3. JOGO DE BASEBALL
ZOEY COLLEMAN
Ontem eu fiquei trancada em meu quarto até Blaire chegar. A noite inteira foi gritaria e xingamentos, Blaire gritava com mamãe e a nossa mãe a xingava.
Mas tudo ocorreu bem quando mamãe foi pedir desculpas a Blaire e não à mim.
Minha irmã não respondeu ou fez algo depois do pedido de desculpas, ela apenas fechou a porta do quarto em que eu estava e foi dormir comigo.
Ela conversou sobre estar perto de irmos embora, irmos para longe de mamãe.
Eu agradeço por ter Blaire por perto, ela é como uma segunda mãe para mim — bem que poderia ser a primeira —.
Hoje teria um jogo de baseball.
Finney Blake e Bruce Yamada iam jogar hoje.
O garoto que eu gosto e meu melhor amigo iriam jogar hoje, e o melhor, eu não estava sonhando!
Deixei meu cabelo solto, coloquei uma calça jeans e uma blusa colorida, calcei meu par de all star preto e coloquei meu colar.
Aquele colar andaria sempre comigo, pois foi um presente no dia de meu aniversário que meu pai me deu.
Era um trio, eu tenho, minha irmã tem e meu pai tinha.
A pior imagem que ficara gravada em minha mente era do cordão de meu pai que balançava no ar ainda preso em seu pescoço.
Espero que algum dia eu possa esquecer esta imagem para sempre.
Dentro do pingente, há uma foto de nós três, mamãe também estava na foto mas decidi cortá-la depois de meus dez anos, quando tudo ficou ainda pior.
— Mamãe está dormindo, vê se não demora muito. — Blaire disse alto e eu assenti.
Andei até a porta principal e abri a mesma logo fechando, subi em minha bicicleta e fui em direção ao campo aonde teria o jogo.
Assim que cheguei, avistei Gwen que estava com suas amigas e a irmã de Bruce.
Me aproximei das mesmas e falei com elas, depois me sentei na arquibancada e fiquei olhando para os dois amigos que estavam jogando.
— Vamos! — o treinador berrou. — Você consegue! Vá para a segunda base! Vamos lá, pessoal! Vocês estão entregando o jogo!
— Vai, Finney. — sorri para o garoto que teve seu olhar desviado para minha direção.
Observei um sorriso de canto se formar em seu rosto e ele voltou a prestar atenção no Yamada.
— Jogue a bola!
O Blake jogou a bola, mas Bruce não conseguiu bater a mesma com seu bastão logo passando um ponto para o time adversário
— Strike!
— Boa, Finn!
— Vamos lá, Finney. Mais dois Strikes.
— Mexa-se rebatedor.
— Vai, Finney! Você consegue! — exclamei e o Blake jogou a bola e Bruce errou novamente.
— Strike dois!
O olhar de Finn desviou novamente para mim e eu sorri de lado. Outro sorriso apareceu em seu rosto e ele voltou o olhar para Bruce.
— Olhos bem abertos. Olhos bem abertos.
— Mexa-se rebatedor!
Finn jogou a bola e então Bruce rebateu a mesma soltando o bastão.
Um garoto do time em que Finney estava tentou correr para pegar a bola mas falhou miseravelmente.
— Bruce! — os aplausos e gritos para o Yamada começaram.
Me levantei e corri atrás de meu melhor amigo, saltei em seus braços logo o abraçando com força.
— Parabéns, Yamada! — berrei animada.
Assim que me afastei vi um sorriso estampando em seu rosto, depois meu olhar desviou para Finn que nos encarava.
O garoto percebeu que eu o olhava então ele desviou seu olhar para outra coisa ao seu redor.
Andei até o Blake e me aproximei dele.
— Foi um ótimo jogo, Finn. — sorrio. — Você foi ótimo.
O abracei e senti seus braços me rodearem logo retribuindo o abraço.
— Obrigado, Zoe.
Olhei para o Yamada que se aproximou com um sorriso estampado e com as sobrancelhas quase pulando então eu apenas belisquei seu braço levemente.
— Cara. Seu braço é um canhão. — sorriu. — Você quase me venceu.
— Bom jogo.
— Bom jogo.
— Quer que eu te acompanhe até em casa, Zoe? — Bruce me olhou e depois desviei o olhar para Finn e depois para o time do Yamada que o chamava.
Eles iriam comemorar a vitória por mais algumas horas e eu não iria estragar o melhor dia de meu amigo.
— Não precisa. — sorri.
— Eu posso te acompanhar se quiser. Só irei fazer uma experiência aqui no campo e depois vou para casa. — o Blake sorriu simpaticamente.
— Ah, então tá bom. Vou com Finn depois.
Bruce assentiu, depois me abraçou e saiu dali indo em direção a seus amigos.
— Vou me trocar e já venho.
Eu assenti e então me aproximei da grade, cruzei meus braços esperando o Blake vir com seu projeto.
———
Agora estava apenas eu e Finn no campo que antes estava tendo o jogo.
O Blake posicionou um tipo de míssel caseiro no chão e andou até o pequeno controle pegando o mesmo.
— Espero que dê certo. — disse e eu sorri.
— Vai dar.
Ele apertou um botão e vimos o objeto soltar uma fumaça assim que fora jogado para cima.
— Olha! — apontei logo soltando um riso.
O Blake ao meu lado sorriu e vimos o objeto ser segurado por um tipo de paraquedas e logo começar a aterrisar lentamente.
— Eu falei que ia dar certo! — olhei para Finn que tinha um sorriso em seu rosto e seu olhar penetrava o meu.
— Sim! Claro, você estava certa. — ele sorriu desviando o olhar.
— Bem acho que tenho que ir se não minha mãe vai descobrir que eu sai e talvez vai me matar.
Ele assentiu e então o ajudei a recolher seu projeto e depois fomos até as bicicletas que estavam paradas do lado de fora.
— Adorei ver sua experiência, Finney Blake.
— Por favor, Zoe. Já pedi, me chame só de Finn. — sorriu.
— Tudo bem, Finney.
Ele revirou os olhos logo soltando um riso, subimos em nossas bicicletas e começamos a pedalar em direção às nossas casas.
— Como está na sua casa?
— Bem... bem mal. — dei de ombros. — Mamãe está cada vez pior, e na sua?
— O mesmo. — suspirou. — Meu pai, às vezes, fica mais agressivo com qualquer barulho ou quando bebe muito.
— Sinto muito. — falei.
— Tá tudo bem. Eu também sinto muito pelo que esteja passando.
Assenti e observei minha casa de longe.
— Bem, acho melhor eu ir sozinha daqui. — encarei o Blake. — Até amanhã na escola.
Deixei um beijinho em sua bochecha assim que me aproximei.
Um sorriso se formou no rosto do garoto, suas bochechas começaram a apresentar um tom avermelhado claro.
Depois acenei para o garoto assim voltando a pedalar em direção a minha casa.
Eu fiquei pensando nas ameaças que minha mãe disse ontem sobre eu voltar com Bruce, então não quero outra briga hoje.
Deixei minha bicicleta encostada no muro de minha casa e então entrei dentro da residência.
Fechei a porta silenciosamente e observei minha mãe que estava na cozinha.
— Onde esteve, Zoey? — minha mãe perguntou e então parei de andar.
— Eu fui resolver umas coisas com Gwen.
Espero que ela acredite nessa mentira ou então eu irei ficar trancada o dia todo em meu quarto novamente.
— Tá bom. Que seja, pode ir.
Eu assenti com um sorriso no rosto e subi as escadas indo direto até meu quarto.
Eu estava de dedos cruzados atrás de minha costa para que ela acreditasse na mentira mais ruim que eu já havia dado.
Me aproximei da janela de meu quarto e observei o pequeno vaso que havia um cacto dentro.
Meu olhar logo desviou para uma van preta que passou perto de casa. Encarei a pessoa que desviou seu olhar para mim então passava por perto de minha residência.
Que estranho.
Ainda era mais estranho ser a mesma van escrito "abracadabra" na lateral.
Ignorando esse pensamento, eu lembrei que estava ansiosa para amanhã.
Ansiosa para ver meus amigos, inclusive Bruce.
oi oi leitores, como vão?
o que acharam do capítulo?
gente eu amo tanto essa relação de "irmãos" entre a Zoey e o Bruce, pena que néKKKK
amo também a relação da Blaire e da Zoey. Como uma defende a outra
e esse momento de Finn com a Zoe? Amo muito
espero que tenham gostado!
até o próximo capítulo! beijos!!
votem e comentem, se puderem! isso me incentiva a continuar escrevendo a fanfic!
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