15. Provocation

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Jimin finalmente admitiu seu sentimento por Jungkook, seja em coreano, achando que Jungkook não entendia ou no inglês deixando claro que o alfa o excitou duas vezes. Como será no dia seguinte? Vamos descobrir.
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Familiarmente, quando Jungkook acorda, sua perna está jogada sobre o corpo de Jimin. Não é que ele faz isso intencionalmente, mas fica feliz em saber que mesmo dormindo seu corpo não resiste ao ômega. Ele fica ainda mais feliz em saber que Jimin o quer. E não apenas porque Jimin precisava tomar banho para limpar o slick que ele havia causado na noite passada, mas por causa da mão de Jimin, gentilmente, mas com firmeza, envolvendo sua coxa, prendendo-o no lugar.

— Hmm...  — Jungkook começa a acordar, esticando as costas e apertando os olhos com o brilho das luzes.  — Quando estivermos em minha casa, lembre-me de fechar as persianas para que eu possa dormir com você por mais tempo... ou fazer bom uso de você pela manhã também.

— Por que diabos eu dormiria na sua casa? — Jimin responde às divagações sonolentas de Jungkook, a voz abafada e interrompida pelo sono.

Com um sorriso aparecendo em seu rosto, já voltando a dormir, Jungkook responde.

— A mesma razão pela qual sua mão está subindo pela minha coxa agora.

Seja o sono deixando-o delirante ou qualquer joguinho que começou quando Jungkook chupou o dedo dele e Jimin mais tarde disse ao alfa que ele precisava se esforçar mais, Jimin percebe que na verdade está empurrando sua mão para cima.

— Talvez seja apenas para que eu possa bater em você em um lugar melhor.

Jungkook cantarola, o som sonolento e feliz bastante fofo para os ouvidos de Jimin. Ele próprio ainda está sonolento e sem pensar direito.

— Então certifique-se de fazer isso com força suficiente para deixar uma marca. Quero ser capaz de olhar para isso e pensar em você o dia todo.

Uma risada sonolenta escapa dos lábios de Jimin, sua mão lenta e gentilmente ainda se movendo em direção à bunda do alfa. Ele sabe que Jungkook não espera que ele realmente faça isso, sabe que o alfa está a segundos de dormir, e é isso que o faz realmente fazer isso.

Com uma mão forte, a palma da mão em concha levemente, Jimin levanta a mão e a leva de volta para a bunda desavisada de Jungkook o mais forte que consegue. Certamente deixando uma marca.

No entanto, o que Jimin esperava ser um grito de dor, acaba sendo um gemido abafado. O alfa definitivamente tentando escondê-lo assim que o gemido se torna mais ofegante e agudo.

O choque de Jimin rapidamente se transforma em realização. Aparentemente, nada mais poderia chocá-lo quando se tratava de Jungkook, especialmente sobre a dinâmica deles. Porque aqui estão eles, deitados na cama juntos e flertando sem parar, Jungkook com a perna sobre Jimin, choramingando por que o ômega deu um tapa em sua bunda, e tudo que Jimin consegue pensar é... eu quero fazer isso de novo.

[...]

Nenhum dos dois fala sobre o que havia acontecido pela manhã. Ou na noite anterior. Ou na tarde anterior. No entanto, eles não o ignoram. Deixam-no hesitar logo atrás de seus olhos, de seu toque, de suas palavras. Cada um deles provocando o assunto e tentando o outro a quebrar primeiro. Em vez de usar essa nova tensão como um ponto de estranheza ou uma desculpa para desacelerar, eles usam a tensão como um acelerador para o fogo que estão acendendo.

Esse fogo parece atingir outro pico em sua aula semanal de controle da raiva.

Apesar da falta de palavras para colocar um ao outro de joelhos, a mão na coxa de Jimin está quase resolvendo.

— Você está bem? — Jungkook baixa a voz, virando a cabeça para o lado, mas mantendo os olhos em Arthur na frente. Sua mão apertando.

A respiração de Jimin falha. Seus olhos também estão grudados em Arthur, tentando distantemente se convencer de que realmente deveria prestar atenção nessa aula.

— Estou ótimo.

Embora o que perder uma aula faria a longo prazo?

Jungkook dá um gemido de aprovação enquanto deixa sua mão deslizar mais alto, os dedos roçando a costura interna do jeans de Jimin.

— Eu acredito que todos estão praticando seus exercícios respiratórios? — Arthur sorri, sua habitual presença calmante enchendo a sala. Jimin acha que poderia usá-los agora. — Eu gostaria de falar sobre quaisquer melhorias que você notou. — Seus olhos vasculham a sala, algumas pessoas no círculo olhando para baixo em suas tentativas de não serem escolhidas. Então ele pousa em Jungkook. — Jungkook. Por que não compartilha como você tem controlado sua raiva?

— Umm... — Considerando que Jungkook não acha que tem muita raiva para controlar em primeiro lugar, ele não tem certeza de como responder a isso. Sem ter raiva, Jungkook inicialmente esperava perder seu bloqueio na escrita e seu bloqueio geral com essas aulas. Enquanto sua mão permanece na coxa de Jimin, o ômega que faz seu coração parar, e embora esteja no controle agora, ele tem certeza de que essas aulas o ajudaram em alguma coisa. — Pessoas. As pessoas têm me ajudado.

Jimin está muito ciente da óbvia mão em sua coxa, no modo como os olhos de todos se movem ao toque das palavras. Ele se prepara para revirar aos olhares, imaginando que Jungkook fará algum comentário ousado, descrevendo que a bunda dele (JM) tem sido a maior ajuda de todas.

— Eu não preciso ficar tão... zangado, — Jungkook substitui, — agora que tenho outras maneiras de passar meu tempo. — Um sorriso surge no rosto do alfa enquanto ele continua, sua mente vagando e a mão na coxa de Jimin se tornando mais suave, seu polegar acariciando os músculos. — É meio estranho... eu nem me lembro mais da última vez que fiquei com raiva... E nem faz tanto tempo. — Uma pequena risada escapa de seus lábios, e ele não percebe o jeito que Jimin sorri com a ação. — Mas é realmente incrível. — Erguendo o olhar de onde quer que ele tenha se desviado, Jungkook fala suavemente, embora a excitação transpareça em suas palavras. — Elas são incríveis.

Jungkook não sabe por que as palavras honestas haviam escapado tão fácil e alegremente de sua boca, mas elas escaparam e não havia como negá-las. Não que ele quisesse negá-las. Apesar da pequena quantidade de medo e nervos que pulam em seu coração, Jungkook quer dizer a todos o quão feliz ele está. Ele não consegue descrever a sensação. É como se ele tivesse se perdido, sem saber seu destino e de repente alguém estendesse a mão, guiando-o, possivelmente sem saber o destino também, mas pelo menos ele não está mais sozinho. Pelo menos ele está gostando da viagem.

Aqueles nervos, medos, por mais persistentes que sejam, parecem recuar quando ele sente uma mão em cima da sua. Só quando ele olha para o lado é que percebe que é Jimin, seus olhos voltados para a frente, mas sua pequena mão descansando na dele. Talvez ele não ficasse tão nervoso se não houvesse medo de rejeição.

— Uau... Jungkook, isso é incrível. — Arthur parece um pouco surpreso, como se não estivesse pronto para qualquer resposta que não fosse um clichê murmurado. — Estou muito orgulhoso de você por resolver seus problemas e encontrar uma saída apropriada. Uma saída que, em vez disso, te deixa feliz. — Arthur sorri para Jungkook e, embora o alfa saiba que Arthur está falando sobre outros assuntos, o elogio ainda é bom.

Enquanto Arthur continua a falar com uma garota beta, Jungkook saboreia o toque caloroso de Jimin, a pequena mão do ômega sobre a dele e a dele na coxa musculosa de Jimin.

Jimin, no entanto, não se concentra em nada além das palavras de Jungkook. O toque distrativo não é páreo para as palavras que acabaram de sair dos lábios de Jungkook.

Seria loucura pensar que ele é essa pessoa? Que Yuji está incluída também? Seria ainda mais louco ficar com ciúmes ao pensar que outra pessoa é a razão da felicidade do alfa?

Ele pensou que fosse provocação.

Jungkook, um Alfa, um Alfa jovem, atraente, solteiro e famoso, tem muitas opções.

Desde o segundo em que deixou Shin, Jimin não conseguiu ver nenhuma opção para si mesmo. No entanto, Yoongi disse a ele que era uma chance de se reaproximar dele mesmo, de seguir seu sonhos; Taehyung o encorajou a ficar com alguém novo, alguém melhor, e Jin garantiu que agora ele podia construir a vida que queria. Mas tudo que Jimin consegue ver é um caminho. Ele está perpetuamente cercado por Shin, não importa o quanto tente escapar. Porque ele tem que morar na casa de Shin, no bairro que Shin escolheu. Ele constantemente tem que ouvir as pessoas dizerem a ele que lamentam o fim de seu casamento ou que ficaram chocadas com o comportamento dele (JM). Ele dorme, come, respira e vive a mesma rotina, uma rotina que ele queria desesperadamente que fosse perfeita, mas que nunca correspondeu às suas expectativas.

Mais uma vez, Jimin se lembra de um pensamento que teve no dia em que encontrou Shin o traindo, 'qual era o sentido de buscar a perfeição quando isso o levava a uma vida que ele não gostava?'

Como uma bala em seu coração, Jimin pensa em como Jungkook é insano.

Jungkook é ansioso, infantil, provocador, adorável, imprudente e incrivelmente irritante às vezes. Pelo que ele tinha visto, Jungkook acordava tarde, ignorava o cronograma que Namjoon o importunou para seguir, quebrava muitos limites com estranhos, especificamente ele (JM), e não se importava com o que alguém pensava dele. No entanto, aqui está Jungkook, segurando a mão dele (JM) e declarando sua felicidade.

O Jimin de seis meses atrás teria decidido que não era nada perfeito, mas agora Jungkook parece a coisa mais perfeita do mundo.

Jimin aperta a mão sob a dele, a mão que ele havia alcançado enquanto seus pensamentos se misturavam e depois clareavam apenas para serem confusos novamente.

Quando ele pensa em Jungkook, seus pensamentos não são nem de longe perfeitos, eles são confusos e incoerentes e não oferecem nenhuma clareza, mas o fazem sentir. E isso é algo que sua antiga vida perfeita e intocada nunca fez.

No momento em que a sessão está chegando ao fim, Arthur agradecendo a todos por suas contribuições desejando-lhes um bom fim de semana, Jimin se sente um pouco mais confortável com o alfa ao seu lado.

— A propósito, onde está minha Lagarta? — Jungkook pergunta enquanto eles se levantam. Seu coração mucha em seu peito quando eles se levantam e suas mãos se separam, algo breve e desesperado nele esperava que seus dedos ficassem entrelaçados. — Quando fui trabalhar esta manhã, vocês dois tinham saído.

Jimin revira os olhos para si mesmo por amar o quão doméstico isso soa.

— Ela tinha que estar na escola esta manhã. — Jimin olha para Jungkook, o óbvio olhar dizendo que o alfa deveria ter imaginado isso. — Mas agora ela está no café do Tae. Ela foi para lá depois da escola para que eles pudessem começar algum trabalho que eles tinham que fazer. — Jimin responde casualmente.

Jungkook ri. Achando algo divertido na ideia de que Yuji tem que estar em algum lugar para trabalhar com apenas quatro anos de idade. Mas... Em vez de perguntar sobre o trabalho, ele pergunta sobre outra coisa que o deixou igualmente curioso.

— Tae?

Um sorriso surge nos lábios de Jimin.

— Ciúmes?

— Você sabe que eu estou com ciúmes. — Jungkook responde facilmente. Algo sobre a casualidade em seu tom faz Jimin parar e deixa suas bochechas mais rosadas. — E-então quem é ele?

Jimin brevemente imagina como seria divertido fugir da pergunta, talvez fazendo um comentário sugestivo sobre esse Tae misterioso. No entanto, quando ele vê a ousadia de Jungkook ser substituída por um pequeno beicinho, Jimin fica praticamente gaguejando sobre suas palavras para tranquilizá-lo.

— O ômega de alguns dias atrás.

— Oh. — Jungkook se acalma, ele nunca foi do tipo ciumento, mas algo sobre saber que Jimin confiava em outra pessoa com Yuji o deixou muito mais ansioso para saber quem ele era. — Aquele que obviamente está apaixonado por Yoongi?

Jimin solta uma risada, caminhando pelo saguão do hotel enquanto assente.

— Eu não entendo como Hyung é tão alheio.

— Por favor, — Jungkook revira os olhos exasperado, — uma vez eu vi alguém flertar com ele a noite toda em um clube, provavelmente por três horas, e então no final ele me disse que achava que a pessoa estava procurando um emprego. — É como se as palavras doessem fisicamente em Jungkook enquanto ele solta um gemido.

Jimin ri, não perdendo tempo antes de competir com sua própria história.

— Você acha que três horas é muito tempo? Eu tenho observado Tae flertar com ele por anos. — Jimin arrasta a última palavra, esperando que sua angústia seja visível em seu tom. — A quantidade de vezes que minha mãe apontou isso é honestamente preocupante.

O riso enche o ar enquanto eles caminham para fora, algo tão calmo e fácil com o jeito que eles vão e vem. Ocorre-lhes que esta é a conversa mais normal que eles tiveram até agora. Jimin curvado em sua risada, suas bochechas altas e seus olhos fechados de alegria. Da mesma maneira, todo o rosto de Jungkook é arrebatado com um sorriso que apenas cresce quando ele olha para Jimin. É bom. É mais do que bom.

Jungkook havia dirigido sozinho hoje, Namjoon confiando um pouco mais sobre ele poder vir sozinho depois de algumas semanas sem intercorrências. Enquanto caminha para o carro estacionado do lado de fora, ele observa Jimin segui-lo. E só quando o ômega alcança a maçaneta da porta que Jungkook olha para ele por cima do carro em confusão. Erguendo uma sobrancelha, ele silenciosamente pergunta o que o ômega está fazendo.

— Oh. — Depois de um momento de confusão com a própria confusão de Jungkook, Jimin simplesmente responde: — Estamos pegando Yuji.

Um escárnio sai dos lábios de Jungkook quando ele pergunta:

— Nós estamos?

— Bem, meu carro ainda não está consertado, e honestamente eu culpo você por isso. Então... parabéns! Você será meu motorista até que esteja pronto. — Com um sorriso, Jimin abre a porta que Jungkook havia destravado e entra sem dizer mais nada.

Enquanto Jungkook olha para o ponto em branco onde Jimin estava parado, um pensamento passa por sua mente. 'Jimin está realmente saindo de seu caminho para passar um tempo comigo?!' Certamente Jimin poderia ter pedido a qualquer outra pessoa para levá-lo, mas o ômega pediu a ele. Jungkook nunca se sentiu mais feliz do que agora.

Sentando no carro e ligando o motor, Jungkook casualmente coloca a mão no joelho de Jimin.

O ômega brinca com ele imediatamente, olhando para a mão em sua perna e depois para cima.

— O quê? Você não parecia se importar com isso um momento atrás. — Jungkook sorri, e apesar da ação se tornar mais cativante do que irritante, Jimin ainda tem vontade de limpar o sorriso de seu rosto.

— Um momento atrás estávamos em uma sala cheia de pessoas. — Em sua mente, Jimin pretendia que isso fosse mais ofensivo, que ele permitiu que o alfa fizesse isso por pena. No entanto, assim que as palavras saem de sua boca, Jimin sabe que Jungkook irá distorcê-las.

— Oh? Então isso era para todos os outros, hein? Você queria que todos pensassem que eu sou seu?

Jimin empurra o calor crescente em suas bochechas para refutar,

— Bem, não é? Você está desesperado o suficiente para definitivamente não pertencer a mais ninguém.

— Hmm... — O lábio inferior de Jungkook se projeta em sua boca, seus olhos passando pelo corpo de Jimin, — você parece pensar que isso é um insulto. — Com a mão ainda na coxa de Jimin e a outra levantada para tocar a bochecha do ômega, as costas da mão mal roçando a pele macia, ele diz. — Eu gosto de estar desesperado por você.

Jimin nunca ouviu algo assim antes. Ele sempre parecia ser o desesperado, nunca o desejado, desejado e necessário. Talvez seja isso que torna as tentativas de Jungkook tão convincentes. Talvez seja isso que faz Jimin continuar pressionando-o por mais.

— Então eu não deveria deixar você me tocar, hein? — Levantando uma sobrancelha, ele envolve os dedos ao redor do pulso de Jungkook, a ameaça de remover sua mão pairando sobre eles. — Já que você gosta de ficar desesperado... alfa.

Algo escuro brilha por trás dos olhos de Jungkook. Se Jimin se inclinasse perto o suficiente, ele imaginou que ouviria um rosnado baixo de Jungkook. A mão em sua coxa fica mais pesada e sua presença parece maior. Mas Jimin pode dizer, olhando para aqueles olhos escuros e profundos, que Jungkook não está reagindo simplesmente por ser chamado de alfa. Jungkook está reagindo a tudo. Ele está reagindo ao tom de Jimin, ao toque de Jimin, Jimin chamando-o de desesperado e Jimin chamando-o de alfa. É tão avassalador que Jungkook goste tanto, que seu prazer passa a ser de Jimin. Jimin quer ver aquele olhar novamente.

— Eu acho que você só está com medo de que fique demais para você e teremos que correr para casa primeiro para que você possa tomar banho rapidamente. — Jungkook cantarola, o tom baixo e provocador, mas há algo por baixo, uma sensação de esperança e desejo entre suas palavras, como se ele estivesse a segundos de implorar por mais, até exigir.

Jimin está longe demais para construir palavras, muito preso no olhar de Jungkook e na sensação de sua mão na coxa dele, então ele tira a mão do pulso de Jungkook e a coloca na própria coxa do alfa. Porém mais alto que a mão que o alfa colocou sobre ele.

Com a intensidade de uma vida inteira inundando seus olhos, tanta tensão crescendo, nenhum deles sabe que a represa ainda não havia rompido, é assim que eles permanecem. Brincando com a borda, empurrando levemente e provocando, não o suficiente para satisfazer nenhum dos dois, eles seguem para o café.
 
 
  

 
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Aaaaaaaa que porra de tensão é essa, pelo amor de Deus. Eu não aguento isso. Eu já teria pulado em Jungkook e kikado em sua anaconda. 🤭 OK. Parei

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