29 - Sensações desconhecidas
Depois que eu e Benjamin começamos a sair, os dias passaram tão rápido que foi basicamente impossível acompanhar.
Ele é incrivelmente carinhoso, além de muito safado, é claro.
Muitas vezes tive que me controlar para não ceder à tentação e realizar todas as fantasias que venho tendo com ele em uma frequência cada vez mais irritante.
Tudo está acontecendo de uma maneira tão repentina que até esqueci da chegada do aniversário meu e do meu pai. A comemoração parece vir com um nervosismo, que eu mesma não faço ideia do significado.
Como sempre, minha mãe vai organizar uma festa para nós dois, uma tradição realizada desde que me conheço por gente.
Já até me perguntaram se eu não ficava chateada com isso ou se alguma vez quis ter uma festa só para mim e minha resposta sempre foi a mesma: eu amo meu pai e o fato de ter nascido no mesmo dia que ele é incrível.
Poder comemorar juntos cada ano é a melhor coisa do mundo e sei que ele também fica muito feliz com isso.
Todos os anos ele faz questão de me dizer como sou o seu maior presente e essa frase é tudo para mim, não abriria mão disso por nada.
— Um beijo pelos seus pensamentos... -Benjamin sussurra no meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.
Sempre que estou distraída, ele me diz a mesma frase e todas as vezes sou pega de surpresa, como se nunca tivesse escutado-a.
Estamos no sofá do meu apartamento, vendo um filme e aproveitando a semana de férias antes que comece o período de provas. Com o passar dos dias, suas visitas foram ficando cada vez mais frequentes e para ser sincera, gosto bastante de tê-lo aqui comigo.
Braços musculosos me apertam contra o seu corpo e giro a cabeça focando meus olhos no seu rosto, especificamente nos lábios tentadores.
— Não se cansa de me beijar, garoto? -Provoco e ele nega veementemente.
— Jamais. -Encosta sua boca na minha outra vez. — Você estava muito reflexiva, Vi. Aconteceu alguma coisa? -Pergunta com um vinco na testa, claramente preocupado.
Ultimamente ele anda assim. Atento a tudo, sempre ligando e perguntando como estou ou me fazendo avisá-lo ao chegar em casa entre outras coisas.
Quero pensar que é apenas o seu jeito de me cuidar, mas minha intuição me diz que há algo muito mais obscuro nessa sua atitude diligente.
— Na verdade, não aconteceu nada. Só estava pensando que na próxima semana é meu aniversário. -Revelo acanhada e ele sorri como se estivesse apenas esperando que eu tocasse no assunto.
— Oh, certo. Hã, sua mãe vai fazer uma festa para vocês, não é mesmo? -Me limito a balançar a cabeça em resposta. Benjamin sabe como funcionam os aniversários na minha família, já que ele participou de pelo menos uma dúzia deles. — Devo te avisar que ela convidou meus pais e também a mim.
Arregalo meus olhos ao escutar essa informação de primeira mão.
— Você disse algo sobre nós dois para a sua mãe? -Murmuro sentindo um frio na boca do estômago.
— Não disse, Vi. Assim como você mesma pediu, estou mantendo nosso namoro em segredo. Por enquanto. -Resmunga emburrado e seguro seu queixo, divertida com a pirraça.
Ele desvia o olhar do meu e me controlo para não rir.
— Ei, não precisa ficar assim! -Ressopro beijando seu queixo angulado.
Benjamin solta uma risadinha perdendo toda a pose de durão em questão de segundos.
— É que eu quero que todos saibam que estamos juntos, Vi. Principalmente os seus pais. -Revela em um suspiro.
— Eles vão ficar sabendo, calma. -Acaricio sua bochecha.
Seus olhos se fecham lentamente ao receber o carinho.
— Quero fazer as coisas do jeito certo, te levar para casa sem nenhum problema, sair para jantar, ir ao cinema, eu... droga, estou parecendo o Beck. -Funga sem jeito e toda a vontade de sorrir foi embora dando lugar a uma outra sensação.
Quero consolá-lo, dizer que ele não precisa se preocupar com nada disso, que eu estou apenas tendo cuidado antes de lhe entregar de bandeja para a cova do leão chamado Ayden.
— Não faço ideia do que Beck tem a ver com essa conversa, mas quero que entenda que só estou esperando o momento certo para contar a eles sobre nós dois, ok? Não pense que tenho vergonha de estarmos juntos, nem nada disso. -Reitero encarando seu rosto enrugado.
Benjamin move a cabeça para cima e para baixo com os olhos fixos nos meus.
— Nunca desconfiei disso, Vi. -Sopra sincero. — Quer saber, acho melhor falarmos sobre outra coisa.
Sou puxada até ficar em cima dele e seus braços seguram minha cintura, me posicionando sentada nas suas pernas.
— Você tem maneiras bem... inusitadas de mudar de assunto. -Murmuro contra sua boca e o garoto sorri travesso.
— E tenho a leve impressão de que você gosta muito disso. -Suas mãos deslizam por toda a minha coxa e solto um gemido sem querer. — Vou entender isso como um sim. -Sussurra antes de beijar meu pescoço.
Todo o meu corpo se arrepia e começo a ferver de dentro para fora, desejando coisas que não posso nem expressar em palavras.
De repente começamos a nos mover em sincronia e sinto-o endurecer debaixo de mim, aumentando ainda mais minha excitação.
Seus dedos apertam minha cintura e queimam minha pele, marcando-a e reivindicando-a como dele, outra vez.
O toque que começa inocente, se transforma em atrevido quando ele percorre o elástico da minha bermuda de algodão, esticando-o e soltando-o em uma provocação explícita, antes de introduzir os dedos por debaixo do tecido macio.
Engasgo ao sentir seus dedos tão perto da minha intimidade e ele retira a mão rapidamente, assustado como se tivesse saído de um transe.
— Vi e-eu... me desculpe, eu não deveria ter... quero dizer eu queria, mas não sei se você quer, eu.. -Gagueja desnorteado.
Sem dizer absolutamente nada, puxo uma respiração profunda e seguro sua mão levando-a de volta até o lugar que ela ocupava segundos antes.
Benjamin observa tudo perplexo, talvez sem nem acreditar que isso realmente esteja acontecendo, no entanto, demora apenas um milésimo de segundo para que ele entenda minha intenção e recomece de onde paramos.
Aperto as pálpebras ao senti-lo dedilhando o pequeno botão cuja enorme variedade de terminações nervosas me faz delirar conforme é friccionado com delicadeza.
De todas as vezes que imaginei Benjamin me tocando, jamais pensei que fosse tão prazeroso.
— Oh... -Um gemido escapa pela minha garganta, estou à beira do orgasmo.
— Abra os olhos para mim, Vi. -A exigência vem em forma de súplica e obedeço-o sem questionar.
Admiro a expressão incandescente do garoto apenas por me proporcionar prazer e uma vontade de fazer o mesmo por ele me invade, pelo que levo minhas próprias mãos até a sua bermuda e abro o zíper o suficiente como para que possa tocá-lo, me surpreendendo com a suavidade da pele rígida e pulsante.
Não desvio meu olhar do seu enquanto cubro seu membro com meus dedos, bombeando-o para cima e para baixo no mesmo ritmo em que ele esfrega minha pele sensível a ponto de explodir.
Estamos hipnotizados um pelo outro. O tempo parece parar e a sensação de estar presenciando um momento utópico faz minha garganta secar.
Preciso beber algo, contudo, sei que apenas água não vai acabar com a minha sede.
Então junto nossos lábios em um só, beijando-o com fervor ao mesmo tempo que nossas mãos são meras ferramentas de prazer, uma pequena parcela de um tudo.
Porque agora não se trata apenas do carnal, mas sim do que é intangível, invisível aos olhos daqueles que não fazem a menor ideia do que é se sentir idolatrado um pelo outro.
No meu interior, a sensação de explosão iminente começa a se formar novamente, fazendo com que seja praticamente impossível manter os olhos abertos.
Benjamin parece sentir o mesmo, já que aperta as pálpebras e encosta a testa na minha segundos antes de que tudo fique enevoado e o único que se escuta é o som das nossas respirações aceleradas.
Finalmente me libero nos seus dedos assim como ele, que estremece sem parar na medida que vou ordenhando-o até a última gota.
Ficamos alguns minutos imobilizados pela magnitude do que acaba de acontecer.
Não faço ideia de como agir ou do que fazer agora. Minha cabeça gira como um redemoinho e o único que minha mente atordoada deseja, é começar tudo de novo, e de novo e de novo...
— Caramba Vi, isso foi maravilhoso... -Benjamin beija minha pele suada retirando sua mão de dentro da minha bermuda. — Preciso ir me limpar. -Sussurra antes de se levantar e ir até o banheiro.
Minhas bochechas começam a esquentar ao perceber que eu literalmente o toquei.
Outra vez, a vergonha me invade e me sinto uma idiota por parecer tão virginal, apesar de ser exatamente isso.
Me sento no sofá tão paralisada pelo que acaba de acontecer, que Benjamin percebe imediatamente que há algo errado ao voltar.
— Está tudo bem, linda? -Indaga cauteloso, retirando uma mecha de cabelo do meu rosto, colocando-a com delicadeza atrás da minha orelha.
— Sim, é só que... eu nunca tinha feito isso. -Confesso envergonhada.
Seus olhos adquirem um brilho distinto de tudo que eu conhecia. É como se suas íris nebulosas acabassem de originar duas estrelas.
— Eu sei, meu bem. -Diz calmo. — E saiba que só continuei porque você deu a entender que queria continuar. Caso contrário, teria parado. -Assevera apreensivo.
Sorrio ternamente segurando suas mãos e fazendo com que ele volte para o meu lado.
— Não precisa se explicar. Eu quis tanto quanto você, o que acontece, é que estou... surpresa comigo mesma, e um pouco envergonhada, só isso. -Beijo seu rosto e ele fica um pouco aliviado ao escutar minhas palavras.
— Por que ficou envergonhada? -Pergunta depois de alguns minutos.
— Não tem nada a ver com você, é que jamais pensei que tocaria meu melhor amigo. -Tampo o rosto com as mãos percebendo que fui totalmente contraditória. Na verdade, essa timidez tem tudo a ver com Benjamin no final das contas.
— É engraçado, sabe? -Sussurra afastando meus braços, me fazendo olhar para ele novamente.
— O quê? -Indago curiosa.
— Ao contrário de você, não faz ideia de quantas vezes eu fantasiei com nós dois fazendo precisamente isso, e tenho que admitir que a realidade é mil vezes melhor que a imaginação.
NOTA DO AUTOR
Ok, eu demorei sim, mas foi por uma boa razão como vcs puderam perceber
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vou avisando que hoje foi apenas uma amostra do que está por vir,
porém não se animem muito não que com a calmaria, sempre vem a tempestade
muahahahahaha 🤭🤭🤭
Espero que tenham gostado,
não se esqueçam de votar e comentar!
Nos vemos segunda.
Amo vcs, 😍
Bjinhossssss BF 💜💜💜
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