— Vamos lá para fora — berrei em direção a Thomás.

Não esperei que ele respondesse, apenas saí do ônibus, aquelas pessoas não eram prioridade para mim.

Subi em uns dos prédios mais altos do centro da cidade, seria apenas nós dois, nenhuma polícia ou outra pessoa para interferir.

O herói da cidade de New York iria morrer naquela noite e seria pelas minhas mãos.

Esperei ansiosamente para que Roodin pudesse subir no terraço.

— Estou aqui — ele anunciou, entrando com aquele jeito poderoso que ele necessita demonstrar.

Coloquei a fonte de energia no chão, apontada em sua direção, ele iluminava toda a área.

— O que é isso? — Thomás perguntou preocupado e recuou para trás.

— Lembra que as injeções que aplicaram em seu corpo eram feitas da pedra preciosa "ágata"? — indaguei, sem nenhum pingo de paciência.

— Sim, mas o que isso tem a ver? — perguntou ainda receoso.

— Com a porcentagem a mais da pedra, junto com essa fonte de energia, lhe causará uma dor tão grande que não conseguirá nem ficar em pé — respondi e logo em seguida soltei uma gargalhada maléfica.

— Espera, Trevon — ele gritou.

Senti as minhas mãos fervendo quando escutei o meu nome verdadeiro sair de sua boca.

— Nunca mais me chame por esse nome — gritei com raiva.

Girei o botão que espalhava a energia em sua direção, assim que os raios o atingiram, Roodin começou a gritar de dor e caiu no chão.

Aquela cena era muito satisfatória, esperei anos por isso e ver aquilo era algo de se orgulhar.

— Por favor, pare com isso — Thomás pediu com a voz fraca.

Eu me aproximei dele com passos lentos, observei seu corpo contorcendo-se no chão.

— Por que eu deveria? — perguntei furioso. — Quando você me espancava, me deixando quase inconsciente, por que você não parava, hem? — Chutei sua costela com força.

— Quando tirou a Arabella de mim, a obrigando a se apaixonar por você. — Soquei sua cara com força.

— Eu perdi o meu pai por sua culpa. — Depositei vários socos em seu rosto.

Assim que parei, vi seu rosto todo machucado, e ele cuspiu sangue no rosto.

— Eu sinto muito por isso — Roodin disse.

— Não me importo — gritei e chutei sua barriga. — Daqui a cinco minutos aquela coisa irá te matar, e a única coisa que você ouvirá quando morrer é que eu venci, a cidade New York será toda minha. — Soquei com força seu rosto.

— Para! — Escutei um grito fino.

Olhei para o lado de onde havia saído o grito e vi Arabella parada com a mão na barriga.

— Trevon, por favor! — Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

— Por que eu deveria fazer isso? Ele acabou com a minha vida — gritei.

— Está cheio de policiais lá embaixo, o FBI está em volta de todo o prédio para te matar, se você matá-lo, eles irão atirar em você — ela gritou com voz falha. — Vamos embora, eles deixarão você sair agora, mas você não pode voltar para New York.

— Eu não posso te deixar. — Corri e a abracei.

— Você não me deixará, eu irei com você. — Ela acariciou o meu cabelo.

— Ele precisa morrer, Arabella. — Apontei para Thomás ainda gemendo no chão. — Ele destruiu toda a minha vida.

— Não, Trevon. Ele não destruiu tudo, você ainda tem a mim, podemos ser só nós dois, eu não posso te perder. — Ela beijou o canto dos meus lábios. — Vamos embora, desliga aquela coisa e fugiremos para longe daqui.

Eu não queria perder a mulher da minha vida agora, Thomás já havia tirado tudo de mim, ele não tiraria minha vida.

Caminhei até a fonte de energia e a desliguei, olhei para Roodin no chão, sentindo ainda minhas veias saltarem de raiva.

Andei de volta para Arabella, ela abraçou o meu corpo, descemos as escadas, o FBI estava lá, preenchendo todos os degraus, as armas foram apontadas para minha direção, porém eles não atiraram.

Desci as escadas com minha garota em meus braços, assim que saímos para o lado de fora do prédio, vi que os policiais estavam todos ao redor com armas apontadas.

Arabella nos direcionou até o carro. Todos cumpriram com a sua palavra, não me mataram.

Mas eles fizeram errado, eles tiveram a oportunidade de me matar, eu ainda não acabei com o meu plano, eu mataria Roodin da pior maneira e a cidade de New York temeria a mim.

Sorri para a mulher que estava ao meu lado, a única que fazia o meu coração disparar e o meu corpo desejar a sua presença sempre. Eu a amaria até o final de tudo.

Porém esse amor não era capaz de me mudar, por isso que em breve teria minha vingança contra Thomas Roodin.

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