Noah Urrea.

Bati na porta algumas vezes antes de Cat finalmente abrir. Ela usava moletom e não parecia usar nada por baixo dele, o que me deixou um pouco agoniado, mas tentei afastar esse pensamento da minha cabeça. O cabelo de Cat estava pra cima em coque mal feito com vários fios para fora, o rosto corado de sono e os olhos avermelhados.

- Entra aí. - Ela se virou e andou pela casa.

A segui.

- Como você está? - Perguntei tentando quebrar o gelo.

Nós não tínhamos habilidade para conversar um com o outro, a linguagem corporal era a melhor que sabíamos usar. Isso me fez suspirar tristemente, Cat nunca me deu abertura para conhece-la.

- Estou bem. - Ela não perguntou como eu estava, então nao disse nada.

Cat parou na cozinha e pegou uma lata de refrigerante, a abrindo e tomando um gole. A olhei por completo nesse tempo. A pessoa que havia me dado uma luz no meio de uma escuridão quase completa. Eu acreditava estar feliz com minha vida quando na verdade até meu relacionamento estava desmoronando. Não posso negar que trai Charlotte muito antes disso, com a garota agora na minha frente.

- Eu não sei o que dizer. - Murmurei e me aproximei um passo, chegando perto dela.

- Não precisa dizer nada, não somos nada. - Ela deu de ombros. Acredito que ela não se importava o suficiente. - Clyde veio para a cidade, precisei ficar um pouco com ele.

- Eu sei. - Suspirei. - Cat...

Ela não havia me encarado até agora, não olhava diretamente nos meus olhos, não parecia focar nos meus olhos, ou não querer.

- Você não está mais com a Charlotte. - Não foi uma pergunta.

- Não. - Foi minha resposta.

- O que isso significa? - Cat ainda não me olhou nos olhos.

Parei a um passo de distância dela e segurei seu rosto com a mão esquerda, a fazendo olhar nos meus olhos. Seus olhos azuis estavam triste ou pareciam.

- Significa que podemos ser alguma coisa... - Sussurrei. - Se você quiser.

- Sempre gostei de você, Noah. - As palavras foram calmas. - Só não sei o que fazer.

- Não pensa. - Respondi.

Ela fechou os olhos lentamente e encarei seu rosto angelical e ao mesmo tempo não. Cat acabaria comigo, me destruiria e gostaria de mim mesmo assim, eu permitiria essa destruição para poder tê-la.

- Cat... - Chamei seu nome, mas ela nao abriu os olhos.

- Prefiro quando você geme meu nome. - Ela abriu os olhos lentamente e sua mão foi para minha nuca.

Sorri levemente. Seria assim? O que somos agora? Me aproximei mais de seu rosto e levei a boca perto do seu ouvido.

- Posso foder com você? - Sussurrei e senti ela se arrepiar próximo a mim.

- Sim. - A palavra saiu mais como um gemido do que como uma resposta.

Deixei meus lábios passarem de seu ouvido para seu maxilar, e depois a bochecha e depois a boca. Encostei minha boca na dela enquanto passava a mão pelos lados de seu corpo, mesmo com o moletom eu podia senti-lo inteiro.

- Me beija. - Disse com os lábios contra os dela e assim ela fez.

Cat puxou meu cabelo enquanto entreabria a boca e sua língua tocava a minha. O beijo começou calmo, mas não ficou muito tempo assim. Cat parecia quase desesperada quando aprofundou nosso beijo, me fazendo sentir coisas que jurei nunca ser possível. Forcei Cat a dar alguns passos para atrás e a coloquei em cima da mesa, afastando meus lábios só para perguntar:

- Tem alguém em casa?

- Não e vão demorar. - A resposta foi curta e enrolada.

Continuei o beijo enquanto puxava o moletom para cima e ela levantou os braços para que eu pudesse tira-lo.

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será se faço um hot?

n sei n