O início-3
30 de abril de 1920
Clube Lótus
Cidade de Yoshiwara
Você dançava sem vontade, na verdade mal se recordava de ter feito algo por escolha desde que saiu daquela mansão.
-- Ah meu bem me sirva mais sente aqui comigo. -- Um belo homem pediu, usando vestes governamentais de alta patente, provavelmente um comandante.
E tudo o que queria era recusar, mas não podia não é mesmo? Para a sua sorte Hina compareceu no local colocando a mão sobre seu ombro.
-- O que pensa que está fazendo Sn querida? -- Nem você entendeu o tratamento tão cortês, uma vez que costumava ser bem cruel.
-- Me mandaram servir. -- Ela disfarçou a vontade de dar um tapa em seu rosto olhando para o comandante e sentando ela mesma no colo dele. -- Suba no palco e faça a sua apresentação.
Apresentação esta que você não desejava, entretanto, concordou.
Suas pernas trêmulas subiram os degraus sobre o silêncio dos participantes as luzes do palco se acenderam e as dançarinas começaram a se mover, até que duas delas foram até ti te puxando pelos braços e erguendo até o meio do palco, cada uma agarrou em um lado do tecido de seu vestido enquanto outra estava atrás o desamarrando e tudo isso em meio a uma dança, quando finalmente puxaram e soltaram seus cabelos bagunçando a sua aparência te deixando a ser muito mais atraente, respirando fundo você moveu o quadril e as pernas, estalando os dedos, dançando conforme a música e sem sorrir, seu olhar foi em direção a Hina que sorria para você e movia os lábios dizendo que deveria por um belo sorriso na boca.
"Céus que inferno" Pensou sorrindo entristecida em mais alguns movimentos se deparou com uma mesa afastada das demais em um ponto mais reservado e alto, os orbes vermelhos que deixavam qualquer um amedrontado causavam mais do que uma única sensação a você.
Ao fim daquela música as palmas vieram e após os devidos agradecimentos você saiu do local indo ao camarim, as meninas comemoravam o sucesso da apresentação as vozes alegres ao qual você não entendia, como podiam se alegrar com tão pouco?
Pode não parecer mas a liberdade que tanto almejava tornava-se ambiciosa dentre todos os bens que poderia ter.
A porta foi aberta e Hina encarava as garotas que simplesmente ficaram em silêncio.
-- Voltem para o palco, faremos mais uma apresentação. -- Se prepararam para sair e ela te chamou: -- Sn, fique quieta essa não é a sua função.
O local ficou vazio e a mulher com um leque se aproximou ela bateu o leque na própria mão sorrindo enquanto puxou a ponteira de ouro e você se apressou e pegar um isqueiro.
-- Me diga como fez.
Olhou sem compreender a ordem esperando que ela soltasse a fumasse e já segurando o cinzeiro.
-- Como fez para que um kizuki viesse ao meu clube? Ao melhor como fez para que o líder deles viesse até aqui?
Você piscou novamente.
-- Fedelha burra, não se faça de idiota. Aproveite que estou de bom humor pela quantidade generosa que me pagaram e me conte, vou instruir todas as meninas para eles. -- A ganância falava mais alto.
-- Eu não sei senhora, creio que ele só tenha gostado da minha companhia, pois, não me deitei com ele. -- Foi sincera arrancando um gargalhar da mais velha.
-- Óbvio que não deitou. Se não ele teria vindo me pagar para te punir como tantos outros fizeram, como pode ser tão ruim em sua única função menina? -- Passou a mão pelo rosto enquanto você abaixava a cabeça.
-- Em todos esses anos nenhuma puta me deu tanto trabalho, se não atraísse tantos clientes por sua aparência eu mesma já teria te jogado na sarjeta, então pelo seu bem faça direito.
-- Sim -- A mulher olhou em seus olhos furiosa, não havia terminado de falar para que abrisse a boca. -- Desculpe.
-- Se não der certo como concubina, passará a trabalhar na rua e será marcada para que saibam que não há responsabilidade com você. -- Seu peito pesou e assim baixou o olhar.
-- Entendeu? -- Ela te olhou.
-- Sim senhora. Posso fazer uma pergunta?
Ela queria negar, mas não poderia. Não quando esperava conseguir uma boa rentabilidade com seu corpo e não fazia a menor ideia de que eram observadas pelo homem de olhos cruéis.
-- Quando terei pago a minha dívida?
A mulher sorriu cheia de raiva e depois se aproximou segurando seus cabelos com força.
-- Deveria ser grata por tudo o que fiz por você.
-- Mas... -- Levou um tapa de leve para que o rosto não ficasse marcado.
-- Se voltar a tocar nesse assunto, não serei tão gentil entendeu? Agora se prepare, sua função é entreter os clientes no palco e servir bebidas, vá para o seu novo quarto no quarto andar ele pertence só a você e não me decepcione.
A mulher saiu do camarim e quando ficou sozinha foi ao chão chorando mas ao ouvir passos limpou o rosto e seguiu pelas escadas até o local indicado por ela.
Muzan havia cansado do álcool quando te viu descer do palco, ele simplesmente chamou uma das meninas que serviam a bebida e ordenou que Hina viesse o atender o que não demorou a acontece.
O sorriso dela era largo de quem ostentava a arrogância de tê-lo por perto, ao mesmo tempo possuía o medo incubado, pois, bastava o levantar do olhar para que a vida da mulher acabasse.
-- É muito bom vê-lo... -- Ele simplesmente colocou o copo na mesa.
-- Dispenso qualquer formalidade vinda de você, apenas diga como a garota está?
A cafetina teve que engolir a raiva, achava uma audácia que homens lhe tratassem mal quando estava no topo. Fora a única a conquistar o coração do imperador, mas a esposa dele fez com que amargasse um inferno pela tentativa de tomar seu lugar.
-- Ela está no camarim.
-- Hum... -- Ele voltou a beber. -- A chave do quarto -- estendeu a mão.
-- A claro. -- A mulher se apressou em tirar do colar ao qual ele nem deu tempo rebentando a peça do pescoço. -- Torça para que a garota esteja bem, do contrário terão que me pagar já que não gosto dos meus brinquedos quebrados.
A ameaça tão sutil e mortal que deixou a mais velha estressada, descontando tudo em você momentos depois ao vê-la no camarim.
Sn relaxava na banheira sozinha, uma vez que Surya a ajudou com tudo antes de partir e poderia dizer que a sensação da água quente era reconfortante em meio a tantos problemas, após o banho tomado vestiu uma lingerie padrão, ou seja, uma calcinha e camisola escura que por cima receberia uma cinta liga e meias de renda pôs um robe de ceda já que por cima dos trajes íntimos viria o vestido, mas nem chegou a tanto. Ao sair para o quarto ouviu o barulho do isqueiro e notou na poltrona macia um homem muito bem vestido, a fumaça saiu de seus lábios e os olhos vermelhos vislumbraram você. Tão linda e acuada.
-- Senhor Kibutsuji. -- Sussurrou
-- Pelo visto gostou do meu nome. -- Apagou o cigarro no cinzeiro e tirou o paletó e você recuou até a parede ao ver que ele vinha em sua direção armado o que o fez sorrir, seu medo tornou-se interessante.
Muzan tirou o coldre e abriu o colete e por mais que Sn não quisesse faria seu trabalho. Foi na direção dele tirando o roupão e soltando os cabelos, apesar disso ele conseguia notar todo o seu desconforto e isso sim era um absurdo. Será que não tinha o visto com atenção? O Kibutsuji sabia que era um homem muito bonito e atraente e não te causar nada fazia com que ele quisesse brincar mais.
Em um movimento rápido ele prendeu seus braços olhando para a sua boca bem delineada e tomando-a com gosto, te assustando. Os clientes não gostavam de tocar o local onde enfiariam o pau fora que por ser uma prostituta não recebia nada, estava ali para servir e fim. A língua puxando a sua dominando sua boca as mãos que prenderam sua cintura e acima de tudo os fios que seguidamente foram puxados pela nuca, nunca havia recebido um beijo tão gostoso.
Muzan não fora até ali para isso, na verdade iria propor que se infiltrasse no kisatsutai, entretanto vê-la dançar com poucas roupas no palco deu a ele um ideia deliciosamente maligna. O rei apertava seu pescoço sufocando sua respiração enquanto te observava lidar com essa ação, seu corpo foi atirado na cama e o colete que ele usava foi ao chão desabotoou a camisa tranquilamente te permitindo ver o belo corpo pálido, parou na ponta da cama e te olhou.
-- Venha aqui. -- Sn engatinhou até estar sentada de frente para ele que apenas abriu o botão da calça sabendo perfeitamente o que ele queria, suas mãos meio trêmulas abriram a calça vendo que teria trabalho ao expor o falo duro e avantajado, seus dedos tocaram a glande pressionando ali enquanto a outra mão o masturbou. Antes de colocá-lo na boca indo até a metade e movendo a esquerda no comprimento, ele arfou, você era boa. Muito boa, mesmo assim não via desejo em seu olhar e isso sim era desmotivador. -- Pare.
Você obedeceu.
-- Deite na cama, tire a calcinha e abra as pernas. -- Mais uma vez fez como pediu, tirando a peça calmamente e deitando sobre os lençóis torcendo para que acabasse rápido, no entanto, o Kibutsuji ficou de joelhos entre suas coxas pressionando o seu cerne com um deles roçando em sua parte intima. -- Você obedece como um cão adestrado, vamos ver até onde vai essa falta de interesse quando eu te fizer implorar para que pare.
E assim baixou o rosto em direção ao seu pescoço apertando sua cintura e te mordendo de leve, as mãos foram em sua camisola tirando do bolso da calça um canivete e fazendo um pequeno furo para em seguida rasgar com as próprias mãos te assustando, a língua percorrendo o vale de seus seios tendo o bico esquerdo repuxado pelos lábios fazendo com que sua respiração pesasse, rapidamente passou a dar atenção ao outro até que ficassem sensíveis ao toque escapando murmúrios de sua parte.
-- Hunf. Não vai demorar muito não é mesmo? -- Sem esperar que respondesse segurou suas coxas com forçar e te abocanhou com uma fome que jamais imaginou que pudessem ter a seu respeito, apesar de forte a língua permaneceu macia te causando uma sensação única de prazer um gemido escapou de seus lábios e seu corpo começou a dar sinais de que logo-logo estaria em seu limite, a esquerda dele se juntou ao sincronismo te invadindo na mesma proporção com dois dedos e seus olhos reviraram.
-- Awh... -- Foram as palavras que conseguiu pronunciar agarrando os lençóis da cama e movendo o quadril até que seus dedos se prendessem nos fios se derramando sob o olhar carmesim do homem que estava prestes a te devorar. Muzan se ergueu o suficiente para expor as coxas e por o preservativo te invadindo sem pena ou dando tempo para que se acostumasse e apesar da abrasão estava extremamente úmida ocasionando em um desconforto quase nulo ao sentir as estocadas dele irem cada vez mais fortes e pela primeira vez desde que foi posta nessa vida sentiu vontade de fazer algo, tirando assim a camisa dele e arranhando as costas ao sentir a boca morder seu pescoço e seguidamente a perna esquerda ser levantada e apoiada no ombro. -- Eu não...
-- Apenas aprecie -- O impacto seguinte arrancou lágrimas dos seus olhos te obrigando a gritar de prazer além da dor acometida afinal o Kibutsuji estava apenas começando, se afundando em seu cerne com força e ouvindo seu gemido cada vez mais inexistente conforme sua voz afinava. Quando gozou o apertando fortemente ele riu, saindo de dentro de ti e soltando suas pernas. -- Senta.
Não havia condições para mover-se, mas não poderia simplesmente contestar e aos poucos baixou o quadril o acolhendo dentro de si firmando os joelhos na cama e se movendo, apertando os ombros dele de leve que simplesmente levou o polegar até a boca e depois o moveu o meio de suas pernas te fazendo tremer com o contato mínimo. Com a destra ele segurou em sua cintura e olhando em seus olhos fez com que se movesse no ritmo que queria, era intenso, impactante e luxurioso a forma como vis-à-vis se fundiam. Suas sentadas foram ficando mais rápidas enquanto ele mordeu o lábio inferior, Muzan ordenou que virasse tendo uma visão perfeita da sua bunda e de você o engolindo, as palmas das mãos dele pesaram conforme agredia suas coxas com tapas severos que queimavam e te faziam se empenhar cada vez mais, mal deu-se conta de que chegou a outro orgasmo enquanto ainda se movia e ele simplesmente foi te empurrando até que estivesse de quatro agarrando seus cabelos e estocando com brutalidade te desconcertando de vez, seus dedos se afundaram no lençol e ele continuou te fazendo vir, extasiando junto a si até que estivesse completamente satisfeito.
Foi a primeira vez que passou uma noite em claro onde o prazer, mesmo que sucinto fosse seu. Mas não se engane, uma foda com a intenção de mostrar o quanto poderia sofrer, jamais seria com boas intenções...
Muzan não costumava sair pela manhã, mas Sn fez com que ele mudasse de ideia pelo menos por uma noite. O Kibutsuji deixou seu quarto por volta das sete da manhã enquanto estava desmaiada e ele adorou te ver desfalecendo por não aguentar mais foder. Ainda colocava o paletó quando chegou no primeiro andar da casa e sabia que Hina estava de pé, a mulher era praticamente uma lobista quando se tratava de dinheiro.
-- Voltarei á noite -- Olhou-a com desprezo indo em direção a saída enquanto a mulher assentia e o acompanhava.
A porta do carro de luxo foi aberta por um dos luas e Muzan olhou para trás uma única vez antes de finalmente adentrar o veículo.
-- A partir de hoje ninguém mais encosta nela.
Uma mensagem que para Hina significava muito dinheiro e para você seria apenas mais uma prisão.
༺══༻
O comandante e fundador do esquadrão especializado em acabar com o submundo do crime observava a cena a frente, todos os corpos carbonizados de seus empregados. Seres humanos que apenas faziam o certo perdendo a vida por conta de um desgraçado cruel.
-- Comandante Tsugikuni não há sobreviventes.
Com as palavras do sargento ele simplesmente passou as mãos nos cabelos.
"Merda, está cada vez mais difícil chegar até esse desgraçado." Pensou antes de respirar fundo.
-- Reavaliem o esquadrão e peça para que tomem cuidado isso foi uma clara retaliação e se resolveram nos caçar temos que pará-los antes que isso saia do controle.
-- Mas chefe, os Kizuki's são vistos como indestrutíveis. -- Um homem de fios loiros comentou e o Tsugikuni sorriu.
-- Não há mal que seja indestrutível apenas temos que achar uma ponta fraca e através delas que chegaremos nele.
A seriedade de Yoriichi nunca foi questionada, nem quando obtiveram a certeza de que poderia agir por vingança afinal Muzan lhe tirou tudo, mas, o castanho iria além. Ele queria acabar com as tragédias ocasionadas pelo grupo de mafiosos, mesmo que não pudesse deixar a cidade limpa, se esforçava para que os cidadãos pudessem ao menos viver em paz.
-- Senhor um Kizuki foi visto saindo da casa de Lótus. -- Um dos subordinados mencionou e ele logo se atentou.
"Parece que alguém resolveu mudar sua forma de agir."
-- Mande um grupo de Elite para lá, ao melhor, mande apenas um infiltrado essa noite, quem sabe teremos um avanço. -- Comunicou ao sargento e mesmo não sabendo da sua existência, seria você a ser vista em breve.
Estou escrevendo os capítulos próximos capítulo já, então em breve posto =)
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top