Inquilinos

" A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que um inquilino paga pelo apartamento onde mora."
Ramakrishna

    Spoleto 1923, seu dia havia começado tão calmo e simples. Hoje Annabell só queria aproveitar  a folga e sair para buscar suas plantas medicinais, mas ali estava ela, sentada na frente de um paciente fugitivo.Sua casa tinha virado o que? Um abrigo?

- Então queres me dizer que achas que sabes quem é o tal do admirador e aí fugisse para achar ele e vocês viverem felizes para sempre?- Annabell tomou um gole de chá para tentar digerir a situação.

- Exato! - Disse Breno com um sorriso.

-Estais é doido! - A garota se levantou tão rápido que Breno teve um sobre salto. - E quanto a tua doença criatura? Não pensasse nisso?

- Annabell está tudo bem aí? Quem está aí contigo? - A voz de Miguel se aproximava cada vez mais.

-É só o Breno, não se preocupe!

- Quem é?

- É só meu inquilino. Agora preste atenção, eu sei umas ervas e plantas que podem te deixar firme, mas não é a cura Breno!

-Parece bom pra mim e em troca te ajudo com os assassinatos. - Annabell olhou para o garoto de relance e viu nele uma chama de esperança, ele estendeu a mão para ela e ela agarrou.

- Fechado!

      Miguel não estava gostando nem um pouco dessa história de dois homens e uma mulher. Já tinha sido difícil conseguir ela e não ia para o carinha do hospital.
       Anabel havia ido colher suas plantas que chamava curadoras ou algo do tipo, esse é o momento perfeito para Miguel conversar com o garoto.

- Com licença meu jovem! -Disse o padre.

- Claro, Miguel né?

- Isso e você é o Breno!?

- Certamente.

Então não gosto de rodeio, vou ser franco ,eu amo aquela mulher e se por raios você estiver pensando em tomar ela de mim, eu irei ter dar um jeito em você !- Assim dito, Breno não sabia ao certo como reagir, mas sua expressão não era de surpresa.

      A porta da frente bateu e Miguel deu um pulo . Ele não esperava que Anabel voltasse tão rápido. Agora ele estava encrencado, ela olhou pela porta a cena dos dois,em suas mãos traziam na cesta cheia de plantas e tinha flores ?Para que usa isso? Miguel fingiu que nada estava acontecendo, mas os olhos da jovem se estreitaram.

- Por acaso o senhor não estava intimidando questo jovem,estava? -  Ela o olha de cima a baixo.

-Non, eu non estava...

- Não contaste a ele que eu... Gosto de homens, um em específico? - Breno ergueu a sombrancelha para Annabelle que deu de ombros.

     A  boca de Miguel se abriu e fechou várias vezes até Miguel raciocinar ele o olhou  e Annabell começou a rir.

     O  dia de folga de Pietro estava tão calmo, primeiro ele foi ver irmão que apesar de traumatizado estava se recuperando até porque ele era único que Emílio tinha. A cidade estava tão diferente, tão escura ,aquela não era Spoleto ,aquele lugar não era seu lar.
      Ele estava em sua rotina de folga, caminhava calmamente até a floricultura da dona Julieta, comprou rosas.Hoje ele queria demonstrar seu amor e não importava o que isso lhe custasse.Chegou recepção, assinou o caderno de horários,como sempre. Seguiu ao quarto de seu amado, sabe eu tinha aprendido que se amamos temos que demonstrar o amor hoje porque amanhã pode ser tarde demais.
       Quando chegou ao quarto  deu cara com uma cama vazia. "Só pode estar de brincadeira! " Ele correu até a enfermeira ali próxima .

- Cadê o jovem desse quarto?!

- Ele fugiu senhor, estamos em buscas mas está difícil! O senhor está bem parece pálido?!

        Não, Pietro não estava bem, ele não podia perder Breno, não assim e nem agora. Ele correu para fora do hospital, ele não tinha a quem pedir ajuda, mal conseguia achar a uma agulha a um palmo a sua frente imagine o homem que ele ama.
    " Calma Pietro! " Ele só pensava em uma pessoa, Annabell, aquela garota sabia de tudo e todos e ela o ajudaria por bem ou por força. Pietro estava disposto a fazer o que for necessário!

     Breno estava tentando contar a situação para Miguel que fazia caretas ao ouvir a história, mas no final acabou por aceitando  e fingindo aceitar o ele.
       Annabell por outro lado, estava sentada na cadeira velha perto da lareira com um caderninho em mãos, Miguel olhou por cima dos ombros da jovem e se intrigou.

-O que raios está fazendo?

- Nada que lhe interesse! - A jovem  fechou o caderno, mas se arrependeu. - É só  meu livro, eu catalogo as plantas e seus benefícios, como achei uma erva nova do meu comerciante, estou marcando-a para lembrar e comprar assim que acabar.

- Você é bem esperta ein?!

     Annabell ia responder mas uma batida na porta a interrompeu, ela olhou para Miguel e fez sinal para Breno subir para o quarto dela. Ajeitou o vestido de seda e foi até a porta, quando abriu se surpreendeu, Pietro estava ali com um buquê de rosas.

-Senhor Di Angelis, estou surpresa... Mas creio que não posso aceitar...

-Elas não são para você! Agora venha cá, diga-me cadê Breno!?

-Quem?

-Não se faça, eu sei que você sabe quem é! - Ele a pegou pelo pescoço, mas a jovem deu uma joelhada em seu membro. Ela a soltou subitamente.

- Olha aqui seu merdinha, podes ter o dobro do meu tamanho, mas não ache que vai conseguir algo me atacando! E queres saber eu não vou lhe ajudar passar bem! - Ela fechou a porta mas ele colocou o pé antes que ela se fechasse por completo.

- Annabell, por favor, ele é tudo que eu tenho...

- Pensasse isso antes de me atacar!

      Annabell bateu a porta e se apoiou nela, logo subiu as escadas olhou para Breno.

- Você vai ter que  se virar com isso!

-Quem era?

-Pietro Di Angelis! - Ela virou as costas e saiu.

      Já era noite , Breno achou que Annabell estava sendo seu anjo protetor.
       Ela já estava indo para cama quando Miguel bateu na porta. Ela abriu a porta e foi surpreendida com um beijo longo e profundo, logo ela se afastou e deu um tapa na cara de Miguel, mas logo o beijou de novo.
     O beijo quente feroz, fechou a porta e ele a pegou no colo sua pernas encaixadas no quadril dele. Ele tirou a camisola dela tão rápido quanto estavam na cama, ele arrancou a camisa e sua calça sumiu rapidamente. Ele a tocou e sua flor soltou seu líquido, deixando-a molhada, beijou seu pescoço. Ela soltou um leve gemido ao ouvido de Miguel que não aguentou a penetrou, estava tudo diferente da última vez. Estava quente, rápido e delicioso, ele queria ela por inteiro, então foi mais fundo e fundo, a única coisa que ele ouvia era os sons de amor dela, ela puxava os lençóis e gemia quando o ápice os atingiu Annabell arqueou a coluna e Miguel deixou-se cair sobre a moça. Ele tinha certeza de tudo que tinha feito e de tudo que faria, era por ela, no começo poderia não ser mas percebeu era tudo por ela.

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