8. Inconvenient Surprise
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Jungkook conheceu a filha de Jimin. E Jimin ainda acha Jungkook irritante. 🤭 Então vamos continuar por que estou amando tudo isso...
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Jimin acorda na segunda-feira devido a uma dor de cabeça que perfurou seus sonhos e depois a náusea pesando sobre ele. Quando seus olhos se abrem para o teto ofuscantemente brilhante e então caem no chão de madeira, tudo o que ele consegue ver são fragmentos de sua vida quebrando contra eles e tudo que ele consegue pensar é que isso o levou até hoje. Até o dia em que ele terá que ver Shin e seu novo noivo na mesma casa em que os pegou e entregar a eles sua filha enquanto se agarra a seu último resto de dignidade.
Tudo sobre hoje o faz querer fechar os olhos e desistir. Ele só quer puxar as cobertas sobre a cabeça e se esconder nos lençóis, deitar ali no escuro e fingir que está em qualquer outro lugar.
No entanto, sua mente vaga para o quarto ao lado dele. Para onde sua filha está, sem dúvida, deitada em sua cama com seus próprios nervos e apreensões para o dia. E de repente suas necessidades não importam mais.
Seus pés tocam o chão e suas mãos correm pelos cabelos. Ele leva um segundo quando seu corpo fica tenso e faz o possível para se acalmar.
Um escárnio amargo escapa de seus lábios. De vez em quando, Jimin percebe o quão ridícula sua vida é. Que seu marido está se divorciando dele e trocando-o por seu secretário e ele está preso em uma casa que ele odeia, vivendo uma vida que ele não havia planejado por causa do próprio homem. Jimin só consegue apontar uma coisa pela qual ele é grato a Shin, e isso é Yuji.
Todo o resto que Shin deu a ele, incluindo os mesmos presentes estúpidos que ganhava todo aniversário e as flores enviadas para sua porta todo aniversário com um bilhete que provavelmente foi escrito pelo próprio secretário com quem ele estava fodendo, faz Jimin querer dizer a Shin para ir se foder.
Jimin coloca um sorriso no rosto na esperança de se animar. Isso é o que as pessoas dizem certo? Se você fingir um sorriso por tempo suficiente, ele se tornará real. Bem, Jimin realmente espera que seja verdade.
[...]
— Oh não...
Normalmente, quando o tom de Yuji soava tão dramaticamente desgrenhado, Jimin corria para ela de qualquer ponto da casa que ele estivesse, largando tudo em um segundo e em pânico e desabando ao lado dela. No entanto, hoje, ele apenas inclina a cabeça para onde ela está esparramada no chão da cozinha.
— Sim, Yuji? — Ele pergunta calmamente, uma pitada de diversão em algum lugar em seu tom.
— Eu... eu caí do balcão, papai! — Ela choraminga e, apesar do desespero em sua voz, nenhum sinal de dor aparece em sua expressão neutra e corpo imóvel. — Acho que provavelmente meu pescoço está quebrado!
Jimin rir, fechando a bolsa e balançando a cabeça.
— E eu suponho que o pescoço quebrado seja parecido com as duas pernas quebradas que você tinha quando te encontrei no final da escada mais cedo? — Ele questiona acusatório.
Um longo e prolongado silêncio enche a sala. Jimin olha para Yuji enquanto ela fixa os olhos no teto. Então, bufando, Yuji silenciosamente e facilmente se levanta do chão e vai embora.
Jimin volta à sua tarefa com um sorriso carinhoso e quando pensa que acabou, ouve um barulho que soa suspeitosamente como se alguém tivesse batido palmas apenas uma vez atrás da parede.
— Papai, tropecei no sofá!
— Yuji-ah! — Jimin finalmente chama, a voz subindo alto o suficiente para deixar Yuji adoravelmente tímida quando sua cabeça aparece na parede da cozinha.
— S-sim, papai? — Ela sorri docemente.
É claro que Jimin sabe exatamente o que ela está fazendo, desde o momento em que ele a acordou. Por mais que ele queira envolver a garota em seus braços, fugir para outro país e desaparecer para sempre, ele não tem controle sobre isso. Não, a menos que ele queira parecer ainda pior quando chegar a hora de discutir os acordos de custódia no tribunal.
Ele dá a Yuji um sorriso simpático, gesticulando para que ela se aproxime e então a ergue sobre o balcão da cozinha para que possa falar com ela adequadamente.
— Eu sei que você não quer ir, mas... é importante, Yuji. — Seus olhos olham para baixo em seu colo, é claro que ela não sabe o peso total da situação, mas as palavras estranhas que ela entende diz que ela realmente tem que ir hoje. — E seu pai realmente está muito animado para vê-la. Eu prometo que no momento em que você acordar na próxima segunda-feira, estarei lá na porta e fugirei com você! — Jimin sorri, dobrando os joelhos e abaixando a cabeça, inclinando-se até ficar sob os olhos de Yuji, fazendo com que seus olhares se encontrem. Ele não para até que Yuji esteja sorrindo, balançando um pouco as pernas e olhando para cima novamente.
— Papai... — Ela começa nervosamente, um tom que sempre faz o coração de Jimin apertar de culpa. Parece que quaisquer preocupações que estivessem em sua língua decidiram esperar, em momentos como esses, Jimin se pergunta o quão difícil tudo isso é para ela também. — Eu realmente vou sentir sua falta, papai.
— Eu também vou sentir sua falta, Yuyu. — Os olhos de Jimin ameaçam lacrimejar, tanto que ele aperta Yuji um pouco mais quando a puxa contra ele. Já que este será o último abraço deles por um tempo, Jimin torna seu cheiro mais doce, esfregando sua bochecha contra a de Yuji até que seu cheiro derreta-se em sua pele e ela se envaidece alegremente.
Quando a campainha toca, Jimin engole em seco e aproveita a chance para fechar os olhos e se recompor antes de se afastar. Quando ele está de volta à vista de Yuji, se certifica de que ela não veja nenhuma raiva ou medo em seus olhos.
Ele a desce e coloca a bolsa em suas costas antes de pegar sua mão.
— Vamos querida.
Resumidamente, antes de abrir a porta, Jimin se iludiu pensando que ficaria bem. Então ele vê Shin e seu coração para antes de despencar em seu estômago. Seu punho aperta e ele tem certeza que seu cheiro azedou, a única coisa que o impede de mostrar os dentes é a presença de Yuji ao seu lado.
O homem está irritantemente calmo, até mesmo despreocupado enquanto permanece no lugar em seu terno azul escuro e óculos escuros, cabelo mais curto do que da última vez que Jimin o viu e penteado de uma maneira que Jimin nunca tinha visto antes. É estranho e irracional, mas Jimin sente uma pontada de dor no peito sabendo que apenas alguns meses atrás ele teria sido o primeiro a ver o novo estilo de cabelo. Então, novamente, ele não foi o primeiro a saber que Shin estava transando com seu secretário, então talvez não.
— Jimin. — Ele fala curtamente e tudo que Jimin pode fazer é encontrar o menor dos acenos para sinalizar que realmente o ouviu. — Você está pronta, Yuji? — Shin pergunta, encarando a garota, e embora ele sorrisse, Jimin ainda fica irritado com a falta de reação dele como pai. Ele não vê a filha há alguns meses, e a última vez foi apenas por algumas horas, e tudo o que ele faz é sorrir?
Irrita Jimin que ele não esteja super animado, levantando-a com entusiasmo e abraçando-a, apreciando cada segundo com ela. Porque Jimin não será capaz de fazer isso por uma semana inteira e possivelmente a cada duas semanas no futuro previsível e isso já parte seu coração. Não parece nada justo que ele esteja lutando contra este homem pelo direito de ver sua filha quando o homem não consegue nem pensar em abraçá-la.
— Sim, Shin. — Ela responde em voz baixa, e Jimin agarra a mão dela um pouco mais forte.
Shin suspira e mesmo com os óculos escuros, as rugas que se formam ao redor de seus olhos deixam claro que ele havia fechado os olhos com força.
— Sério, Jimin?
Jimin zomba, claro que isso é culpa dele também.
— Quer saber, Shin, ela tem te chamado assim desde que você a confundiu fazendo-a pensar que você era meu amigo que às vezes passava um tempo conosco. Então não me culpe por isso. — Jimin se arrepende assim que fala. Não que ele estivesse errado, ele apenas se sente culpado por dizer isso na frente de Yuji. Não é certo brigar na frente dela e tornar as coisas ainda mais complicadas para ela.
Claramente atingindo um nervo, Shin enrijece sua mandíbula. Ele respira profundamente e Jimin se sente totalmente vingado.
— Talvez se você me tratasse como o pai dela, ela não ficaria tão confusa.
— Talvez se você agis... — Jimin morde a língua com tanta força que acha ter provado sangue. Ele pode sentir seu sangue começando a ferver, seu rosto ficando vermelho e sua visão embaçada.
Em algum lugar no fundo de sua mente, ele pensa em Arthur com seu jeito calmo, passando por um alfa irritante e anunciando que sempre há uma razão para não ficar com raiva. Encontre essa razão.
Mais uma vez, Jimin se agarra à presença de sua filha, e só com a mão dela na sua ele consegue se convencer a não continuar.
— Estarei em sua casa o mais cedo possível na segunda-feira para buscá-la. Certifique-se de que ela não fique confusa sobre o seu papel até então. — Jimin fala incisivamente, mas com calma, esperando que Shin entenda que cabe a ele mostrar a Yuji que ele também é o pai dela.
Ele não deixa Shin responder, ele apenas se diverte com a maneira como as narinas do homem se dilatam. Jimin se ajoelha pegando Yuji nos braços e dando-lhe outro abraço, relaxando seu corpo e cheiro e acariciando suavemente os cabelos que caem de seu rabo de cavalo.
— Vou sentir sua falta, Yuyu. Lembre-se da minha promessa. No momento em que acordar. — Jimin repete, se afastando para sorrir para sua filha. Ela sorri de volta. — Eu te amo.
— Também te amo, papai.
Quando Yuji pega a mão de Shin e vai embora, para um carro que Jimin não reconhece, Jimin teve que fechar a porta da frente antes de vê-los sairem. Quando a porta se fecha, ele encosta as costas na madeira e deixa seu corpo cair lentamente no chão. Com as mãos nos cabelos, tenta fazer de tudo para atenuar a dor. Mas nada impede que uma lágrima escorra por sua bochecha.
Olhando ao redor, ele percebe que esta é a primeira vez que fica sozinho na casa desde que Shin havia saído.
Jin pagou a fiança no mesmo dia em que foi preso por danificar o carro de Shin e sua raiva aumentou dez vezes quando ele teve que ligar para Taehyung e pedir-lhe para buscar Yuji na escola porque Shin estava muito ocupado empacotando seus pertences para pensar em pegar sua filha. Quase chorando e quase jogando o celular na parede, ele teve que pedir a Taehyung para ficar com Yuji por algumas horas. Com a garota segura, ele desabou neste mesmo local olhando para uma visão semelhante a que ele tem agora. Os tacos de golfe de Shin não estavam mais no corredor, suas chaves não estavam no pote e seus sapatos não estavam no armário. E quando Jimin divergiu em sua segunda reação incontrolável daquele dia, as fotos de Shin não estavam mais na parede e sua caneca favorita não estava mais intacta no balcão da cozinha.
Quando Yuji voltou, ele foi deixado para explicar a situação o mais gentilmente possível, o lar desfeito parecia um pouco menos desfeito, parecia possivelmente a única coisa que poderia permanecer constante em sua vida. Mas agora que Jimin está sozinho, ele não tem ideia de por que considera este lugar um lar.
Engolindo o nó na garganta, uma descarga de adrenalina força Jimin a levantar e subir as escadas, ele enfia roupas suficientes para uma semana em sua bolsa, seu carregador e uma das muitas pelúcias de Yuji que ela não havia levado porque ele precisava de algo para fazer parecer que ela ainda estava ali. Então ele foge de casa, quase esquecendo de trancar as portas de tão concentrado em sair dali.
Ele caminha para o carro, joga a bolsa no banco de trás e então abre a porta da frente, mas é parado abruptamente.
— Jimin.
Ele suspira, fechando os olhos e sentindo o que resta de sua vontade de viver ser violentamente arrancada de sua alma. Ele nunca tinha ouvido seu nome pronunciado com tanta cautela, como se fosse feito de vidro e a menor insinuação de insulto pudesse quebrá-lo.
Bem, talvez ele já tivesse ouvido isso da mesma mulher antes.
— Cassandra. — Jimin responde, virando-se e vendo a mulher de meia idade que ele tem a decência de chamar de vizinha. Ele observa enquanto a mulher não faz nada e então seu rosto franze e todo o seu corpo se move com seu suspiro pesado.
— Eu vi...
— Fantástico. — Jimin sorri, franzindo o nariz com a ação forçada.
— Oh querido... — Jimin pode ver fisicamente as elipses após suas palavras, a forte tensão que ela deixa por simpatia que parece suspeitamente como uma pausa para ele dar informações extras. — Deve ser tão difícil vê-lo depois... bem, você sabe.
— Eu sei. — Jimin nem deixar o sorriso falso alcançar seus olhos desta vez. No começo ele se deixou ficar visivelmente zangado e xingou ela e seus outros vizinhos a noite toda, agora é como se ele fisicamente não tivesse energia para isso.
— Zoe e eu estávamos conversando outro dia e... — A mulher parece frustada, uma pequena risada ofegante mostrando a Jimin que ela havia cometido um deslize. — Não estavamos conversando sobre isso, apenas falando sobre a vizinhança em geral e ainda não conseguimos acreditar que Shin fez uma coisa dessas.
Jimin evita os comentários óbvios de "isso faz sentido, considerando que você apenas acenou e sorriu para nós e nunca nos conheceu de verdade" e "obrigado, ouvir isso realmente me ajuda".
— Isso durou muito tempo?
Jimin congela. A aleatoriedade da pergunta dizendo a ele que essa é a verdadeira razão pela qual ela se aproximou em primeiro lugar. Não para mostrar sua pobre desculpa de consolo, mas para fofocar. Olhando para o olhar de expectativa no rosto da mulher, os olhos que mostravam que ela estava envergonhada o suficiente para saber que não deveria ter perguntado, mas pressionando o suficiente para saber que ela ainda queria uma resposta, Jimin percebe que tudo o que ele será nesta rua é um homem que teve um colapso após ser traído pelo marido.
Ele nem responde, apenas entra no carro, sem conseguir acreditar na audácia dela, e vai embora.
[...]
Quando Jimin chega ao apartamento de seu irmão, ele nem bate. Com a chave que havia recebido alguns anos atrás, ele destranca a porta do apartamento de luxo e a abre. Ele ainda está atordoado quando joga sua bolsa em algum lugar perto da porta, sabendo que provavelmente será repreendido por isso mais tarde, e entra no apartamento. Ao sentir o cheiro reconfortante de laranja que se prende ao interior do apartamento lustroso, Jimin sente um pouco de sua tensão desaparecer.
Ao entrar na sala, ele vê seu irmão deitado no grande sofá, coberto por um cobertor e com um braço jogado sobre o rosto. Suas roupas pretas enormes e sua tendência a tirar uma soneca também são reconfortantes. Sem pensar duas vezes Jimin deixa algumas lágrimas rolarem pelo rosto no ambiente seguro e se joga em seu irmão.
— Estou tão feliz que você está aqui, Hyung. — Jimin diz, sua voz quebrando. Ele coloca os braços de cada lado do corpo do mais velho, deixando suas pernas entrelaçadas e pressiona sua bochecha no peito do irmão. Jimin nota que ele está diferente, corpo um pouco mais firme e mais largo. — Você está maior, Hyung. — Jimin faz beicinho, ficando mais confortável no corpo firme enquanto se contorce. — Você tem malhado?
Dois braços o envolve e Jimin cantarola alegremente, finalmente sentindo algum calor.
— Bem, eu não gosto de me gabar, mas...
Jimin engasga e seu coração bate mais rápido, os braços agora parecendo estranhos. Ele nunca se moveu tão rapidamente em sua vida. Quase caindo do sofá enquanto se empurra para fora do alcance do alfa e fica com os pés instáveis.
— AI CREDO!? — Jimin grita, olhando freneticamente para o Alfa no sofá agora que ele está sentado. — Por que diabos você estar aqui!? — Jimin pergunta muito alto quando sua mente entra em ação, tentando o seu melhor para descobrir por que Jungkook de todas as pessoas está dentro da casa de seu irmão e enganando-o para acariciá-lo.
— Sabe, eu poderia perguntar a mesma coisa. — Jungkook responde, movendo as pernas para que agora ficasse sentado corretamente. — Você é o único que invadiu.
— Eu tenho uma chave! — Jimin ergue o objeto, os olhos ainda arregalados e o coração ainda batendo tão forte que ele tem certeza de que pode olhar para baixo e vê-lo.
— Eu também, então você não é especial. — Jungkook argumenta. Embora por trás de sua provocação ele esteja tão assustado quanto Jimin. É que o pânico e a questão de por que e como Jimin está aqui estão escondidos por trás do conhecimento muito perturbador de que Jimin acabou de deitar em seu peito, que Jimin passou os braços em volta dele e se enterrou em seu peito, seu doce cheiro de pêssego sufocando de tão perto e ainda grudado em suas roupas o suficiente para manter seu pânico sedado.
— Você.... — Jimin lentamente começa a se acalmar, a confusão ainda tão evidente como sempre. — Você está.... Como... Em todo lugar... Por que... Pé no saco... — Jimin começa sem terminar, pensamentos não coerentes o suficiente para encadear uma frase inteira e apenas escolher as partes mais importantes.
— Minnie?
Ambos se voltam para a voz. Para Yoongi agora parado na sala com sua própria confusão, cabeça inclinada e sobrancelhas unidas.
— Hyung. — Jimin respira aliviado ao ver seu Hyung e se livrar do pânico de que ele havia invadido acidentalmente na casa de outra pessoa. — Por que há um homem aleatório no seu sofá e por que ele cheira como você? — Jimin pergunta desesperadamente, esperando se livrar de mais algumas perguntas girando em sua cabeça. Por alguma razão, ele prende a respiração com a resposta.
— Kook? — Yoongi questiona, como se houvesse mais de um homem e Jimin tivesse que esclarecer sobre qual deles ele estava perguntando. Yoongi se aproxima e olha para o alfa com desconfiança, então revira os olhos. — Talvez porque ele esteja sempre roubando minhas coisas. — Yoongi dá um tapinha na nuca de Jungkook, notando o cobertor e o suéter de sua autoria que Jungkook havia se servido.
— E-espere... — Jimin lentamente absorve a cena, ficando realmente estranho com a presença do alfa. — Como você o conhece?
— Nós trabalhamos juntos, Min. Não te falei sobre ele antes? — Yoongi responde casualmente, andando ao redor do sofá para desabar ao lado de Jungkook. Antes que Jimin possa responder, ele está perguntando. — Mas por que você está tão curioso? Você é um fã?
O rosto de Jimin se forma no que só pode ser explicado como "que porra é essa". Eles observam Jimin tentar falar várias vezes, como se as palavras fossem tão estúpidas que o ômega não conseguia fornecer uma resposta. Eventualmente, ele consegue dizer:
— Um fã. Sim, sou um grande fã da maneira como ele insulta minha filha e depois me persegue.
— Yuji gosta de mim! — Jungkook argumenta, e o fato dele não negar a declaração de perseguição deixa Yoongi e Jimin um pouco inquietos.
Além disso, Yoongi agora está totalmente confuso.
— Espere, espere. O que está acontecendo?
— Vocês dois estão namorando? — Jungkook e Jimin fazem a mesma pergunta exatamente ao mesmo tempo.
Simultaneamente, Jimin, Yoongi e Jungkook fazem uma cara de nojo. Com as reações, todos param e simplesmente se olham, a confusão crescendo comicamente enquanto todos tentam entender o que está acontecendo.
— Então como vocês se conhecem? — Jungkook finalmente pergunta.
Yoongi está prestes a responder ao seu melhor amigo, mas Jimin interrompe como se eles fossem mais próximos e isso confunde ainda mais Yoongi.
— Yoongi é meu irmão.
Jungkook realmente se contém de um suspiro.
— Tipo... biologicamente?
— Sim, biologicamente, seu idiota. — Dessa vez Jimin e Yoongi falam em uníssono e agora não é tão difícil digerir a semelhança familiar.
— Esse é o seu irmão? — Jungkook pergunta a Yoongi, o tom indicando que ele esperava alguém muito diferente das poucas histórias que ouviu de yoongi.
— Min, como você o conhece? — Yoongi pergunta, ignorando Jungkook e o mau funcionamento que ele está tendo.
— Aquelas aulas idiotas para controlar a raiva. — Jimin choraminga, observando Yoongi acenar em compreensão.
No entanto, ele observa algo mais cruzar seu rosto quando Yoongi se vira para Jungkook, usando um tom perplexo semelhante ao que Jungkook havia usado anteriormente e pergunta:
— Espere, é Jimin?
Algo suplicante e desesperado brilha por trás dos olhos de Jungkook, como se ele estivesse implorando silenciosamente para Yoongi calar a boca. Então os dois mostram o que Jimin quer atribuir ao constrangimento.
— Esse é o Jimin que você...
— Sim. Sim. Sim. — Jungkook rapidamente interrompe.
— Quem....
— Sim!
— E...
— Sim para tudo, Yoongi apenas... — Jungkook interrompe com os olhos arregalados, procurando as palavras, mas apenas falando um "shhh!"
— O Jimin que...? — Jimin pergunta, curioso com o que ele só pode supor ser Jungkook reclamando dele.
— Me intimida. — Jungkook fornece, ganhando um revirar de olhos de Jimin.
— Hyung, foi ele que começou a me incomodar sem motivo! — Jimin reclama para Yoongi, que começa a se sentir como seu terapeuta quando Jungkook acrescenta sua própria reclamação.
— Ele começou a brigar comigo sem motivo!
— Ok, crianças, chega. — Yoongi fala para finalizar, decidindo que outra coisa é mais importante. Ele olha para Jimin e nota que seus olhos estão um pouco mais vermelhos e seu cabelo mostra sinais claros de que ele constantemente arrastava as mãos por ele. — Por que você está aqui, Minnie? — Yoongi pergunta suavemente.
Jimin fica pequeno com a pergunta, ambos os alfas percebem a queda em seu cheiro, o jeito que fica amargo, mas depois entorpece todos juntos. Ele solta um suspiro pesado, e agora Yoongi e Jungkook podem ver o quão tenso o ômega estava o tempo todo.
— Minnie? — Yoongi repete suavemente, a preocupação crescendo por seu irmãozinho.
— Eu, uhh... umm, a porra da Cassandra estava me irritando. — Não tendo certeza se esse é o melhor lugar para começar, mas ainda assim, já que ele não tem muito controle sobre quais palavras chegam à sua boca mais rapidamente, Jimin continua. — E Tae tem um colega de quarto e eu provavelmente não vou gostar dele e minha casa é tão idiota e... — Sua respiração torna-se cada vez mais difícil até que ele está quase ofegante e então é como se tudo o tivesse pego de uma vez. Com os dois alfas olhando para ele com igual preocupação e confusão, Jimin respira. — e Shin está com Yuji.
Jungkook demora para reagir, sentindo que está se intrometendo quando Yoongi imediatamente se levanta e puxa Jimin para um abraço. Ele solta seu cheiro em Jimin, oferecendo qualquer conforto que possa para que o ômega consiga pelo menos se distrair um pouco com o cheiro familiar de laranjas. Jungkook ainda está tentando entender quem é Cassandra, por que ela é tão irritante e por que Jimin a odeia tanto, mas ele acha que talvez saiba qual é o último ponto.
— Eu não sei o que fazer, Hyung. — Jimin fala no ombro de Yoongi. — Eu odeio tanto isso e ele me culpou por ela não chamá-lo de pai... mas de Shin e- e Yuji nem queria ir... talvez eu devesse apenas pegá-la e...
— Min. — Yoongi interrompe o discurso do ômega, afastando-se o suficiente para olhar para os olhos marejados de Jimin. — Por mais que eu queira ir buscá-la agora, não podemos. Se lutarmos contra Shin, ele lutará mais e eu odeio dizer isso, mas com suas acusações recentes... — Jimin fica tenso em seus braços, ele sabe muito bem como isso parecerá para um juiz durante as batalhas pela custódia. É praticamente a única razão pela qual ele está sendo tão complacente. — É melhor não fazer nada que Shin possa usar contra nós.
Em vez da onda de lágrimas que ameaça cair pelo seu rosto, ou a compulsão de se virar e bater no piano de cauda de Yoongi até que seja uma pilha de madeira no chão, Jimin se esforça para perguntar:
— Posso... posso apenas por favor, ficar com você esta semana?
— Você sempre pode ficar aqui, Jimin. — Yoongi sorri, não querendo empurrar Jimin para nenhuma conversa que seja demais para ele. Além disso, ele está tentando convencer Jimin a ficar com ele há meses, odiando a ideia de seu irmãozinho ficar naquela casa quase tanto quanto Jimin odeia.
Assim que o sorriso de Jimin está se tornando mais amplo e genuíno seus olhos vagam para trás de Yoongi, para onde Jungkook está sentado desajeitadamente no sofá. Seus olhos rapidamente baixam e Jimin se sente desconfortável por tudo que acabou de revelar na presença do alfa.
— Ele está saindo agora?
— O-oh... — Yoongi diz. Jimin não gosta do som disso, ou do jeito que Yoongi olha para Jungkook e coça seu pescoço. — Na verdade... o complexo de apartamentos de Jungkook está tendo alguns problemas elétricos e eu prometi a ele que ele poderia ficar aqui o tempo que fosse necessário ate consertá-lo. — Yoongi fala rapidamente, a óbvia tensão entre os dois deixando-o com medo das palavras que saem de sua boca.
Jimin jura que toda a sua vida passa diante de seus olhos. Ele cerra os punhos ao lado do corpo e brevemente pesa as possíveis consequências de socar uma das duas pessoas à sua frente. Como se seus cálculos fossem óbvios, Yoongi dá um passo para trás, levantando as mãos em cautela.
— Não fique bravo, Minnie. Meu apartamento é grande o suficiente para que você nunca precise vê-lo. — A incerteza na voz de Yoongi não faz nada para persuadir Jimin, nem o escárnio que soa de Jungkook.
— Como se ele não quisesse.
Jimin e Yoongi criticam Jungkook e seu comentário nada útil. Então Jungkook tem uma sensação de dejavu quando Jimin pega o objeto mais próximo, felizmente uma almofada, e joga nele antes de sair furioso.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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O destino ama ou odeia Jimin. Hihihihi 🤭
A todos que chegaram aqui meu muito obrigada. A todos que votaram e comentara meu muito obrigada. ❤️
Nos veremos no próximo capítulo.
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