19. Yuji's birthday
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Jimin e Jungkook tiveram um momento íntimo e intenso. E nem foi sexo real. Eita nós... Vamos continuar a leitura
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Um beicinho proeminente gruda no rosto de Jungkook. Queixo na palma da mão e cotovelo na ilha de sua cozinha, ele olha por cima do balcão para o ômega parado do outro lado.
(Eles estão no apartamento de Jungkook)
O referido ômega está cuidadosamente colocando bolas saltitantes em sacos multicoloridos, sem sequer olhar para Jungkook. Ele cantarola, hesitando antes de pegar um pote de pirulitos e começar a dividi-los também. Ainda assim, nenhuma olhada no Alfa do lado oposto a ele, que tem olhos arregalados que se estreitam cada vez mais.
Quando Jimin coloca o último pirulito em uma doa sacos, ele olha para cima e Jungkook está embaraçosamente ansioso por atenção. No entanto, Jimin olha de volta para baixo.
O biquinho cresce.
— Nós realmente não vamos falar sobre isso? — Jungkook finalmente cede, observando os movimentos de Jimin não pararem.
— Sobre o que? — Jimin sabe exatamente o quê.
Em vez de responder à pergunta, Jungkook revira os olhos, a cabeça caindo ainda mais na palma da mão enquanto choraminga em voz baixa.
— Não acredito que você não me deixou te comer ou tomar banho com você.
Com o biquinho adoravelmente errado no rosto de Jungkook, você pensaria que ele estava reclamando de algo mundano, algo que não fosse Jimin tomando banho sozinho.
— Nós realmente vamos falar sobre a noite passada sobre as sacos de festa? — Jimin brinca com Jungkook, finalmente dando a ele um pouco da atenção que ele deseja. Quando o alfa não mostra sinais de vergonha ou tenta mudar de assunto, seus olhos apenas desejando que Jimin se explique, o ômega continua revirando os olhos. — De qualquer maneira, você não deveria estar usando sua boca para falar agora. — Ele pega um balão roxo do balcão e o segura na frente de Jungkook. — Você deveria estar enchendo balões.
A carranca que aparece no rosto de Jungkook quase faz Jimin sorri. Como o alfa é tão adorável? Ele sempre foi tão adorável assim?
Resmungando e olhando para baixo, Jungkook fala através de seu beicinho.
— Minha boca poderia estar fazendo coisas ainda melhores.
— Pare de ser um pirralho. — Jimin repreende, embora sua voz seja leve e quase carinhosa. Jimin estende a mão que não segura o balão e levanta o queixo de Jungkook, puxando levemente sua mandíbula para que sua boca se abra facilmente. Então ele coloca o balão murcho entre os lábios de Jungkook, deixando o alfa morder em volta dele. — Agora sopre. — Ele instrui, liberando o alfa e voltando para sua própria tarefa.
Obedientemente, Jungkook enche o balão, mas assim que ele é amarrado, seu choramingo recomeça. Desta vez, ele se levanta e vai para o lado de Jimin. Ele observa o ômega com atenção, ele o observa inclinar a cabeça em pensamento, ele observa a maneira que os lábios carnudos de Jimin naturalmente formam um beicinho, ele ouve a maneira suave que Jimin conta cada item que coloca nos sacos. E ele não consegue acreditar que teve permissão para estar com ele na noite passada. Mesmo agora, com Jimin perto, parece surreal saber que eles estiveram ainda mais próximos apenas algumas horas atrás.
Em um momento de puro êxtase, preso nos belos hábitos de Jimin e em suas próprias memórias, Jungkook dá um passo para trás de Jimin e cuidadosamente desliza seus braços em volta da cintura do ômega. Descansando o queixo no ombro de Jimin e pressionando seu estômago nas costas dele, Jungkook suspira feliz.
Sem o conhecimento de Jungkook, um sorriso cobre o rosto de Jimin. O abraço é tão caloroso e natural que Jimin não pode deixar de se derreter nos braços de Jungkook.
— Pêssego... — Ele chama e Jimin cantarola, borboletas explodindo em seu estômago, é difícil se concentrar em qualquer outra coisa. — Eu quero tocar em você de novo. — Jimin fica tenso em seus braços, e Jungkook quase consegue sentir a eletricidade que começa a pulsar em suas veias. — Eu quero tocar mais em você... e eu quero tanto te beijar.
Fica claro naquele momento que ambos compartilham o mesmo pensamento, que é a coisa mais frustrante do mundo que nenhum deles sabe como é os labios do outro contra seus próprios lábios.
A respiração de Jimin desacelera. Ele para de colocar os brinquedos nas sacolas, não se importando com nada além da sensação dos braços de Jungkook em volta de sua cintura e o cheiro do alfa tomando conta dele. Ele imagina sobre como seria sempre sentir o cheiro do alfa em sua pele, e então lentamente vira a cabeça para encará-lo.
— Papai! Papai!
Jimin vira a cabeça, olhando para frente novamente, e Jungkook mergulha para trás. Eles estão sem fôlego como se alguém tivesse jogado um balde de água gelada neles, mas sua pele está quentes.
— S-sim, Yuyu? — Jimin pergunta, tendo que balançar a cabeça para voltar à realidade.
Atrás dele, Jungkook parece incrivelmente envergonhado, as mãos enfiadas nos bolsos como se isso fosse apagar o fato de que elas estavam ao redor do corpo de Jimin.
Uma vez que Jimin é plantado de volta à realidade o mais firmemente possível, já que ele ainda pode sentir o cheiro de menta em suas roupas, ele percebe o por que Yuji está tão animada.
— Oh! — Apoiando-se no balcão, ele observa a garota se virar. — Você está linda, Yuyu!
Ela sorri feliz, suas bochechas subindo até seus olhos desaparecerem. Ela pula para cima e para baixo enquanto Jimin e Jungkook observam seu cabelo, agora rosa, também saltar para cima e para baixo com o movimento.
— Você está tão bonita! — Os braços de Jungkook estão de repente ao redor de Jimin mais uma vez, embora desta vez eles enjaule o corpo do ômega, suas grandes mãos apoiadas no balcão.
Jimin pode sentir o peito largo do alfa em suas costas. Ele fica tenso entre os braços, mas algo dentro dele lhe diz para relaxar, inclinar-se para trás, até mesmo se virar e ser o único a puxar Jungkook para mais perto. Em vez disso, ele fica dolorosamente parado, preocupado com as repercussões de mostrar afeto a Jungkook na frente de qualquer pessoa, principalmente Yuji. Isso tornaria tudo muito sério. Significaria que, em vez de apenas doer para beijar Jungkook e aproveitar a sensação, ele teria que enfrentar as razões pelas quais queria beijá-lo. E então ele teria que discutir esses sentimentos.
— Taehyungie diz que é a sua vez papai. — Yuji anuncia enquanto luta para subir em um dos banquinhos no balcão da cozinha. Uma vez que se senta, ela lentamente gira.
Jimin aproveita a desculpa para fugir, ele se abaixa e caminha por baixo do braço de Jungkook, quase correndo em direção ao banheiro onde Taehyung está realizando o desejo de Yuji de todos eles pintem os cabelos. Embora Jimin tenha escolhido uma tintura lavável, para grande decepção de Yuji.
— Borboleta?
Jungkook tira os olhos da figura de Jimin se afastando, colocando-os em Yuji com um sorriso. Então ele decide liberar um pouco do tempo de Jimin para propósitos completamente inocentes terminando as sacolas de presente.
Separando os diferentes itens, ele responde:
— Sim, Lagarta?
A garota cantarola, calma e impassível enquanto balança de um lado para o outro no banquinho. E então...
— Você ama meu papai?
Engasgando e pego de surpresa, Jungkook tenta o seu melhor para dissecar completamente esta situação e seu comportamento que levou a este momento. Assim que ele está começando a respirar novamente, Yuji simplesmente continua.
— Você vai se casar? Você vai ser meu papai também? — Agora seus olhos se arregalam, assim como os de Jungkook. — Podemos nos mudar?
— Woah, woah, Lagarta. — Erguendo as mãos, Jungkook faz o possível para interromper Yuji e parar o repentino avalanche de perguntas.
Jungkook pode vê-la fisicamente tentando ao máximo não fazer outra pergunta. Mas ela finalmente cede, com os olhos arregalados enquanto questiona:
— Posso perguntar só mais uma?
Jungkook suspira, porque não exite nenhuma maneira no mundo dele dizer não para aquele rosto. Ele assente.
Ela sorri em realização, então se inclina para frente.
— P-posso ficar com o quarto com as pelúcias?
Um sorriso instantâneo floresce no rosto de Jungkook. Apesar de sua mente disparar, o fato de Yuji ter visto um dos quartos vagos em que ele guarda uma abundância de pelúcias que ganhou dos fãs enquanto explorava a casa mais cedo é totalmente cativante. Ele olha para os olhos brilhantes e esperançosos de Yuji e mais uma vez não consegue refutá-la.
— B-bem... hum... claro. — Sorrindo, ele decide sobre o quarto. — Você pode ficar com aquele quarto, Lagarta.
— Sério? Yay! Esta casa é tão, tão divertida, Borboleta! — Ela salta o máximo que pode em seu banquinho. — Você sabia que podemos ver um parque da janela?
Rindo da fofura de Yuji, ele assente. E enquanto Yuji sorri alegremente, Jungkook sente seu coração inchar no peito. A princípio, ele deu o quarto a Yuji apenas por causa de seu beicinho, sem nenhum peso real por trás disso. Mas agora, com o sorriso dela, Jungkook começa a se perguntar quanto significado ele poderia dar a essa declaração.
— Eu e o papai não vamos nos casar, gracinha. — Jungkook se apoia no balcão, conversando com Yuji apropriadamente. — E eu não tenho certeza de como papai se sente sobre mim, mas... — Mesmo que Yuji esteja apenas a algumas horas de completar cinco anos, Jungkook imagina que até ela consegue ver o quanto ele gosta de Jimin pela maneira como seus olhos brilham involuntariamente. — Mas eu realmente, realmente, realmente, realmente gosto dele.
— Isso é um monte de realmente. — Yuji ri.
— Isso é. — Jungkook sorri, totalmente extasiado com quantos realmente seriam necessários para encapsular completamente seus sentimentos. — E eu já tenho apelido, Lagarta. — Jungkook responde a outra de suas perguntas, franzindo o nariz de brincadeira enquanto o faz. O sorriso no rosto dela diz ao alfa que isso a satisfaz o suficiente por enquanto. Por trás de seu amor pelo apelido, Jungkook se pergunta brevemente como seria ter outro termo para Yuji usar com ele. Um que o fizesse se sentir parte dela e do mundo de Jimin um pouco mais.
— E a minha outra pergunta?
Com um brilho malicioso piscando atrás de seus olhos, Jungkook começa.
— Talvez eu veja o que posso fazer sobre isso.
Yuji começa a sorrir incontrolavelmente, mas logo se distrai quando uma voz surge atrás dela.
— Sobre o que vocês dois estão rindo?
Tomando a paz como garantida, Jungkook se vira e encontra Jimin com cabelo laranja. Mas antes que ele tenha tempo de engasgar com aquela visão gloriosa, está engasgando com as palavras de Yuji.
— Borboleta disse que te ama, papai! — Yuji sorri inocentemente, sem saber da intensa estranheza que toma conta dos dois homens na cozinha.
— Ele disse... ele disse o quê?
Com olhos arregalados, Jungkook corre ao redor do balcão até Yuji, pegando a garota e lentamente dando um passo para trás. Uma risada, que não contém nenhuma diversão, sai de sua boca.
— Eu não... ela não... — Os olhos de Jungkook olham para qualquer lugar, menos para Jimin, e seus pés lentamente recuam para onde ele sabe que há uma fuga. — Eu disse que gosto de vo...!
Jimin limpa a garganta para interromper a palavra que estava prestes a sair dos lábios de Jungkook. Ele observa enquanto o homem se interrompe, sorrindo ainda mais desajeitadamente antes de apertar Yuji com mais força e dar passos maiores para trás.
— Eu e Yuji realmente deveríamos... — Jungkook vasculha seu cérebro para achar qualquer coisa, qualquer desculpa é menos dolorosa do que olhar para a expressão confusa e definitivamente divertida de Jimin.
— Ir para o meu quarto? — Yuji oferece, e Jungkook não tem certeza se isso torna a coisa pior ou mais administrável. Por um lado, é qualquer desculpa para ir embora, por outro, parece que ele estava dizendo a Yuji que está apaixonado pelo papai dela e então deu a ela um quarto em sua casa como um louco.
— Yuji tem um quarto aqui agora? — Jimin pergunta, tentando o seu melhor para resistir a um sorriso.
— E você e a Borboleta podem continuar compartilhando aqui, papai! — Yuji sorri brilhantemente, animada como sempre por ela poder ficar aqui.
Nisso Jimin começa a corar, mas não tanto quanto Jungkook.
Rindo desajeitadamente, Jungkook acena com a mão e murmura:
— Ela é... ela é louca, não dê ouvidos a ela. — Com isso, Jungkook está saindo com Yuji para fora da sala e deixando Jimin se perguntando o que diabos está acontecendo.
Apesar de sua confusão, quando seus olhos se desviam para o balcão e descobre que Jungkook havia terminado os sacos de presentes para ele, Jimin começa a sentir aquela sensação estranha novamente. Aquela em que seu coração incha e então aperta tanto que ele teme desmaiar. Não, Jungkook definitivamente não era tão adorável antes.
[...]
Yuji está praticamente zumbindo. Jungkook agora a conhece o suficiente para saber que Yuji sempre carrega algum tipo de movimento, ou ela está balançando ou saltando ou simplesmente correndo ao redor dele. Mas hoje parece muito diferente.
Desde que ele acordou com um guincho e depois com as notas leves e arejadas da risada de Jimin, ele soube que hoje seria cheio de emoção. E isso o deixa inimaginavelmente feliz em saber que ele faz parte disso, em saber que também está sendo realizado em sua casa.
Agora, Yuji está na porta da frente esperando por seus primeiros convidados em seu vestido de verão amarelo, com pequenas margaridas brancas e cabelo rosa brilhante. Metade de seu cabelo está preso em um rabo de cavalo, com uma presilha de margarida prendendo-o no lugar e a outra metade está solta em volta dos ombros. Jungkook argumentou que poderia fazer o cabelo de Yuji, mas Jimin insistiu que não. Jungkook não se importou, porém, isso apenas significava que ele poderia surpreendê-lo mais tarde.
Ele faz o seu melhor trabalho para superar qualquer colapso mental que teve antes na frente de Jimin. Embora seja difícil quando Jimin se parece com ele hoje. O ômega usa jeans justos que destacam o quão grossas são suas coxas e bunda, e uma blusa branca que expõe sua clavícula e pele macia. Demora dez minutos para Jungkook ser capaz de pensar novamente depois que Jimin aparece. Ele não conseguia parar de pensar em como aquele corpo esteve embaixo dele na noite passada. Aquelas coxas foi a causa de seu orgasmo e aquelas clavículas é o epítome de suas frustrações, ele quer tanto beijá-las, lambê-las, marcá-las. É como se a própria aura de Jimin fosse moldada para mexer com a psique de Jungkook, cada parte dele parece feita à mão para o prazer.
— Kook?
Eles estiveram tão perto ontem à noite, ele estava sobrecarregado com Jimin, o ômega estava em suas mãos, em sua pele, e ainda, ainda não estava perto o suficiente. Seu corpo doia por saber que Jimin estava tão perto, mas ele não podia estender as mãos, envolver suas coxas e puxá-lo para perto. Beijar sua clavícula, seu pescoço e, finalmente, finalmente beijar seus lábios.
— Jungkook!
— S-sim. — Jungkook quase engasga com a velocidade violenta com que é tirado de seus pensamentos. Ele se sente quente, exposto, confuso e...
— Você está fazendo isso de propósito? — Jimin pergunta com uma inclinação de cabeça.
— Fazendo o que de propósito? — Jungkook responde inocentemente, deixando seus olhos se arregalarem e sua postura se endireitar.
Levantando uma sobrancelha, Jimin dá uma olhada no alfa. Enquanto os olhos do ômega percorrem o corpo de Jungkook, este sente um arrepio percorrer seu corpo com o movimento. Então, Jimin desvia os olhos, removendo todo o calor do corpo de Jungkook. Jimin simplesmente dá de ombros, parecendo indiferente ao dizer "nada".
De repente, o mesmo sentimento desta manhã toma conta de Jungkook, algo sobre Jimin faz o alfa carente de atenção.
— Não, apenas me diga. — Jungkook argumenta, e Jimin pode ouvir o beicinho em seu tom.
— Não é nada. — Por que ele simplesmente não conta a Jungkook? Por que ele está gostando de saber que Jungkook quer tanto sua atenção?
Não há resposta, e Jimin está muito ocupado observando Yuji vigiar a porta para ver o alfa. Jungkook realmente perdeu o interesse tão facilmente?
— Ômega, por favor?
Desta vez, quando ele ouve Jungkook falar novamente, é baixo e perto de sua orelha, um hálito quente fazendo cócegas em sua orelha. A presença do alfa é grande atrás dele, ele roça o braço de vez em quando.
A palavra ômega agora soa tão familiar na língua de Jungkook que deixa Jimin queimando. O nome parece pertencer a eles, aos lábios de Jungkook.
— Você está me olhando assim de propósito. — Jimin cede, sua voz soando distante e seu corpo rígido, seus braços cruzados sobre o peito.
Ainda assim, não é o suficiente para Jungkook. O alfa se pressiona mais perto das costas de Jimin, e deixa suas mãos correrem ao longo dos braços do ômega com muito cuidado, apenas o suficiente para deixar Jimin louco querendo mais.
— Como estou olhando para você? — A respiração quente mais uma vez provoca sua pele, mas Jimin não apenas sente atrás da orelha, ele sente isso em todos os lugares. Então, quando as pontas suaves dos dedos de Jungkook chegam ao cotovelo de Jimin, desta vez eles não sobem pelo braço novamente, mas continuam a descer. Eles roçam os lados de Jimin e, em seguida, cuidadosamente encaixam na depressão da sua cintura, deslizando sobre sua camisa até que haja mais pressão, até que Jimin esteja cheio de imagens de Jungkook agarrando sua cintura e puxando-o para trás.
— Assim. — Jimin está sem fôlego quando as palavras saem de sua boca. Apesar de todos os pensamentos racionais avisando-o do contrário, ele vira a cabeça para a mesma visão em que vinha caindo há semanas. Ele se agarra desesperadamente ao ar, esperando que isso o mantenha flutuando, esperando que eventualmente encha seus pulmões novamente. — Como se você me quisesse.
— Eu quero você. Eu preciso de você. — Todo o ar é arrancado de Jimin, sua cabeça tonta e seus joelhos fracos. Tudo o que ele sabe é que Jungkook é a única fonte de vida viável ao seu alcance e, naturalmente, ele se apoia nele como salvador.
Jimin jura que está hipnotizado. Seu corpo se aproxima e sua mente fica obcecada com o pensamento de Jungkook, a sensação de suas grandes mãos em sua cintura e o peito duro em suas costas. O cheiro de hortelã-pimenta e fogueiras o afoga, tornando-se rapidamente seu cheiro favorito. Ao se aproximar, ele sente seu próprio cheiro em Jungkook e quase desmaia com o quão fraco isso o deixa.
Então, seu corpo volta à realidade, sendo arrancado das profundezas da hipnose. Seu corpo salta para longe, insatisfeito e desejando mais. Jimin congela, um barulho forte atrás dele, enquanto Jungkook, com as mãos ainda na cintura, suspira e volta a fazer beicinho.
— Parece que temos convidados. — Ele fala com uma decepção que faz Jimin resistir a um sorriso. Não há como ele estar se sentindo tonto porque Jungkook estava obviamente tentando beijá-lo. Sem chance.
Jungkook solta a cintura de Jimin e começa a caminhar em direção à porta, onde Yuji agora está pulando alegremente para cima e para baixo, chamando-os. No entanto, antes de chegar perto da porta, Jungkook se vira e encara Jimin com uma intensidade tão repentina que deixa o ômega sem palavras.
— Eu não vou parar de olhar para você desse jeito. Nunca. — Sua ousadia de Jungkook acaba e ele se vira, orgulhoso de si mesmo por admitir isso e feliz por estar um passo mais perto de falar com Jimin sobre a noite passada e descobrir o que isso significa.
Jimin, por outro lado, está em total angústia emocional e física, a voz em sua cabeça na qual ele se apoiava para pedir conselhos parece estar em chamas e para piorar a situação, agora ele observa Yuji e Jungkook abrirem a porta e convidarem os amigos da garota e seus pais para dentro. E como se de repente ele fosse empurrado para o futuro, para sua vida com Jungkook. Em flertes e confissões e festas infantis e viver juntos e ser uma família e...
Jimin respira fundo e fica surpreso ao perceber como é fácil. Sua mente e corpo estão em chamas, mas enquanto ele passa por essas coisas em sua cabeça, apesar de algumas ainda o deixar quente, Jimin fica tão agradavelmente e terrivelmente surpreso ao perceber que não se importa com essas coisas. Na verdade, ele quase as antecipa.
A ideia de eventos familiares sempre foi algo para causar estresse a Jimin. Era a possível decepção de Shin não conseguir participar ou era a raiva por Shin, de fato, não conseguir participar. Era a culpa de contar com a ajuda de Taehyung e Yoongi e se perguntar se Yuji estava realmente feliz apenas por tê-los ali e não por Shin também. Era um lembrete constante de que Jimin estava apenas se apegando à família perfeita.
Mas agora. Bem, agora não parece tão assustador e estressante quando ele assiste Jungkook cumprimentar os pais e guiar crianças de cinco anos para sua casa, Yuji sorrindo e abraçando a perna de Jungkook antes de sair correndo. Agora parece confuso e inesperado, mas perfeito.
— Pêssego? — Jungkook olha para trás, chamando a atenção de Jimin. — A mãe de Bea quer saber quando ela deve vim buscá-la?
Um sorriso aparece no rosto de Jimin, e não porque ele está fingindo para os pais. Ele caminha para frente, ficando ao lado de Jungkook e encarando três mães das crianças que haviam acabado de chegar. Com sua chegada, todas elas dão sorrisos brilhantes e inquisitivos.
— Olá, Sandra. — Jimin cumprimenta a mãe de Bea, depois se vira para as outras duas mulheres, sorrindo. — Lilly, Penélope.
Jimin não se tornou amigo de nenhum dos pais dos colegas de classe de Yuji, mas todos se conheciam bem o suficiente por anos de festas e reuniões escolares. Eles pareciam saber o suficiente sobre a vida um do outro para se entregar à menor fofoca e ficar com um pouco de ciúme quando eram vistos com novos e bonitos alfas.
— Vocês podem ficar se quiser, se não, a festa deve acabar por volta das quatro. — Ele informa e ao terminar observa como todas escolhem a primeira opção.
— Por que não ficar? — Penelope pergunta, colocando uma mecha de cabelo castanho atrás da orelha. — Eu adoraria conversar, Jimin.
— Não tínhamos ideia de que você era amigo de... — Lilly fica um pouco tímida, os olhos mal encontrando os de Jungkook. Se não era óbvio antes, certamente é agora.
— O homem mais bonito do mundo? — Jimin oferece prestativamente, lembrando o título que tanto o próprio homem quanto Tae haviam lamentado cerca de cem vezes para ele.
Rindo, todas as três mães assentem.
Jungkook se sente um pouco arrogante ao lado de Jimin, não por causa das mulheres, mas por causa da introdução que seu ômega havia encontrado. Sem sequer pensar duas vezes, ele passa o braço frouxamente em volta da cintura de Jimin. Todas notam a adição, as mulheres levantando as sobrancelhas curiosas e Jimin quase desmaiando com o acúmulo dos eventos de hoje.
— Então, bem-vindas... — Jungkook começa, dando um passo para trás e puxando Jimin com ele. — Nós mudamos todos os móveis para o nosso quarto. — Os olhos de Jimin se arregalam, a insinuação é tão clara que ele quase engasga. — Então não há muitos lugares para sentar, mas há alguns bancos na ilha da cozinha. — Jungkook aponta para o local, fechando a porta cuidadosamente atrás deles e tendo tanta confiança que Jimin não sabe se fica impressionado ou o soca.
— Você tem um apartamento maravilhoso! — Sandra elogia, todas elas rasgando o local com os olhos, olhando desde os quadros na parede até o armário de troféus. Quando seus olhos pousam em Jungkook e Jimin, uma coisa pode ser vista em seus olhares: inveja.
Jimin odeia dizer isso, mas gosta dessa visão. Ele gosta de saber que é ele quem Jungkook está tocando. Que apesar de tudo desmoronar em sua vida agora, Jungkook o quer.
— Eu vou verificar as crianças, assim vocês podem conversar. — Jungkook diz muito gentilmente. Então, antes que as mulheres possam questioná-lo ou Jimin possa se mover, Jungkook o puxa para mais perto e o beija na têmpora. Muito tempo para ser considerado platônico.
Apesar de seus sentimentos anteriores, Jimin também decide que Jungkook é um pesadelo. Assim que o alfa o solta e caminha em direção às crianças, Jimin agarra seu pulso, um sorriso excessivamente agradável se formando em seu rosto, e encara as três mulheres.
— Na verdade, já volto. Só preciso do Kook emprestado por um momento.
Arrastando Jungkook pelos corredores, Jimin o leva para o quarto do alfa e fecha a porta atrás deles. Ele solta o pulso do mais novo e cruza os braços à sua frente.
— Queria ficar sozinho comigo, hein? — Jungkook sorri, dando um passo à frente apenas para ser parado por Jimin estendendo o braço e colocando a mão em seu peito para mantê-lo à distância.
— Jungkook, onde estamos agora? — Jimin pergunta, ignorando o alfa e agora sendo recebido com uma expressão confusa.
Respondendo lentamente porque a resposta é tão óbvia que Jungkook se pergunta se está perdendo alguma coisa, ele diz:
— Meu quarto?
— Exatamente. — Jimin enuncia, deixando sua mão cair do peito de Jungkook. — Seu. — Ele diz novamente para garantir que Jungkook o ouça claramente. — Não nosso. — Jimin move as mãos entre eles para indicar ainda mais.
— Ohhhh. — Jungkook assente, entendendo o motivo das sobrancelhas estreitas de Jimin. — Isso foi apenas para o caso delas serem perseguidoras loucas, Pêssego.
— O que? — Jimin franze o rosto em confusão, não esperando que a conversa seguisse esse rumo.
— Eu não esperava que nenhum dos pais me conhecesse, quero dizer, eu pensei que eles seriam todos velhos e fora de contato com a realidade... como você. — Jungkook brinca com Jimin, que simplesmente resiste a um sorriso enquanto o alfa se aproxima. — Então eu apenas fingi que estamos juntos para impedir que elas persigam, você sabe. Na maioria das vezes as pessoas me deixam em paz se pensam que estou com alguém.
Jungkook dá de ombros como se fosse normal e Jimin sente uma pontada de preocupação, imaginando se Jungkook sabe por experiência própria como algumas pessoas podem ser perseguidoras. Ele nunca havia considerado alguns dos pais reconhecendo Jungkook ou o que isso poderia significar e de repente se sente culpado por colocar Jungkook nessa posição.
— Sinto muito, Kookie, não pensei em você estaria em perigo, eu nunca deveria ter...
— Pêssego, não se preocupe. — Jungkook alcança as mãos de Jimin, sem sinais de provocação enquanto envolve os dedos longos em torno dos pequenos dele. — Eu ofereci, não foi? E estou feliz por ter feito isso. — Um pequeno sorriso aparece no rosto de Jimin e Jungkook sente um sentimento de orgulho por saber que ele o colocou ali. — Além disso, se algo der errado, você terá que me comprar um novo apartamento.
Jungkook dá de ombros, sorrindo descaradamente e fazendo Jimin gargalhar. O ômega cai para frente em seu peito e Jungkook jura que nunca se sentiu mais feliz do que neste momento.
Quando Jimin recupera o equilíbrio, Jungkook pergunta com cuidado.
— Então, quer voltar lá e me deixar pegar sua bunda para minha proteção?
Revirando os olhos e soltando um escárnio divertido, Jimin solta apenas uma das mãos de Jungkook e começa a arrastá-lo de volta para a porta. Jungkook considera isso uma vitória. Antes que Jimin possa sair completamente do quarto, ele se vira para o alfa e dá de ombros, sua própria ousadia correndo em suas veias quando acrescenta:
— Talvez um tapa.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Jikook vai me matar com tanta doçura. Sério. Amo demais.
Espero que estejam comigo ainda. E que estejam surtando como eu. Obrigada a todos.
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