Epílogo

     O jovem garoto atravessou a porta de casa e sorriu, cada da ele se parecia mais com sua mãe, os cabelos loiros  bagunçados depois de um dia corrido no campo. Emílio se sentou em um banco próximo a janela, seu tio passou pela porta  e bagunçou seu cabelo mais do que já estava.

- Poxa tio Breno.- Disse ele arrumando o cabelo.

- Parece até mais homem hoje, ou será que é efeito dos dezoito ?- Se questionou Breno passando a mão na barba. - Parabéns querido, sua mãe estaria orgulhosa do homem que você se tornou.

- Ela estaria , não é? Eu não me lembro muito bem dela...- Ele abaixou  a cabeça.- Cadê o tio Pietro?

- Está lá fora plantando erva doce, meu chá está acabando...- Disse Breno fazendo café.

- Você pegou as manias dela... Pode chamar ele tem uma coisa que preciso mostrar para vocês ...

    Breno estranhou, mas apenas assentiu e foi chamar o seu amado. Emílio correu até seu quarto , um comodo pequeno com poucas mobílias, abriu o armário e procurou algo lá no fundo ,algo que estava guardado a dez anos e que sempre lhe causou dúvidas. Ele voltou a cozinha onde seus tios o esperavam. Eles se entreolharam ao ver uma carta nas mãos de Emílio. Aquelas cartas nunca acabavam em uma ocasião alegre.

- Eu preciso explicar uma coisa que aconteceu a dez anos e vou precisar que se sentem.-  Disse Emílio olhando para os dois, nenhum exitou em sentar nas cadeiras atrás deles.- Quando o tio Breno achou a carta da tia Annabell, o tio Pietro me mandou para o quarto do tio Breno e eu fui. Mas quando cheguei lá tinha duas coisas em cima da cama. Uma carta..- Ele mostrou a carta.- E um bilhete que estava em meu nome.

   Emílio podia jurar que seu tio ia ter um ataque do coração pela sua reação.

-Emílio não faça esse tipo de brincadeira...- Pietro ia começar o sermão mas Breno pegou sua mão.

-Continue querido.- Disse ele se referindo a Emílio.

- Ela planejou cada paço dela no momento em que descobriu a verdade sobre Giovanni, o tempo que passei com ela , ela me ensinou a ler e escrever porque ela confiava em mim e só eu leria aquele bilhete. Annabell sabia qual seria a reação de vocês e planejou tudo. Eu não faço ideia do que está escrito nessa carta , pois ela pediu que eu esperasse completar dezoito anos para abrir e hoje é o grande dia. - Emílio entregou a carta para Breno que abriu e leu em voz alta.

" Querido Breno e família

não sei por onde começar, mas sei que se estão lendo isso é porque morri, e Breno segure as lágrimas, você sempre foi chorão . Quero aqui me redimir por não poder ter tempo com vocês, aposto que Pietro deve estar me xingando mas tudo bem, o que tenho a dizer teve que esperar dez anos para que não doesse tanto. 

Giovanni não me matou, eu escolhi morrer , o amor que tínhamos era como um câncer ele ia nos matar lentamente então eu mesma o curei. Sempre admirei o amor de vocês dois, era puro, a sociedade pode demorar a aceitar que dois homens podem sim  se amar sem preconceito ou discriminação . Espero que estejam bem e juntos por que senão falei tudo isso atoa... Tenho mais uma coisa a dizer. A família Pazzonni não tinha só aquele chalé velho em Spoleto, temos uma casa em Roma e essa casa deve estar sobre cuidados de Elisabetta nesse exato momento , eu a criei e protegi e ela sabe que aquela casa pertence a vocês e a ela ,espero que cuidem dela ela está a sua espera e Emílio ela já o ama.

Com amor agora e para sempre Annabell."

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