Capítulo 08 - Pregando uma Peça

10/02

— Por acaso o pai dela se chama Vladimir Spook?

— Sim. Você o conhece? — indagou surpresa com a aparente impossível coincidência.

— Nós estudamos juntos há muito tempo — seu pai pareceu animado.

— Sério? Será que a Taylor sabe? — Danny ainda estava achando aquilo muita coincidência – Porque ela nunca me falou nada...

— Talvez ele nem saiba que você é minha filha — ele suspirou — Que mundo pequeno! E a Clarisse, como vai?

— Eu nunca a conheci — respondeu Danny, com ar de tristeza pela sua amiga órfã de mãe tão cedo — Ela faleceu quando Taylor era mais nova.

Foi quando uma expressão estranha passou pelo olhar de Robert; ao mesmo tempo em que pareceu estar chocado com a notícia, foi como se já soubesse daquilo.

— Vladimir era tão apaixonado por ela — disfarçou ele — Então, como o treino acabou por hoje, estou pensando em tomar um banho...

Danny sabia que seu pai guardava muitos segredos e o período de apenas um dia era impossível para que ele se sentisse confortável para compartilhá-los com ela. Mas não gostava da ideia de saber apenas metade das coisas, principalmente coisas que a envolviam dessa maneira.

— Fique à vontade — ela o instruiu onde pegar toalhas limpas e qual dos banheiros usar — A propósito, teremos um plano de treino mesmo?

Robert começou a rir do pavor da filha.

— O plano é treinarmos quando der, o que acha disso?

— Ótimo plano — comemorou a garota enquanto subia as escadas.

Logo ela pegou seu celular, para contar as novidades para Taylor. Mandou mensagem perguntando se a amiga estaria online naquele momento. A resposta de Taylor chegou na mesma hora:

"Sempre, né?".

Danny riu e respondeu, também, imediatamente:

"Meu pai chegou! E já aprendi tanta coisa nessas poucas horinhas que acho que vou ficar louca! É muita informação para lidar! E agora meu pai disse que conhece o seu pai!!!".

"Calma, vai dar tudo certo".

E, como se tivesse lido a mensagem prestando mais atenção, mandou em seguida:

"Como assim??".

"Ele disse que estudaram juntos há muito tempo".

Taylor enviou como resposta muitas figurinhas de surpresa e concordou que aquilo tudo era muita loucura.

"O meu pai acabou de chegar", enviou ela. "Ainda bem que não demorou muito dessa vez, já não estava mais aguentando minha tia. Diz ele que foi procurar um amigo que não vê há tempos".

Danielle sabia que a tia de Taylor costumava ser muito rígida com coisas pequenas, como horário para dormir, o que comer e com quem a garota trocava mensagens.

"Qual é mesmo o nome de seu pai?", perguntou Taylor depois de um tempo. Danny tinha até aproveitado para fechar os olhos e dar uma descansada ali no sofá mesmo.

"Robert, por quê?"

"SABIA! Meu pai estava à procura dele. Acabou de me falar o nome desse amigo o qual foi procurar, então pensei que se tratava do seu pai, por causa sobrenome. Que loucura, não é?"

Danny franziu as sobrancelhas para o celular. Como o pai de Taylor poderia estar à procura de Robert se ele, teoricamente, estava morto?

Cada minuto novas lacunas eram formadas e seu pai parecia ter vindo apenas para formar mais delas e não para preenchê-las.

"Loucura mesmo", respondeu incerta. O que mais poderia dizer? "Amanhã você vai pirar com as coisas que eu estou aprendendo a fazer"

Duvidava que alguém pudesse pirar mais que ela.

Já era noite quando a mãe de Danielle chegou em casa, trazendo compras que denunciavam que já sabia que contavam agora com um novo morador. Afinal, desde quando sua mãe trazia comida para um batalhão?

— Boa noite, mãe — cumprimentou a garota, sem saber muito como agir. Não sabia como sua mãe reagiria à presença do marido depois de tantos anos. E era estranho estar perto dela tendo noção do que ela sempre soubera e nunca dividira com a filha.

— Boa noite, Danielle — respondeu a mãe, sempre muito formal, enquanto colocava as compras em cima da mesa da cozinha.— Até que foi bem produtivo, mas tenho certeza que o seu foi muito mais emocionante.

Danny apenas sorriu, tímida, mas louca para contar o que já era capaz de fazer. Antes que pudesse falar alguma coisa, Robert, que estava criando coragem para entrar na cozinha, finalmente apareceu:

— Boa noite, Victoria — sua voz era rouca, receosa. O tom de saudade era palpável.

Depois de ouvir o boa noite, Victoria virou-se em sua direção. Já sabia que ele estava ali desde que chegara na cidade, mensagens serviam para isso, mas vê-lo na sua frente era muito diferente. Os olhos brilharam de uma doce surpresa e se viu ficando paralisada. Sua filha havia perdido um pai, mas ela perdera por anos o amor de sua vida.

Quando finalmente conseguiu falar, sorria, mas não tinha saído do lugar:

— Robert, eu não tinha noção da saudade que eu estava de você até agora. Fica muito claro que as conversas por telefone e mensagens nunca foram o suficiente.

Depois disso, Robert cortou a distância entre eles e se abraçaram forte. Algumas lágrimas de Victoria molharam a camisa do marido, surpreendendo Danny que nunca tinha visto tanta emoção na mãe antes.

Tudo que Victoria sabia agora era que, depois de anos separados, tudo aquilo havia acabado. Poderiam ficar juntos novamente.

Danielle sabia que não deveria atrapalhar aquele momento, mas estava inconformada com uma das coisas que sua mãe havia dito.

— Mãe — chamou ela — Você mantinha contato com ele? Todo esse tempo?

Sem sair dos braços de Robert, sua mãe respondeu:

— Bem, filha, eu não podia simplesmente ficar sem notícias de seu pai — as lágrimas jorraram de seus olhos e ela nunca apareceu tão bonita — Eu o amo, não podia ficar aqui sem saber como ele estava.

— Está bem — Danny tentou relevar, deixar de lado essa parte de mentiras e omissões. Havia coisas mais importantes no momento — Ele vai ficar então?

— É claro que sim — sua mãe nem titubeou — Nós ainda nos amamos muito e agora podemos voltar a ser uma família — ela olhou carinhosamente para seu marido.

— É tudo que eu mais quero — respondeu Robert, segurando a mão de Victoria.

Danielle percebeu que estava sobrando. Seus pais tinham coisas a resolver entre eles, coisas de "adultos" e que sabia muito bem que não faria parte de nada daquilo, que, no final, acabariam escondendo coisas dela mesmo.

— Bem, — disse enquanto saía da cozinha, de fininho — Acho que vocês têm muito para conversar, então vou deixá-los a sós.

— Espera, Danny — chamou Victoria e filha parou à porta — Seu pai já te contou tudo?

— Sim, mãe — disse Danny, doida para sair dali de uma vez.

— Você já sabe fazer... — indagou Victoria fitando a filha. Queria saber até que parte da história ela já sabia.

— Já sei voar, atravessar as coisas e ficar invisível. — respondeu a garota com muita alegria, orgulhosa de si mesma — Vou tomar um banho e depois podemos jantar?

— Claro — disse Victoria.

Depois de Robert se instalar na sua nova casa, decidiram pedir uma pizza para comemorar a chegada dele. Ninguém queria perder tempo cozinhando quando havia tanta coisa para ser dita.

Apesar da felicidade de Danielle por ter seu pai para ajudá-la no que fosse preciso, nada tirava de sua cabeça que haviam muito segredos que ninguém parecia disposto a compartilhar com ela.

Tentava ao máximo relevar as mentiras sobre o pai estar vivo, mas sua mente insistia em pensar em como eles tiveram coragem de mentir a esse nível para ela, de privá-la de momentos em família com os três. Para ela, a história estava muito mal contada. Queria muito ver o lado bom daquilo tudo, que era o seu pai estar vivo e saber quem realmente ela era, porém, ficava igualmente difícil quando os pais simplesmente paravam de falar no meio de uma frase ao perceberem que estavam falando demais na frente dela.

Odiava isso.

E seu pai estava ali há apenas um dia.

Pensava no que poderia fazer, deitada em sua cama, horas mais tarde, finalmente sozinha com seus pensamentos, cansada demais para dormir. Cobriu a luz da lâmpada com as mãos em frente aos olhos, apenas para deixá-las invisíveis logo depois e ser capaz de ver a luz de novo, através da própria pele. Achava incrível o que via nos filmes, pessoas que conseguiam atravessar as coisas e voar, e nunca, nem em seus sonhos mais loucos, pensou que um dia seria uma delas.

Queria muito contar para todas as suas amigas, contar do que era capaz de fazer, que agora tinha seu pai bem ali ao lado dela, mas prometera contar apenas à Taylor, sua melhor amiga. Talvez nem todos pudessem entender o que acontecia com ela como a melhor amiga entenderia.

Mas será que acreditaria nela?


11/02

No outro dia, Danielle falou tudo para Taylor. Simplesmente jogou a história toda sobre Robert e sobre ela mesma na amiga ainda antes da aula, por causa da ansiedade em contar tudo.

Para Taylor, Danielle mentia descaradamente. Aquilo era irreal demais. Nada fazia sentido. Sua amiga tinha perdido a sanidade.

Completamente.

— Por acaso você quer uma prova? — perguntou Danny, ultrajada. Estava disposta a convencê-la.

Tendo a certeza que sua amiga não acreditaria facilmente nela – quem acreditaria? – já tinha preparado uma maneira de provar que tudo que falava era verdade.

— Sim, por favor — respondeu Taylor, fazendo a amiga revirar os olhos.

— Vamos ao banheiro.

Assim que Danielle terminou a frase, o sinal tocou e tiveram que ir para sala de aula, acabando por adiar "a prova" para o horário do almoço.

— Treine bem a mágica que você vai fazer, Danielle, porque ainda eu não acredito em você. Mesmo sendo muito amiga, isso que você falou é muito difícil de acreditar — avisou Taylor, quando se separaram para as suas respectivas salas.

— Já treinei bem. E são poderes ou habilidades, não mágicas — corrigiu Danielle dando um sorrisinho irônico.

Nas primeiras aulas, elas não ficavam na mesma sala. Na última aula antes do intervalo, sentaram lado a lado, mas cada uma ficou na sua. Porém, era evidente que Taylor estava curiosa em saber se tudo era mesmo verdade. Dava para ver seu nervosismo de longe.

No intervalo, como o combinado, foram ao banheiro. Estava cheio de garotas, o que deixou Danielle com pena delas, porque não queria assustar todo mundo e não era sempre que um fantasma visitava o banheiro feminino àquela hora do dia.

— Vai, Danielle, quero ver se você consegue — desafiou Taylor no ouvido da amiga. Sorria descrente.

Danny respirou fundo e entrou em uma das cabines privativas. Pegou um batom bem vermelho que ela não usava do bolso da sua jaqueta, que trouxera especialmente para aquilo; concentrou-se em ficar invisível e em deixar invisível o batom também. Rezou para continuar transparente, mais por precaução do que medo, porque confiava em seu treinamento e nas habilidades hereditárias. Ficou intangível e atravessou a porta. Foi até os espelhos, tomando cuidado para não tocar em ninguém até chegar ao seu objetivo. Taylor foi verificar se a amiga estava escondida na cabine, pois não havia saído ainda e já demorava demais. Danielle se olhou no espelho e não se viu, estava dando tudo certo. Abriu o batom e começou a escrever no espelho, deixando somente um pedaço do batom visível para que fosse possível escrever:

Saiam daqui agora!

Quando o daqui começou a ser escrito, metade das garotas já tinha ido embora correndo e gritando, e, quando o ponto de exclamação foi feito, somente Taylor ainda estava lá, sentada em uma das poltronas encostadas à parede; a amiga era a personificação do espanto, sentada com as pernas dobradas para em cima do sofá, enquanto as apertava forte com um dos braços, como se desejasse se proteger. A mão livre tapava a boca, contendo o mesmo grito das outras garotas.

Danielle aproximou-se dela, materializando-se ao seu lado:

— Agora você acredita em mim? — perguntou como quem diz "eu avisei".

Taylor fitou a amiga como se olhasse uma assombração, o que não estava tão longe assim da verdade. Estava extremamente pálida, olhando espantada e imóvel para amiga:

— Taylor, está tudo bem? — perguntou preocupada com ela, pois a amiga parecia, de fato, muito assustada. Não imaginava que Taylor fosse ter aquela reação. Na verdade, nunca pensou muito nessa parte. Só imaginou que a amiga acreditasse nela assim que contasse tudo.

Depois da pergunta, Taylor acordou do transe e tirou a mão da boca, colocando os pés de volta ao chão.

— Eu não acredito ainda! — desabafou por fim, esganiçada — Você é mesmo fantasma? Um fantasma vivo?

— Bem, sim, somos chamados assim.

Ficaram se encarando por algum tempo, até que Taylor pareceu estar prestes a chorar e se jogou na amiga, abraçando-a forte.

— Desculpa por não acreditar em você — ela realmente parecia arrependida e ainda teve a audácia de fazer a cara de cão sem dono que sempre fazia para ser desculpada sobre qualquer coisa.

— Claro que te desculpo — Danny retribuiu ao abraço — No seu lugar, eu também não acreditaria. Na verdade, ainda é difícil acreditar que esse tipo de coisa é real.

— Mas e aí, o que achou da brincadeira? — perguntou um tempo depois.

O rosto de Taylor se iluminou. Adorava uma brincadeira.

— Bem legal — respondeu dando risada — Saíram todas correndo!

— O melhor foi a cara delas!

Uma garota entrou e ficou parada na porta, incerta sobre entrar de vez ou não.

— Ele já foi? — perguntou ela tímida, parecia muito assustada.

— Quem? — indagaram Danny e Taylor ao mesmo tempo.

— O fantasma — a garota respondeu, olhando para todos os lados — Umas amigas me disseram que tinha um aqui.

As amigas trancaram o riso e se levantaram. Já estava na hora de comerem alguma coisa antes de voltar para a aula e o trabalho delas ali estava feito.

— Não ouvimos nada, acho que não nada aqui — disse Danielle em tom acolhedor.

— Então está bem. Obrigada — a garota suspirou de alívio e foi para uma das cabines.

Saindo do banheiro, Taylor disse preocupada:

— Danny, e o que você escreveu de batom no espelho? Ainda está lá!

— Pois é, esqueci de limpar! — respondeu Danny e se deu um tapinha na testa.

Começaram a rir, e Danielle prometeu a Taylor que nunca mais faria aquilo de novo. Nunca mais escrever coisas com batom no espelho ou assustar as pobres colegas inocentes.

Mais tarde, ao chegar em casa, Danielle treinou mais uma vez com o pai que já a esperava na porta. Era apenas o segundo dia de treinamento, mas já conseguira alcançar trinta centímetros voando. Atravessara também várias árvores e conseguiu ficar invisível mais rápido, sem tem que se concentrar muito.

Mas não contou ao pai sobre a brincadeira que havia feito na escola. Se ele mantinha segredos dela, estava tudo bem.

Ela também guardaria os dela.


12/02

Danielle foi almoçar na casa da Taylor depois de ter sido praticamente expulsa da própria casa por seus pais que pediram para ficarem sozinhos, já que a mãe estava de folga por causa do feriado. Queriam matar a saudade e essas coisas de casais. O pai de Taylor não estava em casa, como o habitual, mas já havia pedido comida mexicana para as garotas para que não precisassem cozinhar e poderem aproveitar o dia sem aula.

Enquanto comiam e conversavam, Danielle sentiu um arrepio em sua espinha, o que chamou sua atenção. Mas fora leve, como ela sempre sentia e que todo mundo já deve ter sentido na vida. Ficou surpresa com isso, agora que sabia o que arrepios poderiam significar.

Tay percebeu a expressão preocupada da amiga:

— O que foi? — perguntou.

— Senti um arrepio na espinha. Já sentiu? — perguntou.

— Sim, acho que todo mundo já sentiu — Taylor deu de ombros — Mas por que tanto espanto?

— Nada, não. Só me assustei, sabe, foi do nada — tentou desconversar para não assustar sua amiga e não parecer muito maluca.

— Normal.

Não, Taylor não pode ser também um fantasma. Foi somente um arrepio comum, pensou Danny. Porém, tinha um pressentimento de que a amiga era fantasma, embora queria dizer a si mesma que não passara de um arrepio normal. Não podia simplesmente sair por aí achando que todo mundo era um fantasma toda vez que sentisse um arrepio.

Tinha que parar com aquilo.

— Ah, Danny, eu quase esqueci — disse Taylor antes de dar uma mordida em um burrito. Aquelas pausas eram a cara da Taylor, só para fazer com que cada coisa que ela falasse parece muito mais importante. Danny já nem dava mais bola.

— O que foi? — perguntou antes de morder o seu burrito também.

A amiga tomou um gole de refrigerante antes de falar:

— Falei para meu pai que o seu pai chegou e ele quer muito encontrá-lo, principalmente depois que eu disse que o seu pai é o homem que ele estava procurando. Na verdade, ele não pareceu muito surpreso com todas essas coincidências, mas meu pai é um homem estranho.

Danny também não entendia como os adultos não estavam impressionados com aquilo tudo.

— Por mim, tudo bem, falo hoje com meu pai sobre isso e amanhã dou uma resposta — disse já animada — Será quando?

— Estávamos pensando nesse sábado mesmo. Que tal?

Danielle fez uma cara de reprovação:

— O que foi, Danny? Não vai dar pra vir? — perguntou Taylor, meio preocupada.

— Acho que vai.

— Então por que essa cara?

— É porque sábado é dia dos namorados — disse Danielle meio triste com esse fato — Lembra que íamos conseguir namorados até o dia 14?

— Pois é, me lembro sim, infelizmente — respondeu também triste — E nós duas sem ninguém.

— É, e nós duas sem ninguém.

Terminaram de comer, com um pouco de tristeza, pois o Dia dos Namorados estava chegando e elas solteiras. Não era por falta de opção, tinham garotos que elas até olhavam que eram lindos e queridos lá na escola, mas depois da dupla traição com Nolan e Elliott, na qual ambos acabaram ficando com Ashley, quiseram parar para pensar bem antes de se deixar levar por qualquer sentimento.

Quando Danielle chegou em casa, tirou os tênis e subiu as escadas para falar com seu pai. Ele estava no quarto, falando em seu celular e nem a viu se aproximar:

— Como ele está? Como o Dan...ni..elle, você já chegou? — perguntou Robert a ela quando finalmente a viu — Preciso desligar, minha filha chegou, tchau — e desligou o telefone rapidamente.

— Quem era pai? — indagou, sentando-se na cama de seus pais. Victoria estava em uma ligação de trabalho no escritório.

— Um amigo meu, ele estava no hospital quando vim para cá.

— Ele está bem? Você desligou quando ia receber a resposta, não?

O pai não pareceu muito confortável com o interrogatório da filha.

— Quando você chegou, já tinha recebido a resposta de que estava tudo bem.

— Ah, que bom — ela fingiu acreditar no que ele falava. Percebera que a relação com seu pai seria assim dali para frente.

— E o que é esse sorriso aí? — ele quis saber e tentou fazer cócegas nela como quando fazia quando ela era criança.

— Bem, — ela riu — Vim dizer também que a Taylor e seu pai nos convidaram para irmos a casa deles, sábado à noite.

— Por mim tudo bem. Faz tempo que não falo com ele.

— Posso confirmar então? — ela sorria animada. Talvez descobrisse mais coisas no jantar.

— Claro que pode.


Olá meus fantasmas! Como vão?

Agora esse capítulo foi revisado pela @MarciaLuisa. Não teve mudanças de história, somente de escrita. 

Se gostou, aguardo seu voto e comentários!

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