2. Consequences

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Jimin pegou o marido o traindo e surtou. Vamos ver no que isso vai dá.
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▪︎ Quatro Meses Depois ▪︎

—  Meritíssimo,  —  Seokjin começa calmamente, confiante.  —  eu entendo a gravidade da situação, sim, mas também sei que nenhuma pessoa foi ferida. E meu cliente já afirmou que pagará pelo custo de qualquer e todos os danos que foram causados como resultado de suas ações imprudentes.

Tanto o juiz quanto Seokjin viram a cabeça quando ouvem um escárnio vindo do referido cliente.

Jimin senta-se na cadeira de madeira que possivelmente abrigou assassinos e loucos no passado, sentindo uma sensação muito forte de injustiça por agora também estar sendo adicionado à lista. Com os braços cruzados e os olhos revirando, Jin de leve e o mais discretamente possível, chuta a cadeira.

—  Há algo que o réu gostaria de acrescentar?

Jimin se vira para o juiz que fala, e se depara com sobrancelhas erguidas e lábios franzidos; há um certo ar de desaprovação saindo do homem que Jimin não gosta.

—  Não.  —  Jimin responde.

Ele pode dizer que o juiz é um alfa, o cheiro arrogante de 'mais sagrado do que você' ondulando dele em feitiços inebriantes e fortes.

Isso o lembra de Shin.

Nos últimos quatro meses, desde que Jimin bateu o taco de golfe no carro de seu marido e quase em sua cabeça, muitas coisas o lembravam de Shin. Em primeiro lugar, houve o policial alfa que apareceu no local, cortesia de Shin, e agarrou duramente suas mãos e o empurrou para dentro de um carro da polícia na frente de todos os seus vizinhos. Depois, houve a cela vazia em que ele esperou até a chegada de seu advogado, que o lembrou de sua própria vida solitária e presa. E, claro, houve a sensação completa e absoluta de traição quando Seokjin disse a ele que vários vizinhos haviam oferecido relatos como testemunhos oculares da explosão dele (JM), o que significava que ele seria de fato levado ao tribunal. Isso o lembrou da traição completa e absoluta de Shin fodendo seu secretário. Repetidamente.

Então chame Jimin de amargo, mas ele não é exatamente fã do alfa do time, ou macho do time, ou qualquer um do time agora.

Ele está apenas se abstendo de atacar o juiz e rasgar sua garganta.

— Meritíssimo... Seokjin tenta novamente, com seu sorriso amável característico e natureza descontraída que tem a tendência de convencer as pessoas de que ele está fazendo sentido, não importa o quão loucas suas palavras possam parecer. Jimin supõe que é isso que o torna um bom advogado.    Meu cliente teve um lapso de julgamento.    Jimin estreita os olhos enquanto Jin tenta subestimar suas ações. Ele sabe muito bem que sua mente estava mais clara do que nunca quando quebrou as janelas daquele carro e amassou cada superfície disponível.    Quando ele... danificou o veículo, ele estava sob grande estresse e turbulência emocional. Certamente é compreensível que ele tivesse uma perda razoável de controle sobre suas ações.    Seokjin argumenta eloquentemente enquanto Jimin joga um jogo de quanto tempo levará encarando alguém até que esse exploda em chamas.

—  Bem...  —  O juiz começa. Infelizmente para Jimin parece ser muito longo.  Considerando que o Sr. Park é um ômega, suponho que seja compreensível que ele tenha um... lapso de julgamento racional e pensamento.

— Oh não...  —  Seokjin suspira imediatamente, erguendo a mão para acariciar sua testa, aliviando uma dor de cabeça que definitivamente estava prestes a começar.

— Com licença?  —  Jimin se levanta, as palmas das mãos estendidas sobre a mesa para oferecer apoio.  —  Ômega?  —  Ele repete incrédulo com a maneira que a palavra foi usada. —  O que diabos isso tem a ver com ser um ômega? — Garganta e punhos apertados, Jimin levanta a voz. — E quer saber? Eu não tive um lapso de julgamento. Estraguei o carro daquele filho da puta porque ele merecia! Se alguma coisa, meu julgamento naquele momento foi melhor do que nunca!

—  Sr. Kim, por favor, mantenha seu cliente sob controle?  —  Com os olhos evitando Jimin, o juiz fala severamente, mas sem se abalar com a explosão de Jimin.

Isso irrita Jimin ainda mais. Ele está tão cansado de gritar no abismo e não receber nada de volta. Ele não quer a raiva que Shin jogou contra ele, ou a pena de seus amigos, ou a indiferença deste juiz. Ele quer e precisa de explicações, de respostas e oportunidades. Ele precisa saber por que diabos tudo isso aconteceu com ele, ele precisa saber o que pode fazer para se livrar de sua raiva, e ele precisa de algo, qualquer coisa para esvaziar.

Isso, essa raiva, ódio e vida quebrada com a qual Shin o havia deixado, não pode ser seu passado, presente e futuro.

— EU ESTOU NO CONTROLE! — Jimin grita, corpo empurrando com a força de suas palavras, tom rasgando a sala e chamando a atenção de todos.

Depois de um momento, um breve momento em que Jimin se concentra em sua respiração errática e o juiz observa seus movimentos com uma mistura de exaustão e desgosto, ele simplesmente se vira para Seokjin.

— Seokjin, se você retornar a este tribunal tão cedo, eu não perdoarei tais explosões.

Seokjin acena com a cabeça se desculpando, agradecendo às estrelas que ele estava pelo menos em uma posição amigável com este juiz antes de sua sessão. Caso contrário, ele teria medo sobre qual poderia ser a punição de Jimin.

Com um suspiro e um emaranhado de papéis em sua mesa, o juiz ajeita os óculos e declara calmamente, desta vez de frente para Jimin:

— Você certamente cometeu danos criminais em seus atos, no entanto, como você está sendo acusado sumariamente e considerando as circunstâncias que motivaram seu comportamento, estou preparado para lhe dar uma punição menor e uma multa de nível quatro.

Jimin suspira com o máximo de alívio que pode, é melhor que prisão, mas ainda é um castigo que ele acha que não merece. Seokjin se vira para ele em quantidade igual de alívio, suspirando com a multa de alto nível. Jimin começa a checar mentalmente enquanto Seokjin se prepara para agradecer ao juiz, mas antes que ele possa começar, o juiz está falando novamente.

— Porém, considerando também a extensão dos danos e a cena que observei no meu tribunal hoje... — Antes mesmo de terminar Jimin sente a necessidade de jogar algo no homem.  —  eu também estou exigindo que você participe de um programa de controle de raiva ordenado pelo tribunal por doze semanas.

—  O QUÊ? DOZE?  —  Jimin praticamente grita, mais uma vez pulando da cadeira, incrédulo com as palavras que saíram dos lábios do juiz.

Jin rapidamente coloca a mão sobre a de Jimin, apertando em uma indicação para calar a boca antes que a sentença seja de vinte semanas. Jimin morde a língua enquanto Seokjin começa seus agradecimentos. O tempo todo, Jimin continua seu jogo, apenas esperando que muito em breve explodir outro com o poder da mente seja um poder que ele possa adquirir e fazer bom uso. Se ele vai participar de reuniões com um bando de cabeças quentes, com as quais ele certamente não pertence, então ele irá precisar.

Assim que as grandes portas do tribunal se fecham atrás deles, Jimin cerra os dentes e libera um pouco de sua tensão acumulada. Que cresceu mais rápido do que ele poderia lançá-lo.

— Por que eu precisarei de aulas de controle da raiva?  —  Jimin rosna.  — Que parte da minha raiva não parece controlada?  — Ele continua a gritar, as mãos fazendo gestos bastante violentos. — Eu sei exatamente como está sendo administrado! Estou administrando diretamente para os idiotas,  — Com essa palavra ele se volta para as portas fechadas, esperando que o juiz possa ouvi-lo,  — que merecem minha raiva!

Soltando um bufo e sendo guiado por uma mão na parte inferior das costas, Jimin finalmente para e espera por uma resposta à sua pergunta.

— B-bem...  — Jin começa cuidadosamente enquanto ele e Jimin passam pelas outras pessoas que lotam o tribunal.  — Ultimamente você não tem sido exatamente... doce como açúcar.

Parando de repente, Jimin joga adagas para ele. Então ele se expressa, um pouco mais choroso do que gostaria:

— Não acredito que você aceitou que eu tenha essas aulas idiotas.

— Jimin, eu sou um advogado do entretenimento. — O ômega mais velho brinca. — Você deveria agradecer por não estar na prisão brincando de verdade ou desafio com assassinos em série! — Jin argumenta com a expressão dura.

— Duvido que seja assim que assassinos em série passam o tempo na prisão, Hyung.  — Jimin deixa um pouco do olhar suavizar, e o mais velho o guia para frente novamente, mas Jimin não está pronto para parar de choramingar.  — Mas por que eu? Por que depois de tudo eu também tenho que encontrar um bando de criminosos violentos por doze semanas torturantes.  — Sua cabeça cai para trás em exaustão, atingindo o ombro de Jin enquanto o mais velho continua a guiá-los para fora do prédio.

— Você é um criminoso violento.  — Jin ri quando Jimin belisca seu lado, tornando-se mais sério ao acrescentar.  — Não se preocupe Jimin, nenhum deles será violento. Posso falar com o juiz e me certificar de colocar você em um grupo mais adequado.

—  Me prometa?  — Toda a raiva desaparece da voz de Jimin, os olhos se arregalando levemente quando ele começa a realmente perceber o que está enfrentando.

— Eu prometo.  — Quando eles finalmente chegam ao ar livre, Jin para para segurar os ombros de Jimin e encará-lo.  — Serão todos ex-namorados malucos e adolescentes vingativos, talvez eu possa até te colocar em um com algumas celebridades desequilibradas. Então. Anime-se!  — Jin provoca, encorajando o mais fraco dos sorrisos de Jimin.

Assim que Jimin assente e Jin tem certeza de que ele está bem, eles começam a caminhar em direção aos carros novamente. No entanto, uma notificação puxa Jin brevemente de sua conversa. Jimin observa quando o ômega olha para a tela de seu telefone e lentamente se arrepende de ter checado a mensagem. Qualquer sentimento de curiosidade que quase o fez perguntar ao mais velho o que a mensagem dizia é abafado por seus pensamentos atuais de vazio. Em vez disso, ele simplesmente observa Jin suspirar e murmurar:

— Parece que a opção de celebridade desequilibrada não está tão longe quanto você pensa.

— Hyung...  — Jimin fala assim que chegam aos seus carros, olhando por cima do dele, para onde Jin está entrando no próprio carro estacionado ao lado dele.  — Eu sou um dos ex-namorados malucos?

Jin arregala os olhos e engasga dramaticamente, apertando a mão em seu terno caro e jogando uma maleta Ted Baker em seu Lamborghini Aventador azul.

— Claro que não!  — E com o menor dos sorrisos que surge em seus lábios, ele entra em seu carro e sai com a promessa de ligar para Jimin mais tarde.

Jimin aprecia as piadas de Seokjin. Pelo menos ele não está evitando a situação desajeitadamente e realmente o faz sorrir. Ele sabe lidar com piadas. Ou ele pensa que consegue, se tentar o suficiente para esquecer que sua vida está desmoronando.

Jimin coloca os braços no topo de seu próprio carro, respirando fundo e abaixando a cabeça com uma expiração audível. Doze semanas.

Ele se levanta e coloca um sorriso no rosto, não para si mesmo e não para Shin, mas para sua filha. Ele entra no Porsche Panamera GTS prateado e faz o possível para tornar o sorriso crível.

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— Tae! Estou em c...  — Jimin faz uma pausa no início da palavra casa, houve um tempo em que ele teria dito isso com orgulho, mas agora isso o faz se sentir um idiota,  — aqui.

Quando ele chega em casa já está ficando tarde, quase nenhuma luz entra pela porta envidraçada que dá para o corredor, que está um pouco mais vazio do que quatro meses atrás.

Sentindo um arrepio percorrer sua espinha ao pensar em estar neste local exatamente quatro meses atrás, Jimin joga as chaves na mesa e erra a tigela de vidro.

— Papai! Papai!

— Yuyu! — Todo o rosto de Jimin se ilumina, todas as suas preocupações desaparecendo em segundos assim que aquela voz chama sua atenção. Ele imediatamente se ajoelha no chão e ergue os braços, sabendo que a garota estará correndo na esquina em exatamente três segundos.

— Papai! — Ela repete mais uma vez com uma risada alta quando encontra Jimin esperando por ela e pula em seus braços.  — Como foi?  — Ela pergunta ansiosamente, puxando a cabeça para trás para olhar esperançosamente para Jimin.  — Sem prisão, certo?

Jimin solta uma risada espantada.

— Sem prisão.  — Ele assegura. Ele olha para trás de sua filha, para onde seu melhor amigo está encostado no batente da porta, sufocando sua própria risada. Jimin decidiu que seria melhor dizer a verdade a ela, completa honestidade, mesmo que a verdade fosse que seu papai havia destruído o carro do seu outro pai em um ataque de raiva.  — Na verdade, tudo o que o papai precisa fazer é assistir a aulas divertidas onde eu acerto as pessoas com bastões de brinquedos e compartilho... sentimentos.  — Jimin sorri com um sorriso forçado e uma voz doce, os olhos caindo atrás dela mais uma vez para seu amigo, que faz uma cara de nojo que de alguma maneira o faz se sentir melhor sobre a experiência.

— Isso parece muito divertido, Papai!  — Ela decide, agora de pé, mas ainda nos braços de Jimin enquanto pula alegremente.  — Eu também quero brincar! Posso ir?

— Eu não sei, baby, pode ser perigoso para você... mas talvez você possa ir me buscar com Taehyungie, às vezes?  — Isso parece satisfazê-la pois o beicinho que cresceu em seus lábios se desfaz enquanto ela assente alegremente e olha para o próprio homem. Ela escapa das garras de Jimin para correr para Tae, seu autoproclamado melhor amigo, e segura a mão dele.

— Eu e Taehyungie fizemos tantos desenhos, Papai! Posso te mostrar?

— Claro, Yuyu.  — Jimin se levanta novamente,  — Deixe-me apenas dizer adeus a Tae e depois eu entro. Quer dizer adeus agora também?  — Jimin pergunta a ela com um sorriso, sabendo que o homem precisa ir antes que seja tarde. Apesar de ser seu amigo mais próximo, Taehyung mora longe, ou mais precisamente Jimin mora longe de Tae e do resto de seus amigos e familiares devido a Shin insistir que este era o melhor lugar para eles, o mais próximo de seu trabalho.

Irritantemente, Jimin não consegue deixar de pensar constantemente em Shin. Toda vez que ele entra em sua casa ou vê seus amigos ou lembra que não tem mais para onde ir durante o dia. Porque com a partida de Shin, Jimin percebe que havia construído toda a sua vida em torno do homem. E agora, em vez do efeito possivelmente positivo que pensar no homem teria sobre ele, tudo o que Jimin sente é um gosto amargo na boca.

— Taehyungie, você tem que terminar seu desenho em casa e me mostrar depois, ok? — Ela fala seriamente, fazendo beicinho naturalmente enquanto aponta para o papel seguro em sua mão. Tae assente tão sério antes de se inclinar e abraçá-la.

Jimin assiste, sorrindo por causa um dos jogos favoritos de sua filha, do qual ela faz outra pessoa começar um desenho enquanto ela faz o mesmo, e então eles trocam, terminam e se surpreendem com o produto final. Ele havia recebido muitas pinturas gêmeas da dupla depois desse mesmo jogo.

Depois que ela sai alegremente, Taehyung volta sua atenção para Jimin e se aproxima.

— Então, como foi?

— Alfa estúpido. — É tudo o que Jimin responde e Taehyung solta uma risada aguda, achando o ódio recente de seu amigo por alfas infinitamente divertido.

— Qual deles? — Tae questiona, embora pareça pronto para apoiá-lo, não importando quem seja.

— Todos eles. — Jimin diz com finalidade.

Rindo mais uma vez, Tae continua com seus próprios olhos zangados.

— Você sabe, eu ainda não entendo por que você não me deixa simplesmente matá-lo. Quer dizer, eu posso garantir que ninguém jamais descubra, e já tenho seu irmão (Hyung) a bordo! E eu só acho que aquele bip bip bip*,    Tae cuidadosamente censura, consciente de crianças possivelmente ouvindo,  —  deve receber mais punição! Não é justo que você receba punição judicial, vizinhos mal-intencionados e fofocas enquanto ele acaba de ganhar um novo apartamento!    Tae se irrita, ele foi a terceira pessoa depois de Jimin, Jin e, claro, os estranhos que assistiram ao espetáculo, a saber sobre a traição de Shin e o incidente. No entanto, Tae foi o mais zangado, bem, exceto talvez por Jimin.
(*bip no lugar do palavrão que iria falar mas não pôde pois a filha de JM pode tá ouvindo)

Ouvindo o discurso, Jimin concorda inteiramente, não é nada justo. Mas ele não pode ir embora, esta é a casa de sua filha e ele não pode simplesmente se levantar e se mudar com Yuji quando tudo já está mudando para ela. Não importa o quanto os vizinhos o encarem. E Shin mereça punição, ou pelo menos sentir o mínimo de dor e traição que ele sentiu, mas no momento Jimin não consegue encontrar uma única maneira de infligir isso a ele. Então, por enquanto, não importa o quão convincente seja o discurso de assassinato, tudo o que Jimin pode fazer é viver com as coisas sendo injustas.

— O que você quer dizer com Hyung está a bordo?  — Em vez disso, Jimin se concentra nas notícias de seu irmão mais velho, levando a mão ao quadril com desconfiança.

— Bem... — Taehyung começa, imediatamente perdendo sua raiva para ser substituído por olhos arregalados e inocentes. — Posso ter ligado para ele, puramente por uma necessidade de fazer um plano para matar Shin, é claro!

— Huh... — Jimin levanta uma sobrancelha.  — e isso não tem nada a ver com sua paixão de dez anos por ele?

— Isso não tem nada a ver com isso.  — Taehyung nega, sem realmente negar a paixão eterna.  — Eu juro do fundo do meu coração que tive intenções puramente violentas e assassinas. —  O ômega coloca a mão sobre o coração e sorri docemente, batendo os cílios para realmente convencê-lo.

Revirando os olhos e deixando escapar uma risada, Jimin empurra Tae em direção à porta.

— Ok, assassino, vou pensar sobre isso. — Quando a porta se abre, Jimin lembra. — Ela foi boazinha?

— Yuji? Ela é sempre um anjo. Embora ela continue chamando Shin de 'Shin' e não de pai de novo, mas eu não tive coragem de desencorajar tamanha grandeza.  —  Taehyung suspira feliz, ele expressou seu apoio sobre o nome na primeira vez que Yuji o chamou assim, mas Jimin não quer que Shin tenha outra coisa para culpar ele (JM).

— Ok. — Ele ri fracamente. — Obrigado de novo, Tae. Eu devo para sempre a você por suas incríveis habilidades de melhor amigo.

— Ah, não mencione isso! Na verdade, só estou tentando convencê-lo a fazer um convite para a festa de aniversário dela.

Jimin ri, ambos sabem muito bem que Taehyung estará atuando como suporte de vida de Jimin nessa festa. Não é que ele não ame o aniversário de Yuji, na verdade é seu dia favorito do ano. O que ele não irá gostar é da presença de Shin. Surpreendentemente, Jimin conseguiu evita-lo substancialmente nos últimos quatro meses. E o pensamento de encontrar Shin no aniversário de sua filha, ele bem-sucedido e com o homem com quem estava traindo em seu braço, e Jimin... bem Jimin sendo o que ele é agora, um criminoso?, não é uma perspectiva que lhe traz alegria.

Tae responde enquanto desce os degraus e segue para o carro.

— Embora, se você realmente quiser me pagar, continue a falar muito bem de mim e da minha bunda gorda quando estiver no telefone com seu irmão! — Ele sorri, falando como se esse fosse o assunto escolhido para cada conversa telefônica.

— Estou fechando a porta agora!  — Jimin responde com um sorriso brilhante, fechando a porta enquanto Tae continua a divagar sugestões de pontos de conversa. Aquelas que ele não usará. Assim que a porta é fechada Jimin solta uma risada, mas antes que um sorriso possa assumir todo o seu rosto algo chama sua atenção.

Um grande envelope marrom está no final da longa mesa na entrada, seu nome na frente em negrito. Seu coração aperta com a chegada. Sabendo exatamente o que é, ele dá um passo à frente e o abre, não permitindo que o atormente nem mais um momento.

Papel de divórcio.

Ele os esperava, desde aquele dia. Foi uma das primeiras coisas que Shin gritou na cara dele com raiva, com a mão segurando um telefone no ouvido enquanto chamava a polícia. Ele gritou uma sinfonia de coisas, confessou o caso totalmente na frente de ouvidos indiscretos e alguns olhos compassivos. E, enquanto Jimin apenas assistia a vida desmoronando com uma audiência, Shin gritou que estava transando com seu secretário há três anos e estava apaixonado por ele há dois.

E naquele momento, Jimin percebeu que odiava Shin por todos os cinco anos em que estiveram casados e talvez os dois anos em que namoraram antes disso. Em um piscar de olhos, ele passou de marido amoroso, atencioso e perfeito para um Jimin zangado, quebrado e perdido.

A única coisa que ele tem certeza é que ele é um bom pai e não há nada que ele não faça por Yuji. Ele morará na mesma casa em que flagrou seu marido o traindo, será olhado com desprezo ao passar por vizinhos que testemunharam a queda de seu casamento e até será civilizado com Shin, porque quer dar a sua filha alguma coisa, ele quer que ela seja feliz mesmo que essa opção não esteja mais disponível para ele.

Então, quando os olhos de Jimin percorrem os papéis que acabará com seu casamento, ele sente um misto de emoções. Seu corpo cai contra a parede e desliza até sentir o chão embaixo dele e desistir de se sustentar.

Parte de Jimin está com raiva por ter sido Shin quem os enviou, ele queria a justiça e a felicidade de entrar direto no escritório de Shin e colocá-los em sua mesa. Talvez até mesmo em seu rosto. Ele está irritado porque esses papéis significam que Shin irá seguir em frente com seu secretário enquanto ele está desesperadamente preso no lugar. E o fato de ele agora não ter nada, tudo porque ele deu tudo para Shin, é apenas sal na ferida bem trabalhada e profunda de cinco anos.

Principalmente, Jimin está chateado e com medo. Pelo que está por vir, as reuniões e partilhas de bens e a luta pela guarda da melhor coisa da sua vida.

E outra coisa, algo tão pequeno que mal é detectável, algo que deixa Jimin assustado e animado ao mesmo tempo. Alívio.


CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Estão gostando? Apesar de toda essa situação tensa inicial a fic será mais leve, sem muita angustia. Então espero que goste. Obrigada a todos que estão lendo, votando e comentando. Um abraço.

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