32. Family and friends
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Os pais de Jimin fizeram uma visitinha a ele e vão ficar um tempo com Jikook. Vamos ver
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— Eu vou matar você. Não, pior do que isso, vou queimar seu piano até as cinzas.
— Não pode ser tão ruim assim, Min. — Yoongi suspira, levando uma taça de vinho aos lábios.
— Oh, sério? Eles passaram a noite inteira nos interrogando e então, — Jimin se aproxima, mas sussurra alto, — entrou em nosso quarto esta manhã sem bater porque eles, 'estavam apenas curiosos'. — Jimin cerra os dentes, por mais que tenha tentado convencer seus pais de que ele e Jungkook não estavam juntos, eles não acreditaram nele. Também, em defesa deles, a primeira impressão ao encontrá-los nus e cobertos de marcas, até esta manhã, quando os pegaram se beijando, não é o melhor comportamento para um relacionamento platônico.
— E por que você está dividindo um quarto? — Yoongi rebate, levantando uma sobrancelha acima de sua taça de vinho. Ele o lembra de Tae.
— Nós... — Jimin se interrompe quando percebe que não tem uma desculpa válida. Talvez não haja uma desculpa válida para explicar por que ele disse 'nosso quarto' também. Ainda assim, apesar da falta de uma desculpa platônica válida para qualquer um de seus comportamentos, ele está com tanto medo de desistir das desculpas e apenas... confessar. Em vez disso, ele se recosta na cadeira, os braços cruzados. — Você não ajuda.
Assim que termina, Jungkook volta para a mesa com Euntak e Jaebum, parecendo completamente envergonhado. Jimin ouve o final dele gaguejando.
— F-frio à noite, então é por isso... sim.
— Ahh. — Euntak sorri, apenas para dar ao marido um olhar divertido. Eles realmente gostam de torturar Jungkook se o último dia juntos fosse algo para se passar.
— Seu namorado é um guia turístico maravilhoso, Jimin. O restaurante é lindo. — Jaebum acrescenta enquanto todos se sentam, a refeição improvisada sendo algo que ambos insistiram. Eles mal se acomodaram no apartamento e já pediram a Jimin para ligar para Taehyung e convidá-lo para jantar, o que resultou em mais três sendo convidados quando Namjoon finalmente ligou para Jungkook para repreendê-lo por sua ausência.
Jimin suspira, ele havia desistido de corrigir seus pais sobre aquele nome em particular. Ele ainda está tentando decidir se é por vergonha ou porque ama o jeito que soa. Seus pensamentos ainda estão nebulosos de ontem, nunca sendo capazes de cair na clareza desde que caíram em tal intimidade, tal êxtase.
— Onde estão seus amigos, Jungkook? — Jaebum pergunta enquanto se senta.
— Eles estarão aqui a qualquer momento. — Jungkook responde no tom que havia adotado perto do casal, suave e tímido. Ele assume seu melhor comportamento sempre que os pais de Jimin estão perto. — Eles tiveram que vir do trabalho, então pode haver trânsito.
— E Taehyungie? Sentimos falta dele. — Euntak sorri, focando em Jimin agora.
No entanto, Yoongi responde com indiferença:
— Ele teve um dia agitado no café hoje, mas está a caminho.
Quando os rostos de seus pais se iluminam, Jimin pensa em contar a eles que seu irmão e Tae haviam saído juntos apenas para tirar um pouco da atenção de si mesmo. Mas isso não seria a coisa fraternal a fazer.
— Hyung e Tae têm se aproximado ultimamente. Não é adorável? — Não há mal nenhum em compartilhar uma pequena parte da vida de seu irmão, no entanto.
— Você não nos disse. — Euntak senta-se um pouco mais ereto. Ela tem sido uma das maiores apoiadoras de Taehyung ao longo dos anos. — Eu sempre adoro ouvir sobre vocês dois.
— Eles também tiveram um encontro. — Jungkook acrescenta. Seu próprio sofrimento é incrivelmente doloroso, mas assistir ao de Yoongi é muito mais divertido.
Euntak engasga.
— Por que você não nos contou?
— Porque não foi um encontro, mãe. — Yoongi poupa um olhar aguçado para Jungkook. — Nada como acordar um perto do outro!
— Opa, pensei que fosse minha própria perna. — Jimin dá de ombros depois que seu pé chutou Yoongi na canela.
Antes que Yoongi possa responder, ou possivelmente chutá-lo de volta, Taehyung se aproxima da mesa com um sorriso largo, todos os outros rapidamente seguindo atrás.
— Tae! Você está deslumbrante como sempre.
Taehyung abraça os dois, certificando-se de lembrá-los de que eles estão mais bonitos toda vez que os vê. Desde criança, eles foram como segundos pais para Tae. Vê-los sempre parece um reencontro.
Enquanto Taehyung se senta ao redor da mesa circular, Namjoon, Hoseok e Jin fazem suas próprias apresentações. Uma vez sentado, Jimin sente-se inquieto. Seus pais insistiram em conhecer todo mundo, e todo mundo ficou muito feliz em concordar. É apenas uma questão de tempo até que ele seja exposto novamente, ele até pode começar a contagem regressiva.
Embora ele sinta seu estômago começar a torcer, há algo igualmente animado em saber que ele tem pessoas suficientes para encher uma mesa. Não muito tempo atrás, esta mesa teria sido simplesmente ele e Yuji, com Yoongi e ou Tae, se eles pudessem fazer isso. E embora ele nunca fosse substituir os momentos que compartilhou com Yuji, seu coração ama a ideia de uma grande família. Pessoas em quem ele e Yuji podem confiar e amar de todo o coração.
Jimin se sente ainda melhor quando uma mão cai sobre sua coxa. Sem dizer nada, ele coloca sua própria mão em cima dela, nem mesmo tendo que olhar para saber que Jungkook está silenciosamente querendo confortá-lo. Ele sabe que está confortando o mais novo também, a perna de Jungkook parando de bater nervosamente no chão é uma prova.
— Então, Hoseok, ouvi dizer que temos que agradecer a você pelo novo emprego de Jimin. — Jaebum sorri para o alfa.
— Não, não, é tudo Jimin! — Hoseok responde timidamente, apontando para o ômega. — Ele era a escolha óbvia, eu apenas abri as portas.
— Bonito e humilde. — Euntak sorri enquanto Hoseok ri do elogio, aceitando-o com um tímido abaixar a cabeça. — Gosto dos seus novos amigos, Minnie.
— Jungkook nos disse que todos vocês trabalham com ele. — Jaebum continua, Jimin incapaz de responder, pois seus pais aproveitam a oportunidade para interrogar minuciosamente seus novos amigos.
— Desde o início. — Jin suspira, como se estivesse se lembrando de todas as vezes que Jungkook foi um pé no saco. — Eu sou o advogado dele, Hoseok é o coreógrafo, mas Namjoon tem o trabalho mais difícil.
— Ser seu gerente nem sempre é fácil. — Namjoon elabora, um sorriso divertido tentando seus lábios apesar do balançar de cabeça. — Principalmente quando tenho que arrastá-lo para longe de Jimin o dia todo. — Embora esteja claro que ele está sendo brincalhão, Euntak lança a Jimin um olhar de repreensão.
— Jimin, você não deveria estar dificultando o trabalho desses adoráveis homens. — Ela balança a cabeça enquanto acrescenta: — Honestamente, esses dois agem como se estivessem colados no quadril.
— Mãe! — O sussurro de Jimin soa do outro lado da mesa, como se isso o fizesse passar despercebido.
— Yuji é tão apegada a Jungkook quanto Jimin. — Taehyung diz a eles com um sorriso brincalhão, gostando muito disso para o gosto de Jimin.
— Você se importaria de mostrar a todos sua tela de bloqueio, Taehyungie, querido? — Jimin pergunta com os dentes cerrados e um sorriso forçado, confundindo todos que não sabem sobre seu próprio amor pelo cantor.
— N-não. — Por segurança, Tae pega o telefone da mesa e o enfia sob a coxa.
— Nós sentimos falta dela. — Jaebum suspira, voltando o foco para Yuji com um sorriso triste. — Eu não posso acreditar que aquele homem terrível a tirou de nós.
— Ele só a tem por uma semana, pai. — Jimin normalmente nunca defenderia o homem, mas ele está um pouco preocupado que alguém ouça e pense que ela havia sido sequestrada ou assassinada.
Com sua própria tristeza, Yoongi pergunta:
— Quanto tempo até ela voltar para casa?
— Depois de Amanhã. — Jungkook diz imediatamente, um suspiro deixando seus lábios. Quando todos olham para ele, sua expressão fica tímida. Ele ignora as sobrancelhas erguidas e os olhares divertidos enquanto explica timidamente: — Estou contando os dias.
Jimin se abstém da necessidade avassaladora de beijá-lo. Isso certamente não passaria despercebido. Em vez disso, ele sorri com um pensamento.
— Ela quer que tenhamos um dia em família quando ela chegar para casa, então pensamos em usar os ingressos que você comprou para nós, Hyung. — Se alguém percebe a palavra família, não a menciona.
Jin sorri imediatamente,
— Sério?
— Ela não tem ideia ainda, mas ela me desafiou para uma corrida no toboágua em seu aniversário, então presumi que ela está animada para ir. — Jungkook ri para si mesmo, apertando a mão de Jimin debaixo da mesa porque isso o faz sentir menos a falta dela.
— Eu gostaria de estar lá para vê-la derrotar você. — Jin ri de volta.
— Eu pagaria um bom dinheiro para ver isso. — Yoongi acrescenta.
— Por que não? — Jaebum de repente fala sobre o riso da mesa, sorrindo enquanto pergunta: — Por que não vamos todos juntos?
— Isso seria maravilhoso! — Euntak junta as mãos enquanto olha para Jimin, que está se sentindo muito confuso. Por um lado seria divertido ter todos juntos e Yuji adoraria, por outro, provavelmente seria um inferno.
Em uma tentativa de protestar cuidadosamente contra a ideia, Jimin ergue as duas mãos sobre a mesa apenas para perceber que também havia levantado a mão de Jungkook. Dedos entrelaçados e definitivamente chamando a atenção de todos. Limpando a garganta e esperando que ninguém tenha visto, ele a afasta, colocando ambas as mãos de volta em sua coxa.
Talvez seja o rubor em suas bochechas por causa disso, mas Jimin não consegue dizer nada que possa chamar ainda mais atenção para si mesmo. O que aconteceria se ele dissesse não? Se ele disser a todos que é um dia de família para eles, os forçará a entrar em um mundo que ele não tem certeza se pode ter.
— Claro! — Ele sorri hesitante, soando muito estranho.
— Eu certamente adoraria ir. — Taehyung chama a atenção para si mesmo. — E você, Hyung?
— Eu não me importaria de limpar um dia na minha agenda. — Yoongi dá de ombros com indiferença, embora seus olhos pareça se demorar em Tae um pouco mais do que o necessário. — Principalmente se eu conseguir ver Yuji envergonhar Jungkook nos toboáguas.
— Conte conosco também! — Hoseok fala.
Então todos eles concordam em ir para o parque aquático juntos. Jimin sente-se tonto quando percebe que será exatamente como este jantar, exceto que Jungkook estará nu e molhado e Jimin morrerá.
— Então está resolvido. — Euntak fala, sorrindo como se tivesse acabado de realizar algo. Esse sorriso cresce quando ela se vira para Jungkook e pergunta: — Por que não convidamos seus pais também, Jungkook?
— O que?
— Por que...? — O ar fica preso nos pulmões de Jimin. Ele não consegue nem piscar enquanto congela completamente, todas as funções corporais esquecendo seu propósito. Se alguém se aproximasse desta mesa e se oferecesse para afogá-lo, Jimin acha que diria sim.
— Não deveríamos conhecê-los? — Jaebum pergunta inocentemente, um mestre em tortura.
— Oh. B-bem... eu... umm... — O que diabos ele diria sobre isso? Não é como se eles estivessem pedindo para conhecer os pais de Namjoon também. A insinuação é muito clara e a resposta dele será ainda mais clara sobre o relacionamento deles. Uma parte de Jungkook quer dizer sim, mas outra parte quer mergulhar no chão e se rastejar para fora dali.
— Você está dormindo com nosso filho depois de tudo.
Jungkook engasga, literalmente engasga. Algumas pessoas até começam a olhar.
— Na mesma cama! Eles querem dizer na mesma cama. — Jimin rapidamente esclarece enquanto esfrega as costas de Jungkook, a outra mão ainda apertando a dele por baixo da mesa. Ele está extremamente esperançoso de que foi isso o que eles quiseram dizer. Não que isso torne a situação significativamente menos humilhante.
Parece que eles são animais em um zoológico, todos os seus amigos assistindo divertidos por trás de guardanapos e pedaços de comida.
— C-certo, claro, obviamente. — Jungkook fala tentando parecer menos nervoso, ele se recupera tomando um gole d'água. Olhando entre todos, em pânico e inseguro, ele finalmente diz: — Eu vou perguntar... a eles?
— Bom. — Jaebum sorri calmamente. Nenhum dos dois move um músculo apesar da dor de Jungkook, eles observam com pequenos sorrisos e olhares coniventes.
Jimin está começando a achar que isso não é apenas para entretenimento, mas eles também estão bancando o casamenteiro. Só se souberem quão pouco esforço será necessário para uni-los.
— Incrível. — Yoongi finaliza, o sorriso roçando a borda de sua taça enquanto toma outro gole de vinho.
Jimin e Jungkook pegam seus próprios copos em uníssono. Eles irão precisar.
[...]
— E então ele me chamou de vadia!
— Você deveria ter visto eles no começo. — Jaebum ri. — Sempre brigando por alguma coisa.
— Sim, sim, minhas más escolhas de vida são sempre divertidas. — Jimin suspira quando Jungkook aperta sua coxa. Nos últimos trinta minutos, ele testemunhou a aproximação de Jungkook com seus pais, sem saber se gostava ou não.
— Você sabe que eu nunca gostei daquele pau no...
— Ok, pai, já chega de álcool por esta noite. — Yoongi interrompe com uma risadinha, pegando o copo de sua mão.
— Eu o odiei desde o segundo em que soube que ele existia. — Jungkook não está bêbado o bastante para falar mal, mas certamente está bêbado o suficiente para ser honesto demais. Com um pequeno beicinho, ele acrescenta: — Jimin gosta de mim no...
— Ok, eu acho que você já teve o suficiente também. — Agarrando o copo da mão de Jungkook, Jimin faz uma careta.
— Eu teria feito muito mais do que arruinar o carro dele. — Taehyung morde fisicamente a língua para se impedir de oferecer algumas das punições que conseguia imaginar.
— Eu nem falei com ele, mas teria pegado um taco de golfe e me juntado a você. — Namjoon e Taehyung batem em seus copos brindando antes de tomar outro gole.
— Pelo menos você finalmente se livrou dele, Minnie. — Euntak ainda não teve sua bebida confiscada, então Jimin está um pouco preocupado. — E pode passar para homens legais como Jungkook. — Justamente preocupado.
Quando os olhos de seu amigo se movem para ele, incluindo Jungkook, Jimin se sente exausto. Depois de horas assistindo Jungkook se relacionar com seus pais, ele fica simultaneamente cativado e oprimido. Simplesmente suspirando, ele responde.
— Sim.
— Muito bonito também. — Euntak murmura em coreano para o filho, sem saber que todos na mesa entendem o idioma.
— Obrigado. — Jungkook desliza para o coreano, sorrindo orgulhosamente em seu estado embriagado.
— E ele fala coreano? — Jaebum engasga alto demais, os efeitos do álcool óbvios na maneira como seu volume não baixa quando ele se vira para sua esposa, parecendo orgulhoso. — Por que nosso filho não nos apresentou antes?
— Eu não faço ideia. — Jungkook se gaba, olhando para Jimin com uma expressão arrogante.
— E-espere... — Jimin congela, sua falta de álcool tornando as coisas intensamente claras. Jungkook está falando coreano. Ele está entendendo palavras coreanas e depois respondendo em coreano. De repente ele se lembra do dia que ele e Yuji haviam falado sobre Jungkook em coreano. Ele elogiou o alfa bem na frente dele. Jungkook tinha ouvido isso? Será que ele entendeu?
Com os olhos arregalados, Jimin se lembra da noite em que disse a Jungkook que queria que ele o fodesse. Repetidas vezes ele expressou seu desejo, tudo em coreano. Tudo em um idioma que Jungkook sabe falar. E ele fez isso de novo? Sim, quando Jungkook estava sem camisa e ele falou 'alfa idiota e seu peito idiota.' Não tinha como...
— Você fala coreano? — Jimin pergunta
Todos parecem estar confusos com a pergunta urgente e pânico no tom de Jimin. Incluindo Jungkook, que franze as sobrancelhas e dá de ombros. Então Jimin vê quando a realização atinge o alfa. Seus olhos se arregalando e boca se abrindo apenas para ficar em silêncio, procurando desesperadamente por uma desculpa.
— O-o quê? Não! Claro que não, eu não...
— O que você está falando? — Yoongi zomba, confuso sobre o motivo de Jungkook negar isso. Obviamente ele não sabe sobre o golpe de Jungkook.
— Você sabe disso desde que nasceu na Coréia, seu idiota. — Jin acrescenta revirando os olhos. Jungkook quer jogar algo neles, mas ele está realmente tentando causar uma boa impressão nos pais de Jimin.
— Você... — Com suas mãos ainda pressionadas sob a mesa, Jimin começa a apertar seu aperto, sem saber se é para ter certeza de que o mais novo não fugirá ou para garantir que tudo isso é realmente real. — Você poderia falar coreano quando...
— Não! — Seja o que for, não. Jungkook fingirá que não falava coreano pelo resto da vida. Isso é melhor do que admitir que ele estava secretamente ouvindo e valorizando cada palavra que Jimin disse, certo? Infelizmente, Jimin é muito intimidador para mentir, com o rosto contorcido no que parece ser dor ou medo, Jungkook corrige: — Bem... talvez. Só um pouco... eu não sou tão bom!
— Quando eu estava te dizendo...
— Não, eu só sei frases básicas... não... não aquelas. — Jungkook mente através de seu sorriso desajeitado, a voz trêmula e não confiável com o pensamento distante das coisas mais privadas que Jimin falou tão lindamente em coreano.
Piscando, a pressão sanguínea subindo rapidamente e os lábios pressionando juntos, Jimin decide que sua primeira impressão de Jungkook estava correta, afinal. Alfa irritante.
— Eu. Irei. Matar. Você.
— Como você não sabia, Min? — Tae pergunta, todos ainda confusos sobre por que isso o deixou tão bravo. — Você não ouviu as músicas de Jungkook? A maioria delas são em coreano. — A pergunta é feita de maneira tão simples, muito casual. Jimin irá matá-lo também.
— Oh... — Jimin queria ouvi-las, ele realmente queria. Ele estava ocupado reorganizando toda a sua vida e se apaixonando pelo cantor. — Eu ainda não ouvi...
— Você não ouviu minhas músicas? — Jungkook engasga, agora o escandalizado.
— Eu ouvi você cantando no chuveiro, eu sei como você soa! — Jimin argumenta, apenas para Jungkook fazer beicinho.
Claro que ele queria ouvir a voz do mais novo, havia passado muitas manhãs prestando um pouco mais de atenção ao suave zumbido pelas paredes quando deveria estar concentrado em outras tarefas. A voz de Jungkook era especial, fazia Jimin sentir coisas que ele achava que não eram possíveis. E isso foi... bem, era assustador. Talvez seja por isso que ele não tenha conseguido ouvir as músicas de Jungkook antes, para se deliciar com aquela voz suave cantando bem perto de seu ouvido. Porque então seria difícil parar.
— Eu pensei que você gostasse de mim. — O beicinho de Jungkook cresce, a cabeça inclinada para o lado. Não fica claro se o álcool está influenciando sua resposta, fazendo-o querer cair nos braços de Jimin e pedir elogios. Tudo o que o Jungkook sabe é que não consegue desviar o olhar de Jimin.
— Eu go... — Jimin para, olhando ao redor da mesa para sete pares de olhos olhando para ele, ele abaixa o volume antes de voltar seu olhar para o mais novo. — Sim, lindo, você sabe que sim. E eu... podemos apenas conversar sobre isso em casa?
Ainda um pouco bêbado e fazendo beicinho em seu assento, Jungkook eventualmente assente. Não que ele esteja realmente chateado, ele está apenas ansioso. Ele quer compartilhar tudo com Jimin tanto quanto quer que o mais velho se orgulhe dele. Jungkook sabe que o elogio de Jimin é muito mais encorajador do que de qualquer outra pessoa. Se pelo menos uma música transformar os olhos de Jimin em meias-luas ou o fizer morder o lábio do jeito que o ômega faz às vezes, quando seu sorriso fica muito largo, Jungkook ficaria satisfeito.
Por enquanto, as palavras 'lindo' e 'casa' são suficientes para distrair sua mente embriagada. Felizmente, ele também encontra calor no toque de Jimin, o mais velho brincando suavemente com os dedos e arrancando o mais leve dos sorrisos dele.
— Gosto mais dessas discussões do que daquelas com Shin. — Jaebum anuncia casualmente, a voz levemente arrastada, interrompendo o intenso silêncio. — Mais divertida.
— Pai! — Jimin repreende enquanto seus amigos abafam suas risadas ao redor da mesa. Se ele soubesse que esta refeição levaria a tantos constrangimentos, ele nunca teria concordado com o dia da família.
[...]
Todos vão para casa após o jantar agitado. Agora, deitado na cama de Jungkook, Jimin distantemente se pergunta se deveria chamá-la de sua cama também. No entanto, antes que possa chegar a uma conclusão, sua mente é distraída pelo som do chuveiro desligando. Foi necessário a ajuda de Namjoon para guiar seu pai até o apartamento e toda a força de Jimin para colocar Jungkook no quarto.
Agora, um pouco mais sóbrio, Jungkook sai do banheiro e se joga na cama. Deitado de lado, ele fica totalmente silencioso, mas não faz nenhuma tentativa de esconder seu óbvio olhar fixo, olhos arregalados enquanto observa Jimin. Depois de um momento, ele pergunta:
— Você ainda gosta de mim?
Ainda olhando para o teto, Jimin sente os olhos de Jungkook vagarem por sua pele.
— Irritantemente. — Ele confirma e sente Jungkook sorrir. Saber que ele é o motivo de substituir o estado nervoso do alfa por aquele sorriso brilhante quase deixa Jimin sem fôlego.
— Mesmo se eu falar coreano?
Jimin deixa um intervalo maior desta vez antes de responder:
— Mesmo que você fale coreano. — Virando-se de lado também, de modo que encare o mais novo, Jimin continua: — Se eu soubesse antes que tínhamos... falado de nossa afeição um pelo outro, talvez você estivesse morto agora. — Jimin não sente nem um pouco de raiva. Sério, ele queria. Seria muito mais fácil se ele sentisse. A raiva com a qual ele estava familiarizado, isso, o que quer que seja, ele não sente. — Mas eu acho que agora você já sabe que eu te acho lindo e todas as muitas e muitas coisas que eu quero que você faça comigo.
— Não tenho certeza. — Jungkook fica quieto enquanto se inclina para frente, os olhos fixos nos lábios de Jimin. — Talvez eu precise de você para refrescar minha memória.
Jimin mal deixa seus lábios se tocarem antes de morder o lábio inferior de Jungkook em punição, chocado com a rapidez com que o alfa consegue voltar a flertar. Jungkook ri enquanto se afasta, certificando-se de roubar um beijo rápido.
— Isso explica o uso de 'Hyung'.
— O-oh...
— Estás a corar? — Jimin provoca enquanto Jungkook olha para baixo, tentando ao máximo evitar o contato visual.
— Eu nunca ruborizo. — Jungkook assegura, encontrando os olhos de Jimin para fornecer evidências contraditórias, não importa o quão hesitantes seus olhos pareçam.
— Uh-huh. — Movendo a mão pelo torso de Jungkook, roçando seu abdômen e deslizando os dedos sob a bainha de sua calça de moletom, Jimin pergunta: — Mesmo se eu fizer isso? — É tão fácil tocar o mais novo agora, tão tentador.
Tentando não rir ou talvez reclamar, Jungkook puxa a mão de Jimin, entrelaçando seus dedos no processo. Com bochechas significativamente mais rosadas, ele sorri através de suas palavras.
— Estou tentando me comportar, Park Jimin. Seus pais estão no final do corredor.
Revirando os olhos de brincadeira e caindo de costas novamente, Jimin suspira.
— Você é tão chato.
Jungkook levanta uma sobrancelha e Jimin imagina brevemente todas as coisas que Jungkook faria para provar que ele (JM) estava errado se o alfa não estivesse em seu melhor comportamento. Porra, Jimin desejou que não estivesse.
— Pelo menos eu ouvi todas as suas músicas. — Jungkook diz.
— Eu não tenho nenhuma música. — Jimin imediatamente ri do comentário repentino, cutucando o peito do alfa. Talvez ele só quisesse tocá-lo.
— Yuji as ouviu, você sabe. Ela até as canta para mim. — Jungkook se gaba com orgulho, parecendo incrivelmente presunçoso.
— Vocês dois sempre vão puxar essa coisa de melhor amigo sempre que quiserem me obrigar a fazer alguma coisa? — Jimin pergunta com falso aborrecimento, pensando em seu novo hábito. Inúmeras vezes Yuji pediu para ir a um determinado café porque Jungkook também gostava de lá, ou usou seus números contra Jimin para votar no próximo filme.
— Absolutamente. — Jungkook responde sem hesitar.
Sorrindo, Jimin se aproxima, pressionando Jungkook para baixo silenciosamente até que o alfa entenda a mensagem e se deite, deixando a bochecha de Jimin pressionar seu peito. Talvez ele realmente queira tocá-lo. Os braços de Jungkook caem facilmente ao redor de seu corpo, a mão desenhando padrões em suas costas. Suas pernas se entrelaçam e ambos sentem que tudo se encaixa.
Suavemente, enquanto eles se acalmam e o sono puxa seus olhos, Jimin pergunta:
— Você vai ligar para seus pais amanhã?
Jungkook tinha esquecido disso. Agora, sem a pressão do olhar de todos e do álcool para obscurecer seus pensamentos, Jungkook sorri. Apresentá-los a Jimin e Yuji é a melhor coisa que ele poderia fazer. Todas as suas pessoas favoritas em um só lugar.
— Eu vou. — Ele responde, e mesmo com sua voz profunda pelo sono, Jimin ainda pode ouvir o sorriso em sua voz. — Eu acho que elas vão adorar vocês dois.
Jimin nem pensar antes de dizer:
— Eu realmente espero que sim. — Talvez alguns de seus nervos com a ideia tenham se infiltrado em seu tom porque Jungkook o segura mais perto.
— Quem não conseguiria amar vocês dois?
Jimin sente calor nos braços de Jungkook. Com o corpo do Alfa envolvendo o dele, Jimin se sente sólido e seguro. Encostando-se ainda mais em Jungkook e respirando seu cheiro, ele murmura:
— Meus pais já estão apaixonados por você.
— Eles me aprovam? — Jungkook pergunta com seus próprios nervos, cobrindo-os com uma risada pequena e sonolenta.
Ele sente Jimin acenar contra seu peito, e então sente os lábios em sua pele. O toque o acalma, deixando seus olhos se fecharem enquanto o sono o afasta ainda mais. Quando os olhos de Jungkook ficam pesados, Jimin levanta a cabeça e beija logo acima de sua clavícula. Só quando Jungkook fica quente, cabeça girando com o doce cheiro de pêssegos, que ele percebe que Jimin o está sentindo.
— Eu vou ouvir suas músicas amanhã, alfa. — Jungkook sorri com as palavras ditas em sua pele. As palavras suaves são ainda mais íntimas enquanto Jimin lambe e beija seu pescoço, mantendo o mesmo ritmo lento e suave. — Eu sei que vou amá-las.
Jungkook adormece com Jimin em seus braços, se afogando em seu cheiro e perfeitamente contente.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Jungkook foi aprovado pelos pais de Jimin... Hihihihi. Agora falta os pais de Jungkook....
O que acharam de Jimin nem sequer ter ouvido uma música de JK? Vale lembrar que ele descobriu que JK era um cantor ainda morando em Yoongi, um tempinho depois passaram a morar junto, passaram a transar, e ele nem sequer se importou. Nossa cara. Melhor eu me calar 🤭🤣.
Espero que estejam gostando. E agradeço a todos que leram até aqui.
Ah, sobre os pais de JK. São dois alfas mulheres. Não sei totalmente como funciona o universo abo, nunca li. Essa e minha primeira que li e gostei ao ponto de traduzir. Como são duas mulheres, pode falar pais ao se referir às duas? Eu deixei pais porque na tradução ficou assim. E uso mães apenas na fala dele. Mas provavelmente é pais mesmo, afinal precisa de genes masculino e feminino. Uma delas deve ter genes masculino. Como duas mulheres se engravidam? Dois homem já não entra em meu cérebro, duas mulheres então. Kkkkk. Mas aconteceu, já que JK é filho legítimo delas duas.
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