único
Andei pela madeira um pouco velha da ponte; Adorava aquele lugar. A água azulada – mais puxada ao verde – era cercada pela grama verdinha que crescia ao redor, as pequenas flores branquinhas boiavam na água junto aos patinhos que se nadavam em paz.
Parei ao meio da ponte, tirando um pãozinho de minha bolsa. Parti em alguns pedaços e atirei o primeiro a água, a onde alguns patinhos se juntaram para ver. Atirei mais um, e outro, e mais outro, me adorando ver a cena.
Uma risada sútil foi dada quando vi um sapinho entrando no lago para se refrescar; O sol estava quente e sua pele brilhava a luz. O verde se misturava com dourado refletindo ao brilho, era encantador. Seus olhinhos piscavam lentamente a cima de uma plantinha.
— Seu rosto está a queimar.
Olhei ao lado e pude ver um garoto alto de fios grandes e escuros sorrir gentilmente enquanto se aproxima.
— Oh...o sol está mais quente do que imaginei.
Ri sem jeito, voltando a olhar os animais a baixo de nós, sentindo meu rosto enfim queimar. Senti algo gelado encostar as maçãs de meu rosto, me estremecendo ao toque repentino.
— Protetor solar.
Ele disse com um sorriso, levando meu rosto ao seu encontro. Seus dedos caminharam pela minha pele, espalhando o creme branco com delicadeza. Senti meu rosto queimar mais pela proximidade; Seria mesmo o sol?
— Você tem sardinhas. Que fofo.
A ponta de seu dedos escorregaram pelas sardinhas, parecendo se divertir ao tentar contar cada uma. O observei curioso; Sua beleza é algo que jamais tinha visto pelas redondezas.
Quando me dei conta seus dedos já não estavam mais em contato com minha pele, e o mesmo observava os patinhos contentes a baixo. Por um segundo me esqueci totalmente deles.
Parti o pão ao meio e ofereci ao mais alto, que se surpreendeu com um sorriso. Parti mais alguns pedaços e atirei ao lago, sorrindo maravilhado com aqueles pequenos seres.
Não sabia quem era aquele garoto de fios compridos, mas sabia que era deveras bonito e sua presença me passava um certo medo. Medo? Não sei ao certo a sensação exata, não há palavras em meu vocabulário que possam expressar o que estou a pensar e sentir.
O conheci a poucos minutos e já me sinto assim. Deveria ter escutado mamãe quando disse-me que nobres da cidade traziam esse efeito a pobres camponeses como nós.
— O que faz aqui? – Perguntei singelo, me pegando a olhar a pontinha que reinava logo a baixo de seu olho. Neguei com a cabeça, tentando afastar pensamentos indevidos. Não podia cair no papo de um nobre com tamanha facilidade.
— Meu pai está em busca de novas terras. Ele acha que viver nas áreas rurais pode ser mais vantajoso para mim.
— De certo modo, não está errado. – Afirmei. – Mas em questão de oportunidades, imagino que a cidade seja melhor.
Ele apenas concordou baixinho, com o olhar baixo a água. Talvez o devesse convidar a entrar? Não, não seja estupido niki! Deixará um estranho entrar em seus aposentos? Ah, tome vergonha!
— Já deu minha hora. Foi bom te conhecer....
— sunoo, kim sunoo.
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