Capítulo 17 Noiva

De todas as coisas que me aconteceram naquele dia, ouvir da boca de Ian que era irmão de Bruna foi o que mais me impactou, eu perdi completamente a linha de raciocínio, e a postura rígida dele diante de mim, me dizia que aquilo não foi uma brincadeira de mau gosto, é claro que não seria, isso não era de seu feitio.

— Você está falando sério?

— Sim, Bruna é filha do meu pai.

Ian caminhou até a janela, usou os dedos para abrir uma fresta na persiana e observou em silêncio o movimento do lado de fora.

— Como soube?

— Foi antes de você chegar, ela começou a demonstrar interesse e isso chegou aos ouvidos de meu pai.

— Foi ele quem te contou?

— Eu não deveria estar falando sobre isso contigo — Ian se encostou na parede cruzando os braços com um olhar perdido.

— Você não vai me soltar essa bomba e dizer que não pode falar sobre!

— Você complica, hein, cigana?

— Se não podia falar, não deveria ter começado, não acha? Poxa Ian, não confia em mim?

— Tá, Natacha, foi meu pai quem me contou quando soube do interesse dela por mim, ele disse que eu não poderia em hipótese alguma me aproximar dela como homem. Eu achei estranha sua atitude, ele nunca se importou com quem eu me envolvia fora do acampamento, mas aí depois de questioná-lo eu soube que teve um caso com a mãe dela no passado.

— A Bruna sempre quis saber quem era o pai, mas a mãe nunca revelou a ninguém quem era — afirmei.

— A mãe dela era nova, tinha dezenove anos quando engravidou. Ela já vinha demonstrando interesse e um dia quando vinha da cidade em uma tarde chuvosa, ele deu carona a ela. Na ocasião chovia muito e tiveram que encostar, e ali ficaram por um tempo até que rolou.

— Caramba, e sua mãe sabe?

— Sabe, meu pai se arrependeu e acabou contando a ela, eles quase se separaram por conta disso, mas depois ela acabou perdoando.

— E por que nunca contaram a Bruna?

— Ele queria assumir a paternidade, mas a mãe dela não quis, disse que nunca contaria quem é o pai. Meu pai sempre a ajudou com as despesas da menina, ainda ajuda, mas respeitou o pedido da mãe.

— Ian, isso é muito sério, ela tem o direito de saber.

— É a vontade da mãe Natacha. Para ter o direito de ver a filha crescer, meu pai deu sua palavra a Renata que nunca contaria, e você sabe como a palavra de um cigano tem peso. Ela disse que se um dia decidisse revelar à filha o nome do pai, avisaria, mas toda vez que ele toca no assunto ela foge.

— Sua irmã te ama como um homem, está sofrendo e vai sofrer cada vez mais, não é justo!

— Não, Natacha, mas esse é um assunto que cabe a ele resolver com a mãe dela, eu não posso me envolver, também dei minha palavra de que não contaria.

— O sonho da Bruna era ser cigana, e ela é. Estão privando a garota de conviver com o pai, os irmãos, estão tirando uma parte da vida que ela tem direito de viver, isso é desumano!

— Com licença — disse a secretária que não estava por ali quando cheguei. — Tem um rapaz querendo falar contigo, Caio, o nome dele.

— Eu estava aguardando, deixe-o entrar.

Eu olhei para Ian e percebi que suas feições mudaram imediatamente.

— É o investigador? — perguntei ao me lembrar daquele nome.

— É, sim, mas para todos os efeitos é apenas um amigo — nem precisou explicar para que eu entendesse que o assunto era sigiloso.

— Eu vou...

— Tudo bem, pode ficar — disse ele com um aceno, quando me levantei a fim de sair do escritório.

— Bom dia.

Ao olhar para a porta avistei um jovem mais ou menos da idade do Ian, tão lindo que parecia uma pintura. Ele tinha pele clara, cabelos dourados, bagunçados, barba desenhada e olhos de um tom tão azul que parecia uma pedra preciosa.

— Tudo bem? — perguntou Ian apertando sua mão.

Ele era quase tão alto quanto Ian, seus músculos se destacavam em sua camiseta baby look preta, assim como sua calça, aliás, ele ficava muito bem de preto, diga-se de passagem.

— Essa é a Natacha, minha... a irmã do Alejandro. Ela é de confiança.

O jovem sorriu vindo em minha direção.

— Muito prazer, Caio.

Ele apertou firme minha mão, fiquei desconcertada com aqueles olhos lindos me encarando tão de perto. Em seguida se sentou na cadeira na frente da mesa do Ian.

— Logo que falei contigo de manhã, minha mãe teve outra crise. Esses trotes são cruéis — disse Ian para o jovem.

— Eu disse ao teu pai para me avisar quando alguém vier com alguma informação.

— São sete anos, Caio, você acha que existe alguma esperança?

— Meu pai está investigando uma facção que atua não só aqui no Brasil como em outros países. Não tem nada que ligue o sumiço da Pérola a eles, mas partindo do princípio que existe a suspeita de praticarem tráfico humano não podemos descartar.

— Não suporto mais ver o sofrimento da minha mãe, cara.

— Eu disse a ela que ia encontrar a Pérola e vou fazer isso. Nem que seja a última coisa que faço na vida.

— Se ela tivesse ao menos um corpo para enterrar, uma sepultura para levar flores, mas não tem nada — Ian falou com lágrimas nos olhos. — É triste viver nessa angústia de não saber se Pérola está viva ou morta, esse sofrimento não tem fim.

— Não entrega os pontos, Ian, eu sinto que estamos perto. Não posso entrar em detalhes, mas as investigações avançaram e tenho sérios motivos para acreditar que em breve terei notícias.

— E qual o próximo passo?

— Vou estar por aqui nos próximos dias, para todos os efeitos sou estudante de jornalismo e estou fazendo uma matéria sobre a cultura cigana e seus desafios. Quero conversar com pessoas da fazenda, da comunidade e das propriedades vizinhas, se minha linha de raciocínio estiver certa, acredito que terei algumas respostas importantes.

— Não quero criar esperanças, preciso estar em pé se minha mãe cair — os olhos de Ian transmitiam tamanha aflição que senti vontade de abraçá-lo, pena que não podia.

— Eu entrei no caso a pouco tempo, mas tive acesso a uma boa parte dos arquivos e estou me dedicando a encontrar novas pistas, pontas soltas, sei que estou no caminho certo.

— Você é minha última esperança — confessou Ian.

— A verdade há de aparecer — Caio estreitou os olhos com um semblante misterioso.

— E como você está? — perguntou Ian. Pelo visto realmente se tornaram amigos.

— Eu enfiei a cara no trabalho para não ter que pensar nos meus problemas.

— E o Eduardo?

— Meu irmão está tentando se livrar de uma ex-namorada abusiva. Ele até tentou se envolver com uma garota, mas a outra não dá um minuto de paz, agora apareceu grávida, sei não se esse filho é dele, está um rolo danado.

— Bem, se ela está grávida, terão um laço pelo resto da vida. Mas e você, andou sumido, o que anda aprontando?

— Eu fiz muita merda, cara, estou mergulhado em um abismo que só me faz mal. Me apaixonei pela mesma garota que meu irmão, e por mais que tente ficar longe dela, sempre acabo tendo que me aproximar, isso acaba comigo.

— Vixe, cara, afasta enquanto é tempo.

— Eu tento, mas sabe quando a gente ama uma pessoa de um modo tão intenso que faria qualquer coisa por ela?

Ian me olhou de soslaio, então virou novamente sua atenção para o rapaz a sua frente. Eu folheava uma revista tentando disfarçar a curiosidade sobre a conversa.

— Eu sei sim.

— Eu amo tanto aquela menina, cara, mas sei que não posso tê-la, estou afastado do serviço, acabei de pedir transferência para outro estado, estão analisando.

— Será a melhor opção, algo assim pode causar um rompimento na família.

— A minha família já está quebrada, eu não preciso ser o motivo de mais uma crise, vou embora assim que tiver liberação, já decidi viver minha vida longe de São Paulo, eu preciso tomar um rumo.

Sentada naquele sofá eu refletia sobre como o amor às vezes é injusto. Em menos de um mês eu vi várias pessoas sofrendo por amar quem não devia e isso nem era só entre meu povo, uma realidade desanimadora.

— Com licença, a dona Virgínea pediu para avisar que é para o Caio ficar para o almoço, e já estão aguardando — disse a secretária adentrando a sala novamente.

Ela era uma moça alta de cabelos vermelhos e olhos claros, muito bonita, o que me causou um sentimento estranho por estar ali todos os dias com ele. Eu precisava urgentemente de terapia.

— Tudo bem, Carla, pode ir almoçar, e por favor avise que já estamos indo — disse Ian para a moça simpática, que lhe lançou um sorriso que me deixou de cenho franzido. Sim, eu precisava de terapia.

***

O almoço foi servido no refeitório da fazenda por ter mais espaço. O clima ao menos para mim era tenso, Brenda sentada ao lado de Samuel e sua mãe me encarava com desdém. Cristian se sentou entre Alejandro e Caio e eu fiquei entre Ariane e Karen. Bruna realmente foi embora, o que me deixou triste e aliviada ao mesmo tempo, pois agora precisava digerir aquela informação que gritava em minha consciência. 

Alex e os amigos de Samuel também estavam ali, mas ficaram na outra ponta da mesa comprida que acomodava a todos. Ivan e Karen nem se falaram, mas notei que sumiram enquanto ainda estávamos na mesa, e Soraia que serviu o almoço se juntou a nós para fazer sua refeição, assim como a outra cozinheira. No fim o almoço foi tranquilo, e até um pouco descontraído, pois os demais funcionários se juntaram a nós e como a maioria se conhecia há muito tempo, rendeu muito assunto sobre os tempos passados, como quando ainda podiam brincar o rio juntos.

Pelo que soube, dona Virgínea deu um sermão no inconveniente do Alex, que pediu desculpas ao meu irmão e sua noiva. Agora o clima entre eles era neutro, ao contrário de como estava entre mim e Samuel, já que ele me encarava com o cenho franzido. Não precisei de muito para entender que soube que estive todo aquele tempo no escritório com Ian, e a certeza veio quando me interceptou no corredor quando voltava do banheiro.

— Eu quero falar contigo.

— Samuca, não podemos...

Já era tarde, fui puxada para dentro de seu quarto.

— Só quero conversar — disse ele fechando a porta.

Olhei à minha volta, o quarto dele era quase maior do que o meu quarto somado ao dos meus irmãos. No centro do cômodo havia uma cama de casal grande o suficiente para eu achar exagerada para uma pessoa solteira, do lado, duas mesas de cabeceira em madeira escura que reconheci ser imbuia, pois meu pai mandou fazer minha cama com a mesma madeira, a diferença é que era de solteiro. Armários e prateleiras eram todos do mesmo jogo, como tudo naquela casa era feito de forma combinada. 

Ele tinha uma coleção de cavalos em miniatura que ocupava uma prateleira que ficava na parede da escrivaninha, ao lado da estante de livros, nem sabia que curtia romances e ali avistei vários livros de autores famosos, pelo visto eu não conhecia tão bem quanto pensei.

— Se meu irmão me ver aqui, estou perdida.

— Eu queria me desculpar pela atitude idiota do Alex. Não vai se repetir.

— Não mesmo porque não pretendo voltar aqui quando estiver com seus amigos — falei ainda parada no mesmo lugar.

— Não fica chateada comigo, Nat, eu não tive culpa.

— Estive pensando e acho melhor pararmos com... não sei o que temos, e...

— Parar? Não Natacha, você não pode desistir de nós.

— Estive pensando, Samuel, o preço para ficarmos juntos é alto demais, melhor parar enquanto é tempo.

— Você não me ama? — ele me olhou com um semblante tristonho.

— Eu... — deixei os ombros caírem ao mesmo tempo que soltava um suspiro profundo —, eu não sei.

— Como não sabe?

— Eu não sei, nunca passei por isso, não sei identificar. A Soraia disse que o beijo tem outro gosto, mas eu só beijei você, disse que o coração dispara, mas como meu coração não vai disparar se todo encontro é isso?

— Isso o quê?

— Essa coisa de fazer o errado, eu tenho medo de onde isso vai me levar.

— Você me deixou te tocar — ele segurou meu rosto com as mãos e encontrou sua testa na minha —, acha que perder a pureza é só quando se pratica o ato completo?

— Eu não sei — respondi aflita. — Eu não passo mais na prova do lençol, não é?

— Somos um do outro agora, Natacha, vai mentir para sua família?

A resposta dele só me fez ter certeza de que não passaria.

— Está confundindo minha cabeça — falei apertando suas mãos, que ainda estavam em meu rosto.

— Pense, Nat, se ficar comigo o Ian pode ficar com outra garota, a Bruna gosta dele, a Bárbara, e tem as ciganas, ele não precisa correr o risco de ser banido por sua causa.

— O Ian, banido?

— O que acha que vai acontecer se souberem que ele sabia de tudo e te acobertou?

— Você contaria?

— Eu não, mas já estão comentando sobre nós, alguém pode contar. Seria um tiro no pé.

— Está falando isso porque quer que eu desista de seguir meu compromisso com ele, mas talvez nem isso eu faça.

— Não, Nat, estou falando isso porque te amo. Foi por isso que te trouxe aqui, eu pedi à minha mãe que te convidasse porque precisava te ver.

Um calafrio percorreu meu corpo ao ouvir pela primeira vez de um rapaz, que não era meu irmão, aquela frase.

— Você me ama?

— Muito — ele me abraçou. — Eu contei sobre nós ao Alex, ele disse que pode me ajudar sua família aluga quitinetes para estudantes.

— Você vai me levar daqui?

— Se for preciso, sim.

— Quando?

— Meu pai tem a outra fazenda, mas essa aqui o vô decidiu passar para meu nome e o nome do Cristian. É grande o suficiente para formar duas fazendas, quando o documento sair eu posso desmembrar e ficar com a minha, vendo minha parte da empresa e coloco gado de corte, dá para nós dois vivermos com tranquilidade sem ter que ficar por aí sem rumo.

— E quando esse documento vai sair?

— O vô precisa melhorar para poder ir até lá dar entrada, ele faz questão de fazer tudo pessoalmente, coisa de gente idosa que gosta das coisas do seu jeito.

— E se isso demorar, eu faço o quê?

— Se demorar eu te levo para a quitinete e ganhamos tempo.

— Não sei, Samuel, parece muito arriscado.

— Eu te amo, Nat, quero passar a vida contigo, mas para isso tenho que ter uma estrutura para te dar a vida que merece.

— Eu não sei.

— Não desista de mim, Nat, eu vou me esforçar, juro — disse ele me apertando em seus braços antes de me beijar.

Eu tentava, juro que tentava resistir aos seus encantos, mas o beijo de Samuel me levava para outra dimensão e a forma provocante como me apertava era um condutor de eletricidade que me deixava muito acesa. Ele era o meu príncipe encantado, o homem que me fazia suspirar e sonhar acordada.

— Eu te amo Nat, e te provo isso.

Samuel caminhou até seu roupeiro e abriu uma porta pegando um caixinha que eu sabia muito bem do que era.

— Casa comigo?

— Isso... isso é sério? — falei emocionada ao ver aquele anel dourado com uma pedra branca reluzente.

— Muito sério, seja minha noiva, eu preciso de você em minha vida.

— Samuca, eu nem sei o que dizer — sorri com lágrimas nos olhos antes de lhe abraçar.

Ele me beijou agora com mais intensidade, me girou no ar e depois devolveu ao chão colocando aquele anel de noivado em meu dedo.

— É lindo, mas não posso aceitar.

— Por quê?

— É uma joia, não posso chegar em casa com ela — falei olhando para o anel que brilhava em meu dedo.

— Diz que ganhou lá no sul, ou que achou, sei lá. O importante é nós dois sabermos o significado.

— Minha mãe conhece cada objeto meu, Samuel, acha que não vai perceber se apareço com uma joia dessas?

— Diga que foi minha mãe que lhe deu.

— Não vou mentir sobre algo assim tão sério — falei relutante.

— Por favor, Nat, então guarde e só use quando estiver comigo. Eu olho para o anel em seu dedo e ganho forças para lutar por nós dois.

— Está bem, eu vou guardar — concordei. — Agora tenho que ir.

— Nem consegui te curtir direito — protestou me abraçando apertado.

— Logo estaremos juntos, essa cama é grande demais para você dormir sozinho.

— Poderia vir dormir comigo um dia desses — sugeriu, eu ia amar ter uma lembrança sua.

— Sabe que não posso Samuca.

— É minha noiva agora, em breve minha esposa, então não tenho pressa.

"Você não tem pressa, e eu não tenho tempo", pensei.

— O Ian vai levar as meninas, alguém viu a Nat?

A voz da patroa ecoou pelo corredor, me fazendo estremecer.

— Cadê o Samuca? — Brenda perguntou.

— E agora? — perguntei aflita.

— Saia pela janela, se for pelo corredor vão te ver.

— Mas é alto aqui.

Não bastava estar sozinha com ele em seu quarto, tinha que ser no segundo andar, é só comigo que essas coisas acontecem.

— Tem a treliça você pode descer por ela, eu distraio minha mãe.

— O meu gesso, ele...

— Você consegue, Nat.

— Que os anjos me protejam — falei subindo na janela.

— Não esquece que eu te amo, minha noiva — ele me deu um último beijo, então iniciei minha fuga.

Fui descendo com dificuldade, os galhos da trepadeira arranharam meu braço, enroscavam no meu cabelo, na saia que por pouco não fica para trás, eu nunca pensei passar por uma situação tão humilhante. E como se não bastasse, me atrapalhei com o gesso e despenquei em queda livre caindo sobre o gramado, por sorte não me machuquei.

— Quase — suspirei aliviada me levantando e tirando as folhas da minha roupa, mas o alívio se foi quando ao me virar me deparei com Ian e Caio me observando.

— Se machucou? — Caio perguntou.

— Eu? Ah, não foi só uma vertigem.

— O braço — ele apontou para o sangue que escorria ali, era um pequeno arranhão que agora ardia bastante.

— Eu fiquei trancada e...

— Lave com água e sabão para não infeccionar — Ian falou ríspido, olhando em meu dedo que tinha uma joia reluzente.

— Ah, tudo bem, eu vou... la-var — murmurei atrapalhada escondendo a mão atrás do corpo, retirando o anel.

— Tem certeza de que está tudo bem? — Caio insistiu. — É que, foi uma queda e tanto.

— Eu... — olhei para a janela no alto, então desviei o olhar para as árvores. — Foi só um tombo, estou bem.

Ian balançou a cabeça negativamente, depois seguiu em direção ao pátio, onde Ariane nos aguardava perto do carro.

— Pensei que não ia se despedir de mim — disse a patroa se aproximando.

— Eu não faria essa desfeita — falei com um sorriso.

— Desculpa pelo acontecido na piscina, eu... Você se arranhou?

— Foi ali no jardim, não é nada de mais.

— Cuidado para não infeccionar.

— Vou cuidar — sorri fraco.

Samuel nos olhava por uma das janelas quando entrei no banco de trás do carro. Em meu sutiã estava o anel que ele havia me dado, agora era oficial, ao menos para nós, meu príncipe encantado me amava, se declarou e ainda disse que eu era sua noiva. 

Eu estava finalmente noiva!

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