profundamente, com repugnância, maldade e raiva. Jeon Eunseo não conhecia Jimin e já o adiava com todas as suas forças. O odiava como um gato adeia um cachorro.

As mãos da ômega seguravam uma bolsa da Gucci e seus dedos a apertava com força, sua raiva só em olhar aquele ômega era grande. Eunseo se amaldiçoou por ter achado Jimin bonito, mas não diria isso nem com uma arma apontada em sua cabeça.

O ômega queria correr dali até suas pernas cansarem, mas ficou quando as mãos de Jungkook foram para a sua cintura e seus dedos acariciaram aquela área. Sua mãe estava intimidando Jimin e ela estava conseguindo, o loiro suava frio e Jeon sentiu seu coração bater forte, descontroladamente.

Os dois ômegas estavam em uma batalha de olhares intensa, sem fim.

— Olá, mamãe. — Falou firme com um sorriso de boca fechada sem mostrar os dentes.

— Oi, querido. — Sorriu falso para o filho. — Seu pai não pôde vir, ele ainda não chegou de viagem. — Sua voz era doce e ao mesmo tempo intimidadora. Assustadora.

A mulher se mantinha ereta, como uma dama. Ela não parecia velha, não mesmo. Jimin desde que pôs os olhos nela perguntou para si mesmo; "Ela é mãe do Jungkook ou irmã?"

— Esse é o Ji... — Foi cortado.

Sua mãe fechou seu sorriso e ficou séria quando Jungkook iria continuar aquela palavra, ela não queria ouvir aquilo. Seu olhar era de pura maldade e não parecia se importa quem era Jimin, ela não se importava nem um pouco.

— Poupe suas palavras, não quero saber quem esse ômega insignificante seja. Vim te ver e não a ele. — Sua voz saia firme e mesmo com o olhar matador de Jungkook, ela continuou. — Você não acha vergonhoso trazer um ômega qualquer com você para a festa em família?

Jungkook mordeu seus dentes e travou o maxilar, sem se importa com Jimin ao seu lado. Sua mãe sempre passava dos limites, e ali ela passou muito mais da linha vermelha.

Jimin engoliu seu choro, abaixou a cabeça e fechou seus olhos com força impedindo as lágrimas de cair, que com muito esforço conseguiu. Não iria mostrar fraqueza agora, não mesmo. Namjoon estava certo quando falou que Eunseo era ruim, ela realmente era a Ira em pessoa. Uma mulher maldosa.

— Eu não vou aceitar que fale do meu namorado assim, Jimin merece respeito. — Falou baixo para não chamar atenção de ninguém, Jungkook não queria montar um espetáculo ali. — Se for para diminuir meu ômega, peço que se retire.

— O intruso aqui é ele e não eu. — Falou rispidamente, dando um olhar mortífero para o ômega angelical. — Não acredito que está virando as costas para mim por causa de um ômega peçonhento como esse.

— Mãe! Saia daqui por favor. Se não quer uma briga entre mãe e filho nas manchetes de jornais, se retire daqui. — A mulher riu sarcástica e se lavantou, pegando a bebida do filho e bebendo todo o líquido da taça.

— Não vale a pena brigar por esse malfeitor. Antes de ir embora quero conversar com você. — Deu as costas e saiu dali, batendo forte com seu salto no piso.

Jimin estava destruido mentalmente, psicologicamente e fisicamente, estava se sentindo um lixo diante daquelas palavras. Nunca foi tão diminuído desse jeito, seu coração estava partido em mil pedaços, parecia que foi pisado e cuspido. Seus olhos cheios de lágrimas estavam prontos para transbordarem.

Com a cabeça baixa, o ômega secou suas bochechas molhadas e apertou suas coxas com força para não derramar tudo ali mesmo. As palavras eram o bastante para magoar uma pessoa e Jimin estava completamente magoado. As palavras ofensivas e indelicadas da mãe de Jungkook foi como tiros em seu peito, o derrubando de uma vez no chão.

Jungkook abraçou Jimin e pôs o rosto de seu ômega em seu pescoço, para que ninguém o visse chorando, mas isso foi inútil, o olhar de todos estavam direcionado a eles. As mãos do alfa foram para os fios loiros de seu namorado e ele acariciou aquela área.

Jimin, com seus olhos vermelhos, se afastou de Jungkook e empurrou sua cadeira para trás, na intenção de se levantar. Mas parou quando sentiu um par de braços e sua cintura, o abraçando.

— Para onde você vai? — Jungkook indagou se levantando junto com Jimin.

— Eu vou tomar um pouco de ar, quero ficar um pouco sozinho. Por favor Jungkook, não venha atrás de mim. — O alfa assentiu e Jimin saiu dali.

Jungkook queria ir até a sua mãe e arrumar uma briga grande, mas era isso que ela queria, uma briga em que Jimin estivesse no meio para poder prejudicá-lo e Jeon sabia disso, por isso não fez nada. Não queria magoar seu ômega ainda mais.

Seu rosto estava vermelho e suas veias mais altas que o normal, Jungkook queria socar algo na intenção de se livrar da sua raiva. Mas respirou fundo e viu Jimin se afastando, queria ir atrás de seu ômega e fazer com que ele não ficasse mal, mas não fez e nem ia.

Jimin passou entre as mesas com seus olhos cheios de lágrimas, todos ali a sua frente viram seus olhos inchados e vermelhos. Alguns riram e outros ficaram curiosos para saber o por que do ômega estar daquele jeito. Parou de andar quando viu uma sacada e saiu para fora na intenção de respirar melhor, sua cabeça doia, seus pulmões faltavam ar. Ali Jimin chorou e soluçou.

Com a visão embaçada, passou as costas de sua mão nos olhos e espantou todas as lágrimas de seu rosto. Seu peito ardia. Seu lobo choramingava dentro de si, o arranhando com força.

— Eu te proibo por chorar. — Falou para si mesmo. — Você não é fraco, não pode deixar isso te magoar. Não pode.

— Por que você está chorando? — Ouviu uma voz infantiu ao seu lado e rapidamente secou suas lágrimas, virando o rosto contra a criança. — Minha mãe fala que quando as pessoas choram elas ficam feias e você não quer ficar feio, quer? — Indagou e Jimin riu, riu porque amava a ingenuidade das crianças.

O ômega se ajoelhou de frente para a criança e colocou uma mecha de cabelo que insistia em em cair atrás de sua orelha. A criança era linda, seus olhinhos pretos e grandes, suas bochechas gordinhas e pálidas, seu corpinho magrinho e seus cabelos castanhos bem alinhados, todos os fios onduladinhos.

— Prontinho, parei de chorar. — Falou sorrindo largo e fazendo um pequeno carinho no cabelo do garoto.

— Você é um ômega muito lindo para chorar. — Sorriu triunfante para o ômega. — Eu sou Doyun, e você é?

— Eu sou Jimin, Park Jimin. — Fungou para acabar de vez com o choro, não queria chorar em frente a uma criança. — Você está com quem?

O menino olhou para dentro do salão e coçou a nuca, seu sorriso era travesso. Não iria contar para Jimin o que fez, talvez ele pudesse ser dedurado por isso. Primeira regra para ser um bom sabotador; "Não confiar em ninguém."

— Se eu te contar você pode me dedurar para todo mundo. — Falou brincando com os dedinhos de Jimin.

— Ei, eu também sou bom em guardar segredos. Prometo não falar para ninguém. — O menino estudou Jimin e assentiu confiante. Talvez pudesse confiar nele. Né?

— Vou confiar em você. — O maior assentiu e se sentou em uma cadeira com Doyun em seu colo. — Eu não queria vir para essa festa e a mamãe me obrigou a vir ou ela tiraria meu videogame por dois meses, e como eu não tinha opção eu decidi vir, mas... Mas falei que ela iria se arrepender. — Riu diabolicamente.

— O que você fez? — Indagou meio curioso.

Talvez fugiu dela, tentou despistá-la... Crianças eram tão sapecas.

— Eu coloquei chiclete na cadeira de uma mulher. Peguei minha arminha d'agua e taquei nos olhos de uma dos garçons, mas eu sou um bom espião e ele não me viu. Eu coloquei gelo no cofrinho de um velho, nossa aquilo tinha muito cabelo, eca. E, por fim, eu me ferrei completamente, uma mulher entrou no banheiro e a tranquei com o Simon lá dentro.

Jimin estava apavorado, com certeza aquela criança não era um anjo. Jimin tinha seus olhos arregalados e sua boca completamente aberta. Essa geração estava tão avançada. No máximo, cagou na frauda e a arremessou no quintal da vizinha em sua infância. Mas Doyun pegava pesado em suas mirabolancias.

— Quem é Simon? — Indagou quando viu o olhar da criança para si.

— Meu ratinho de laboratório. — Jimin não se segurou e riu, aquilo era sério, mas tão engraçado.

Só em corversar com Doyun foi o bastante para esquecer o incidente de mais cedo, toda sua tristeza e mágoa tinha ido embora de vez. Esqueceu todas as palavras ofensivas de sua sogra e também de que á viu hoje. Aquela criança foi o bastante para alegrar sua noite e fazer sua alegria voltar, essa que não tinha que ir embora.

— Por que você se ferrou? — Indagou.

— Porque quem estava no banheiro era a tia Minna e ela me pegou no flagra. Eu consegui correr há tempo, já o Simon, ele pagou tudo por mim.

Pobre Simon.

Palavras de força para o Simon aqui.

— E como você veio parar aqui? — Jimin indagou quando Doyun desceu de seu colo e pegou seu robô que deixou no chão.

— Ela contou para a mamãe e as duas estão atrás de mim. Você pode me ajudar? Eu preciso recuperar o Simon. — Fez um bico e colocou as palmas de suas mãos ne frente do rosto, suplicando por ajuda. — Minhas orelhas já são grandes de mais para serem puxadas, e a mamãe já as puxou três vezez só hoje.

— E o que você fez para ela puxar suas orelhas?

"Que ômega curioso". Pensou Doyun.

Doyun ficou vermelho e escondeu seu sorriso com as palmas das mãos, ele achava aquele ômega muito curioso e por isso gostou dele. Uma amizade começou de surgir. O pequeno alfa puxou uma cadeira e se sentou na frente de Jimin, pronto para contar os acontecimentos de mais cedo.

— Primeiro eu peguei a máscara facial dela e pus cola dentro, ela me pegou no flagra e puxou minhas orelhas. Eu até tinha decidido parar de aprontar por hoje, mas eu estava brincando no quintal e acabei sujando o carro dela de terra, ela puxou minhas orelhas de novo. Depois disso, eu resolvi me vingar e a empurrei na piscina quando ela estava arrumada para virmos, e adivinha? Ela puxou minha orelha.

A cada palavra de Doyun, mais Jimin ficava incrédulo, como que aquela criança era uma peste.

Quem tinha pensamentos e faziam coisas daquele tipo com aquela idade? Geração tão avançada.

"Tadinha da mãe dele." Pensou Jimin.

— Que bom saber disso Sr. Doyun.

O menino se assustou e agarrou seu robô entre seus braços, Doyun correu para trás de Jimin e o ômega olhou para o dono da voz, que era seu namorado. Jungkook estava encostado na porta com os braços cruzados e dividindo seu olhar entre Jimin e seu sobrinho tão amado pela família. Ele teria uma bela conversa com o pequeno e talvez seria sua vez de puxar suas grandes orelhas.

Doyun era o terror da família, todos tinham medo daquela criança e todos tomavam cuidado quando ele estava por perto. Doyun veio ao mundo com um pouco de sua mãe e um pouco de seu tio. O poder de sumir facilmente de sua mãe e o poder terrorista de seu tio.

Uma combinação perfeita.

Jimin olhou para Jungkook e sorriu escondendo Doyun em suas costas, foi uma boa surpresa descobrir que Doyun e Jungkook se conheciam. O alfa caminhou até seu ômega e se agachou para ficar do tamanho de seu sobrinho.

— Tio. — Doyun gritou falsamente e abraçou Jungkook soando frio, como ele queria que aquela chantagem valesse a pena.

Jimin sorriu ainda mais quando ouviu Doyun chamar Jungkook de tio, "então o pequeno projeto de travessuras e um dos Jeon's?" mentalizou. Não era atoa que era tão sapeca assim, tinha que ser um Jeon.

— Eu ouvi tudo que você fez mocinho, e vamos ter uma bela conversa entre alfas. — O menor choramingou e Jungkook se levantou com a criança em seu colo. — E não meta meu namorado em suas artes mocinho.

— O Jimin é seu namorado? — Indagou sorrindo largo e Jungkook assentiu. —  Então o Jimin é o meu titio? — Indagou, agora com um sorriso extravagante, só em saber que Jimin era namorado de seu tio o deixava contente.

— Sim, o Jimin é seu titio.

O alfa depositou seu sobrinho no colo de seu namorado quando o ômega estendeu as mãos e deu um selar em sua testa, dando um abraço triplo nele e em seu sobrinho. O coração de Jimin se esquentou e se sentiu protegido ao abraço do namorado.

— Você está bem? — Indagou acariciado as bochechas fartas do ômega.

— Sim, seu sobrinho é um ótimo garoto e cuidou muito bem de mim. Você deveria protegê-lo por isso, sim? — Jungkook semicerrou os olhos e assentiu revirando os olhos.

— Eu achei você, moleque desnaturado. — Os três ouviram uma voz feminina e Doyun arregalou os olhos quando viu que a dona do voz era sua mãe.

A casa caiu Cleitin.

A mulher estava descalça segurando seu vestido longo com as mãos para que ele não se arrastassem pelo chão, Jimin rapidamente passou Doyun para o colo de Jungkook e os três se viraram para a ômega furiosa fitando o filho, esse que escondeu seu rosto no pescoço do tio e fingiu dormir.

Jeon Jangmin mesmo com aquela carranca de raiva era linda, linda como o irmão e a mãe. Seu corpo era curvilíneo e bem definido, ao contrário de sua mãe, ela era magra e seu corpo não era avantajado. Seus cabelos estava com um coque mal feito e uma tiara ajudava para que os fios não caissem pela sua testa.

A ômega tirou sua carranca quando viu seu filho "dormindo" e sorriu quando o viu no colo do tio. Ela se aproximou sem fazer barulho e largou seu vestido quando viu que Jimin estava ali com eles, a ômega foi rápido em se portar como uma dama na frente do desconhecido aos seus olhos.

E com essa aproximação, Jimin sentiu o cheiro de Jasmim da ômega, e que cheiro.

— Jungkook. — O abraçou delicadamente por conta de seu filho e beijou as bochechas fartas de seu filhote, sorrindo boba. De uma hora para a outra a raiva foi embora. — Senti saudades.

— Me desculpe por não estar muito presente em sua vida nesses últimos dias. — O alfa falou ajeitando Doyun em seus braços. Como aquele pequeno alfa era um ótimo ator.

— Não se preocupe. — Se virou para Jimin e sorriu.

— Esse é o Jimin, meu namorado.

A ômega riu largamente e abraçou Jimin com todas suas forças, Jungkook sempre falava dele para a irmã e ela, mais que ninguém queria conhecê-lo logo. De tanto que o irmão falava, mais eufórica ficava para conhecer o cunhado e ali, ela viu que seu Jungkook não estava sendo exagerado. Jimin era lindo e Jangmin achou isso desde que o viu quando pôs seus olhos no ômega. Dessa vez seu querido irmão soube escolher o namorado decentemente. Mirou o ninho e acertou o passarinho certo. Ela se afastou do seu cunhado e apertou suas bochechas fartas, completamente apaixonada. "Além de bonito é fofo." Mentalizou.

Jimin não esperava um abraço e um sorriso grande, ele esperava que fosse acontecer o mesmo de mais cedo. Sua cunhada iria falar coisas para ele se sentir mal e ele correria para chorar em outro lugar, mas não. Jangmin foi doce e muito carinhosa com o loiro. Seu coração se esquentou quando sentiu o abraço carinhoso dela. Nem todos Jeon's eram iguais, Jangmin e Doyun eram a prova viva disso.

— Você é muito lindo, querido cunhado, não sabe o quanto eu estava anciosa para vê-lo. Jungkook fala muito de você para mim. Um prazer conhecê-lo.

— Obrigada pelo carinho, é um prazer conhecê-la também. — Falou timidamente.

— Olha que voz fofa. — Apertou as bochecha de Jimin e se virou para Jungkook, o olhando sério. — Se você magoar esse ômega, eu juro para você que arranco suas bolas e dou para o Apolo comer.

"Quem é Apolo?" Jimin pensou.

"Mãe, feche a sua matraca e vai se divertir. Minha coluna está doendo." Foi a vez de Doyun, que estava cansado de fingir dormir. Quando sua mãe começava a falar não parava mais.

— Eu não vou magoá-lo. Palavra de alfa. — A ômega o fitou e pigarreou.

— Pois bem. — Voltou a olhar para Jimin e sorriu apaixonada. — Bom, eu estava procurando meu filhote para puxar as orelhas dele. Mas ele conseguiu fugir e está dormindo com o tio, então vou indo, antes de ir eu quero falar com o Jimin, okay? — O alfa assentiu, mas não deixaria seu namorado se misturar com a irmã. Não queria Jimin em um mal caminho. — Eu vou procurar aquele maldito rato e vou dá-lo para a primeira pessoa que aparecer na minha frente enquanto Doyun está dormindo.

— NÃO. — O pequeno alfa gritou e se arrependeu quando sua mãe arregalou os olhos em sua direção. — Mamãe, eu não tive culpa de nada, eu juro. Você não pode fazer isso com o Simon, ele é o seu filho se lembra? Mamãe eu te amo e prometo não fazer bagunça por um mês, mas não faz isso com o Simon. Por favorzinho. — Fez uma cara de cachorro sem dono para a mãe. — Eu queria ir me desculpar com a titia Minna e com aqueles homens, mas o tio Jeon me pegou no colo e falou que não precisava.

Jungkook arregalou os olhos e se preparou para desmentir seu sobrinho, mas sentiu uma dor em seus pés e viu que foi Jimin quem pisou para chamar sua atenção. O alfa olhou rápido para o seu ômega e Jimin fez um sinal para ele confirmar todo o teatro de seu sobrinho, esse que mentia muito bem para o seu tamanho.

— Jungkook, eu falei para você parar de fazer de meu filho um monstrinho. — Deu um tapa forte no braços do irmão e puxou as orelhas do grande alfa. Fazendo Jimin e Doyun rirem discretamente.

— Jangmin, me desculpa. — Choramingou.

"Alfa frouxo." Debochou Doyun mentalmente.

— Olha aqui seu pirralho — Dirigiu-se ao filho. — Eu só não puxo a sua orelha porque não quero fazer isso na frente do meu cunhado, mas quando chegar em casa vamos ter uma bela conversa.

— O titio Jeon vai me levar para casa dele. — Mentiu discaradamente.

Jungkook se preparou para negar aquilo, mas tomou outro chute de Jimin. Maldita hora que foi deixar Jimin sozinho. Agora Jungkook estava entre a cruz e a espada. Se desmentir Doyun, terá Jimin e seu sobrinho contra si e se falar que é verdade terá que passar a noite com seu sobrinho, Jungkook não queria isso. Mas fazer o que? É a vida.

— É, vou passar a noite com ele e Jimin. — Sorriu falsamente e valeu apena quando viu o grande sorriso de seu namorado. Seu lobo ficava tão feliz quando Jimin mostrava seus dentinhos.

— Então seu tio vai conversar com você por mim, não é Jungkook? — Assentiu sem pensar duas vezes. — Agora vou indo procurar aquele rato peçonhento do Doyun.

Sorriu para Jimin e deu as costas saindo dali. Deixando os três a sós. Jungkook pôs o pequeno alfa no chão e ele saiu da varanda pronto para aprontar mais com os convidados.

Jungkook abraçou Jimin pela cintura e o apertou com força, os comentários de sua mãe invadiram sua cabeça, as lágrimas nos olhos de Jimin o magoaram tanto que também se segurou para não chorar e arrumar uma briga com a sua mãe.

O ômega também abraçou Jungkook pelos ombros e inalou seu cheiro forte, relaxando todos os seus ossos e se aconchegando ao abraço de urso do alfa. Os lobos dos dois pareciam se comunicar um com o outro e o de Jimin que estava triste ficou elétrico de uma hora para outra, esse era o poder de Jungkook; Deixar Jimin calmo e contente com sua aproximação, deixar seu lobo animado.

— Você está bem? — Indagou novamente, roçando seus lábios na bochecha do ômega.

— Seu sobrinho esquentou meu coração e falou que se eu chorasse iria ficar feio, então eu parei. — Jungkook riu mostrando seus dentinhos de coelho e modiscou o lábio inferior de Jimin com uma pequena mordida.

— Você é lindo, não importa o que os outros falem. Você é lindo e eu adoro você assim. Promete não chorar mais por conta disso? — O ômega assentiu acariciando a nuca do alfa. — Você é lindo, meu amor. Lindo.

Os lábios dos dois se juntaram em um selinho demorado, só não se colaram porque Doyun foi até os dois correndo e entrou no meio deles, se escondendo de algo. Mais uma de suas armações foi feita e Jungkook sabia disso muito bem.

— O que você fez desta vez garoto? — Jungkook indagou pegando o sobrinho no colo, Doyun escalou seu corpo como uma aranha.

— Eu coloquei o microfone no meu bumbum e soltei um pum que todo mundo ouviu.

Jimin e Jungkook gargalharam alto e ficaram ali vendo a cidade e os carros passando na rua. Doyun contava as estrelas e Jungkook falava que não podia porque dava verruga. E para tirarem sarro da cara dele, Jimin também começou a contar junto com o pequeno projeto de alfa.

Aqueles dois não iriam dar certo juntos, não mesmo.

Jungkook amou ver Jimin interagir com Doyun, seu sobrinho fez seu ômega sorrir e merecia o céu e as estrelas por isso. Quem fizesse aquele ômega feliz era bem vindo em sua vidas e Doyun era bem vindo, sempre foi como sempre será.

{...💸...}

Alguns do convidados já iam embora, uns falavam com Jungkook e elogiavam Jimin, outros ignoravam o ômega e fingiam que ele não estava ali. Não se importou com isso, não mas. Sabia que essa noite seria uma noite difícil e também sabia que Jungkook estaria ao seu lado para tudo. Foi difícil passar a noite inteira com o olhar assassino de sua sogra, ela não tirou os olhos de Jimin em nenhum momento. Sua raiva era nitida e a vontade de humilhar ainda mais aquele ômega também. Mas se segurou, não queria arrumar uma briga com o filho, não ali. Ela viu que Jungkook iria defender Jimin com dentes e garras, era melhor previnir.

Doyun ficou o restante da noite aprontando, aquele garoto não parava quieto em nenhum segundo, ele era elétrico e muito rápido para fazer suas artimanhas. Jimin precisava repensar bem se levaria ele ou não.

A irmã de Jungkook foi um doce com o ômega, conversou muito com Jimin e falou sobre as casas noturnas que Jungkook costumava ir quando solteiro. Mas o alfa falou que era passado e que já estava muito bem com seu namorado. Sua irmã só queria colocar fogo no parquinho e chamar Jungkook de cadelinha do Jimin, e ela fez isso, até pediu para ele latir, em troca, ele rosnou para fazer sua irmã para de pegar em seu pé.

Jimin conheceu a tia de Jungkook e ficou admirado com ela, Jeon Minna era uma ex Miss muito linda —não era atoa que era Miss—, ela era como Jangmin doce e muito carinhosa, tratou Jimin como um bebê e falou que ela era um doce, também fez a mesma ameaça que sua sobrinha. Ela também pediu para Jimin ir visitá-la em sua casa, o ômega aceitou sem exitar.

Jimin ficou tão triste quando não pôde proteger Doyun da tia avó, coitado do garoto, estava com as orelhas tão vermelhas.

Já o tio de Jungkook era um pouco fechado, ele era um pouco intimidador e bem amendrontador com seu olhar marcante. De longe Jimin viu que o casamento entre Minna e Seong não ia bem, a ômega rejeitava aproximação com o marido e o alfa parecia odiar isso.

Jungkook também não falava muito com o seu "tio", eles pareciam ser estranhos um com o outro.

— Vou no banheiro, okay? — Jimin indagou e Jungkook assentiu selando seus lábios com os do ômega.

Jungkook só deixou porque o salão estava vazio e ele tinha sua mãe em sua visão, caso ela seguisse Jimin ele iria atrás e invadiria o banheiros dos ômegas sem pensar duas vezes.

— Não demore. — Jimin assentiu e andou até o banheiro dos ômegas.

Lá dentro, lavou suas mãos e as secou calmamente se olhando no grande espelho. Mas parou quando entrou alguém pela porta, era um ômega loiro e alto, seus lábios eram bem desenhados e suas roupas extravagantes. Ele possuia uma blusa branca Prada, uma calça da Louis Vuitton e uma pequena bolsa da Chanel em suas mãos.

Só mais um rico da noite.

O ômega parou ao lado de Jimin e tirou um brilho labial de sua bolsa, o despejando em seus lábios calmamente, ele esfregou seus lábios um no outro e deixou todo o brilho se espalhar, fazendo um bico logo depois em direção ao espelho.

Ele tinha um ar meio empoderado e desumilde, coisa que passou despercebida por Jimin.

— Olá, ômega. — Falou com um sorriso falso para Jimin.

E Jimin era Ingênuo demais para perceber isso.

— Olá. — Sorriu docilmente, mostrando todos os seus dentes.

— Seus lábios estão secos, quer usar o meu brilho labial? É da Mary Kai e muito saboroso, prove. — Sorriu mostrando os dentes, todos eles alinhados.

Jimin pegou o brilho labial das mãos do ômega "gentil" e passou em seu lábios, os deixando mais cheios e mais chamativos que o normal. Ele entregou o batom para o outro ômega e sorriu largo.

— Obrigado. — Falou tímido.

O dono do batom deu as costas e caminhou até a porta para sair do banheiro, mas antes, ele olhou para Jimin e tacou o batom na primeira lixeira que viu, saindo do banheiro e bantendo a porta com força, sorrindo satisfeito quando pisou o pé fora do banheiro.

Jimin ficou sem palavras, ele não entendeu nada sobre a atitude do ômega que ofereceu-lhe o batom. Jimin deu de ombros e fez suas higienes, voltando para onde seu namorado estava.

— Você ficou bonito com esse brilho. — Jungkook falou sorrindo largo em direção ao seu namorado.

— Foi um ômega que me ofereceu no banheiro.

— Quem?

— Não sei, esqueci de perguntar o nome dele. — Fez um bico e Jungkook riu robando-lhe um selinho rápido.

— Vou falar com minha mãe e depois pegaremos o Doyun para irmos para casa. — Jimin assentiu e Jungkook foi em direção a varanda que ele estava mais cedo.

O alfa respirou fundo quando viu sua mãe de costas e parou ao lado da mais velha, olhando para a cidade e vendo as grandes nuvens cinzas carregadas d'água, uma chuva estava por vir. Eunseo estava estática e com seu olhar intimidador. Queria esguelar Jungkook.

Onde errou? Onde errou em não educar e manter seu filho como sempre quis. Jungkook não devia ficar com um ômega qualquer, ainda mais aquele que era seu genro. Ela não iria aceitar isso, nem que tivesse que diserdar seu próprio filho.

Jungkook encostou no corrimão da varanda e ficou vendo os carros passarem pelas ruas, como o prédio era altamente alto, os veículos pareciam minúsculos olhada de cima, as pessoas pareciam formigas andando para um lado e para o outro nas calçadas. Sua mãe jogou seus fios de cabelo sedosos para trás e se virou para o filho, o fitando e procurando algum arrependimento em seu olhar por conta do incidente de mais cedo, mas não achou, e nem acharia.

Jungkook era forte demais e não iria se desculpar com sua mãe enquanto ela não fizesse o mesmo com Jimin, coisa que nunca aconteceria. Em hipótese alguma Jeon Eunseo se desculparia com aquele ômega, ela era dura na queda e o lúpus impossível de ser derrubado.

— Você o fez chorar com seus comentários e se machucar ele também estará me machucando. — O alfa falou para quebrar aquele silêncio irritante.

— Minha intenção não era fazê-lo chorar e sim sumir das nossas vidas! — Foi extremamente dura com o filho. — Primeira vez que o vejo aumentar a voz comigo por conta de um ômega, o que que ele tem de tão especial? É tão bom de cama assim?

Jungkook negou ferozmente e olhou para um ponto qualquer da cidade, como sua mãe era fria e calculista. Falar essa a coisas de Jimin o magoava muito por dentro. Talvez um soco fosse menos dolorido que essas palavras contra seu namorado.

— Você é tão sem coração. Não o conhece e já especula um monte de coisas contra ele. — Vosciferou, sem se importar em arrumar uma briga com a sua mãe. Não se importava com mais nada naquele momento.

— Só em olhar para ele eu vejo que ele é interesseiro, vigarista e um ômega sem futuro ao seu lado. — Suas palavras saiam em um tom duro e frio. Eunseo não se importava em magoar seu filho.

— Eu o amo. — A ômega riu descaradamente e se virou contra o parapeito, fitando Jimin de longe. Só em ver aquele ômega rindo com o seu neto no colo foi o bastante para sua raiva aumentar. Sentia repulsa.

— Ele é sem modos, um ômega qualquer que se encontra em todas as esquina das ruas. Você já foi um alfa melhor em suas escolhas. — As veias dos pescoço de Jungkook ficavam cada vez mais altas e grossas de tanta raiva. Aquelas palavras repugnantes de sua mãe era pior que suas atitudes ruins, baixas.

— Qual é o seu problema com ele? — Indagou, ao ponto de quase explodir.

— Ele não é o ômega certo para você e nunca vai ser.

— Por quê? Por ele ser de uma família pobre? Por ele ser uma pessoa anônima? Ou isso é apenas medo dele ser tão perfeito? — Seus olhos já estavam banhados de lágrimas. — Você não têm ideia de como aquele ômega é bom para mim. Ele cuida de mim, ele me dá carinho, me faz sorrir, me faz dormir tranquilo. Você não pode ser uma mãe que ama seu filho e apoiar essa relação? — Secou suas lágrimas e virou o rosto contra sua mãe. Não queria mostrar sua fraqueza para ela, isso faria seu ego aumentar.

— Seonghwa é um ômega bom para você, ele é o ômega certo para você. Mas seu pai te ensinou tão mal que você até aprendeu a fazer escolhas erradas. — Desferia ríspida, nem se importando em ter aumentado o tom de voz muito menos com as lágrimas de seu filho.

— Se você não se lembra, eu o peguei me traindo em nossa própria cama com dois alfas. — Sua mãe não ligou para aquilo, era insignificante para ela.

— Ele errou e se arrependeu, Jungkook. Traições acontecem e temos que lutar pelo nosso amor. — Jungkook riu sarcástico e fungou, espantando suas lágrimas.

Como sua mãe estava sendo tão evasiva, ela só se importava consigo mesma.

— Eu estou lutando pelo meu, e o nome dele e Park Jimin. — Virou as costas e iria sair, mas a sua mãe o agarrou pelo pulso.

— Eu não vou desistir de separá-los e só vou parar quando eu conseguir. — Falou calma. Jungkook puxou seu braço e alinhou seu terno. — E você sabe do que sou capaz.

— Enquanto manter suas mãos longe do Jimin, você pode fazer o que quiser. Mas se encostar em meu ômega, eu também entrarei nesta briga. — Sua mãe rangeu os dentes e ficou vermelha como uma pimenta. — Eu o amo e vou lutar até minhas últimas energias por ele.

— Vamos ver até onde ele aguenta, seu estúpido. — Falou quando seu filho saiu dali, ela estava intimidada e não gostou nada disso. Jungkook pagaria caro por isso.

O alfa voltou para onde seu namorado estava e toda sua raiva foi embora quando o viu com os dedos no bolo ao lado de Doyun, o salão já estava quase vazio, só a família de Jeon que estava ali, sua tia e irmã tiravam fotos dos dois comilões sem que eles percebessem. Ver as duas ômegas o apoiando era a melhor coisa que podia ter.

— Vamos para casa seus gulosos? — Jimin, com os dedos sujos de chocolate assentiu e ficou corado quando viu Jangmin e Minna rindo carinhosamente.

— Com certeza essas fotos vão para a coleção de fotos da família. — Jangmin falou.

— A MAMÃE FEZ COCÔ. — Doyun gritou quando pôs chocolate no vestido da mãe e rapidamente correu para longe.

— Eu ainda vendo esse pirralho no mercado negro. — Jangmin falou arrancando gargalhadas de todos dali.

— Vamos, bebê? — Indagou e riu apaixonadamente quando viu Jimin chupando seus dedos sujos de chocolates.

O ômega mantinha suas mãos no rosto para tampá-lo enquanto Minna tirava diversas fotos dele, Jangmin deixou o trabalho de tirar fotos para sua tia e foi atrás do filho para o puxá-lo pelas orelhas pela enésima vez na noite.

— Vamos. — Limpou suas mãos com guardanapos e se aproximou de Jungkook o abraçando.

— Essa vai para a coleção romântica. — Minna falou tirando uma foto do casal, onde Jimin encondia o rosto e Jungkook sorria largo para a câmera. — Eu sou tão boiola por vocês.

— Tia, está o deixando envergonhado, chega de fotos. — Sua tia assentiu e continuou com as fotos. — Nós vamos indo, Jimin está cansado e precisa descansar, a viagem foi cansativa para ele.

A ômega assentiu e abraçou Jimin, beijando sua testa com um selar singelo, se aproximado de seu ouvido;

— Vou marcar para fugir do Jungkook e ir visitar a minha casa. — Sussurrou e Jimin assentiu, sorrindo travesso.

— Não, não vai. Eu não quero vocês levando meu ômega para um mal caminho. — Jungkook falou puxando o namorado para si.

— Maldita audição aguçada de lúpus. — A ômega rosnou. — Se cuide Jimin, e vou marca, você vai, Jungkook querendo ou não. Beijo sobrinho, e se cuida.

— AI MÃE, MINHA ORELHA VAI FICAR ENORME DE TANTO VOCÊ PUXAR . — Dayun gritou desesperadamente vindo junto com a sua mãe.

— Leve-o e só me devolva quando ele estiver evangelizado. — Jogou o filho nos braços do tio. — Ohh, não pensei que iria doer tanto me despedir de você, cunhado. — Falou, chorando dramaticamente abraçando o ômega.

— Não seja dramática, não é como se ele fosse embora para sempre. — Minna falou dando uma tapa nos braços da sobrinha. — Leve-o e cuide bem desse ômega lindo. E também trate de dar modos ao seu sobrinho. — Biliscou Doyun e logo em seguida o beijou. — Te amo peste.

— Peste é o seu marido. — Todos arregalaram os olhos e Minna deu-lhe um tapa.

— Eu desisto de ser sua tia, pirralho. — Se afastou.

— Até mais maninho, cuide bem do meu filhote e de meu cunhado. — Beijou o filho e acariciou seu rosto. — Respeite seu tio e o Jimin. — Mesmo sabendo que Doyun não iria ouvir, falou.

— Eu vou ser um anjinho. — Deu aquele sorriso sapeca e beijou as bochechas da mãe.

— Te amo.

O lúpus deu a mão para o seu ômega e foi até o elevador com seu sobrinho no colo, Doyun não estava com nenhum sinal de sono e com certeza essa noite seria longa para Jimin e Jungkook. As portas correram para os lados e Doyun colocou a cabeça para fora, fitando a sua mãe.

— A MAMÃE NÃO TOMOU BANHO PARA DORMIR ONTEM. — Gritou alto e Minna caiu na gargalhada apontando para a sobrinha.

— Seu pirralho desnatu... — Não terminou de falar por conta das portas que se fecharam.

Jimin estava cada vez mais surpreso com o sobrinho do namorado, como aquele garoto passava dos limites tão facilmente. Tinha dó da mãe dele.

Doyun sempre foi levado e parece que a cada dia fica mais e mais, mas mesmo assim não deixava de ser o xodó da família. Era amado por todos, paparicado por todos e também era o medo se todos. Doyun só respeitava uma pessoa naquela família que era a sua vó, fora ela, era tiro, porrada e bomba.

Mas as vezes, só as vezes passava por cima de sua vó.

— Nossa Simon, que bom te ver por aqui. — Sorriu amarelo e puxou o rato de seu bolso. — Ele é tão invasor, entrou no meu bolso e eu nem percebi, você acredita tio?

— Ai meu pai, eu mereço isso?

Jungkook bufou e olhou para o namorado que ria da situação, Jimin e Doyun juntos eram como pólvora e fogo, os dois poderiam causar uma explosão imensa. Mas valia apena explodir vendo aquele sorriso.

Lutaria por Jimin, lutaria por seu amor e por sua felicidade com seu ômega. O protegeria com dentes e garras para mantê-lo seguro. 

Nunca desistiria Jimin. Se preciso, iria mover montanhas por ele.

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Meu Deus! Acabei.

Para terminar esse capítulo custou a minha vida, kkkkkk. 8.000 palavras e ainda achei pouco para todo o conteúdo.

Ouçam a musica para lerem e chorarem como eu.

Como vocês Estão? Estão bem? Estão se cuidando? Me falem ai.

O que acharam da mãe do JK? O que acharam do Doyun? Gente eu amei aquela criança. O que acharam da Minna e Da Jangmim? Me contem ai.

Tadinho do nosso Jimin.

Votem e cometem que me ajuda muito, muito mesmo, e adoro ler os comentários de vocês falando sobre a fic.

Os personagens tem Twitter e quero muito que vocês sigam ele, me ajudem meus bebês.

@JUNGKOOKPDR
@JIMINPDR
@Siukdunb esse é o meu, vão lá para conhecer o menino que escreve fics, kkkk.

Espero vocês tudin lá.

Não sei quando eu volto, mas prometo não demorar, prometo de dedinho.

Até a próxima atualização meus riquinhos💸💞

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