- Eu acredito na América. A América fez a minha fortuna.

Era o que dizia o homem de quarenta e seis anos, com um bigode fino que já possuía fios brancos dada sua idade. Suas sobrancelhas grossas fazia um contraste com sua feição séria. As linhas de expressão de seu rosto estavam enrugadas demonstrando sua aflição unindo harmonicamente com as palavras que ditava cautelosamente, mesmo estando claramente desesperado.

Seu terno caro e preto festivo se ornava com a sala escura com tons vermelho sangue. Sua postura ereta sentada na cadeira de couro indicava que era um homem que possuía valores e pequenos dotes.

Todos que estavam presentes no recinto prestavam total atenção no que o senhor dizia. E quando ele respirou fundo para prosseguir com o que tinha que falar, o eco de sua voz foi gigante cortando o silêncio de forma quase vingativa, como se abatesse seu inimigo. O que fazia um grande contraste com a festa infantil que se dava para ouvir quase de forma sussurrada que acontecia lá fora. A sala possuía muita segurança, principalmente sonora.

O silêncio naquela sala demonstrava que o que ocorria lá, deveria ficar lá, e jamais sair daquelas paredes.

- E eu eduquei minha filha ômega à moda americana. Dei liberdade a ela, mas lhe ensinei a nunca desonrar a família.

Seus dizeres demonstravam firmeza, uma sinceridade escancarada. Afirmava até com um certo orgulho. E novamente após sua pausa que se ornou com o silêncio, o velho senhor prosseguiu em forma de negação e insatisfação.

- Ela arrumou um namorado, ele não era Italiano como nós. Ela ia ao cinema com ele e chegava tarde; Eu nunca reclamei. Há dois meses, ele a levou para passear com um amigo. Eles fizeram ela tomar uísque e tentaram abusar da minha filha. Ela resistiu, manteve a sua honra.

O velho senhor outra vez respirou fundo, estava irado, perdendo a tranquilidade e calmaria aos poucos, a cada palavra dita, como se uma bomba relógio estivesse prestes a estourar naquela sala silenciosa e escura.

Mas caso estourasse, ele deveria se conter, porquê o que acontece naquela sala, jamais poderá sair de lá.

Um dos homens presentes se aproximou colocando um copo de vidro com água de forma abrupta na mesa para o velho senhor se acalmar, sua vestimenta não era condizente com o ambiente e a situação que se estendia.

Ele usava um terno branco todo rabiscado, com marcas de mãos e bonequinhos de palitinhos. Os desenhos demonstravam que as crianças que fizeram aquilo não possuíam nem dez anos de idade.

O senhor semicerrou um pouco os olhos olhando torto para o homem e bebeu um pouco do líquido dando continuidade ao que dizia.

- Então, eles bateram nela como se bate em um animal. Quando fui ao hospital, o nariz dela estava quebrado, o queixo despedaçado, preso com um arame. Ela não conseguia nem chorar por causa da dor. Mas eu chorei.

Novamente após uma pausa para engolir o bolo de angústia que subia na garganta do velho senhor, ele deu continuidade.

- Por que eu chorei? Ela era a luz da minha vida. Uma ômega linda.

Então, ele caiu, suas lágrimas desciam de forma involuntária, mas contia o choro, não poderia chorar na frente daqueles alfas, principalmente na frente do alfa puro a quem estava lhe contando toda a sua dor e amargura.

Mesmo sabendo que o alfa puro jamais acharia humilhante o senhor chorar por sua família, afinal para o alfa puro, um homem que não se dedica a família, não é um homem de verdade. O velho senhor prosseguiu mantendo a compostura. Queria que aquele alfa grande e sério entendesse sua dor.

- Agora, ela nunca mais será bonita de novo.

O alfa lúpos puro ergueu a mão apontando para um dos subordinados para lhe estender ao senhor um lenço para secar as lágrimas. Outro homem com paletó amarelo com gravata de patinhos e uma cicatriz gigante em seu olho esquerdo fez o que seu chefe pediu.

Quando o senhor levantou o rosto para pegar o lenço deu de cara com este alfa, o seu olho onde portava a cicatriz era todo branco, era cego de um olho. O outro olho normal era um vermelho vivo de estresse e raiva, ele tinha um canto do lábio levantado demonstrando sua raiva, possuía mais cinco cicatrizes em sua face e era surdo da orelha direta, havia a perdido em uma guerra acirrada com a máfia russa.

O senhor pegou o lenço e o abriu para enxugar as lágrimas, ele viu que o lenço tinha algo escrito, então leu de maneira rápida encontrando os seguintes dizeres;

"Presente dos nenéns para o titio grandão não chorar mais de saudades nossas quando forem para a escolinha" ass.: Jeon Jimin e os nenéns do titio Brutos.

- TÁ OLHANDO O QUE?

Gritou aquele alfa brutamontes com uma voz rouca de dar medo para o senhor, o velho senhor apenas balançou a cabeça e devolveu o lenço para o alfa que tomou de sua mão com brutalidade e guardou dobrando com todo o carinho o lenço, pondo em seu bolso do paletó na parte onde ficava o coração.

- Desculpe - disse o velho senhor para o alfa puro em sua frente.

- Eu fui a polícia como um bom americano. - Continuou o assunto - Os dois rapazes foram julgados, o juíz havia condenado a três anos de prisão, mas suspendeu a sentença. SUSPENDEU A SENTENÇA!

No momento em que o senhor se exaltou o alfa lúpos puro bateu fortemente na mesa quebrando o silêncio ensurdecedor na sala. A mesa estralou com o impacto. Os alfas presentes deram uma leve encolhida com medo do chefe, o velho senhor havia quebrado a regra principal;

"O que fica na sala, continua na sala."

Um rosnado alto e gutural foi ouvido pela raiva do lúpos puro, o velho senhor tremia na cadeira, precisava da ajuda do lúpos mas pelo visto só tinha o estressado. Então se apressou em se desculpar;

- Perdão grande Jeon Corleone, não era minha intenção me exaltar. Mas tente entender meu lado, o senhor tem filhotes, por favor, deixe-me desculpar outra vez.

O lúpos puro encarou o velho com seus olhos vermelhos sangues, maldição de velho. Se seu homem escutasse qualquer barulho lá fora junto dos filhotes, Jungkook teria que parar tudo o que estava resolvendo para dar atenção ao ômega manhoso e irritadinho, junto dos seus filhotes traquinas que com certeza iriam querer bisbilhotar tudo o que aconteceria na sala.

- Pode prosseguir. - disse o alfa lúpos puro.

- Eles ficaram livres naquele mesmo dia. Eu fiquei no tribunal como um idiota, e aqueles dois miseráveis sorriram para mim.

O senhor sorriu de forma sarcástica e azeda, estava amargurado pelo ocorrido, não era para menos. Não se mexe com um filhote de nenhum alfa. Principalmente de um alfa que conhece mafiosos.

- Então disse a minha ômega: "para conseguirmos justiça, temos de procurar Jeon Corleone Jungkook."

Jeon olhou para o senhor ainda com seus olhos vermelhos, olhou para os alfas que prestavam atenção em tudo, direcionou novamente o olhar para o senhor em sua frente.

A voz rouca e grave, digna de um alfa lúpos puro e autoritário foi ouvida na sala, mesmo sendo grave, soava de forma baixa, fazendo com que todos prestassem atenção no que o grande chefe falaria.

- Por que foi à polícia? Por que não me procurou primeiro? - perguntou o alfa enquanto ascendia seu cigarro mentolado cubano. Tragava de forma calma mas atenta a qualquer movimentação estranha do velho senhor, mais prestava mais atenção ainda nos barulhos da festa que acontecia no lado de fora. Conseguia ouvir atentamente tudo até um raio de 12 km, tal qual um leão em sua selva, mas ali era algo maior e mais perigoso que um leão, era um alfa lúpos puro em seu território com um ômega marcado que lhe pertencia e quatro filhotes arteiros, nada poderia ser deixado passar por seu campo de visão e ouvidos.

- O que o senhor quer de mim? - perguntou o velho quebrando novamente o silêncio e agindo de forma mais repulsiva na visão do Jeon, estava sendo agressivo com o alfa lúpos puro sem a menor necessidade, já que se Jungkook se prontificou a lhe ouvir é porque, com certeza, irá lhe ajudar,

- Seja o que for, faça o que eu estou lhe implorando!

- E o que você quer? - perguntou o alfa Hoseok, o braço esquerdo do grande alfa lúpos puro, que já estava cansado da ladainha do velho senhor, queria logo resolver todos os assuntos pendentes para ir se encontrar com seu ômega mandão que estava no lado de fora junto com o pequeno grande ômega, marido e mãe dos filhotes do seu chefe e líder.

O velho após escutar o que Hoseok falou, se levantou e aproximou-se de Jungkook, se ajoelhando na frente do alfa puro e segurando-lhe a sua mão. Para então se aproximar e sussurrar

- Quero eles mortos.

Todos olharam para o alfa e esperaram ele se pronunciar após o que o velho senhor disse, estavam curiosos.

Jungkook fez uma cara cansada de desdém e olhou de cima a baixo para o velho senhor que já estava novamente sentado na cadeira. Gesticulou com a cabeça em forma de negação enquanto dava a última tragada e apagava o cigarro no cinzeiro ainda negando com a cabeça, estava incrédulo mas não estava surpreso com as palavras do velho, que teve a audácia de lhe exigir algo sem cabimento.

- Isso eu não posso fazer. - disse, por fim, Jeon.

O senhor velho se levantou e apoiou as duas mão na mesa de madeira pura e lustrosa do alfa lúpos puro, ele se arqueou um pouco para olhar nos olhos de Jeon que mesmo sentado tinha praticamente um terço da sua altura em pé, o alfa lúpos puro era gigante e intimidava qualquer um.

- Eu lhe darei tudo que pedir. - disse o senhor velho com os dentes cerrados e de forma baixa.

Jungkook então pegou do chão o pequeno gato que estava em sua sala, pertencia ao seu filhote Lino que hoje estava completando três anos e o alfa chamado de Brutos que estava com a gravata de patinhos, havia levado para dar de presente ao bebê do ômega e do alfa puro, entregaria na hora do parabéns, seria uma surpresa para o filhotinho do chefe.

Jeon fez carinho no gato que se esparramou em seu colo e prosseguiu com o assunto

- Eu o conheço há anos, antes mesmo de conhecer meu ômega e torná-lo meu marido, mãe dos meus filhotes hoje em dia, mas é a primeira vez que me pede ajuda. Não me lembro a última vez que me convidou para tomar uma bebida e muito menos sua ômega comparecendo a algum chá da tarde que meu homem fez, mesmo que ele tenha enviado o convite. Embora, meu marido sendo considerado muito amigo de sua esposa, palavras dela.

O velho engoliu em seco ao ouvir os dizeres do alfa, pois sabia que o lúpos puro estava certo.

- Mas vamos ser francos. Você nunca quis minha amizade. - disse o lúpos olhando nos olhos do senhor velho, a íris sempre vermelha demonstrando que não estava para brincadeiras ou conversas.

- Você tinha medo de ficar me devendo algo, não é mesmo? - Jeon falou erguendo com uma mão o gato na direção de Brutos que pegou o enrolando em uma manta de bebê enquanto fazia sons de besourinho para o gatinho do filhote do seu líder.

- Eu não queria me meter em problemas. - disse o senhor velho com receio na voz

- Eu compreendo, você achou o paraíso na América; teve uma boa vida, a proteção da polícia e havia também os tribunais de justiça, tudo o que minha máfia sempre teve a oferecer. Mas mesmo tendo tudo isso, não precisava de um amigo como eu, e sua esposa não precisava da amizade do meu ômega, não é mesmo?

O senhor velho balançava a cabeça já de forma desesperada pelos dizeres do lúpos puro, mesmo sabendo que era verdade, tudo não passava de interesse do alfa velho para com o Jeon.

- Mas agora você vem até aqui, na festa de aniversário do meu filhote, pois sabia que eu chamo todos meus amigos e aliados para comemorar e me pede "Jeon Corleone Jungkook faça justiça." Mas você não pede com respeito, não oferece amizade, nem pensou em trazer um presente para meu filhote e nem pensou em chamar meu homem com meus filhos para os aniversários de sua filha. Em vez disso vem em minha casa, em meu território e me pede para matar por dinheiro.

Jungkook dizia tudo com a voz rouca e grave, mas sempre baixa, os olhos vermelhos demonstrando irá, afinal não queria estar ali, sabia que seu ômega estava lhe esperado do lado de fora com seus filhos, afinal Lino era a maior vitória do casal, sabia que deveria estar se doando cem por cento no aniversário do filhote, principalmente depois de toda a tragédia que aconteceu, por sua culpa e sabia ainda mais que seu ômega não perdoaria se ele passar mais uma hora naquela sala. Tinha que ser rápido

- Eu peço justiça! - insistiu o senhor velho de forma brava, chamando a atenção de Yoongi o braço direito do alfa lúpos puro, se aquele velho se exaltasse, atiraria nele ali mesmo.

- Isso não é justiça, sua filha está viva, e está me atrapalhando de aproveitar o aniversário do meu segundo filhote mais novo, e caso ainda se lembre seria aniversário de sua irmã, que para a dor de meu ômega e minha, não está entre nós. Você não está sendo justo respeitando a memória dela, o aniversário do meu filhote e o meu ômega que me espera lá fora feliz mas que mesmo assim precisa do meu amparo pois também á tristeza em seu coração.

Ouvi-se um fungar de choro contido na sala, era Brutos que se emocionou com as palavas do líder, era para ser um dia inteiramente feliz para o seu líder e seu precioso ômega, mas todos sabiam que a noite, o jovem ômega, marido de seu líder após colocar Lino para dormir, iria chorar a noite inteira, igual nos dois últimos aniversários do bebê que hoje comemora três anos e deveria comemorar junto da irmãzinha, que infelizmente não estava mais entre eles.

- Eu peço perdão Jeon Corleone, para você e seu ômega, mas por favor, já que não pode matá-los, então faça-os sofrer igual minha filha sofreu. Quanto devo lhe pagar?

O rosnado de Yoongi foi ouvido na sala junto das carrancas de raiva dos outros alfas presentes. O senhor velho não estava respeitando ninguém ali, principalmente o líder.

Jungkook olhou para Yoongi e Hoseok com raiva nos olhos, aquele velho estava lhe testando, ficou em silêncio até se levantar calmamente e andar até o senhor velho. Os alfas estavam atentos a tudo.

- Bonasera, Bonasera, o que lhe fiz para me tratar com tanta falta de respeito? Se tivesse vindo a mim por amizade, em um dia diferente e respeitasse meu ômega e filhotes, os filhos da puta que desgraçaram sua filha sofreriam neste momento em sua frente, onde você decidiria se viveriam ou não, nesta sala!

O senhor velho que se chamava Bonasera abaixou a cabeça com medo da proximidade do alfa lúpos puro que estava parado em sua frente, com seus incríveis dois metros e vinte de altura e seus ombros largos e extremante musculosos.

- Se um homem honesto como você tivesse inimigos, eles seriam meus inimigos também. E temeriam você igual a todos me temem e temem aqueles que realmente são meus aliados e amigo. - Jungkook falou apontando o dedo na cara do senhor velho Bonasera.

O velho senhor Bonasera engoliu em seco com as pernas tremendo e a face pálida antes de ter coragem de voltar a se pronunciar.

- Pode ser meu amigo? - Jeon olhou para o senhor velho Bonasera e ergueu as sobrancelhas tentando entender até onde iria os dizeres daquele velho que continha lágrimas nos olhos.

- Por favor, meu líder. - o senhor velho Bonasera segurou a mão direita do lúpos puro onde continha a aliança da máfia, e deu um beijo em cima do anel afirmando sua lealdade, Jeon o olhou e viu que o senhor velho estava se humilhando pelo seu perdão e isso incomodou o lúpos puro, não gostava de alfas demonstrando fraqueza, ainda mais para um mafioso como ele.

Jungkook ergue-o o senhor velho Bonasera e lhe abraçou pelos ombros o guiando para fora da sala em passos lentos

- Bom, algum dia, e talvez esse dia nunca chegue, vou lhe pedir um favor. Mas até este dia, aceite a justiça que tanto pede como um presente meu para você.

O velho senhor Bonasera chorou enquanto ditava vários Grazie para o alfa puro em sua frente. Até Hoseok o puxar e lhe tirar da sala para trancar a porta, ficando parado em frente a Jungkook esperando novas ordens.

- Todos vocês meus verdadeiros aliados, resolvam a questão deste velho para seu líder, mas não hoje, hoje é o dia de comemoração, fiquem de olho em tudo e qualquer movimentação suspeita sabem o que fazer. Hoseok e Yoongi, façam o trabalho de vocês enquanto brindam. Podem ir festejar e Brutos, Lino adorará o presente, grazie meu caro amigo.

- Não agradeça meu líder, seu ômega e filhotes sempre será nossa obrigação.

Jeon Corleone balançou a cabeça em confirmação e agradecimento, enquanto todos os alfas saiam de sua sala.

Ele abriu a segunda gaveta pegando seu perfume para tirar o cheiro do cigarro, quando ouviu uma batida suave na porta, junto de uma fragrância que o alfa puro conhecia muito bem, o cheiro de cereja com uma pitada de avelã.

O alfa puro deu um curto sorriso, seu ômega nunca aprendia.

- Entra, amore mio!

Um ômega baixinho entrou de forma sorrateira, estava vestindo uma calça justa de tecido branco que terminava a cima dos seus tornozelos, e uma camisa branca sem magas com uma gola redonda imitando um colar, a camisa parecia um vestido que tinha detalhes do tecido que caia ao lado de sua coxa, o tecido também branco da camisa quase transparente mas comportado, o anel enorme de diamante da mão esquerda de casamento e o brinco de argolas de ouro branco ornando perfeitamente com toda sua roupa. O cabelo loiro ondulado caindo em sua bochecha e testa, com a maquiagem impecável, seu ômega era tão vaidoso, tão menor que si, mesmo usando um sapato composto que possuía um mini salto.

Uma graça na visão de qualquer um.

- Jungkookie, porque ainda está enfurnado nesta sala? Aquele homem que saiu daqui, não é marido da Suzan? A ômega que nunca vem para os jantares e chás da tarde que eu e o Tae fazemos, porque está aqui? - perguntou batendo os pezinhos birrento no chão, não tiraria a razão seu seu preciosos ômega, ele estava certo afinal das contas.

- Não deve se preocupar com isso, meu amor. Tudo já foi resolvido, e se for de sua vontade, irei mandá-lo embora agora mesmo.

O alfa falou enquanto segurava a cintura gordinha de seu ômega, os sinais da última gravidez ainda estavam lá, e o alfa amava seu ômega em com gordurinhas a mais, era a prova de que cuidava bem daquilo que mais amava no mundo.

- Não, não precisa, só achei estranho. O Lino quer saber onde está o papai grandão dele, não para de perguntar sobre você, o Luca e o Pietro estavam tentando bisbilhotar a porta, mas agora estão brincando com o Brutos.

Jungkook ouviu tudo enquanto dava beijos no pescoço de seu ômega, e em cima de sua marca fazendo Jimin ronronar em aprovação pelos carinhos de seu alfa.

- O Gian já mamou? - perguntou o alfa de forma repentina para Jimin.

- Já, está dormindo agora com o papi Jin, ele ficou cansadinho de tanto ficar no braço do Taehyung. - Falou Jimin ficando nas pontas dos pés tentando a todo custo dar um beijo na boca de seu alfa, fazendo um biquinho bravo por não conseguir.

- Ótimo, então eu ainda tenho um tempo com você, está tão gostoso meu ômega. Obrigada por ser uma ótima mãe para nossos filhotes e um marido incrível, a festa está linda.

Jimin corou com os elogios de seu alfa.

- Pare com isso, sabe que faço tudo por eles, são os meus bens mais preciosos, eles são parte de mim e sempre vão ser.

- Eu sei minha vida, mas você se esforçou muio esta semana, na próxima vez vamos chamar mais ajudantes para os aniversários dos filhotes.

- Não quero! Ninguém vai cuidar dos meus filhotes sem ser eu Jungkookie.

O alfa puro sorriu, pegando seu ômega pelas coxas e o erguendo para por fim dar um beijo de tirar o fôlego do seu ômega.

As línguas se enroscavam de forma lenta, os estalos quebravam o barulho ensurdecedor da sala, os apertos na bunda de Jimin ficaram mais intensos ao ponto de os seus gemidos baixos e manhosos começarem a preencher o local.

O ômega alisava de forma afoita as costas e peitoral de Jungkook, seu alfa era tão forte que toda vez que faziam amorzinho o pequeno ômega ficava sempre acabadinho.

O ômega de forma sorrateira desceu sua pequena mãozinha gorducha até a enorme ereção que seu alfa tinha por cima da calça de alfaiataria preta. Mas era muito difícil para o ômegazinho, pois apenas possuía um e sessenta e dois de altura.

Jungkook urrou pelo aperto em seu pau, seu ômega era um safadinho com cara de anjo, não é atoa que tinham quatro filhotes e se dependesse de Jungkook, teriam mais.

Jungkook quebrou o ósculo olhando com os olhos vermelhos para seu ômega que tinha os olhos na cor violeta, ambos se olhando intensamente. Os lábios inchados e vermelhos, sempre tão volumosos, as sardas no rosto e as maças vermelhas, sempre tão envergonhadinho.

Jimin respirava de forma ofegante enquanto tentava rebolar no colo de seu alfa, o Jeon mais velho apenas sorriu e deu um breve selinho nos lábios fartos e nos biquinhos durinhos de seu ômegazinho que sentia tanta dor por amamentar o tempo todo o pequeno filhote deles.

- Vamos, sabe que não quero você de jeito nenhum nesta sala.

Jungkook carregou ainda seu ômega em seus braços até sair e trancar a porta, descendo as escadas e por fim dando um ultimo beijo no seu ômega o descendo de seu colo e o colocando no chão. Dando um tapa estralado na bunda grande de Jimin.

- Jungkookie! - sempre bravinho e mimado.

Ambos foram em direção a porta e quando a abriu só conseguiram escutar o grito infantil chamando sua atenção.

- PAPAIIIIIII!

Um correria foi feita em direção ao alfa puro gigante, escalando o papai grandão como se fosse uma muralha, e de fato era.

- Mamãe, o papai, mamãe o papai - Lino repetia diversas vezes pulando igual ao um canguru feliz por ver seu papai na festinha, sabia que iriam brincar muito e ficar abraçadinho sentindo o cheirinho do papai que lhe agradava muito.

- Estou vendo meu amor, é o papai. - Jimin disse sorrindo para o bebê que estava super animado abraçando a perna direita do pai. Jungkook o segurou no braço o colocando no colo, Lino abraçou o pescoço todo manhoso enquanto escondia o rosto na curvatura do pescoço de Jungkook, era um ômega muito manhosinho igual sua mamãe.

- Jimin, é impressionante que nenhum deles se parece totalmente com você. - Taehyung se aproximou enquanto gravava em seus storys os bebês brincando, todos felizes.

- Eu sei! É como se eu houvesse parido mínis Jungkookie. - Jimin falou todo bravinho, poxa seus filhotes mal pareciam consigo.

- Não meu anjo, você realmente pariu mínis Jungkookies. - Seu pai ômega Jin se aproximou entrando na conversa enquanto ria dos comentários de Taehyung.

- Pois é Jimin, quem mandou acasalar e ter quatro filhotinhos com um alfa lúpos puro de dois metros de altura que tem os genes mais poderosos que eu já vi. Fico pensando como será meus filhotinhos com o Hoseok e o Yoongi, esses dois alfas só me enrolam. - Resmungou Taehyung pegando novamente Gian no colo.

- Cinco Tae, eu tive cinco, mesmo que ela não esteja aqui. Mas eu tenho certeza que vão ser lindos igual a você.

- Eu amo você Jiji, e ela sempre estará no nosso coração.

A festa seguiu tranquilamente, todos cantaram parabéns pra Lino que estava no braço de Jungkook já que Jimin segurava o mais novo caçula, Gian nos braços, Pietro e Luca pulavam feito pipoca o tempo todo animados.

E como esperado, Lino amou o gatinho do tio Brutos deu, e passou o restante da festa brincando com seu mais novo animalzinho e tirando fotos com seu titio Taehyung.

Jimin estava sentado na cadeira de amamentação enquanto Gian mamava como se não houvesse amanhã, e Jungkook estava brincando com os filhotes de arremessá-los para o alto e os pegar de volta.

E pela primeira vez, Jimin não chorou a noite toda após a festa acabar, ele e Jungkook ficaram abraçados na cama desfrutando do sentimento de saudade e tristeza que os consumiam, aina estava tudo muito recente na memória.

Jimin se ergueu e deu um beijo nas costas de Jungkook, onde havia os pezinhos de todos os seus filhos, inclusive da sua alfinha que não estava mais presente neste mundo, mas permanecia presente no coração de todos.

E a noite se encerrou com o casal como coração tranquilo e cheio de amor para dar para seus filhotinhos.

Oioi, o que vocês acharam do primeiro capítulo? Espero ter suprido as expectativas de todos.

Foram 4 mil palavras hihihi no próximo capítulo vai ter o desenvolvimento dos jikook antes do Lino nascer e depois é só paz, amor e fofura.

Eu pretendo postar o próximo capítulo dia 10 de janeiro, espero conseguir completar o próximo capítulo até lá.

Fato curioso, o cheiro do Jimin é inspirado no hidratante corporal da marca Natura tododia. Então caso um dia vcs queiram saber o cheiro é só pegar uma amostra desse hidratante de cereja e avelã 😄😄

É isso meus amores, espero que vcs tenham gostado e obrigada pelas 300 leituras antes mesmo de ter capítulo.

Feliz ano novo e xauxau ❤️✨