C A P Í T U L O 05

MANHATTAN - NOVA YORK

ESCRITÓRIO DO FBI

NAQUELA MANHÃ chuvosa de Sexta-feira, Patrick estacionou seu Honda Civic quatro portas de cor cinza, que comprou quando completou 16 anos, trabalhando como manobrista de uma empresa renomada de New York.

A vida sempre havia sido fácil para esse playboy, até os seus 14 anos, quando foi expulso de casa pelo pai, que não aceitava ter um filho homossexual. Na cabeça dele, isso colocaria o nome da família no lixo.

Patrick não se importou e saiu de casa, logo em seguida, ganhou um apartamento da sua mãe, que fica perto do Central Park. Era um apartamento com dois andares, quatro quartos, escritório, cozinha, três banheiros e área de serviço. Algum tempo depois, o local que antes lhe parecia vazio, foi preenchido quando o mesmo começou a dividir com o noivo Noah Harper, um grande chefe de cozinha. Os dois estavam juntos há mais de quatro anos.

Assim que chegou na agência, ele cumprimenta alguns conhecidos e entra no elevador. Quando as portas estão se fechando, uma jovem loira com um coque improvisado e um óculos redondos que não parava de escorregar da ponta do seu nariz, corria com algumas pastas nas mãos em direção ao elevador.

- Deixe-me ajudá-la, moça.

- Muito obrigada.

- Para qual andar a senhorita está indo?

- Sétimo. Serei ajudante do agente Morton. Espero não estar atrasada. - Diz com um sorriso nos lábios.

- Não se preocupe, você chegou até um pouco mais cedo. - Patrick não tinha o costume de ficar encarando as pessoas, mas essa garota tinha algo que lhe parecia familiar; Ela tinha um par de olhos verdes bem marcantes.

Pode ser só coincidência. Pensou.

- Desculpe perguntar, mas está tudo bem? É que você não para de me encarar e isso está me deixando assustada. - Fala a garota, alternando o olhar entre Patrick e a porta do elevador.

- Não é nada, é só... Como se chama?

- Heather... Heather Crawford. E você, como se chama?

Ele abriu a boca para responder, mas foi interrompido quando a porta do elevador se abriu e um August bastante nervoso apareceu em seu campo de visão.

- Patrick, graças aos céus! Você tem que me acompanhar agora.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou com o cenho franzido.

- O chefe quer falar com você e ele está bastante irritado.

- Okay, vamos. - Mas antes ele se vira e dá um sorriso a Heather. - Alba, por gentileza, poderia me arrumar um copo de café com leite sem açúcar para mim e um suco de maracujá bem forte para o chefe? Obrigado. - Sai antes dela responder.

Ao se aproximar da porta entreaberta, ele vê o seu chefe conversando com um dos homens da CIA.

- Chefe, o senhor me chamou? - Olha desconfiado para o outro agente.

- Chamei, só um minuto - vira-se para o agente sentado ao seu lado. - Terminamos essa conversa depois.

Patrick se afasta um pouco da porta para dar passagem, mas não tira os olhos do agente.

Assim que ele se retira, Patrick se senta na cadeira e Alba entra com as bebidas em uma bandeja. Ela entrega o café á Patrick e deixa o suco na mesa. Antes de ir embora, sussurra para o amigo: Esse está bem forte.

- Tem notícias das garotas, Patrick? Já faz uma semana e nada.

- Não, chefe, até agora nada. Devo mandar rastreá-las?

- Não, eles podem interceptar. Fique ligando até elas pegarem no celular, se até o final dessa semana não tivermos nada, a missão já era.

- Sim senhor. - Se levanta e começa a caminhar até a porta, mas é interrompido.

- E como anda a investigação sobre o caso da Laura Carter?

- Parada senhor, é um pouco difícil investigar um assassinato de 20 anos atrás, ainda mais quando não se deixa rastros.

- Se não deixou, é por que talvez não queira ser encontrado.

- Pode até ser, mas uma coisa que eu aprendi é que: não existe crime perfeito. - Diz com um sorriso presunçoso.

- Quer um conselho garoto? - Balança a cabeça positivamente. - Cuide dos preparativos do seu casamento e enterre esse caso de uma vez, muitas pessoas podem se machucar se descobrir a verdade, incluindo a Ludmila. Já pensou nela? Como ela vai ficar se descobrir a verdade.

- É por ela que eu estou indo atrás da verdade, se durante 20 anos mentiram para aquela garota, chegou a hora dela saber sobre os assassinatos de seus pais. Ah, e sobre os preparativos do casamento, não precisa se preocupar, está quase tudo pronto.

Patrick sai do escritório do chefe e vai para o seu. No meio do percurso, acaba encontrando Alba auxiliando Heather, deixa as suas coisas na mesa e vai para o laboratório.

- Agente Crawford, gostaria que me acompanhasse. Irei lhe mostrar o lugar onde passo a maior parte do tempo.

- Certo.

Chegando no andar debaixo, ele a apresenta para alguns colegas de trabalho e seguem para o laboratório, encontrando a porta aberta e consegue ouvir parte da conversa entre seus amigos de confiança, Ella e Malcolm.

- Então, você aceita jantar comigo sábado à noite? - Malcolm pergunta.

- O quê? Ah, jantar com você? É, pode ser, eu não tenho nada para fazer mesmo sábado e também pode ser legal.

- Então quer dizer que vocês irão sair e ninguém me avisa?

- Desculpa, chefinho, mas é um jantar a dois e você não é muito sociável.

- Ah, vão lá curtir, e me abandonem como sempre fazem.

- legal, chefinho. Agora falando sério: Quem é a loira ali?

- Gente, quero que conheçam a minha nova parceira, Heather Crawford. Ela irá me ajudar em um caso que estou investigando.

- O caso Carter, não é? Tem certeza que quer mesmo desenterrar o passado?

- Eu preciso e vocês sabem muito bem que a Lud é teimosa e não vai esquecer.

- Você tem razão. Se fosse com os meus pais, eu também gostaria de saber o que aconteceu. Bom, Heather, seja muito bem-vinda á equipe. Espero nos darmos super bem. Meu nome é Gabriella Volkers, eu sei, é alemão, meus pais são alemães.

- E eu sou Malcolm Miller, desarmo bombas, a Ella é investigadora, e você com certeza deve ser a hacker que faltava.

Ella era uma morena de olhos verdes e cabelos cacheados até a altura dos ombros. Trabalhava junto com o Patrick fazia dois anos. Já Malcolm era o típico garoto branco de olhos azuis, que cresceu em Manhattan. O que esses três jovens tinham em comum, era a dor; cada um deles perderam seus familiares de forma trágica.

- É isso aí. É um prazer conhecer vocês.

- Galera, eu estava pensando em dar uma passada no cemitério, para investigar.

- Você não está pensando em fazer o que estou pensando está?!

- Se você está falando sobre desenterrar o caixão da Laura, sim estou.

- O chefe vai matar a gente. Você sabe.

- Não me importo.

- Pois deveria, seu pescoço que será comprometido.

- É, cara, e quando ele souber que nós o ajudamos, estaremos ferrados.

Antes que ele respondesse, seu celular vibra no bolso da sua calça, indicando que tinha recebido uma mensagem.

"Filho, seu pai não estará em casa na hora do almoço, se importa de vir almoçar comigo?"

Ele sorri com a mensagem e responde: "claro, mãe, daqui a pouco eu chego"

- Bom, o passeio até o cemitério terá que ficar para outro dia.

- Ótimo, não gosto daquele lugar. É sinistro, principalmente de noite.

- Ella, quando você morrer, irá para lá também. Sabe disso, não é?

A morena o encara e mostra o dedo do meio.

- Nem morta meu querido. Nem morta.

Patrick sorri e em seguida se despede dos amigos, convida Heather para almoçar junto com ele e sua mãe.

- Tem certeza de que eu posso ir senhor Morton? É um almoço de família, e... Se você diz.

Eles seguem o trajeto em silêncio e assim que chegam nos Hamptons. Patrick estaciona o carro e eles descem.

- Uau. - Foi a única coisa que Heather conseguiu dizer. - Você tem uma mansão nos Hamptons! Espera! Dá para comprar uma com o salário de um agente federal?

- Não, essa casa é dos meus pais e não minha.

- Mas você já morou aqui, certo?

- Claro, eu nasci aqui.

Entraram na casa e encontraram Dona Eva. Eva foi a babá do Patrick por muitos anos.

- Harriett? Aí meu Deus! Senhora Patrícia, venha ver a menina está de volta!

- O que aconteceu Eva? Porque os gritos? Minha filha... - A mulher para de falar e encara Heather.

- Mãe, calma, essa não é a Harriett, o nome dela é Heather e é minha nova colega de trabalho.

- Qual a sua idade, querida?

- Eu tenho 22 anos, senhora.

- Não precisa me chamar de senhora, me chame apenas de Patrícia.

Patrícia Morton era uma mulher de 40 anos, loira e tinha olhos azuis, era uma mulher da alta sociedade, casada com um dos grandes empresários de Nova York.

- Venham, sentem-se, o almoço já será servido.

Eles caminham para a sala, Patrick senta ao lado de Heather. Sua mãe não parava de encarar a pobre moça, que parecia confusa.

- Então, querida, me conte um pouco sobre você. Não conheço muito os colegas do meu filho, só a Ludmila.

- O que a senhora deseja saber?

- Quem são os seus pais, onde mora, esse tipo de coisa.

- Eu moro no Brooklyn com a minha mãe e o meu padrasto.

- E o seu pai?

- Eu não o conheci, minha mãe disse que ele morreu quando eu tinha um ano.

- Sinto muito. - Diz se levantando para pegar um porta-retratos na mesa. - Essa é a minha filha Harriett, ela tinha 6 anos quando desapareceu e até hoje não sabemos o que aconteceu com ela.

Todos ficam em silêncio, até que Heather se levanta e abraça Patrícia, pegando ela e Patrick de surpresa.

- Eu sinto muito pela sua perda.

- Obrigada, mas vamos comer antes que a comida esfrie.

Heather passou uma tarde agradável com Patrícia e conheceu um pouco mais de seu chefe.

Na volta para casa, Patrick fez questão de levá-la em casa e aproveitou para visitar os avós de Ludmila.

Dona Luiza estava regando as flores de seu jardim, quando o rapaz chegou.

- Boa tarde dona, Luiza. - Ela se vira e encara o jovem.

- Patrick, querido, quanto tempo que não o vejo, tem notícias da minha menina?

- Não, ainda não recebemos notícias, mas tenho certeza de que ela está bem.

- Não gostaria de entrar e comer um bolo?

- Por acaso o bolo é de baunilha? - Sorri.

- Claro.

- Então eu aceito, só preciso enviar uma mensagem.

- Estarei o esperando na cozinha.

Ele manda uma mensagem para o noivo, dizendo que vai chegar um pouco tarde e logo após entra em casa.

GAEL SE arruma para mais uma noite de trabalho. Entra em seu carro e vai para o trabalho. Ele levaria uma hora e meia para chegar até a la casa de la lujuria.
A estrada de barro sem iluminação dificultava ainda mais.

Ele procura o seu celular para ligar para a Paloma, já que durante as últimas semanas eles ficaram muito próximos. O encontra debaixo do banco, se abaixa para pegá-lo e quando volta a sua atenção para a estrada dá de cara com duas mulheres, freia bruscamente quase acertando o carro na mulher que parecia ser a mais velha.

- Nos ajude por favor, eles estão atrás de nós. - Diz desesperada a garota ruiva.

Sem pensar duas vezes, ele resolve ajudá-las.

- Entrem, irei levá-las para a minha casa!

Ele sabia o que estava fazendo não era certo, abrigar duas estranhas em sua casa, mas ele não podia deixá-las no meio do nada esperando que algo ruim acontecesse.

Perdão pela demora, mas fiquei com um bloqueio e não queria forçar tanto, esse capítulo foi o que até agora deu um pouco de trabalho para fazer.

Capítulo revisado pela ViviannRibeiro11 muito obrigada ❤️ gente ela também me ajudou na escolha do avatar do Gael👇🏽

Gael Tavares 25 anos

As Gêmeas Morton. Calma que eu falarei mais sobre elas nos próximos capítulos ou se não der, quem sabe futuramente eu jogue um spin-off né meus amores?

[2002 Palavras]

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