6. ADORE YOU
Me perco tanto dentro dos seus olhos,
Você acreditaria nisso?
Você não tem que dizer que me ama
Você não tem que dizer nada
Você não tem que dizer que é minha
Meu bem, eu andaria no fogo por você
Apenas me deixe te adorar
Como se fosse a única coisa que farei
— Olha só... — eu bati palminhas e ri quando Kid me mostrou o dedo enquanto terminava de descer os dois últimos degraus da escada com a ajuda de Killer.
Aestus e Mallacht estavam ao meu lado, com um grande sorriso por ver o amigo de pé de novo.
— Acho que é desnecessário dizer que não é pra você trabalhar, né? — eu me aproximei dele, segurando seu queixo e examinando seu rosto.
— É, você deixou isso bem claro. — Ele revirou os olhos e eu sorri. — Agora, será que eu preciso de uma ordem médica ou posso ir jogar um pouco?
— Idiota. — Eu apontei com a cabeça para o sofá e lá se foi a trupe de hackers.
— Mandona. — Kid riu quando eu mostrei o dedo a ele. — Killer, pipoca!
— Vai lá fazer seu folgado! — Killer apontou com a cabeça para a cozinha e eu o segui. — Alguma restrição alimentar?
— Nada além do que o Law te passou. Mas manteria o café baixo por enquanto. — Eu me sentei na mesa e ele me entregou uma xícara de café. — Ele parece um bonequinho que alguém deu uma supercarga no motor, ao invés de 110 deram 220.
Killer riu enquanto eu encarava a xícara de café e o cheiro de pipoca começava a tomar o ambiente. Não demorou para eu começar a ouvir gritos e xingamentos vindo da sala.
— Eles estão bem. Só estão jogando. — Killer riu da minha cara enquanto sacudia uma tigela gigantesca de pipoca. — Tem chocolate e refrigerante na geladeira. Pega pra mim?
— Claro... — eu ouvi o som de algo caindo no chão e Killer riu. — Não quero nem ver como vocês são em uma briga.
— Terríveis. — Kid entrou na cozinha, olhando ao redor e fazendo uma expressão irritada. — Ei, cadê meu café?
— Sem café pra você. — Eu entreguei uma sacola com chocolates para ele, me esticando e abrindo o freezer, tirando alguns potes de sorvete de lá e ignorando a cara feia dele.
— Ótimo, agora são dois. — Ele se virou, saindo mal-humorado atrás de Killer e eu ri.
— Por isso eu sou a favor dela morar com a gente! — Aestus se levantou, me ajudando e pegando um dos potes de sorvete. — Ela mantém a geladeira abastecida e tem pijamas bonitos.
Ele exibiu um dos meus pijamas em seu corpo e Mallacht fez um sinal de aprovação, me fazendo rir e me juntando a eles na bagunça do enorme sofá.
— Quando foi que isso aconteceu? — Kid alternou seus olhos entre nós três e Killer sorriu.
— Ela tem uma vida fora do seu quarto, mesmo que não pareça. — O loiro se voltou para mim, fazendo um meneio com a cabeça.
— Está com ciúmes dela, Kid? — Mallacht trocou um olhar com o Killer e Aestus, deixando uma risada escapar quando Kid simplesmente rosnou.
— Não, não estou com ciúmes. — Eu ri, me aproximando dos meninos e me sentando no sofá entre Aestus e Kid.
— Aw, não se preocupe... — eu passei a mão por uma das poucas mechas soltas da trança que eu havia feito nele naquela manhã. — Você ainda é meu paciente favorito.
Os meninos riram da expressão irritada dele antes que ele desviasse o rosto.
— Okay, agora, me mostrem o que tem de tão incrível nesses jogos. Vamos ver se vocês conseguem me transformar numa bruxa gamer. — Eu cruzei minhas pernas em lótus, colocando um dos potes de sorvete no meu colo.
— Vai ser um prazer trazer a senhorita para o lado negro da força. — Eu ri das referências de Killer enquanto eles escolhiam um jogo.
Os potes de sorvete já estavam vazios e os meninos estavam na segunda tigela de pipoca enquanto eu tomava um chá e praticamente forçava Kid a fazer o mesmo.
— Você quer dormir. — Eu olhei de soslaio para Kid, falando mais baixo enquanto os meninos falavam alto.
— Não, não quero. — Ele bocejou e eu ri. — Se eu falar que estou com sono, você vai me mandar para o quarto. Eu prefiro tomar esse chá horrível.
— Não precisa ir para o quarto... pode deitar aqui. — Ele me encarou por um segundo a mais antes que eu risse e batesse levemente sobre as minhas pernas, me ajeitando no sofá. — Infelizmente, isso vai acabar com a sua reputação.
Kid sorriu, se arrumando e deitando sua cabeça sobre meu colo, pendurando suas pernas para fora do sofá. Já disse que ele é gigantesco? O sofá... embora, o Kid não fique atrás.
— Você pode ficar fora do quarto o quanto quiser, desde que esteja bem. — Eu sorri para ele, encarando seu rosto por alguns instantes quando ele sorriu fraquinho e voltou seus olhos para a tela.
Eu deixei meu corpo se escorar totalmente ao sofá, encarando as imagens na tela e deixando o caos me envolver. Eu estava cercada pelo mais puro caos e me sentia mais confortável e em paz do que se estivesse sozinha no mais perfeito jardim.
Merindah encarava a tela onde os meninos jogavam com o corpo totalmente encostado ao sofá, vez ou outra seu corpo se sacudia quando ela ria dos rapazes e suas reações um pouco exageradas.
Eu tirei meus olhos da tela e encarei o rosto de Merindah. Ela tinha um sorriso nos lábios rosados enquanto os olhos brilhavam e sua mão estava sobre a minha cintura, vez ou outra fazendo inconscientemente um carinho em mim, que arrepiava minha pele. Ótimo, tô virando um imbecil emocionado.
***
— Como se sente? — Merindah me espiou na cozinha e riu ao me ver tentar fazer um café. — Quer ajuda?
— Aceito. — Eu deixei a xícara de lado e senti uma pontada de irritação quando ela pegou outra xícara e serviu pra mim um café, da cafeteira. — Ei!
— Nada de instantâneo ou expresso. — Ela riu, me olhando de lado antes de apontar para a geladeira. — Leite de coco. Pega pra mim.
— 'Tá fazendo o quê? — eu entreguei o vidrinho a ela e Merindah sorriu, virando um pouco na xícara. — Espero que isso fique bom...
— Vai ficar, para de reclamar. — Ela me entregou a xícara, exibindo um sorriso antes de ir terminar o expresso que eu comecei misturando um pozinho na bebida. — Isso é canela, para de me olhar com essa cara.
Merindah riu quando eu dei ombros e me acompanhou até a sala, se jogando no sofá e me espiando enquanto eu ia para a minha mesa e para o computador.
Haytham havia me enviado os arquivos de um projeto para próteses que deu errado algum tempo atrás. Ele tinha esperanças de que eu pudesse o consertar.
— Como está indo? — Killer apareceu algum tempo depois, tirando a xícara da mesa e encarando a tela.
— Quase zero progresso. Estou tentando descobrir o que deu errado. — Eu levantei meus olhos para ele antes de voltá-los para o sofá. — Há quanto tempo ela está dormindo?
— Hm, uma meia hora. — Killer riu da minha expressão irritada por não perceber o tempo passar. — Ela está confortável, deixa ela ali. Os técnicos do ar-condicionado devem aparecer amanhã.
Eu concordei com um aceno e voltei a encarar a tela. Eu precisava descobrir porque aquele projeto tão promissor e bem executado deu tão errado.
— Kid... Kid... — eu ouvi meu nome ao longe antes de finalmente sentir um toque delicado no meu ombro, virando meu rosto para Merindah e encontrando seus olhos verdes. — Oi.
Ela riu, apontando com um aceno para a cozinha. Eu levantei e a segui, nós nos sentamos e Merindah ficou me encarando por um segundo a mais.
— Não vai reclamar, é? — ela riu, servindo aquele chá horrível para mim e alguns biscoitos que eu nunca tinha visto. Realmente era bom tê-la ali.
— Onde achou isso? — eu girei um dos biscoitos entre meus dedos antes de voltar os olhos para ela. — Nunca vi desses aqui.
— Para hackers que vivem exclusivamente na internet, vocês sabem bem pouco sobre comprar coisas na internet. — Ela riu, se levantando e abrindo a geladeira, exibindo a comida. — Caso não se lembre, eu não saio de casa.
Ela sorriu sem jeito e torceu uma mecha do cabelo. Odeio essa sensação.
— Senta aqui. — Eu apontei para a cadeira à minha frente e Merindah riu, pela primeira vez, me obedecendo. — Pode sair se quiser, o Killer pode ir com você...
— Não se preocupa com isso, Ruivão. — Ela sorriu ao ver que o apelido não me irritou tanto. — E agora, que tal a gente tentar conversar sobre algo?
— Okay. Me conta como você virou uma bruxa? — ela riu enquanto eu mantinha meus olhos fixos nela. — E porque os filmes de terror de bruxa te fazem rir e não te irritam?
Merindah riu, bebericando o chá antes de me encarar.
— Minha avó me ensinou, do jeito dela, sem dizer que era bruxaria natural. E os filmes de terror... bem, é engraçado porque tá muito errado. — Ela apoiou o rosto a uma das mãos, me encarando com aquele jeito... doce. — E você, se irrita com como retratam hackers e gênios em filmes?
— Odeio. — Ela riu e eu sorri, a encarando. — Fala sério! Eu vi a sua cara de surpresa quando me viu da primeira vez.
— É, admito, eu estava esperando um nerd baixinho, de óculos e que com toda a certeza seria insuportável. — Eu ri e por um momento dei razão a ela. — Apesar de quê, na parte do insuportável você até que tentou seguir o estereótipo, mas falhou...
— Está admitindo que me acha legal. Estou lisonjeado. — Eu fiz uma reverência exagerada e ela riu. — Okay, já que você me arrancou do computador, vamos conversar. Me conta mais alguma coisa sobre você.
Merindah riu e me encarou por mais um momento, como se estivesse esperando para ver se eu estava falando sério.
— Certo, se vamos fazer isso, vamos precisar de mais petiscos. — Ela se levantou, indo até a despensa e pegando um pote de biscoitos muito bem abastecido.
— Okay, então... Você tem dois... padrinhos divinos? — Kid me encarava com uma expressão de quase incredulidade. — E são nórdicos?
Eu ri, o encarando com curiosidade. Kid ficou muito curioso ao descobrir que 'meu lance de bruxa' era mais sério do que imaginava.
— Sim, são. Freya e Loki. — Eu ri e ele manteve seu rosto apoiado a mão. — O que mais você quer saber?
— Sei lá, como isso aconteceu? Como eles aparecem para você? Esse tipo de coisa. — Ele deu ombros, se levantando e indo até à geladeira, voltando de lá com duas garrafas de chá gelado.
— Okay, só se você me contar sobre suas coisas de hacker. — Ele concordou com um aceno e eu sorri. — Ótimo.
Eu respondi as infindáveis perguntas de Kid, sobre como minha avó me ensinou sobre medicina natural e bruxaria. Sobre como Freya meio que me escolheu para trabalhar com ela e decidiu que meu gato seria o assistente dela aqui e de como Loki simplesmente apareceu e decidiu ficar.
— Isso é confuso..., mas é interessante. — Eu ri e Kid sorriu. — Agora me conta mais.
Eu joguei meu corpo para trás, encarando o teto e pensando por um momento no que mais poderia dizer a ele. A risada dele me fez arrumar a postura, o encarando.
— O que foi? — Kid me encarou, exibindo um sorriso charmoso e seu rosto ficou levemente vermelho.
— Você fica... fofa quando está pensando assim. — eu escondi meu rosto, rindo. — O quê?
— Vai se ferrar. — Eu voltei meus olhos para ele e Kid riu. — Você é um idiota.
— Hm, mas um idiota que está chegando no seu coração. — Ele apoiou o rosto a mão e eu ri. — Tá bem, vamos voltar a nossa conversa... Nada de mudar de assunto.
Eu ri e o encarei por um instante a mais antes de voltar a contar qualquer assunto aleatório da minha vida, aproveitando e roubando olhares para ele. O cabelo ruivo, os olhos castanhos amendoados e os lábios finos onde ele sempre passava um batom vermelho muito escuro, quase preto. Ótimo, estou ficando apaixonadinha pelo hacker.
***
— Os caras do ar. — Killer passou por nós, apontando para o segundo andar. — Vocês pediram para avisar.
— Obrigado. — Eu e Kid respondemos ao mesmo tempo e isso me fez rir. — Não sei por qual motivo você quer subir, mas vamos gênio da internet.
— Bruxinha. — Eu comecei a subir as escadas e mostrei o dedo para ele, o fazendo rir. Eu parei a porta do quarto dele, encarando os aparelhos.
— Onde você está dormindo? — Kid parou as minhas costas, me fazendo prender a respiração por um instante. Freya, isso não tem graça.
— No quarto do Killer. — Ele apontou para a cama cheia de papéis, livros e peças. — Sempre foi assim...
Kid riu e um arrepio percorreu meu corpo. Freya!
— Vem, vamos gastar tempo no meu quarto. — Eu girei meu corpo e praticamente deslizei para longe dele. Kid me seguiu e chutou a porta para a fechar. — Vamos assistir uma série, senta essa bunda aí.
— Sim senhora. — Kid se largou sobre a cama, fazendo uma carranca. — Credo, tudo seu tem perfume?
— Quase tudo. É aromaterapia. — Eu apontei para os vidros de essência e abri um sorriso. — Seu chefe está pagando, pelo que o Killer me disse. E eu estou me esbaldando.
— Faça bom proveito... — ele se espreguiçou sobre a cama, me encarando quando eu voltei meus olhos para ele. — Que foi?
— Nada... E para de olhar pra mim. — Eu voltei a virar de costas para ele, procurando pelo controle da televisão, bufando.
— Tá irritada por quê? — Kid riu, me encarando e abrindo aquele sorriso charmoso.
— Por nada... — eu não vou falar isso pra ele, desistam. — Não, não, não...
Kid riu, apoiando a cabeça ao braço e encarando o teto.
— O que eles estão falando para você? — eu deixei meus ombros caírem e suspirei. Pra quê eu contei isso para ele?
— Que gostam de você... principalmente o Loki. — Eu revirei os olhos, o empurrando e me sentando na cama, ligando a televisão e procurando por uma série.
— Tem mais? — ele se sentou, passando a mão por uma das mechas do meu cabelo. — Eu gosto do seu cabelo... verdinho...
— Cala a boca. — Kid riu e eu o empurrei para a cama. — E você não acredita neles, então por que quer saber o que eles dizem?
— É divertido. — Ele sorriu, arrumando a calça de moletom em que se arrastava desde a manhã e era a única peça de roupa em seu corpo. — Além do mais, parece estar te irritando e isso torna mais fácil a minha diversão favorita.
Eu o olhei de soslaio, séria e ele riu antes que eu o empurrasse e me ajeitasse sobre a cama. Uma série qualquer começou enquanto eu tentava me concentrar nela e não no homem próximo a mim, ou nas duas divindades das quais uma estava curiosa para saber mais sobre o Kid e na outra que insistia que eu deveria investir em algo com ele... Ai que ótimo.
— Você também não está prestando atenção. — Ele me cutucou com o pé e sorriu.
— Para todos os efeitos, a culpa é sua. — Eu o espiei de soslaio e ele riu. — Para com isso, eu não vou te falar mais nada.
— Ah, vamos... Eu estou entediado e provavelmente o Law ou o Killer já te disseram que eu sou insuportável quando estou entediado. — Ele sorriu, arrumando sua postura e se sentando novamente.
— Se você sossegar o facho, vamos conseguir prestar atenção. — Nem eu acreditava nisso. Eu respirei fundo e me voltei para olhá-lo, ficando mais próxima do que gostaria enquanto ele me encarava com um olhar desafiador. — Okay! Quer mesmo saber o que eles ficam soprando no meu ouvido?
Kid riu dos meus gestos exagerados e acenou com a cabeça, concordando e exibindo um sorriso desafiador e levemente debochado.
— Ótimo. — Eu me aproximei um pouco mais dele, praticamente o forçando a apoiar suas costas a cabeceira da cama. Meu corpo estava a poucos centímetros do dele e eu sorri ao ver sua respiração mudar. — Loki quer que eu te provoque... E Freya diz que eu deveria transar com você...
Eu sorri de lado enquanto ele abria os olhos surpresos, fiz ele dar tela azul, embora mereça apenas parte do crédito por exagerar um pouquinho as falas de Freya. Kid piscou algumas vezes, olhando através de mim antes de voltar a me encarar e colocar sua mão sobre a minha cintura, me surpreendendo.
— Bem, acho que pode ser uma boa ideia agradar sua deusa protetora. — Kid me encarou por um momento a mais, como que esperando que eu tomasse a iniciativa. E eu tomei.
Meus lábios pressionaram os seus e eu senti sua mão apertar minha cintura, me puxando mais para perto antes que o beijo se tornasse mais intenso.
— Acho que sua deusa gosta de mim. — Ele sorriu quando nos afastamos e eu cobri seus olhos com uma de minhas mãos, tendo uma mini crise de riso.
— Calado. — Eu pensei por um momento, tentando ordenar minha mente.
— Que está fazendo? — Kid tentou tirar minha mão de seu rosto, rindo.
— Tô tentando pensar sem você me encarando pra atrapalhar. — Ele riu, levando sua mão até a minha cintura, me acariciando. — Para com isso...
— Tô te ajudando a pensar. — Ele riu enquanto eu revirava os olhos. — Pra quê pensar? É simples, sim ou não.
Eu respirei fundo. Queria eu que fosse tão simples, embora tecnicamente seja.
— E você? Sim ou não? — eu não tirei minha mão de seu rosto, apenas me aproximei um pouco mais. Eu podia sentir sua respiração quente.
— Sim, várias vezes sim... embora se alguém perguntar eu vou negar que disse vários sins. — Eu ri, tirando minha mão de seu rosto e ele sorriu charmoso para mim. — Hesitando por quê?
— Por uma ética que eu não sei se tenho mais. — Kid riu e levou sua mão ao meu rosto.
— Eu sou um hacker, ética é uma coisa com a qual nós não nos importamos mais, principalmente eu. — Kid afastou meu cabelo, o prendendo atrás da minha orelha em um gesto afetuoso que não imaginei que fosse vir dele.
Um aroma de uma mistura de morangos e mel tomou o quarto e eu respirei profundamente.
— Ei! — a voz de Killer fez com que eu me afastasse de Kid, rindo quando ele bufou. — O ar tá funcionando aí?
— Acho que sim... — eu fui até a porta e ri quando Kid se sentou, pegando uma almofada e a colocando sobre seu colo antes que eu abrisse a porta. — O que acha?
— Que precisa ser calibrado. — Killer olhou ao redor, se aproximando do ar-condicionado e o configurando. — Agora sim.
Ele alternou seus olhos entre nós por um momento antes de sorrir.
— Vou deixar os pombinhos sozinhos de novo. — Ele apontou para a boca de Kid e eu ri. Havia um pequeno borrão no batom dele. — Se quiserem esconder, tentem não deixar pistas.
Ele riu da cara mal-humorada de Kid antes de sair, nos deixando às sós novamente.
— Estragou o clima. Obrigado! — eu ri quando Killer gritou 'de nada' antes de fechar a porta e me voltar para Kid. — E agora?
— Agora... vamos assistir alguma coisa — eu ri quando ele revirou os olhos — e voltamos a testar nossa química em outro momento.
Kid sorriu e concordou com um aceno, pegando o controle da televisão e começando a procurar por um filme em um dos vários catálogos de streaming que eles tinham.
— Adoro esse filme. — Kid sorriu, arrumando sua postura e encarando a televisão onde um filme de heróis começava.
Eu olhei para Kid de soslaio por um momento, deixando um pequeno sorriso tomar meus lábios. Nós teríamos outra oportunidade para testar nossa química e, dessa vez, eu estaria menos hesitante.
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