Ronnar


Velho



Quando Ronnar Kharbrook chegou ao Condutis Rullefort já era próximo do meio dia, e coincidiu de ser no exato momento em que o primeiro treino dos lutadores estava quase acabando.

O grupo que adentrava era liderado pelo próprio Abiran Rullefort, mas todos só tinham olhos para o grande e magro homem acorrentado, coberto de sangue, com o tapa-olho e um olhar cruel.

— Pelos Antigos! De onde tiraram esse aí? Ele consegue ser até maior que Karum! — Disse Erom, com certo espanto. O restante ateve-se a apenas observar com olhares estupefatos, enquanto Ronnar passava sem dar importância aos comentários, sendo conduzido diretamente para a sala de cura. Lá, Velho já o aguardava com unguentos e ataduras.

Os soldados que levaram o cativo até ali, tiraram seus grilhões e se puseram em prontidão na porta assim que ele entrou na sala.

O idoso curador, que andava lentamente, se aproximou do imenso homem para inspecionar quais ferimentos ele tinha abaixo de todo aquele sangue.

— Não há necessidade, o sangue não é meu. — Ronnar disse em tom grave olhando para o velho, que subitamente parou ao ouvir aquilo. — Apenas preciso que encharque uma dessas suas ataduras na água, e eu faço o resto sozinho.

— Preciso examiná-lo, esse é o meu trabalho, rapaz. — Protestou o idoso, com uma voz tão fraca que mais parecia uma lufada de ar.

— Apenas faça o que eu pedi, velho. — Ronnar respondeu em um tom de quem não queria ser contrariado. Havia acabado de sair de uma árdua luta e estava cansado e sem paciência.

Meio receoso, o curador fez o que o homem queria.

— Como veio parar aqui neste lugar, meu jovem? Estou vendo que não está habituado a ser um escravo.

— Não sou um escravo.

— Sim... dá pra ver... Seu espírito é livre, não há como negar... Contudo, seu corpo não é mais. Mas se não formos livres nem em nossas mentes, do que vale viver, não é?

— Você é um curador ou um poeta, velho?

— Um poeta? Eu? — O idoso liberou um riso abafado e cadenciado. — Pode-se dizer que sou sim um artista, meu jovem, mas não do tipo que você está pensando. É bem verdade que já fiz costuras e remontei pedaços que poderia chamar de obras de arte, mas hoje apenas me preocupo em fazer minha parte aqui nesta sala, para que até o pão que me é concedido não seja retirado.

Ronnar refletiu sobre aquilo.

— Não ficarei entre um pedaço de pão e seu dono... Faça seu trabalho então.

— Não queria que entendesse de forma tão literal, meu jovem. Ainda não estamos passando fome aqui, graças a Mãe Merídia, mas o fato é que você realmente não está ferido; apesar de estar mais magro que escravo depois que é punido no caminho do aço por tentar fugir. Contudo, ainda tenho que examiná-lo, o mestre Abiran exige isso. Ele diz que suas "mercadorias" têm que estar me perfeitas condições, ou ele arruma outra maneira para que elas possam de alguma forma devolver o investimento que ele fez. E para sua sorte, quem dá esse aval sou eu.

— Não quis ofendê-lo. Sei que só está fazendo seu trabalho. —Ronnar mudou o tom de sua voz. Deu-se conta de que estava sendo rude com aquele pobre homem que nada havia lhe feito. E a verdade era que ambos estavam na mesma condição de escravos; ainda que o idoso parecesse já viver assim há décadas, enquanto Ronnar tinha a promessa que sua situação não duraria mais que três dias.

— Não me ofendeu, rapaz. Na verdade acho que nada mais nessa vida seria capaz de me ofender. Além do mais, não nos é dado o privilégio de reclamarmos direitos ou mesmo demonstrarmos valores pessoais... Somos deles, e essa é a dura verdade.

Ronnar olhou para os guardas com espadas esperando lá fora e depois voltou-se para o homem encurvado e com olhos puxados à sua frente.

— Faça seu trabalho de uma vez, não quero prejudicá-lo.

Velho foi até sua mesa com toda calma do mundo e voltou com as mãos untadas com um óleo aromático.

— Levante o braço por favor.

Ronnar obedeceu.

— Diga-me, ra...

— Ronnar, meu nome é Ronnar. — o kimutita Interveio antes que o curador completasse a frase. Apesar de não ser tão velho quanto aquele idoso curador, já tinha quarenta e três primaveras e estava achando estranho ser tratado por aquela alcunha, então achou melhor revelar-lhe logo seu nome.

— Diga-me, Ronnar... Qual é sua história?

— Minha história?

— Sim, todos temos uma. O que fez para acabar aqui?

— Falhei... — Ronnar disse em tom de melancolia.

— E quem nunca falhou, Ronnar? — Dizia o idoso enquanto tocava o corpo do grande homem com as mãos oleadas a fim de encontrar algum ferimento ou fissura em seus ossos. — Mas nunca é sobre falhar... é sobre quantas vezes temos coragem para tentar. A falha é apenas um dos aspectos da tentativa... o outro é o acerto; e por mais incrível que possa parecer... às vezes ele acontece.

— Você mente, velho, é sim a porra de um maldito poeta. — Ronnar tinha um quase imperceptível traço de sorriso no rosto.

— Sou só um velho curador, Ronnar, e assim como você parece ter sido, também já fui alguém um dia. Mas ao contrário do que deduziu, não cheguei aqui como um escravo.

— Não? — Ronnar tinha um olhar curioso enquanto pensava. Alguma coisa naquele velho homem lhe lembrava Lorde August.

— Não. — Confirmou o curador. —Posso não ser um poeta de fato, mas há muito tempo fui um acadêmico; um estudante da arte das letras, dos símbolos e das línguas! Vivi do saber por boa parte da minha vida, mas o saber não me impediu de vir parar aqui.

— E como veio parar aqui? — Ronnar não entendia como mesmo em meio aquela incômoda e inusitada situação que estava vivendo, podia ter sido fisgado pela fala mansa e convidativa do velho.

— Há quarenta e três anos desci nessa ilha como Aleen Dulavré, um assíduo estudante na Academia do Alto Saber, em Lívina.

— Então é da divisa do mundo? Eu não notei sotaque.

— Qual foi a parte de: formado na Academia do Alto Saber você não ouviu? — Velho riu. — Aprendi muitos idiomas naquele lugar, e até os usei bastante antes de enfim acabar vindo parar aqui, entre eles o universal, falado na maioria dos lugares, como na própria Skalun. Mas o meu próprio idioma... — shá-la rugzan ti, tonth kripka kriwsk — Com exceção destas poucas palavras ditas agora, Já não o usava há décadas. Acho que, de tanto interagir com as centenas de pessoas de diferentes lugares e idiomas que acabaram parando aqui, meu sotaque acabou indo embora com eles. Na época fugi de Lívina e da academia por ter desonrado meu mestre das letras, o grande Aluran de Tolkergaist. Ele era um dos mestres supremos na academia, e eu, um insensato jovem beberrão que fora obrigado a estudar lá por "força maior." — Velho riu com tristeza. — Meu inexorável pai vivia me dizendo na época que eu não servia para fazer o que um homem de verdade havia nascido para fazer...

— Lutar? — Ronnar tentou completar o que Velho diria.

— Matar. — O idoso corrigiu em tom monocórdio. — Mas você pode chamar de lutar. Todos os meus oito irmãos haviam ingressado no serviço militar livinense, mas eu nunca fui muito dado a violência, daí, o destino óbvio para alguém como eu só poderia ser a academia, e isso se tivesse dinheiro e influência, como era o caso dos Dulavré. No início odiei aquele lugar, mas depois de um ano já não me via fora dali, e assim teria sido, se não tivesse aceitado aquela aposta tola... — Agora vire-se, Ronnar, preciso ver suas costas.

— Que aposta? — Ronnar perguntou enquanto se virava.

— Todos sempre querem saber sobre a maldita aposta... — Velho sorriu. — A verdade é que a culpa por meu destino foi minha... Mas a isca do mal quem jogou foi Kenett Cribary, o meu pernicioso colega de alojamento na época.

— E o que foi que ele...

— Calma, grandalhão, vou chegar nessa parte, mas primeiro vire-se novamente. — Ronnar ficou de frente e o velho homem continuou: — Eu estava no último ano dos dez estabelecidos para me formar um aprendiz das letras, que era a primeira das honrarias para quem recém se formava. Me destaquei ao longo dos anos como o melhor aluno do mestre Tolkergaist, e se me formasse com as melhores avaliações, que era o caso, seria seu assessor direto na academia, e futuramente me tornaria seu sucessor. Mas Cribary, sabendo de todas essas coisas, e querendo ele mesmo ter essa honra, me levou certa noite para beber nas tavernas baixas de Lívina. Na hora eu não havia entendido seu plano, mas depois ficou claro: ele sabia da minha fraqueza pela água rubra e o mal que ela me fazia, então usou da minha fraqueza para me destruir.

— Você foi expulso só por que bebeu?

— Não, fui expulso por que fui um tolo. Fique em pé. — Ronnar se levantou. — Cribary apostou comigo que eu não conseguiria pegar a Folha Dourada. E antes que você me pergunte, a Folha Dourada é a última folha que restou dos sagrados livros escritos pelo mestre dos mestres, e também fundador da Academia do Alto Saber: O lendário Baltazhar Von Latistan. Ele peregrinou por cinquenta e um anos pelos quatro continentes conhecidos, e quando voltou, tinha vinte quatro livros contendo todo o conhecimento do mundo. Mas antes que enfim conseguisse aportar em Lívina, uma inexplicável tempestade pegou seu navio, fazendo-o perder todo o trabalho de sua vida. Ele sobreviveu, mas desolado com a tragédia ocorrida, Baltazhar havia decidido tirar a própria vida no mar. Contudo, inesperadamente, uma única folha de um dos seus livros chegou aos seus pés na beira da praia, e somente nela continha mais conhecimento que quaisquer outros homens já tivesse tido acesso. Aquilo mudou sua atitude, e ele chegou à conclusão que, para quem não tinha nenhum conhecimento sobre coisa alguma, aquela única página já poderia mudar tudo. Foi então que ele decidiu viver e começar a reescrever toda sua obra a partir das experiências vividas. E assim ele fez. Começou quando tinha sessenta e oito anos, e terminou aos duzentos e treze.

— Duzentos e treze? — Ronnar perguntou incrédulo.

— Assim a história diz. O fato é que a página sobreviveu ao tempo. Ela foi banhada em ouro e colocada em cima de um enorme monumento em forma de livro no meio da Academia do Alto Saber. Era uma espécie de símbolo religioso para todos ali, e eu a roubei, por aceitar o plano vil de Cribary... por ser um tolo. — Repetia o auto insulto outra vez.

— Mas isso ainda não explica como veio parar aqui.

— É verdade... — Velho foi até a outra mesa onde ficavam suas ervas, unguentos, emplastros, óleos e compostos de cura. — Beba isso, abrirá seu apetite. Você precisa ganhar peso o quanto antes, ou não sobreviverá ao primeiro torneio. — Ronnar bebeu o suco vermelho, amargo e viscoso. — Depois que roubei a folha dourada, obviamente fui expulso da academia e da proteção do mestre Aluran, e assim, Kenett Cribary conseguiu me enganar e tomar meu lugar. Provavelmente hoje ele é um Grande Mestre, enquanto eu sou só um velho curador. Desolado por minha nova situação, decidi fugir de todos os olhares condenatórios e de Lívina, mas antes fui a academia e roubei muitos livros raros, secretos, e que foram escritos há centenas de anos, e transcritos outras tantas vezes até então. Minha atitude manchou a honra de minha família e a memória do grande mestre Tolkergaist. Quando cheguei aqui, algum tempo depois, trazia comigo a dor e a vergonha, e também algumas caixas de madeira cheia dos mais raros livros já escritos. Me vendo em uma difícil situação, comecei a vender alguns por quantias irrisórias, e outros apenas troquei por bebidas. Certo dia conheci Jotan Rullefort, que era um homem notável e ávido por conhecimento. Logicamente ele comprou o restante dos livros que eu tinha, e ainda recuperou muitos dos outros que eu havia vendido na ilha. Outros eu nunca mais vi. Mercadores que vinham a Skalun esporadicamente os compraram e nunca mais voltaram, mas com os que Jotan adquiriu, começou uma bela biblioteca na mansão. Depois que meu dinheiro acabou e eu não tinha mais como me manter, acabei o procurando novamente e me oferecendo como escravo para não morrer de fome, mas ao invés disso ele me ofereceu a vaga de curador, ofício esse que eu jamais havia desempenhado. Contudo, entre os livros que vendi ao auspicioso homem, havia um contendo tudo o que alguém com um mínimo de conhecimento precisaria para aprender o ofício. E aqui estou eu desde então.

— Esse Jotan parece que foi um bom homem.

— Nenhum homem que impõe sua vontade, condição ou querer sobre outro homem que não pode se defender é um bom ser humano, mas não posso dizer que Jotan Rullefort foi o pior que encontrei. Enfim... — Velho afastou-se um pouco de Ronnar. — Como imaginava, além de uma grave desnutrição e uma cicatrização recente de pústulas superficiais na pele e nesse olho vazado, não há qualquer problema físico com você, mas ainda assim recomendarei ao mestre Rullefort que o deixe descansando hoje, pois amanhã você começará a entender que sua vida não mais lhe pertence.

— Enquanto eu puder tirá-la, ela ainda será minha.

— Sim, é verdade, mas também é verdade que se essa possibilidade passa por sua cabeça, sua vida já não lhe importa muito, e por fim, talvez já não seja mais uma vida que realmente valha a pena viver. Então estamos em um dilema aqui, Ronnar. Um dilema bem parecido com o que vi há alguns anos nesta mesma sala, com alguém quase tão grande quanto você.

— Que dilema? Com quem? — Ronnar já não sabia por que estava tendo aquela longa conversa com aquele idoso homem que falava sem parar. Chegou ali somente por que fora obrigado, e ainda sem possuir qualquer ferimento para ser cuidado, mas agora não conseguia parar de tentar entender aquele fascinante homem vindo de uma terra tão distante que ele só ouvira falar.

— Quando os homens chegam a minha sala, tento tratá-los da forma como eu gostaria que tivessem me tratado quando aqui cheguei: como um ser humano. Nem sempre consigo fazer isso, alguns são como animais indomáveis em busca de sangue, mas uns poucos acabam me ouvindo e durando mais. A grande verdade é que esta é uma vida de merda, mas mesmo uma vida de merda precisa ter um propósito, e às vezes os propósitos variam, desde se tornarem conhecidos nas arenas a se tornarem livres, ou apenas sobreviverem o máximo de tempo que conseguirem. Mas me parece que seu caso é bem similar ao dele...

— De quem está falando afinal?

— Se fosse um pouco mais escuro até poderia dizer que eram irmãos, mas não há como negar que têm o mesmo gênio. — O idoso tinha uma expressão carrancuda no rosto naquele momento.

— Está falando do tal Morte? —Ronnar perguntou querendo ouvir um sim.

— Sim, esse é o nome dele agora. Mas eu sei seu verdadeiro nome, o nome que ele me disse no dia que chegou.

Instantaneamente Ronnar arregalou o único olho que tinha e encarou Velho, mas não disse nada, apenas esperou que o idoso tagarela continuasse.

— Ele não queria mais usar o nome. Disse que era um nome de honra e orgulho e que não merecia mais ostentá-lo, então sugeri que usasse Karum, o nome do meu quinto irmão a nascer. — Velho sorriu ao lembrar de seu irmão. — A personalidade dos dois é tão parecida que foi impossível não sugerir. — Ele aceitou, e vem usando desde então, apesar de ficar mais conhecido como a Morte. Mas apesar da minha idade, se tem algo que me orgulho é de minha ótima memória... O nome do treinador dos lutadores, a quem eu batizei como Karum, mas ficou conhecido como a Morte, é Malakar. — De repente o idoso encarou Ronnar com desconfiança. — Mas pelo seu olhar espantado, algo me diz que você já sabia disso.

As palavras acertaram Ronnar como um forte golpe de machado. Que sorte tão grande se deparar com aquele velho falante. Afinal, tudo era verdade então. Seu velho amigo de longa data e que ele acreditava que estivesse morto há anos, estava vivo.

Porém, ele sabia que não poderia deixar transparecer qualquer tipo de emoção em relação àquilo, então tentou se recompor.

— E onde encontro esse tal Karum?

— Nesse momento ele deve estar na sala de banhos. Ultimamente aquele lugar tem sido seu local favorito. Ele diz que a umidade do lugar o ajuda a curar as feridas, mas isso é uma grande mentira, acho que é só um pretexto para ele ficar sozinho com o garoto gentil.

— Fala de quem?

— O garoto Beymutita que Vilgort deseja encontrar sozinho numa noite dessas, mas ele sabiamente não sai do lado de Karum, e acho que faz bem. Vilgort não é mesmo flor que se cheire.

Ronnar entregou as ataduras ensanguentadas ao homem.

— Se eu for lá nessa sala de banhos agora, alguém me impedirá?

— Você ganhou na arena?

— Só eu fiquei de pé no final.

Velho fungou e fez uma expressão cansada.

— Se tiver a motivação certa, acho que fará sucesso em Skalun, Ronnar... Os campeões costumam ter vantagens por aqui, ainda assim não creio que tomar um banho agora será possível. — Velho fez um gesto com os olhos apontando a saída.

Quando Ronnar olhou, viu Abiran Rullefort chegar com mais alguns guardas.

— Como está meu novo campeão, Velho?

— Está muito bem, mestre Rullefort, mas recomendo que o deixe descansar pelo menos hoje, para que amanhã ele esteja totalmente restaurado e dê o melhor de si.

Ronnar torceu os lábios e olhou de relance para o idoso. Queria poder ir à sala de banhos naquele mesmo momento para poder comprovar com seus próprios olhos tudo o que havia ouvido, mas apesar de estar contrariado com a atitude do curador, lhe pareceu que ele tinha boas intenções.

— Tudo bem, Velho. — Disse Abiran aproximando-se de Ronnar. — Aquele idiota que acha que é o rei dos corvos fez um péssimo negócio: me vendeu uma ótima mercadoria por uma ninharia! Azar o dele! Enfim... Seguirei sua recomendação, mas pela manhã ele começará os treinamentos. Não podemos perder tempo. Com Karum ainda impossibilitado de comandar os treinos, sinto que os homens estão ficando relapsos, por isso quero lhes dar um novo desafio, e ele será o Gigante Caolho!

Ronnar odiou o apelido, mas só restava engolir as palavras.

— Levem-no a uma cela e o deixem descansar. — Ordenou Abiran, enquanto Ronnar mantinha-se em silêncio.

Os guardas com coletes de ferro e espadas curtas nas cinturas obedeceram.

Enquanto Ronnar atravessava as areias do Condutis Rullefort, observava as dezenas de homens trocando golpes embaixo do escaldante sol skalunita, e tudo o que ele queria era poder ver entre eles seu amigo Malakar Jones, mas pelo visto, teria que esperar até o próximo dia para comprovar se a história era verdade ou não. Contudo, ele também sabia que não poderia passar do próximo, pois os três dias que tinha para tentar conseguir o que esperavam dele, passariam muito rápido.



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