C A P Í T U L O 01

ÁS SETE horas e ponto, Ludmila já estava arrumada colocando o café na mesa. Enquanto o seu avô João lia o jornal recém jogado na sua porta, e sua avó Luíza cortava algumas flores no jardim.

Apesar da detetive ter herdado muito dinheiro de seu pai, ela continuava na velha casa no Brooklyn, a jovem não trocaria aquele lugar por nenhuma mansão nós Hamptons. O dinheiro nunca importou muito, para ela o que importava era a família e os amigos.

Sua avó entra e a cumprimenta com um beijo na bochecha.

- Bom dia meu raio de sol, como dormiu? - Ludmila sorri com o jeito que a sua avó a chama de raio de sol, um apelido carinhoso que o seu pai costumava a chamar, já que os fios de seu cabelo lembram muito o sol.

- Quase não dormi nada, cheguei muito tarde ontem.

- Tem trabalhado muito filha, você precisa descansar. - Sua avó diz passando seus dedos pelos cabelos lisos de Ludmila, enquanto a ajuda com as flores colocando-as em um vaso.

- Essas flores estão muito lindas.

- Estão mesmo, são para a sua mãe, amanhã faz 20 anos que sua mãe morreu.

Ludmila a abraça, e pensa se deve contar o que estás prestes a fazer.

- Vovó eu preciso contar que talvez, eu finalmente descubra quem é o assassino.

- Como assim filha?

- Bom, se tudo der certo, irei ficar infiltrada na gangue que matou a minha mãe.

- Mas filha, isso é muito perigoso. Você não sabe o que te espera lá.

- Eu sei vó, mas se eu não for. Nunca saberei o que aconteceu com eles.

- Filha, infelizmente seus pais morreram.

- Então, por que nunca encontraram o corpo do meu pai? A senhora não acha estranho isso?

- O que você quer dizer? Que talvez o seu pai esteja vivo?

- Mas, se ele estiver? Se ele for realmente o chefe, por qual motivo ele mandou matar a minha mãe? A esposa dele?

- Eu não sei querida, são muitas perguntas que precisam de respostas.

- Exatamente! E eu quero descobrir essas respostas.

- Só toma cuidado, tudo bem?

- Pode deixar, eu vou tomar bastante cuidado.

Eles tomam o café da manhã e depois Ludmila vai para o escritório do FBI em Manhattan. Assim que estaciona o carro entra no prédio, encontra alguns colegas e vai para o elevador.

No nono andar está acontecendo uma reunião, alguns agentes da CIA estão escolhendo três agentes para se infiltrarem na gangue mexicana. Entre eles estão: Alexia e Beatrix. Patrick está tentando colocar Ludmila no jogo.

- Okay, mas ainda está faltando um agente.

- Eu tenho um nome, a agente Ludmila Carter.

- Carter? Esse nome não me é estranho.

- Não mesmo senhor, ela era filha de Laura Carter uma das grandes agentes que a agência já teve em todos esses anos.

- E onde está a moça? - Pergunta um dos agentes da CIA.

- Eu irei chama-la nesse momento.

Patrick se levanta e abre a porta, caminha até o fim do corredor e é quando ele vê Ludmila saindo do elevador.

- Até que fim, a moça chegou.

- O que aconteceu?

- Lembra da nossa conversa de ontem á noite?

- Como eu poderia esquecer... Não vai me dizer que você conseguiu convencer eles a me deixarem ir no seu lugar?

- Calma borboleta, eu não vou poder ir. Então eles precisam de um terceiro agente e eu meio que coloquei você no jogo.

- Aí meu Deus... - Diz toda animada. - Estou até com falta de ar aqui.

- Só não inventa de morrer agora, você precisa descobrir o que aconteceu de verdade com a sua mãe. Agora vamos que estão nos esperando.

Eles caminham em direção a sala de onde Patrick saiu.

- Pronta? - Ele sussurra em seu ouvido.

- Não, mas é necessário.

- Senhoras e senhores, eu os apresento Ludmila Carter a melhor agente que o FBI já teve, depois de sua mãe é claro.

- É um grande prazer conhecer a filha de Laura, eu sou Demétrio, agente da Cia. Antes de sua mãe vir para o FBI, ela trabalhou para nós. Sua mãe era uma grande mulher. - Diz Demétrio com um olhar distante.

- Obrigada senhor.

- Bom Lud, é melhor você sentar. - Patrick puxa a cadeira, para que a mesma sente.

Demétrio entrega uma pasta a cada um, com as informações necessárias sobre alguns membros da gangue.

- O trabalho que iremos te designar não será fácil. Você terá que mudar o seu visual, e irá se infiltrar na gangue mexicana El Infierno. Não sabemos o nome verdadeiro do chefe, mas ele atende como El Diablo. É um homem frio e sem escrúpulos, não tem pena de ninguém.

"Já mandamos vários agentes para lá e todos eles voltaram dentro de um saco preto, alguns até voltam com uma parte do corpo faltando, como uma forma de sinal." - Demétrio para e respira, antes de continuar.

- Ele tem um braço direito que é conhecido como Beta, ninguém nunca o viu e se viu também nunca retornou para contar. Essa gangue também é responsável pela morte de Laura Carter e do desaparecimento de seu marido, o empresário Peter Carter, eles foram atacados enquanto estavam de férias no México. O corpo da agente Carter foi encontrado no porta-malas de um carro carbonizado, confesso que foi difícil fazer o reconhecimento.

Todos olham os papéis que receberam antes da reunião.

- Ele também tem um irmão, que o ajuda no tráfico, uma mulher que ajuda nas casas de prostituições e boates, ele ainda é pai de uma garotinha de 5 anos. Só é isso que sabemos, não sabemos os seus nomes.

- E é por isso meninas, que vocês estão aqui. - Agora é a vez de Patrick falar. - Queremos que vocês entrem na mente e na vida desses criminosos, descubram tudo. Os segredos mais obscuros, nomes, cicatrizes o que for.

Ele se levanta, e faz um gesto com a cabeça para que as meninas o acompanhe. Eles vão até uma sala que é onde eles guardam armas s outras coisas essenciais.

- Sejam bem-vindas ao meu canto preferido na agência. Vocês mudarão de visual, de nome e sobrenome.

- Desculpa, mas enquanto arriscamos as nossas vidas naquela gangue, o que você faz? - Pergunta Alexia uma jovem ruiva de cabelos longos.

- Que bom que perguntou Alexia, eu irei monitorar vocês daqui.

- Tipo: você será o Jerry e nós seremos, Sam, Clover e Alex?

- Exatamente! Serei o Jerry se vocês quiserem.

- Que legal, eu amo as Três Espiãs Demais.

Ludmila observa suas amigas e começa a rir.

- Okay meninas, Alexia você será a Clover, Beatrix você será a Alex e eu serei a Sam.

- Por que você será a Sam? - Pergunta Alexia.

- Porque a Ludmila parece ser mais sensata que vocês duas. - Responde Patrick.

- Magoou viu, senhor Patrick. - Ele abraça Alexia.

- Querida, nunca foi a minha intenção. - Bate palmas chamando as suas ajudantes. - Meninas vamos começar essa transformação logo, não podemos perder tempo, essas meninas precisam estar no México até esse final de semana. Quero essas meninas prontas.


QUATRO HORAS depois e as garotas já estavam prontas, Ludmila escureceu as madeixas e cortou os longos cabelos, Alexia só cortou as pontas e retocou as raízes, Beatrix cachou os cabelos e os pintou de preto.

- Belíssimas! Então meninas vão para a casa, amanhã vocês embarcarão para a missão. O voo de vocês sairá bem cedo.

- Patrick, amanhã logo cedo não vai dar. É aniversário de morte da minha mãe e meus avós e eu iremos ao cemitério, será que pode ser ao meio-dia?

- Tudo bem Lud, atenção meninas o voo sairá amanhã ao meio-dia, agora vão para as suas casas e arrumem suas malas. Nós veremos amanhã.

Assim Ludmila fez, saiu do prédio, foi para o seu carro. Precisava conversar com a sua avó antes de ir.

Espero que corra tudo bem.

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Aqui está o Capítulo Um, espero que gostem. E me perdoem pelos erros ortográficos, assim que a história for concluída entrará em processo de revisão.

Até a semana que vem.

[1318 palavras]

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