Não importa quanto tempo você olhasse para o rosto dele, com Annabeth, Percy e Grover parados ao seu lado, todos em silêncio, você não conseguia parar.

Luke, sentado ali depois de tanto tempo, se foi. Sua mão estava em sua bochecha, correndo círculos repetidamente como se fosse um ritual para acordá-lo.

Mas isso não funcionaria.

Luke se foi. Luke nunca acordaria. Seu Luke, seu namorado e melhor amigo, ajudou você a derrotar Kronos, apenas para deixá-lo mais uma vez depois.

Você sufocou outro soluço com o pensamento. Murmurando pequenos "Oh, Deuses.", "Sinto muito" e "Luke, por favor."

Grover, Annabeth e Percy só puderam ficar ao seu lado em apoio silencioso enquanto você chorava.

Você esteve contra Luke por anos. Depois de amá-lo por tanto tempo quanto você consegue se lembrar, isso não foi o suficiente para impedi-lo de ir para Kronos, isso não foi o suficiente para trazê-lo de volta.

Você lamentou seu relacionamento. Você lamentou um futuro que ele prometeu. Você lamentou ele.

Todos os deuses chegaram momentos depois, seus passos ecoando na sala do trono enquanto eles entravam totalmente vestidos com suas armaduras de batalha.

Eles encontraram apenas cinco adolescentes, três pairando acima com suas cabeças baixas, e um segurando o morto enquanto todos lamentavam o corpo quebrado de um meio-sangue.

“Percy…” Posiedon era o único capaz de falar, espanto em sua voz. “O que… o que é isso?” O pai de Percy perguntou, você não conseguiria nem pela sua vida encarar os Deuses.

Você não poderia chamar isso de família enquanto você se sentava e lamentava a sua própria morte, a única família que você conheceu estando ao seu lado quase como proteção enquanto você lamentava.

Percy foi o único capaz de se virar e olhar para os olímpicos.

“Precisamos de uma mortalha.” Percy disse, sua voz falhando com suas palavras. “Uma mortalha para o filho de Hermes.”

Você deu um soluço entrecortado ao pensar nisso.

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Depois que Luke foi levado embora, seu corpo ficou pronto e você teve que separá-lo, vocês não sabiam realmente quem era, um do outro, tudo o que podiam fazer era olhar para o nada.

Suas mãos trabalharam quase como memória muscular, fazendo a mortalha. Você fez isso tantas vezes para campistas caídos, amigos, Beckendorf, Sileena, até Percy de uma vez, e muitos mais.

Suas mãos trabalhavam rápida e silenciosamente, o leve toque do sudário contra seus dedos não era nada reconfortante.

Nem os passos atrás de você.

Mesmo que você não olhasse, você sabia quem era.

“Bem,” Hermes começou, sua própria voz pesada e você poderia dizer

“Luke-” O homem tentou começar, mas você o interrompeu com a mesma rapidez.

"Não me fale sobre Luke." Sua voz poderia estar cheia de malícia e isso teria sido um veneno melhor para o homem.

Hermes olhou para você, observando você encará-lo antes de concordar.

“..Eu sei. Eu sei. Eu…eu não tenho o direito.” o homem suspirou.

"É, você não precisa." você disse severamente, olhando para o homem com os olhos marejados.

“Mas você tem, minha querida.” Hermes suspirou, observando você olhar para ele com olhos lacrimejantes de ódio, mas ele sabia que não era só para ele. Bem, muita coisa era, mas tudo.

"Não fale comigo, não fale sobre ele, como se nos conhecesse." Você balançou a cabeça, zombando do pensamento.

“Eu não, e posso dizer que isso é um erro grave da minha parte, pelo qual nunca me perdoarei.” Hermes disse, balançando a cabeça enquanto olhava para o chão, refletindo sobre tudo.

Você zombou de novo, um soluço misturado a isso enquanto se virava de volta para a mortalha, não querendo mais chorar. Mas isso foi inútil, pois Hermes começou de novo.

“Mas o que eu sei é que meu filho te amava. Você... você o fez muito feliz, criança.” Hermes disse rapidamente, observando suas costas ficarem tensas como se outro soluço estivesse sendo contido.

“...não, ele não fez. Se ele fez-” você tentou começar, Hermes se intrometendo. “Meu filho tinha um orgulho imenso, como outra pessoa que eu conheço,” Hermes começou, gesticulando para si mesmo.

“ele pensou que estava fazendo o que deveria ser feito,” O Deus balançou a cabeça antes de suspirar mais uma vez. “mas ele te amava.

"...nós brigamos por tanto tempo, eu- eu não sei se ele ainda me amava." Você balançou a cabeça, cheia de dúvidas e preocupações.

Hermes deu um sorriso agridoce com suas palavras. Você era jovem demais para experimentar tal coisa. Mas, essa era a vida de um Meio-Sangue, infelizmente.

“...ele fez. Eu sei que ele fez. Foi-” Hermes lutou para encontrar suas palavras por um momento, balançando a cabeça. “Uma das únicas coisas que eu sei com certeza, sobre meu filho.”

“...você não sabia muito sobre ele.” Você não conseguiu evitar dizer. Hermes apenas assentiu. “Eu não sei. Mas, eu cuidaria dele. E sempre,” Hermes quase conseguia sorrir ao se lembrar.

“Toda vez que ele estava com você, tudo era melhor para ele.” O velho Deus disse, você não se virou para encará-lo, mas fechou os olhos, suspirando enquanto sentia mais lágrimas ardendo em seus olhos.

“Eu sei que não é muita coisa para me tranquilizar, minha menina”, disse o pai de Luke solenemente.

“Mas meu filho, ele será livre. E… um dia, se você desejar, você pode se juntar a ele, quando tiver vivido sua vida, tido suas aventuras e muito mais.” Hermes ofereceu.

“E quando chegar a hora certa, você poderá se juntar a Luke novamente.”

Você levantou a cabeça do chão, confusa antes de entender o que o deus queria dizer. Você olhou por cima do ombro para Hermes.

“...por que não agora, se você pode dar?” Você não conseguiu evitar insistir, arrancando uma risadinha do homem.

“Eu posso não ter conhecido meu filho melhor do que você, mas nós dois sabemos que ele não desejaria que você encurtasse sua vida por ele.” Hermes disse, quase melancolicamente.

Você não podia deixar de saber que isso era verdade.

Você pensou por um momento antes de assentir suavemente, voltando para sua mortalha. Você murmurou o que pensou ser um obrigado, mas Hermes sacudiu a cabeça.

“Você não me deve agradecimentos. Se alguma coisa, eu devo a você.” Hermes disse.

“Você deu felicidade ao meu filho, por anos. Ele experimentou o amor, único, de você. Então, obrigado, (Nome) (Sobrenome).” Hermes disse, e você quase conseguia fazer um sorriso sair do rosto dele, agridoce, mas ali.

Encontre-nos quando estiver pronto.”

Foi a última coisa que Hermes disse, deixando você com o Sudário e indo embora para se juntar a quem quer que seja.

Você pensou por um momento, olhando para as costas do homem enquanto ele se afastava, depois de volta para a mortalha em seu colo.

Mesmo que mais lágrimas ardessem em seus olhos e você não conseguisse evitar soluçar, você sorriu.

Porque sim, Luke se foi, o amor da sua vida, mas... você o veria novamente um dia.

Você estava apenas libertando-o.

Você deu um sorriso melancólico, um sorriso que a alma de Luke, separada do corpo e observando de longe, não pôde deixar de admirar.

Ele estava admirando como todas as outras vezes antes. Como nas fogueiras do acampamento. Como quando ele te tirava furtivamente da sua cabana para a floresta perto do lago.

Como quando você disse que gostava dele e como quando você disse que o amava de volta.

Luke queria estender a mão, chorar e chorar com você, mas ele sabia que não podia.

Então, ele admiraria você agora. Compensar o tempo perdido.

E enquanto Luke se sentava de longe e observava você, com um pequeno sorriso no rosto, ele sabia que esperaria por você. O tempo que fosse preciso

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Fim do livro.

Obrigada a todos que leram, votaram e comentaram. Obrigada também aos leitores fantasmas!

Vocês querem que eu traga outro livro de imagines? Se sim, de qual universo?