Capítulo - 26
Any Gabrielly
Acho que estou começando a gostar de Noah. Será que estou apaixonada? Será que ele sente o mesmo?
Eu prometi a mim mesma que vou me entregar, sem medo e sem culpa. Ele é meu marido e se esforça para dar certo, não posso ficar parada esperando nem sei o quê. Ele não precisa ser o amor da minha vida, eu só preciso ficar calma e perder o medo da rejeição. Assumo que fico receosa com essa coisa dos ''seis encontros''. Não sei como vai ser, não sei se ele vai gostar de mim, de ficar comigo. Eu tenho medo do que possa a vir a sentir por ele. Eu não quero ter meu coração destruído como meu irmão teve. Eu só preciso parar de ser paranoica, mas meu ''modo defesa'' parece estar sempre ativo, quando o toque de suas mãos passa por minha pele.
[...]
Acordo e Noah não está ao meu lado. Olho no relógio e ainda é madrugada. Onde é que ele se meteu?
Saio a sua procura e desço as escadas, em direção a sala. Assim que vou em direção ao corredor, vejo a porta que dá acesso ao porão aberta. Ouço um som abafado e me arrisco a entrar. Nunca vi essa parte da casa.
O corredor está escuro e uma luz amarelada ilumina apenas o final, então sigo essa luz. Desço alguns poucos degraus e chego ao cômodo. Noah está aqui, com luvas nas mãos e socando um saco de areia.
— Está sem sono? — pergunto e ele se assusta, me fazendo rir — Por que está fazendo isso às três da madrugada?
— Eu preciso gastar minhas energias acumuladas. — diz — Ela está transbordando por meus poros.
— Achei que você tinha gastado o excesso na corrida. — digo.
— Gastei o suficiente, mas já acumulou novamente... e você, pequena rebelde, é a culpada. — diz e me dá um sorriso sacana.
— Eu? — pergunto confusa — Não entendo.
— Eu explico... — ele diz.
— Por favor! — digo e ele retira as luvas.
— Eu não me acostumei o meu corpo a acumular tanta energia, mocinha. — diz — Eu fico louco quando estou com você... — dá um passo em minha direção — Eu fico louco quando você me beija... — mais um passo — Meu sangue ferve só pela forma que você respira... — mais dois passos e eu já estou colada na parede e ele com o corpo colado ao meu — A forma que você me olha... — engulo seco, olhando em seus olhos — O seu cheiro... — cheira meu pescoço e sua mão direita aperta meu quadril — Então, eu preciso extravasar essa energia de alguma forma... — seu polegar passa em meus lábios — ... que não seja fodendo com você.
— Entendi. — digo e engulo seco — Você fica sem filtros também, não é mesmo?
— Sim... eu fico! — diz — As palavras caem da minha boca e... — sua mão desce por meu ombro — ... e meu vocabulário se torna sujo.
— Ó! — digo nervosa — Eu... é... eu não vou te atrapalhar, então.
— Você não atrapalha... você só é a motivação. — diz e sorri, saindo do transe que estava — Deite-se ali, rapidinho. Eu vou tomar um banho e já volto! — concordo com a cabeça, mal respirando.
Ele me dá espaço e vou até o um sofá, que mais parece uma cama e me sento. Ele tira a camisa e meus olhos passam rapidamente por seu tronco. Pelos céus, ele é o homem mais bonito que já vi! Ele agora folga o cordão de sua calça de moletom e desvio os meus olhos, mas parece que ele faz questão de que eu veja, já que joga a calça na direção do sofá, me fazendo subir o olhar rapidamente, vendo que ele está apenas numa box preta.
Ele vai até o banheiro do próprio cômodo e isso aqui não parece nada como um porão convencional. Me pergunto por que diabos tem uma mini academia? E mais, por que uma cama nesse lugar? Analiso cada pedacinho que meus olhos alcançam e me dou conta que isso aqui foi recém reformado, acredito que por isso não vi antes, fora que parece ser um lugar muito pessoal.
Ele volta e usa apenas uma toalha na cintura. Eu não olho, pois respeito sua privacidade e provavelmente, meu rosto vai me entregar, pois sinto todo meu sangue nele.
Ouço a porta de um armário sendo aberta e meus olhos me traem, já que param em suas costas largas. O único som do local, é do meu pulmão falhando e meu coração acelerado. Ele solta a toalha da cintura e ela vai ao chão e viro meu rosto para o lado, tapando meus olhos.
— Quer dormir aqui hoje? — pergunta e não respondo.
— Por que tem uma cama aqui? — pergunto e ele termina de vestir a bermuda.
— Eu gosto daqui! — diz — Foi feito para que eu pudesse relaxar e esquecer os problemas.
— Entendi! — digo e ele me estuda com os olhos atentos. Meus olhos estão fixos no seu e ele se aproxima, como um felino e me inclino pata trás, apoiando meu peso em meus cotovelos, quase deitada na cama. Seu rosto está muito próximo do meu e nossos braços suspensos passando um no outro, com nossas mãos fundas no acolchoado. Ele inala meu perfume e fecha os olhos e nesse momento, meu coração falha.
— Me deixa tocar em você... — diz com a voz grave e sexy— Eu quero te tocar!
— Você já não me toca? — pergunto e fecho os olhos, porque meu sangue está fervendo em minhas veias e essa sensação é nova — Seja mais específico... por favor!
— Eu quero te dar um amasso! — diz e morde o lóbulo de minha orelha e eu aperto minhas pernas, porque uma dor aguda se instala ali, no meu centro — Um amasso de verdade... — passa a língua molhada em meu pescoço — Forte... — passa a barba em minha clavícula — Quente.
— Eu não sei... — digo com olhos fechados e a voz tão falha e baixa, que é quase um sussurro. Sinto meu corpo pegar fogo!
— Eu não vou fazer nada que você não queira. — diz e meus braços cedem e caio de costas no colchão, mas ele continua suspenso. Minha sanidade está indo embora aos poucos. Ele me encara e coloco minhas mãos em suas costas, lhe puxando para baixo e isso é um ''sim''. Ele sorri e me beija..., mas não um beijo comum. É um beijo intenso e forte. Um beijo cheio de fogo e paixão... eu sinto como se fosse entrar em combustão. Ele invade minha boca com sua língua e seus dentes prendem meus lábios de um jeito delicioso, passando a habilidosa língua por meus lábios e em seguida, descendo para meu pescoço e sua barba ralando minha pele, me causando sensações que não consigo controlar e meu raciocínio falhando. Noah beija meu pescoço, lento e quente, enquanto uma de suas mãos suspende minha coxa, a apertando e ele se encaixa entre minhas pernas. Uma leve pressão é feita ali, pelo contato de sua perna e fico zonza... querendo fugir, querendo ficar.
Com mãos firmes, ele acaricia as laterais externas de minhas pernas, subindo para o quadril e apertando minha cintura com os dedos, causando uma dor no local, mas uma dor gostosa, como se fogo passasse por minha pele sensível.
— Eu amo te ver perder o controle... — diz e suas mãos seguem o caminho em direção as minhas costelas e laterais e em meus seios. Seu joelho passa levemente por minha intimidade e por um instante, me esqueço que estou de vestido e a única coisa que separa minha feminilidade de sua pele, é o fino tecido de minha calcinha. Mas sua boca em minha pele, me faz esquecer de tudo. Ele beija minha clavícula e parte para meu colo e topo dos seios, que estão amostra pelo vestido de alças. Sua mão aperta minha coxa e a puxa para cima, a colocando firmemente por cima da sua, de uma forma que ela ficou presa na sua, pela a panturrilha, enquanto sua mão sobe, afastando a alça de meu vestido e beija meu ombro esquerdo. Já não consigo respirar, quando ele se projeta para frente e novamente, sua coxa fricciona minha vagina e não posso evitar um gemido baixinho e desconhecido. Ele beija meu ombro e passa a barba pelo vale de meus seios, enquanto beija a pequena área exposta — Me peça para parar... — ele diz com a voz muito mais grossa que o normal.
— O... o q... o quê? — pergunto com a voz sôfrega e novamente, um gemido escapa de minha garganta quando sua boca suga minha pele alva.
— Peça para eu parar! — diz ainda sexy, mas parece irritado — Se você não me pedir para parar, eu não vou conseguir parar! — beija a lateral de minha nuca e morde meu queixo — Por favor, Any! — diz e eu abro os olhos o encarando um pouco suado. Tiro minhas mãos de seus braços e passo por seu cabelo, alisando no caminho seu peito nu e seu pescoço e ele fecha os olhos em apreciação. Beijo seu pescoço e lhe dou um leve beijo no rosto e ele se mantém com os olhos fechados e isso me traz uma insegurança desesperadora. Ele me beija e levo minhas mãos novamente para seu rosto e me assusto, quando ele segura meus punhos e os prende no colchão com suas mãos. Meus punhos juntos e ele segura com apenas uma mão, e segura tão firme, que tenho certeza que ficarão roxos amanhã, enquanto a outra mão passeia por meu corpo, apertando meu seio com força. Sua mão livre desce por minha barriga e um arrepio me percorre. Uma vontade primitiva grita em mim e sinto algo firme pressionado em minha coxa — Me... me peça para parar... agora! — diz e sua mão entra em meu vestido e segura a lateral de minha calcinha e então, volto para meu corpo.1
— Para! — digo — Para, para, para! Por favor! — digo e o ar volta para meus pulmões. Ele imediatamente para e seu corpo congela em cima do meu. Sua mão esquerda ainda está dentro de meu vestido, e está parada entre meu quadril e minha coxa. A testa de Noah está colada na minha e sua respiração quente na minha face, enquanto seus olhos permanecem fechados. Parece horas e então, ele desce sua mão, passando ainda por minha pele e aperta minha coxa, antes de quebrar o contato total de sua mão com meu corpo. Ele abre os olhos e agora, parece furioso..., mas então sorri e diz:
—Precisamos de mais cinco encontros bem rápido. — sorrio e ele molha os lábios com a língua e me olha, me dando um beijo e sai de cima de mim, se deitando do meu lado na cama, com um dos braços atrás da cabeça e encaramos o teto de madeira.
— Desculpa! — digo e aproveito sua distração para arrumar meu vestido, que estava cobrindo menos que o necessário.
— Hum! — resmunga — Pare de me pedir desculpas. — fala e se levanta — Levanta! — diz e não sei se sou capaz, mas ele me estende a mão e eu seguro sua mão e ele levanto.
Saímos do porão e ele me guia até a parte externa da casa.
— O que a gente faz aqui? — pergunto.
— Viemos esfriar a cabeça. — diz e solta minha mão, se atirando na piscina — Vem logo! — me chama — Ou quer que eu vá até aí te pegar?
— De roupa? — falo.
— Se você quiser tirar e vier sem nenhuma, eu vou achar ótimo. — diz seriamente e meu rosto pega fogo.
— Não. Obrigada! — digo o olhando torto e me sento na beirada da piscina, colocando meu pé na escada e entrando aos poucos na água gelada.
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