39 - INFERNO E UM BEBÊ
Any Gabrielly Urrea
Três semanas se passaram e finalmente, a filha de Carla nasceu de parto normal e com os olhos mais azuis que já vi na vida. Uma linda menina de 54cm e pouco mais de 3kg. Isis, foi o nome que nós três escolhemos.
A coordenadora do curso me mostrou uma matéria que saiu sobre mim e o questionamento da maternidade de Isis. Não temos liberdade de saída do campus, mas eles não nos privam de acesso virtual ou comunicação com o mundo lá fora. Seria meu direito responder a matéria e explicar que a menina não é minha filha, mas não me dou ao trabalho. Logo que me casei, notícias constrangedoras foram publicadas e isso gerou um processo que é válido até hoje. Qualquer matéria que envolva meu nome ou o nome de minha família, for uma meteria mentirosa, será retirada. Isis adormece e eu vou para a aula, mas nem a metade chega e Carol e eu somos chamas a diretoria e nos é passado que teremos visitas.
- Visita? - pergunto.
- Sim, Srta. Urrea. Uma visita! - diz a coordenadora.
- E de quem se trata a tal visita? - pergunto. Será Cat?
- Seu marido. - responde e recebo um balde de água fria.
- Claro! - digo e tento disfarçar meu desagrado - Quando ele chega? - pergunto, pois sim, eu vou evitá-lo e fazer com que Pedro também o evite.
- Provavelmente, hoje. - diz.
- Ok! Obrigada inspetora. - digo e ando pelo corredor. Infernos! Tudo estava indo tão bem por aqui... por que ele tem que vir para cá? Ele mesmo jurou não me olhar mais que o necessário e agora vem com essa coisa de visita? Mas quem sabe, essa visita seja para um bom motivo. A combinação do divórcio, por exemplo. Mas é claro que eu estou apenas sonhando alto com a minha tão desejada e sonhada liberdade. Ando pelos corredores, tentando pensar em um jeito para me livrar dele quando chegar. Abro a porta do quarto, entrando em seguida e a fecho escorando a cabeça na porta de madeira maciça. Respiro fundo pelo meu cansaço mental e dou alguns passos e me assusto, ao ver que a visita indesejada, já está aqui e sentado na minha cama e paro, o encarando e ele está tão... tão... tão... tão irritante.
- O gato comeu sua língua? - pergunta - Ou será que foi um moleque loiro que paira pelos corredores do campus? Ah é, Pedro é o nome dele. - o olho indiferente e ele me encara com um sorriso de puro deboche e sombras - Venha aqui! - diz e dá um tapinha em sua perna.
- O que você veio fazer aqui? - pergunto sem rodeios e fria.
- Vim vê-la, ora! - diz debochado - Não está feliz?
- Você veio me infernizar! - digo brava - E você errou o quarto. O de Alana é o terceiro do lado direito. - falo fingindo surpresa - Ah, é! Ela não está mais aqui. Milagrosamente, ela foi embora no mesmo dia que assinei o suposto divórcio, que você cancelou na semana seguinte. - ele me encara, cerrando os punhos - Então, você já pode ir embora.
- Já está doida para voltar pra cama daquele moleque, não é mesmo? - pergunta - Bom, hoje não vai rolar. Vai ter que dormir acompanhada de seu maridinho, amor.
- Claro que estou. Ele é meu namorado! - minto descaradamente - E outra, eu durmo até no chão se for preciso só para ficar longe de você! Até lá fora, se precisar.
- Até transar com aquele moleque sem sal? - pergunta e eu confirmo com a cabeça e sorrio - Você é pior do que eu me lembrava. Você não sabe e nunca vai saber o que é estar com um homem de verdade.
- Aí está uma coisa que você nunca vai poder saber, Noah. - digo, desafiando.
- Quer saber a verdade? - ele pergunta e gargalha - Eu só vim até aqui para despistar os jornalistas, pois se depender de mim, eu nunca mais olharia pra essa sua cara, Ana. - diz e estreito os olhos - A proposto, Betty mandou um beijo!
- Pois bem, mande outro para ela quando vê-la. - digo - E eu compartilho totalmente da sua ideia. Te ver não é uma opção pra mim. - digo e pego um casaco na cadeira - E pode ficar com o quarto... se tem uma coisa que não falta por aqui, é cama para eu dormir.
- Uma vez traidora, sempre traidora! - diz - Dormindo com quantos do campus? Dois, três, sete? Ménage? - pergunta e eu respondo.
- Aí está mais uma coisa que você nunca vai saber! - digo e pisco o olho e sei de sua ira, pois os nós de seus dedos já estão brancos de tanto que ele apertou. Abro a porta e me retiro. Vou até o quarto de Carla e bato na porta, e enquanto ela não abre, passo as mãos pelo rosto e sorrio de mim mesma. Como eu fui capaz de falar aquelas coisas? Carla abre a porta e vou para entrar, mas Pedro aparece e me chama, segurando o meu braço, mas eu o dispenso, mas ele insiste e Carla nos convida para entrar.
Notas Finais:
LEIAM:
-Maria Maria - Oscar Diaz
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