3 - Perfeito para o papel
— OI???
Levanto da mesa de supetão, pronta pra convencê-lo.
— É isso! Como não pensei nisso antes? Você é perfeito para o papel, Henrique!
— Tá bom, vó, agora vamos tomar o seu remedinho — disse ele, achando graça. — Tá doida, menina? Que ideia é essa?
— Olha só, vai ser tipo um namoro de mentira, até porque você é o último homem que eu namoraria na face da terra de verdade.
Dessa vez Henrique gargalhou com vontade.
— Sonhou, né? Agora me conta uma mentira de verdade — zombou ele, parecendo feliz demais com o rumo da conversa. — Vai, continua.
"Ué, por que ele tá tão sorridente? Foco, Kelly, foco."
— Sai fora. Preciso de você, porque eu vou participar da gincana da limonada, e você conhece a minha mãe, enquanto não aceitei participar, ela não sossegou — explico a ele.
— Sim, e aonde eu entro nessa história?
— Bom, eu meio que falei pra minha família que estava namorando. Então eu preciso matar dois coelhos com uma paulada só. E quem melhor que você?
— Exatamente, quem melhor que eu, né dona Kelly?
Juro, o sorriso dele já tá começando a me deixar perturbada. Cruzo os braços e ergo uma sobrancelha.
— Por que você tá tão felizinho, hein Henrique? Isso aqui é uma conversa séria.
— Nem oficializamos ainda e você já quer mandar no meu sorriso?
— Isso quer dizer que SIM? Você vai ser meu namorado? — Abro a boca em um O, nem querendo pensar no que eu tô me metendo.
— Eu vou ganhar o que com isso?
— Na minha casa. Hoje. Sete horas em ponto. Não se atrase.
• 262 palavras.
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