O tempo acabou, querido...
Escrita por @dark_stormy
Hello hello, olhem só quem está de volta e trazendo mais um trauma para vocês hehehehe!! Espero que gostem desse especial de halloween assim como eu gostei de escrever!!
Depois de um longo dia de trabalho, Yoongi chegou em sua casa e sorriu abertamente quando viu seu marido, Hoseok, na cozinha, preparando algo para jantarem.
Ele deixou a sua bolsa no sofá e correu até o mais novo, o abraçando pelas costas e vendo-o rir, largando o que preparava de lado. Ele logo se virou para o mais baixo, agarrando a sua cintura com força e juntando seus lábios em um beijo.
Depois que saiu da prisão, após dez anos encarcerado, ele resolveu ajustar os rumos da sua vida e ir ao psicólogo, onde conheceu Hoseok. O Jung tinha uma aura alegre e isso encantou Yoongi; após alguns meses, enfim começaram a se relacionar. Por conta disso, Hoseok teve que deixar de ser seu psicólogo, e foi difícil para o Min se abrir para outra pessoa sobre o que havia acontecido em seu passado, mas estar com ele ao seu lado todos os dias o dava forças para continuar e tentar deixar tudo nos eixos.
Yoongi sentia que devia a sua vida ao namorado e faria de tudo para protegê-lo.
— Como foi hoje, meu doce? — o mais alto perguntou após o beijo e levou sua mão até o cabelo já grande de seu namorado, o acariciando.
— Difícil, nunca achei que trabalhar em uma biblioteca fosse tão complicado, mas eu gosto de estar lá. É bem diferente do que… eu fazia antes. Eu gosto disso.
— Isso é bom, e eu sinto muito orgulho de você, meu amor. — Deixou outro selar nos lábios de seu amado. — Tomou os seus remédios hoje?
— Então…
— Yoongi! — Com o olhar sério que Hoseok lançou, Yoongi abaixou a cabeça. — Sabe que tem que tomá-los nos horários certos! Não quero que tenha uma recaída e que precise tomar os mais fortes! Não quero que… aquilo aconteça de novo.
— Desculpe, eu vou tentar lembrar de tomar eles. Agora me dê outro beijo. — Segurou o rosto do Jung com as duas mãos e o beijou outra vez, sentindo o aperto em sua cintura ficar mais forte, o que o fez sorrir durante o beijo.
Depois de tantas coisas ruins, aquela era a rotina de Yoongi agora, e ele torcia para que nada mudasse.
[...]
Hoseok sorriu mínimo quando sentiu um beijo casto ser deixando em sua bochecha pelo namorado e, minutos depois de Yoongi ter saído de casa, ele se levantou e resolveu fazer as suas atividades matinais.
Fez suas necessidades, tomou um banho rápido e foi até a cozinha, onde começou a fazer o seu café. Após terminar a refeição, trocou de roupa e se dirigiu ao trabalho, onde passou algumas longas horas antes de retornar até sua casa.
Enquanto temperava a carne para o almoço, começou a sentir que algo estava estranho na casa.
Começou a se dirigir até a porta dos fundos na intenção de sair da residência e chamar as autoridades, carregando consigo a faca de cozinha para caso precisasse se defender, mas logo sentiu um empurrão e a faca foi tirada de suas mãos.
Tentou ver quem estava ali e arregalou os olhos ao reconhecer. Tentou se afastar, empurrando com força a outra pessoa contra um dos móveis e correu, mas sentiu uma forte dor em sua cabeça e caiu no chão, percebendo em seguida que havia sido atingido ali.
Com a pouca força que lhe restava, tentou se arrastar até a saída, mesmo sabendo que não conseguiria chegar ali, e sentiu o seu cabelo ser puxado com força.
— Querido…
[...]
Yoongi havia acordado com um mal pressentimento que o seguiu pelo resto do dia.
Mesmo querendo ir embora, sabia que não podia sair de repente, por isso, teve que trabalhar com aquela sensação ruim até seu almoço. Quando viu que já estava na hora, pegou as suas coisas e correu até sua casa, vendo então que o carro de seu namorado estava na garagem, o que o fez estranhar. Era para Hoseok ter voltado ao trabalho naquele horário.
Quando foi abrir a porta, viu que ela estava entreaberta e isso fez o seu coração se acelerar. Abriu a porta lentamente, temendo fazer algum barulho alto, e ao entrar na residência, viu um rastro de um líquido vermelho na escada. Sangue.
Ele foi na direção daquela mancha, sentindo seu corpo todo tremer, até que sentiu uma mão no seu ombro e uma voz conhecida sussurrar:
— Olá, irmãozinho. Sentiu saudades?
— Yunki… — Sentiu uma dor em sua cabeça e caiu.
Antes de tudo se tornar escuro, viu o seu gêmeo se agachar e sorrir em sua direção.
[...]
Yoongi acordou suando e percebeu, observando ao seu redor, que não estava mais em sua casa.
Os móveis estavam todos destruídos, era possível observar pegadas no chão de tanto pó que estava acumulado ali, e um cheiro estranho estava por todo o local. Não sabia dizer exatamente, mas era extremamente familiar.
— Vejo que já acordou, Gigi. — Aquela voz chamou a sua atenção e, ao olhar na direção que ela havia vindo, viu Yunki ali, usando um terno e segurando um cigarro por entre os dedos. Sua expressão estava séria e, quando o seu olhar se encontrou com o de seu gêmeo, sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Aqueles olhos felinos o encaravam como se ele fosse uma presa; aquela cicatriz reta, que ia da testa até metade da bochecha, o deixava mais intimidador. — Não vai me cumprimentar, irmãozinho?
— O que você fez? Onde está o Hoseok? — perguntou, preocupado com seu amado, e viu um sorriso mínimo surgir nos lábios do outro, que jogou o cigarro no chão e pisou em cima dele.
— Onde está o seu respeito para com os mais velhos, Yoongi? Nossos pais não nos criaram para sermos mal educados.
— Você tentou matá-los! Naquela noite, você colocou fogo na casa!
— E você foi preso no meu lugar. Conseguimos perceber assim que a polícia fez um excelente trabalho. — Se aproximou de Yoongi, que foi se afastando aos poucos. — Mas vamos logo ao que interessa, irmãozinho. Eu queria lhe propor um jogo! Nosso aniversário está chegando, queria brincar com você como quando éramos crianças! — Um sorriso surgiu em seus lábios e Yoongi sentia que aquilo não era nada bom. — Pique-esconde, que tal? Mas as regras vão ser diferentes dessa vez.
— O que você está planejando?
— Eu só quero relembrar os velhos tempos, Gigi, e se você conseguir ganhar, eu vou sumir da sua vida para sempre. — Pegou outro cigarro, o levando até a boca e o acendendo em seguida. — A nossa brincadeira vai ser a seguinte: você tem trinta minutos para encontrar o seu namoradinho e sair daqui. Depois desse tempo, eu irei atrás de vocês e, se eu os encontrar, vamos brincar mais um pouco.
— Yunki…
— A partir de agora, você tem trinta minutos. — Yunki sorriu e, ao ouvir isso, Yoongi se levantou e começou a correr pelos cômodos, não notando o sorriso maldoso que surgiu nos lábios de seu gêmeo.
[...]
Yoongi corria por todos os cômodos daquele enorme casarão, gritando por Hoseok e torcendo para que ele estivesse bem.
Também havia tentado abrir diversas portas que dariam para o lado de fora daquele lugar, mas todas estavam trancadas e ele suspeitava que Yunki havia deixado apenas uma aberta — e ela seria difícil de ser encontrada. Céus, como o odiava.
Enquanto chamava por seu amado, sentiu aquele cheiro forte de novo e resolveu descobrir o que era aquilo, mesmo sabendo que seu tempo estava acabando.
Foi assim que viu que era gasolina. Yunki colocaria fogo naquele local se não saísse logo.
Atordoado, voltou a correr e a gritar por Hoseok, até que ouviu um barulho alto em um dos cômodos mais distantes e, ao abrir a porta, viu o seu namorado ali, amordaçado e com as mãos e pernas amarradas.
Quando o Jung olhou em sua direção, seu olhar se tornou apavorado e ele começou a se mexer, querendo se livrar de suas amarras, e Yoongi se aproximou.
— Hoseok, nós vamos sair daqui, okay? Temos alguns poucos minutos, mas iremos sair — o Min dizia, enquanto desamarrou o mais novo e viu que tinha uma arma perto dele; resolveu pegá-la também.
— Yoon, v-você…
— Não podemos demorar, vamos! — Puxou o Jung pela mão e começou a correr, tentando encontrar alguma saída, mas sentiu o Jung o afastar. — Hoseok! — chamou pelo outro, enquanto o via correr pela direção oposta. — Droga!
[...]
— SOCORRO! — Hoseok gritava, enquanto tentava abrir uma das diversas portas que o fariam sair de vez daquele casarão.
Ainda sentia uma dor forte em sua cabeça e sentia que não iria demorar para desmaiar devido ao cansaço, mas precisava sair dali, precisava se livrar dele. Aquele que não era o seu amado e doce namorado.
— Parece que temos um esquilo perdido por aqui. — Aquela voz fez com que seu corpo se arrepiasse por inteiro. — O tempo acabou, querido — falou, enquanto se aproximava do Jung, que se sentia encurralado.
— Me deixe ir, p-por favor…
— Você me atrapalhou, Hoseok. Eu só queria me aproximar do meu irmão e você estava no caminho. — Apontou a faca que segurava para o Jung.
— VÁ EMBORA! — o mais alto gritou e jogou um vaso na direção do outro, o atingindo no rosto. Aproveitou a distração e correu em outra direção, mirando em outra porta. Conseguiu abri-la e a fechou em seguida, colocando os móveis que estavam ao redor na frente dela para impedir que o outro a abrisse.
Começou a olhar para todos os cantos do cômodo, querendo localizar uma saída, mas uma risada estranha ecoou do lado de fora daquele quarto e ele começou a se desesperar, correndo até um monte de móveis velhos que estavam empilhados. Viu que tinha um guarda-roupas caído no chão e se escondeu dentro, torcendo para que o outro fosse embora.
— Não adianta se esconder, meu querido, eu vou te achar. — Hoseok ouviu a porta ser aberta e levou a mão até a boca, querendo evitar fazer barulho. — Gostaria de ouvir uma história, querido? Eu e Yoongi sempre ficamos juntos e não conseguiam nos separar. Mas nossos pais me tratavam de uma forma diferente e conseguiram fazer a cabeça dele, então ele me afastou. — O Jung ouviu os passos se aproximando de onde ele estava e fechou os olhos com força, com medo do que poderia vir. — E eu voltei, mais forte, e tentei matá-los, mas meu irmãozinho foi preso e não consegui ter contato com ele. Quando tentei vê-lo solto, você me atrapalhou. — Ouviu o barulho de algo arranhando o móvel que estava e logo viu a lâmina perto de seu ombro, quando o outro perfurou a arma ali. — Mas você não vai me atrapalhar mais.
Com isso, Hoseok resolveu sair de seu esconderijo e abriu a porta do móvel com força, ouvindo o outro chiar. Havia o atingido no rosto e agora ele estava um pouco longe, com a mão no local atingido.
Saiu rapidamente do local, correndo, e ouviu o outro tentar alcançá-lo, sentindo, em seguida, uma dor em seu ombro. Ele havia o esfaqueado e, quando percebeu isso, gritou de dor enquanto o outro ria, segurando a faca suja e brincando com ela nas mãos. Ele tentou se aproximar novamente, mas com a pouca força que ainda tinha no seu braço dominante, começou a jogar alguns objetos que estavam no local, saindo correndo quando o viu distraído e alcançando uma porta, que se encontrava aberta; ela o levaria para fora daquela residência.
Sentindo as suas forças falharem, ele correu até a casa vizinha e começou a gritar por ajuda, logo vendo uma senhora sair daquela residência e se assustar. Ninguém ousava entrar naquela antiga casa novamente após a tentativa de assassinato dos Min’s, e ver aquele jovem naquele estado havia a assustado.
— Polícia! A senhora precisa chamar a polícia!
— O que aconteceu? — Se aproximou do Jung e começou a ajudá-lo.
— Meu namorado… naquela casa…. — falou, antes de desmaiar mais uma vez.
[...]
Yoongi estava desesperado. Sabia que seu tempo tinha acabado e estava com medo do que poderia acontecer com seu namorado, que havia simplesmente desaparecido.
Seu rosto ardia, havia se machucado enquanto tentava sair, e ele sentia que seu irmão estava por perto, o que o deixava nervoso. Céus, quando aquilo iria acabar? Quando enfim ficaria livre da presença de Yunki?
— Nos encontramos de novo, irmãozinho. — A voz de Yunki chamou a sua atenção e, ao olhar para a mão dele, viu que ele segurava um isqueiro. — O seu tempo acabou, e agora vamos nos divertir.
Ele jogou o isqueiro em outra parte do cômodo e as chamas começaram a crescer por ali, se espalhando pelo resto da residência, mas não chegando até onde estavam.
— Yunki, por favor, pare com isso. P-podemos ser como antes, o que acha? — perguntou, na intenção de amolecer o outro, mas o viu soltar uma risada alta.
— Nunca vamos ser como antes. Eu ganhei, assim como nas últimas vezes, e sempre irei ganhar. Você não passa de um fraco, Yoongi, devia ter me deixado no comando!
— Eu me arrependo de ter participado daquilo! — gritou e sorriu em seguida, o que causou uma estranheza em Yunki. Yoongi não parecia estar com medo. — Mas não irei me arrepender disso. — Ergueu a arma e atirou várias vezes na direção do outro, que o olhou assustado. Foi se afastando aos poucos, soltando uma risada alta em seguida e não conseguindo mais parar, enquanto as chamas continuavam a se espalhar pela casa.
A cena que os policiais e bombeiros encontraram quando chegaram ao local foi Yoongi rindo, segurando uma arma, enquanto o espelho alguns metros à sua frente se encontrava quebrado.
E aí? O que acharam? Conseguiram captar as pistas com o decorrer do capítulo ou peguei vocês de surpresa? Me contem tudo e não me escondam nada!
Meus devidos agradecimentos ao projeto Sunivers13, pela oportunidade de postar essa One, a jupteryoon por ter corrigido PaH e a Kathy_Ju pela capa belíssima!!!
Muito obrigada, meus amores!!!! Agradeço também por terem continuado até aqui!
Espero que tenham gostado e até uma próxima~
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