Luke descobre as três vezes em que negou seus sentimentos por você e a única vez em que os aceitou.

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Incidente Um: O Posto de Enfermagem

Luke sabe que você está irritada com ele, isso estava escrito em seu rosto. Você não diria isso em voz alta, claro que não, você era muito doce, mas você não tinha noção de uma cara de pôquer.

Ele achou fofo, o jeito como suas sobrancelhas se franziram e seus ombros ficaram tensos. O jeito como você evitou olhar para ele porque sabia que ele conseguia ver através de você.

Você suga o lábio inferior enquanto valsa até ele com um pacote de bandagens e álcool. Você se senta no banco na frente dele, abrindo os joelhos dele com os seus para poder rolar entre eles, as rodas guinchando um pouco enquanto você faz isso.

Você o encara com uma intensidade que Luke só viu em você uma vez, e foi quando ele estava em uma situação muito familiar com Lance Tenning.

As situações eram todas assustadoramente semelhantes - ambas envolvendo algo sendo dito sobre você . Não importava se era na sua cara ou pelas suas costas, Luke simplesmente não conseguia tolerar. Ele não conseguia ouvir seu nome sendo jogado na lama porque você rejeitou a criança Ares, não quando você era tão  doce e gentil .

Então, é claro que quando Luke ouviu Lance sussurrar para seus amigos idiotas sobre como " Aquela vagabunda não consegue parar de se prostituir para Castellan ", ele teve que intervir.

E não é culpa de Luke que Lance ficou na defensiva, e não é culpa de Luke que Lance o empurrou, e definitivamente não foi culpa de Luke quando Lance acabou no chão com um novo olho roxo.

Luke não consegue deixar de sorrir enquanto a visão de Lance se contorcendo abaixo dele se repete em sua mente, e você o encara com aquele olhar de quem sabe. "Não sei por que você está sorrindo agora." Você cospe.

Luke franze as sobrancelhas, permitindo que você inspecione seus nós dos dedos ensanguentados, antes de sorrir e usar a mão livre para colocar uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. "Estou aqui com você, por que não estaria sorrindo?"

Você zomba, revirando os olhos e balançando a cabeça. "Certo, claro."

“É verdade!”

Você não diz nada, apenas começa a limpar os nós dos dedos dele. A picada é tão familiar para Luke que ele mal reage, apenas colocando a outra mão atrás dele e se inclinando para trás.

É estranho, porque Luke sabe que você está bravo com ele. Mas você ainda o trata com tanto cuidado , tanta gentileza - como se ele fosse frágil e o menor movimento pudesse quebrá-lo em pedaços. É fofo, e apenas outro exemplo do quanto você se importa.

Ele não sabe o que fez para merecer um amigo como você.

Luke pode ver você se coçando para perguntar algo a ele, pelo jeito que você continua olhando para ele e o constante roer do seu lábio. E Luke sabe que você não vai perguntar - não por sua própria vontade, de qualquer forma. Você não gostava de confrontos, na verdade, você fez questão de ficar o mais longe possível deles, então, a menos que Luke dissesse algo, você nunca faria.

“O que você está pensando nessa sua linda cabeça?”

Luke percebe a maneira como sua respiração fica presa na palavra bonita, mas ele não pensa em nada sobre isso. Você sempre foi particularmente sensível a elogios, não apenas os dele. Você soltou um suspiro rápido, finalmente capaz de soltar a pergunta que estava segurando.

“Por que você fez isso, Luke? De novo ? Depois que eu já disse para você deixar para lá?” Sua voz vacila um pouco, e ele pode ver a angústia óbvia em seus olhos. Isso o deixou quase... arrependido . Ele nunca quis ser a razão pela qual você sentiu algo além de felicidade, mas ele sabia que você não entenderia. Você foi tão rápido em deixar as pessoas pisarem em você - deixá-las tratá-lo como merda e então dizer que estava tudo bem e elegante.

Luke não podia fazer isso, no entanto. Ele honestamente preferia morrer do que ver você se destruir por pessoas que não davam a mínima para você.

Seus lábios se estreitam, e ele observa enquanto você desvia o olhar do rosto dele e volta para sua mão, começando a enrolá-la com um curativo marrom.

“Você não ouviu o que ele disse sobre você, querida. Eu não podia simplesmente ouvir essas coisas horríveis e fingir que não estava acontecendo!” Ele suga o ar, esperando sua resposta.

Você fica um pouco tensa, os olhos disparando entre o rosto dele e a mão dele. “Eu nunca pedi para você fazer isso. Eu posso me virar-”

Luke bufa, interrompendo você abruptamente, “ Você consegue? Porque da última vez que isso aconteceu, você ia deixá-lo escapar impune. E daquela vez ele disse isso direto na sua cara!”

Você termina de amarrar o curativo rapidamente, imediatamente soltando a mão dele e praticamente correndo para o mais longe possível dele.

Você passa a ponta do nariz, "Porque eu não quero começar nenhum problema! Lance não vai parar só porque você bateu nele algumas vezes, então não tem sentido!" Você solta uma risada, passando a mão pelo cabelo. "Quero dizer, por que você se importa tanto assim?"

Luke fica em silêncio com isso. Você era o melhor amigo dele, é claro que ele se importava, mas…

Por que isso parece diferente? Ele não bateria em ninguém por nenhum dos outros amigos. Caramba, ele não tem certeza se faria isso por alguém . Então por que ele fez isso por você?

A resposta está na ponta da língua, ansiosa para ser dita e confessada, mas ele simplesmente não consegue descobrir o que é, e isso o está deixando louco.

“Porque você é meu melhor amigo!” Ele diz isso com uma careta, como se as palavras fossem estrangeiras e erradas. E você recua com a frase também. Isso o deixa enjoado.

Ele observa enquanto você engole em seco . Cílios tremulando enquanto você pisca para afastar o brilho que se forma em seus olhos. "Eu sei disso." Você murmura, "Estou tão cansado de ver você se machucar e machucar outras pessoas por mim. Eu não valho ser expulso do acampamento."

O coração de Luke se parte um pouco quando você diz isso, porque ele não conseguia acreditar que você sequer pensaria isso. Para ele, você valia tudo . Ser expulso do acampamento, ser exilado pelos deuses, porra - você valia o mundo . Tudo o que você tinha que fazer era dizer a palavra e Luke estaria de joelhos na sua frente, louvando o altar que você tão graciosamente permitiu que ele admirasse.

Ele arriscou dar um passo em sua direção, e soltou um pequeno suspiro aliviado quando você não deu um passo para trás. “Você acha isso mesmo?”

Seus olhos percorreram o corpo dele, todo o caminho do baixo ventre até os olhos, e Luke não conseguiu evitar tremer quando eles fizeram isso. Ele fechou a distância entre vocês até que estavam quase peito a peito, sua respiração desacelerou e seus olhos arregalaram. Você era tão linda, que era quase doloroso.

“Você realmente acha... que eu não trairia os malditos deuses se você me pedisse? Que eu não faria nada por você?” A voz dele era baixa e rouca, dedos roçando seu braço e subindo até sua bochecha. “Eu preferiria ser expulso do acampamento antes de deixar um pedaço de merda como Lance Tenning falar uma única palavra sobre você.”

Você estava quase sem palavras, incapaz de se mover enquanto o espaço entre vocês ficava cada vez menor. "Luke..." Você sussurrou. E Luke sentiu, aquela torção familiar em seu intestino, aquela que ele não conseguia nomear.

E quando ele estava prestes a entender isso - a aceitar isso - uma criança pequena correu para dentro do quarto, chorando por causa de um corte que fez na mão. Você nem mesmo deu a Luke um segundo olhar enquanto corria até eles e sussurrava coisas doces em seus ouvidos, agachando-se e beijando melhor suas mãos.

Mas, mesmo quando ele se desculpou e começou a caminhar de volta para sua cabana, a sensação estranha nunca o deixou.

Incidente Dois: O Lago

Percy Jackson é a pessoa mais alheia que Luke já conheceu.

Era seriamente óbvio para qualquer um com olhos que Annabeth estava apaixonada por ele, especialmente depois da jornada deles no ano passado. Seus toques persistentes, sorrisos um pouco largos demais, olhos grudados nele sempre que estavam a menos de três metros um do outro. Era completamente óbvio.

Mesmo agora, enquanto Annabeth e Percy perseguem um ao outro no lago, com os pelos grudados na pele e a água pingando dos cílios, a paixão de Annabeth é perceptível na maneira como ela olha para ele.

Luke acha isso fofo, honestamente. Ele quer que sua irmãzinha encontre alguém que a ame tanto quanto ela os ama, e Percy Jackson era definitivamente esse cara. Ele só precisava parar de ser um idiota e perceber isso.

“Ei, Luke?”

As orelhas de Luke se animam ao ouvir você atrás dele, e ele desvia o olhar dos dois adolescentes e olha para você.

Você e seu maiô rosa claro de uma peça. Você e o pequeno laço no seu cabelo, observando atentamente enquanto você o solta e deixa seu cabelo cair em cascata pelos seus ombros. Você e seus lábios e nariz perfeitos e-

“Você pode me ajudar a amarrar isso, por favor?”

Você vira as costas para ele, e Luke engole em seco ao perceber que seu maiô está aberto nas costas, o que lhe permite ver a curva da sua coluna e as lindas sardas e pintas que pontilham sua pele como estrelas.

Ele observa enquanto você se esforça para amarrar os cordões do maiô em volta do pescoço, com os dedos se movendo sem coordenação alguma.

Então, apesar da queimação óbvia em suas bochechas e dos sentimentos inexplicáveis que se formam em seu estômago, ele diz: “ Hum , sim. Claro que posso.”

A respiração dele desacelerou enquanto você sussurrava um agradecimento baixo , permitindo que Luke gentilmente afastasse seus cabelos dos seus ombros e tirasse os fios dos seus dedos.

Ele amarrou com eficiência, provavelmente demorando muito mais do que deveria, mas não conseguiu evitar. Não quando você estava tão perto e ele conseguia sentir seu perfume — limão e baunilha. Honestamente, era a coisa mais inebriante que ele já tinha sentido.

Ele apertou o laço em volta do seu pescoço, o toque demorando em suas costas enquanto suas mãos deslizavam sobre sua pele. Ele respirou fundo, observando enquanto seus dedos deslizavam até seus ombros, como se não fossem os dele. E talvez não fossem.

Lentamente, ele deu um pequeno beijo em seu ombro, saboreando a maneira como sua respiração falhava e sua espinha estremecia.

E então havia aquele sentimento de novo, aquele que ele não entende muito bem. Aquele que ele simplesmente não consegue identificar.

Você se vira quando os lábios carnudos de Luke deixam seu ombro, os olhos um pouco arregalados e os lábios entreabertos, como se houvesse uma pergunta que você está morrendo de vontade de fazer, mas não se permite.

Você ri nervosamente, olhando para as bochechas rosadas de Luke e colocando uma mecha solta de cabelo atrás da orelha, do jeito que você sempre faz quando está nervosa. "Eu, uh, obrigada. Por amarrar! Não por... mais nada. Obviamente ." Você divaga.

Luke apenas assente, cruzando os braços sobre o peito. “Não foi problema. Quer dizer, para que mais servem os amigos ?”

Ele finge que não percebe o jeito como suas sobrancelhas franzem e seus ombros murcham um pouco com a palavra amigos . Porque era isso que você era, certo? Era tudo o que você era. Luke não conseguia entender por que você ficaria desapontado por causa disso.

Você pisca algumas vezes, fazendo o melhor que pode para esconder a forma como sua voz treme. “É. Amigos .”

Luke sorri, feliz que vocês dois estejam na mesma página, e gentilmente bate no seu braço. "Bom. Olha, eu tenho que ir garantir que ninguém se afogue, mas te vejo mais tarde, tudo bem?"

Você acena, acenando para ele com um pequeno mhm . Mas, mesmo quando Luke se afasta e o sorriso retorna ao seu rosto enquanto você cumprimenta uma de suas irmãs, a decepção que permanece em seus olhos não sai da cabeça dele.

Por que você ficaria desapontado? E… por que ele sentiu o mesmo?

Incidente três: O Bondfire

Luke não era de ficar com ciúmes. Ele não tinha razão para isso, ele estava perfeitamente contente com onde estava em suas amizades e não tinha nenhuma garota com quem se envolvesse.

Então por que a visão de você rindo com um garoto Afrodite fez o sangue dele ferver?

O garoto, Carter Rhodes, era famoso no acampamento por namorar por aí. Quase toda garota tinha uma história com ele, e Luke pensou que você sabia disso, então por que você estava falando com ele?

Ele observa enquanto Carter se inclina para você, seus lábios a centímetros de sua orelha. Você joga sua cabeça para trás e ri . Ri de verdade. Não a risadinha falsa que você costuma dar às pessoas, não. É a risada que você dá a Luke quando ele te visita na estação de enfermagem. Ou quando você passa a noite com ele. Ou mesmo quando você está apenas com ele!

É a risada dele . Então por que você estava deixando o Carter Rhodes ouvir?

“Uh, Luke, você está bem?”

A cabeça de Luke vira para Percy, que está lhe dando um olhar perturbado. É então que ele percebe que estava segurando seu copo de plástico com tanta força que ele tinha esmagado nas laterais.

Luke engole em seco, piscando algumas vezes para tentar clarear a mente, mas a imagem de você e Carter não sai da sua mente. "Uh," Ele funga, os olhos disparando entre você e Percy, "Estou bem."

Percy acena, um uh-huh sarcástico saindo de seus lábios. Seus olhos azuis seguem para você, e um sorriso irônico se insinua em seu rosto.

Claro, Percy era alheio quando se tratava de sua própria vida amorosa, mas a sua e a de Luke? Ele era basicamente um especialista.

Percy se senta no tronco ao lado de Luke, observando o garoto moreno se esforçar para manter os olhos no chão e não em você. É engraçado, honestamente, o fato de Luke achar que ele é tudo menos óbvio com seus sentimentos por você.

“Eu entendo, cara. É difícil ver a garota que você gosta flertando com outros caras.”

A princípio, o comentário de Percy não é registrado em seu cérebro e ele concorda que, sim, é difícil ver a garota que você gosta flertando com outros caras. E então ele pensa muito... a garota que você gosta...

“ O quê ? Eu não gosto dela! Quer dizer, eu gosto dela como amiga, mas, eu não gosto dela.”

Percy observa com diversão enquanto as bochechas de Luke ficam rosadas e ele tropeça nas palavras, praticamente tremendo enquanto tenta calar a acusação. O loiro suspira, balançando a cabeça com um tufão. "Oh, Luke. Doce , inocente , Luke." Ele bate a mão no ombro dele, esfregando-o de forma desagradável. "Você está completamente derrotado."

Luke zomba e tira Percy de cima dele, lançando-lhe um olhar furioso. "Certo, como se você fosse melhor. Vejo os olhos de coração que você e Annie trocam. Mas eu e S/N não somos assim! Somos apenas- apenas amigos ."

A palavra parece veneno em sua língua, praticamente queimando enquanto ele a força para fora. Era verdade, você é amigo dele! Então por que ele odiava dizer isso?

Ele pensa naquela sensação estranha que tem no estômago quando está com você, imaginando se talvez, apenas talvez , houvesse alguma verdade nas palavras de Percy.

Mas ele imediatamente descarta a ideia. Mesmo que Luke visse você como algo diferente de um amigo, você nunca sentiria o mesmo. Você viu Luke no ponto mais baixo da vida dele, logo após sua jornada. Você o viu bravo, você o viu chorar. Como você pode amar alguém tão... inamável?

Percy fica com um tom profundo de vermelho, os olhos arregalados enquanto ele imediatamente desvia. "Annabeth e eu não somos como você e S/N! Eu nem- nem gosto dela. Deuses, nojento..." Ele finge engasgar, mas Luke vê o jeito como os olhos da loira imediatamente seguem para onde Annabeth está sentada conversando com seus irmãos.

Luke solta uma risada, levantando-se e ignorando o estalo nos joelhos. Ele dá um tapinha nas costas de Percy, "Continue dizendo isso a si mesmo, Lover Boy." E rapidamente encontra o caminho até você.

É ridículo, sim. Luke sabe disso, mas ele não estava fazendo isso por ciúmes. Não, é porque ele está preocupado - como ele sempre está. Ele não consegue evitar! Você é tão ingênua e confiante, alguém tem que estar lá para garantir que você não se machuque!

Carter o vê primeiro, e Luke finge que a carranca imediata que cai em seu rosto quando ele faz isso não o deixa orgulhoso. Como se Carter soubesse que assim que você o visse, qualquer besteira que ele estivesse tentando fazer com você seria imediatamente descartada.

Luke anda logo atrás de você, colocando as duas mãos em seus ombros e esfregando-os do jeito que você gosta. "Ei, querida."

Seu pescoço estica enquanto você olha para ele, um sorriso largo e cheio de dentes nos lábios. "Luke! Onde você estava?"

Ele dá de ombros, sentando-se no tronco ao seu lado e continuando a massagem em seus ombros. Os polegares dele se movem para esfregar círculos em suas costas, nos lugares que ele sabe que você fica mais tensa, e você solta um gemido baixo de aprovação, os olhos se fechando. "'senti sua falta." Você respira.

Luke ri, observando Carter fingir não estar tão bravo quanto realmente está. “Desculpe, baby . Tive que dar aulas para algumas crianças mais novas hoje.”

Ele não perde a forma como arrepios sobem em sua pele apesar do fogo quente, ou a forma como sua espinha fica completamente rígida com o apelido. Um sorriso orgulhoso se espalha em seu rosto enquanto ele termina seu trabalho com um beijo casto em seu ombro, certificando-se de deixá-lo permanecer por mais tempo do que ele normalmente faria.

Quando ele aparece, ele finge finalmente notar Carter, colocando sua melhor cara de choque. “Oh! Carter, minha culpa, eu não vi você. Como você está?”

Carter lhe dá uma caneca maldosa, o queixo ondulando enquanto ele concorda. "Claro que não, Castellan."

Você olha para Luke com confusão, e então de volta para Carter, obviamente sendo capaz de sentir a tensão espessa entre eles. "Carter, o que há de errado?"

Carter pisca algumas vezes, antes que seu rosto relaxe e o sorriso suave e sensual retorne. "Nada, querida", ele coloca uma mão gentil em sua coxa, o polegar traçando pequenos círculos nela. "Simplesmente não consigo acreditar em como você está bonita."

Luke não perde a piscadela que Carter joga em sua direção, ou a maneira como suas bochechas coram enquanto você ri nervosamente. Era quase inacreditável a audácia que Carter tinha! Tocar em você bem na frente dele - fazer você corar e rir como uma colegial apaixonada?

Luke suspira, inclinando-se para perto e sussurrando em seu ouvido. "Vamos voltar para minha cabine, sim?" Imediatamente se vira para ele, e Luke sabe que venceu. Honestamente, Carter teve alguma chance? Foi quase cruel deixá-lo pensar que tinha.

Você engole em seco, os olhos seguindo Luke enquanto ele se levanta e oferece uma mão para você, um sorriso casual no rosto. Você se despede rapidamente de Carter sem nem mesmo olhar para ele, e pega a mão de Luke.

Você o deixa te levar embora, mas Luke olha por cima do ombro e sorri para o olhar de descrença de Carter. Ele lhe envia uma piscadela, assim como fez antes, e então se vira para você.

Você está olhando para o chão na sua frente, lábios separados enquanto olha para ele. Suas mãos permanecem conectadas durante todo o caminho de volta para a cabine dele, mas nenhuma palavra é trocada entre vocês.

Ele não fica surpreso ao encontrar a cabana vazia, em vez disso, ele se delicia com ela. A Cabana de Hermes tinha tantos moradores que momentos de solidão eram difíceis de encontrar. Então, quando eles aconteciam, ele sempre fazia questão de aproveitá-los o máximo que podia.

Ele solta sua mão assim que a porta se fecha atrás de vocês dois, se jogando na cama com um suspiro. Ele observa enquanto você envolve seus braços em volta de si mesma, mantendo uma grande distância entre vocês dois, o que ele acha estranho.

Normalmente, você sempre se junta a ele na cama, permitindo que ele brinque com seus dedos ou cabelos e tenha conversas profundas que ele sempre gosta. Mas, não, esta noite você está olhando para ele como se houvesse uma pergunta que você queira fazer, como se estivesse praticamente queimando na sua garganta e você precisasse cuspir, mas não o faz. Você deixa queimar, mordendo seu lábio inferior.

As sobrancelhas dele franzem e ele se levanta, caminhando em sua direção. Você não se move para trás, mas também não olha para ele. Não até que as mãos dele estejam em seus braços, segurando você no lugar gentilmente. Ele inclina a cabeça levemente, "Qual é o problema?"

Você respira fundo, finalmente olhando para ele através dos cílios, e então seu olhar encontra o chão novamente, como se doesse olhar para ele por mais de um segundo. Você tropeça um pouco enquanto fala, "Há algum motivo para você estar tão estranho lá atrás? Quero dizer, você nunca... nunca é realmente tão sensível quando estamos com outras pessoas."

Luke pensa de volta, lembrando-se de como ele esfregou suas costas e ombros, chamou você de baby , beijou sua pele... e ele percebe que você está certa. O máximo que ele faz em público é te dar um beijo rápido em qualquer lugar, menos nos seus lábios, antes de te deixar, e pronto.

Ele não te chama de apelidos carinhosos, não te toca. Então por que ele fez isso agora? Sua boca fica seca, mas ele se certifica de manter seu exterior frio e calmo, tirando as mãos da sua pele e dando de ombros despreocupadamente. "Uh, não, não realmente. Eu só senti sua falta."

Você bufa e aperta os braços com mais força ao redor de si mesma. Finalmente, você olha para ele, e Luke não consegue evitar a maneira como ele se deleita com isso. Seu olhar, não importa se é bravo, feliz ou triste, deixa borboletas no estômago dele que ele não consegue explicar.

"Então, é só isso? Você só me perdeu ?"

Ele concorda: "É basicamente isso."

Ele não deixa de ver a mágoa que brilha em seus olhos. Você nunca foi boa em esconder suas emoções, não importa o quanto você tentasse. É algo que ele amava- gostava em você. Algo que ele gostava.

Seus braços caem para os lados, narinas dilatando um pouco enquanto você zomba. "Sério? Não é porque você estava-estava com ciúmes que eu estava finalmente falando com alguém que poderia gostar de mim?"

Luke não conseguiu evitar a risada que escapou dele. Você realmente achou que Carter queria ficar com você por qualquer coisa além de mais uma aventura de duas semanas? "Por favor", ele suspira, "Você tinha que saber que Carter estava apenas flertando com você para fazer sexo com você!"

Você o encara com os olhos arregalados, o queixo caído enquanto lágrimas brotam em sua linha dos cílios. Ele não entende - por que você estava assim agora? Você não conseguia ver que ele estava apenas cuidando de você como ele normalmente fazia?

“E se eu quisesse isso também, hein? E se eu quisesse parar de esperar feito um idiota por alguém que nunca me verá como nada mais do que um amigo !”

Aí está essa palavra de novo, mas dessa vez é como um soco no estômago. É como um veneno amargo saindo da sua boca, como se a ira dos deuses finalmente o tivesse alcançado. Dói mais do que ele gostaria de admitir.

Ele arrisca dar um passo para mais perto de você, mas você dá um para trás, mantendo distância entre vocês. “Do que você está falando, S/N?”

A pergunta paira no ar como fumaça, enchendo seus pulmões e deixando-o incapaz de respirar. Porque no fundo, ele acha que sabe. No fundo, a resposta brilha como uma luz no meio da escuridão, implorando para ser vista. Mas ele não quer vê-la ainda, não pode se deixar ver ainda. Ele não merece.

Sua cabeça vira para o lado, braços cruzados sobre o peito mais uma vez. "Nada. Eu tenho que ir." Você murmura, começando a se afastar dele, mas em uma tentativa desesperada de fazer você ficar, ele agarra seu pulso.

Você o puxa, algo que raramente faz, e isso o deixa quase sem palavras. Ainda assim, ele persiste, "Diga-me o que há de errado."

Você congela, mas Luke não deixa de notar a maneira como sua voz vacila enquanto você sussurra: "Se você não consegue perceber, então não serei eu quem vai te contar."

Com isso, você se liberta do aperto dele, batendo a porta atrás de você e deixando-o completamente sozinho. Agora, aquela solidão em que ele se deleitava parece neve rastejando em sua pele, envolvendo-o em um frio sem fim.

Incidente Quatro: A Cabine Apollo

Luke sabe que você sabe que é ele batendo na sua janela. Nenhum dos seus irmãos, com exceção de talvez um, tem pessoas entrando furtivamente em altas horas da noite.

Ele também sabe que você não está dormindo. Não tem como - não depois do que foi dito entre vocês dois há apenas duas horas. É por isso que ele continua batendo, inventando novas combinações, em parte por tédio e em parte para te irritar o suficiente para te forçar a abrir.

E funciona, ele observa com um sorriso de merda enquanto a janela se abre e você olha para ele. " O quê ?" Você rosna, olhando para trás para ter certeza de que nenhum dos seus irmãos acordou. "O que você quer?"

Ele morde o interior da bochecha, gesticulando para você se afastar enquanto ele faz o rastejar familiar pela sua janela. Ele pousa suavemente, tão familiarizado com o ambiente que sabe onde pisar, então faz o mínimo de barulho. "Não consegui dormir sabendo que você estava bravo comigo." Ele murmura.

Você o encara sem expressão, uma mão no quadril enquanto balança a cabeça. “Não estou bravo. Você vai voltar para sua própria cabine agora?”

Ele balança a cabeça, os olhos demorando-se em seu cabelo bagunçado e rosto nu. Você nunca usou muita maquiagem, não havia um momento em que o sol a derretia imediatamente, mas vendo você assim - sem filtro e completamente real, ele não tem certeza se você já pareceu mais bonita.

“Você está brava, S/N. Eu sei que está.” Ele suspira, e você engole em seco, envolvendo os braços em volta de si mesma e olhando para o lado. “ Não , não estou.”

Ele gosta da sua teimosia. Gosta do jeito como seus lábios franzem levemente e sua pele fica arrepiada quando uma brisa entra pela janela aberta. Ele gosta de tudo sobre o jeito como você olha para ele, mesmo quando está bravo.

"Sim, você está. E você tem todos os motivos para estar. Eu estava... sendo egoísta. Eu não deveria ter arrastado você para longe de Carter porque eu estava bravo porque você estava falando com alguém de fora de mim. Não foi justo.”

Ele não deixa de notar o jeito como seus olhos brilham um pouco, mordendo seu lábio inferior em pensamento. "Luke-" Você começa, mas ele não deixa você terminar. "Você tem permissão para fazer o que quiser. E... se você quiser fazer sexo com Carter, então, você sabe, você pode fazer isso."

Você ri, balançando a cabeça e fungando: "Eu não quero fazer sexo com Carter."

Ele não consegue evitar o alívio que inunda suas veias quando você diz isso, soltando um pequeno gemido de aprovação. "Oh, graças aos deuses. Você é bom demais para aquele babaca."

Você sorri, aproximando-se dele. Luke inala enquanto seu cheiro familiar enche suas narinas, e cheira a casa. Como algo que ele sempre deveria saber.

“Sim, onde quer que seja. Você vai ficar aqui comigo esta noite?” Você pergunta, embora Luke saiba que você já sabe a resposta dele. Ainda assim, ele te diverte, assentindo em silêncio e permitindo que você o leve para sua cama.

Você se acomoda sob as cobertas, que têm seu cheiro, e ele sente seus membros se entrelaçando e sua cabeça encontrando seu peito, como uma fechadura e uma chave se moldando na forma que sempre foram feitas para ter.

Seu corpo é quente , mais quente que o dele de qualquer forma, e sua pele é tão macia. Anos lidando com medicina lhe fizeram justiça, um enorme contraste com a aspereza da dele, anos de treinamento o deixaram machucado e com cicatrizes.

Ainda assim, você traça linhas na pele do estômago dele, com a orelha encostada no peito, dando a você acesso total às batidas do coração dele.

“Luke?” Você murmura, e ele cantarola, passando uma mão pelo seu cabelo, gentilmente escovando os nós. “Sim, querida?”

Você fica em silêncio por um momento, antes de finalmente dizer suavemente: "Seremos nós para sempre, certo? Não importa o que aconteça?"

Luke fica quase chocado com a rapidez com que a palavra sim preenche seus pensamentos. Ele nunca pensou sobre o que viria depois do acampamento, depois que vocês dois partiram e suas vidas mudaram e vocês cresceram.

Você estaria lá para isso? Você gostaria de estar lá para isso? Ele espera que sua resposta seja sim.

“ Para sempre .” Ele sussurra, beijando o topo da sua cabeça e puxando você para mais perto dele, “Eu prometo.”

Você suspira feliz, fechando os olhos e caindo no sono. É então que Luke percebe o que é aquela sensação em seu estômago. Aquela que ele nunca consegue nomear, aquela que implora para sair de sua língua como ácido quente.

Porque, enquanto Luke sabia que ele próprio não era amável, com seus traumas e cicatrizes, isso significava que ele era incapaz de amar? Ele merecia sentir isso?

Ele não tem certeza, mas agora, com você deitada no peito dele como se fossem só vocês dois no mundo todo, ele acha que deixou isso acontecer acidentalmente.

Ele se apaixonou por você sem nem saber e não tem certeza se quer parar.

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