Capítulo 8 - Caído entre os lobos
NA PRIMEIRA SEMANA DE JUNHO, Carlos pediu para que seu motorista, Valdo, estacionasse o Mercedes dos Castellini diante de um prédio ordinário de quinze andares na esquina da Rua Piranambá e ficou à espreita sentado no banco de trás, enquanto transeuntes trafegavam aos montes na calçada movimentada ao lado. Dali, era possível ver as luzes dos refletores altos que rodeavam as quadras poliesportivas do Complexo Esportivo Sônia Ubiratan, a uma quadra de onde o carro estava parado, e um grupo de atletas de natação saía pelo portão principal da ala das piscinas olímpicas.
— Quer um café, senhor Carlos?
O motorista desviou a atenção de uma cafeteria aprazível instalada no começo daquela rua e chegou a salivar. Os olhos verdes de seu jovem patrão o encararam pelo espelho superior e a resposta veio imediata.
— Não quero droga de café nenhum.
O prédio vigiado por Carlos possuía uma fachada decadente e paredes que não viam uma mão de tinta nova há alguns anos. Do térreo ao segundo andar, apresentava um tom de bege-escuro em sua superfície, e dali até o último andar, a sujeira e a falta de manutenção mudavam a cor para um marrom cor-de-barro. O letreiro "A Gazeta", escrito em fonte serifada azul, jazia esgarçado e gasto, o que dava um aspecto de abandono àquele jornal que era um dos principais concorrentes locais dos influentes Correio d'Oeste e A Hora d'Oeste.
Considerado como um tabloide de esquerda pelos ultraconservadores leitores da direita tradicional são-franciscana, A Gazeta só havia ganhado maior notoriedade na cidade depois que havia denunciado em suas páginas os abusos cometidos contra a população por parte de Edmundo Bispo e seus aliados. Graças a duas matérias bombásticas escritas pelo jornalista tarimbado Alexsandro Batista e autorizadas pelo editor-chefe Afonso Pacheco, o canal midiático popular havia ajudado a derrubar uma das maiores organizações criminosas da história do país e não tinha feito isso sozinho.
Carlos apanhou o telefone celular dentro do bolso de seu paletó de grife e pressionou o contato da fotógrafa Renata Alves em sua lista de chamadas. De olhos fixos no alto do oitavo andar onde sabia de antemão, por meio da garota, que Alexsandro despachava, iniciou um diálogo tão logo sua voz alegre atendeu do outro lado da linha.
— Já estou esperando aqui na portaria com o motorista para o nosso jantar. Vai demorar?
Ele então ouviu um gemido, seguido de um muxoxo.
— Eu estou um pouco enrolada aqui com a edição da foto que vai estampar a capa do jornal amanhã, amor. Se puder esperar por mim mais uns vinte minutinhos, prometo que logo estarei linda e loira seguindo com você até o Piacere.
— Pelo visto, ainda estão todos trabalhando até esse horário!
O relógio no painel do Mercedes marcava oito horas da noite.
— Dia de fechamento semanal de pauta é assim mesmo. A gente quase não consegue parar de trabalhar. Está com saudades?
O tom de voz da jornalista era amoroso.
— Claro. Estava pensando em nós dois estendermos a noite até um cinema. Está passando um filme ótimo com o Will Smith, o que você acha?
— Humm... Eu acho ótimo. Desço em vinte minutinhos, gato.
Valdo tinha prestado a atenção nas expressões faciais de Carlos pelo retrovisor e como de praxe, mal percebeu qualquer tipo de emoção no rosto de seu jovem passageiro. O homem trabalhava para os Castellini há quase vinte anos e sentia no filho a mesma frieza que enxergava antes nos olhos azuis de seu velho e argucioso pai.
Alheio ao que pensava seu serviçal, Carlos fez uma nova ligação e diminuiu o tom de voz propositalmente quando o atenderam do outro lado.
— Vão trabalhar até mais tarde essa noite. Fiquem a postos.
Renata levou os vinte minutos combinados para concluir o seu trabalho de edição fotográfica e mais dez até que pudesse se arrumar para encontrar o namorado na portaria do edifício Marina da Glória. Dali, Valdo conduziu o casal até o shopping center do centro da cidade, e depois, eles seguiram sozinhos até o restaurante italiano onde costumeiramente jantavam. Aquela noite, um conjunto de cordas estava se apresentando no palco do local e vários casais enamorados provavam das iguarias sicilianas ao som de Vivaldi.
Já era onze horas da noite quando as luzes dos andares inferiores do Marina da Glória começaram a se apagar e os últimos funcionários do jornal deixaram o prédio a bordo de seus veículos. A saída do estacionamento próprio ficava ao lado direito da portaria e o acesso era feito por meio de uma cancela eletrônica.
O oitavo andar era um dos únicos em todo o edifício que ainda estava ocupado àquela hora e dentro de uma sala ao canto norte, Alexsandro dava os últimos retoques no texto que seria publicado no caderno de domingo, no próximo final de semana.
Uma caneca de café pela metade estava pousada a seu lado esquerdo sobre a escrivaninha abarrotada e o rosto redondo e mal barbeado estava banhado pela luz do monitor de seu velho iMac. Além da iluminação própria do computador, apenas uma lâmpada fluorescente vacilante do corredor se permitia enxergar alguma viv'alma dentro do prédio e o som dos dedos roliços sobre as teclas ecoava para fora de sua sala, para a redação de jornal agora vazia.
Um estrondo incomum chamou a atenção do jornalista de trinta e poucos anos para o corredor escuro do lado externo, e como um cacoete que possuía cada vez que fazia uma pausa no que estava escrevendo em um editor de textos, ele salvou o documento com um atalho do teclado.
— Olá?
Alexsandro costumava ficar trabalhando até mais tarde nos finais de semana e sabia que, além dele, apenas o zelador do prédio perambulava, às vezes, pelos corredores para se certificar que nada estava fora do lugar.
O eco de sua voz fora a única resposta que obteve de seu assento. Logo em seguida, ele ajeitou o quadril avantajado em sua poltrona, estralou os dedos das mãos e voltou a digitar.
Estava concluindo o último parágrafo de uma matéria em celebração ao cinquentenário da área de preservação ecológica da Alameda dos Cajarás e mantinha abertos sobre a mesa entulhada dois volumes grandes de enciclopédias que listavam e detalhavam boa parte das espécies de árvores e plantas que podiam ser encontradas no vasto terreno de mata protegida por grupos ambientalistas estaduais.
Um novo ruído vindo das escadas que davam para o sétimo andar fizeram, desta vez, Alexsandro estremecer em sua cadeira e quando ele se voltou para a redação do lado de fora, a lâmpada fluorescente refletiu o seu brilho fosco em duas figuras metálicas que começaram a se precipitar para o interior da sua sala.
— Mas, o que significa isso?
O jornalista teve pouco tempo para se esquivar do ataque. Foi agarrado pelo colarinho de sua camisa social e atirado contra o armário de gavetas do lado direito de sua escrivaninha. Um homem robusto trajando uma vestimenta vermelha e laranja feita de metal rígido começou a comprimi-lo contra o conjunto de gavetas às suas costas e uma voz fria e eletrônica soou em seu ouvido.
— Nós sabemos que guarda arquivos importantes dentro dessas gavetas, gorducho. Entregue tudo pra gente agora!
Aterrorizado e começando a sufocar pelo aperto firme em seu pescoço, Alexsandro sentiu o toque gelado das luvas de seu agressor em sua pele enquanto enxergava o seu próprio reflexo na viseira envidraçada que protegia o rosto por dentro do capacete.
— Q... Que arquivos...?
O jornalista foi puxado pelos braços fortes do homem no traje rubro de metal e seu corpo foi arremessado com violência por sobre a sua mesa de trabalho. Enquanto ele caía de maneira desajeitada no assoalho acarpetado, o outro invasor começava a vasculhar o interior de um armário fixado à esquerda da porta de entrada. Pastas contendo papeis diversos, revistas, livros e pilhas de artigos escritos pelo próprio Alexsandro começaram a ser removidos de dentro das repartições e a voar pela sala.
— A gente sabe que você andou de conversa com o tal Pássaro Noturno. Entrega os arquivos que foram entregues a você e ninguém mais se machuca... muito.
Os dedos metálicos voltaram a agarrar Alexsandro por sua camisa agora rasgada. A seguir, o seu rosto foi projetado contra o tampo da escrivaninha, o que produziu um estrondo. Um hematoma se formou na maçã direita do rosto rechonchudo e ele começou a suplicar:
— Eu... Eu nem o conheço... Os arquivos foram deixados sobre a minha mesa... Eu não o conheço. Por favor!
O grandalhão dentro da armadura reluzente desferiu um murro contra o rosto do jornalista e antes mesmo que o homem pudesse se recobrar, um chute se encaixou em seu tórax, lhe arrancando todo o ar dos pulmões de uma vez.
— Chega de papo, seu gordo escroto! A gente sabe que você está mentindo. Cadê a pasta de arquivos?
Alexsandro começou a sentir na boca o gosto do próprio sangue que escorria de seu nariz e enquanto tentava recuperar o fôlego, se rastejou no chão ao pé do armário que o outro homem de metal tinha terminado de vasculhar sem encontrar o que queria. Aparentando nervosismo, este então se acocorou próximo ao jornalista e a sua voz soou irreconhecivelmente modulada por dentro do capacete espelhado.
— Escuta, o meu amigo parrudo ali vai moer cada um dos ossos do seu corpo se você não entregar logo o que a gente quer e eu não vou fazer nada para impedir isso. Acabe logo com esse sofrimento e entregue a pasta de arquivos que o seu amigo fantasiado deixou com você há alguns meses.
O ar parecia não querer mais encontrar caminho até os pulmões. Falar agora parecia cada vez mais difícil. O repórter estendeu um dos braços enquanto tentava explicar:
— Nunca... o vi... pessoalmente... os arquivos...
Alexsandro apontou para a gaveta superior do armário à direita de sua mesa, e em seguida, tateou a lateral de sua calça jeans. O homem abaixado próximo dele enfiou a mão pelo seu bolso e tirou de lá um molho de chaves.
— A... dourada...
Ao ouvi-lo tossir largado no chão, o menor dos invasores de armadura se ergueu e caminhou até o armário. A chave dourada do molho abriu a fechadura e dentro da gaveta se ocultava uma pasta volumosa de arquivos que ele folheou antes de puxá-la para fora.
— Eu acho que está tudo aqui.
O grandalhão se aproximou de Alex e o ergueu do chão com a força ampliada que os servos-motores de seu traje tecnológico lhe proporcionava. Arrastando-o até a sua mesa, viu seus olhos se arregalarem, avermelhados. Sua respiração era ainda mais ofegante e um inchaço se avolumava no local do rosto onde ele havia sido atingido anteriormente.
— Você entregou as provas que teu amigo reuniu contra a Corporação, agora, a gente quer saber quem é o Pássaro Noturno. Quem se esconde por trás daquela máscara preta?
Alex sentiu o seu corpo ser sacudido ante a força incrível de seu agressor e choramingou.
— Eu já disse... eu... eu nunca o conheci... não sei quem ele é...
— Resposta errada!
O enervado soldado metálico tirou a mesa de trabalho da frente com um chute bem aplicado em sua base, e em seguida, com uma força desproporcional, arremessou o corpo de Alexsandro contra a janela atrás da sua poltrona. A cabeça do jornalista se chocou fortemente contra o vidro e o peso de seu corpo o projetou para fora no mesmo instante. Ele despencou do alto do oitavo andar.
— Ai, caralho!
O mais esguio dos agressores correu até a janela para avaliar o tamanho do estrago e quando olhou, viu o corpo do jornalista se estatelar junto ao piso da calçada lá embaixo, após uma queda de quase trinta metros.
— Que merda, Robson! O que você fez, cara?
Ao ouvir o colega, o grandalhão também se aproximou da janela esgarçada que agora fazia esvoaçar a cortina de tecido ordinário para o lado de fora. Um grito ecoando na noite anunciava que alguém na parte de baixo tinha encontrado o corpo de Alexsandro Batista.
— Eu... eu só queria dar um susto no cara... não era para ele voar pela janela!
— Você matou o cara. Não era pra gente matar ninguém!
O som de uma sirene do carro da polícia anunciou ao longe que ambos precisavam sair daquele prédio antes que fosse tarde. Régis apanhou a pasta de arquivos que havia deixado sobre a mesa, olhou ao redor para se certificar que eles não haviam deixado qualquer pista de sua presença ali e depois se precipitou de volta para a escadaria do andar, rumo à saída de emergência. Ele e seu companheiro desceram os vários lances de degraus em silêncio, mas por dentro de seus capacetes munidos de filtros extras de oxigênio, os dois estavam ofegantes.
— O Carlos vai querer matar nós dois!
A van que Régis havia deixado estacionada ao fundo do Marina da Glória estava a sua espera, e da sua traseira, eles começaram a remover os módulos desacopláveis da armadura da Brigada de Elite, traje de combate fabricado em grande escala pela Castle Industrial e que num passado recente, havia servido aos propósitos de conquista do empresário Edmundo Bispo.
— Foi mal, mano!
O rosto de Régis já podia ser visto dentro da van sem seu capacete tubular e ele encarou Robson com feição raivosa antes de jogar as botas da vestimenta de metal num canto para seguir até o banco do motorista.
— Foi mal não, cara. Foi péssimo!
Enquanto a sirene da polícia ecoava agora pela Rua Piranambá, o veículo espaçoso deslizou silenciosamente pelo beco atrás da Gazeta e desapareceu na noite com seus faróis e lanternas apagados.
No dia seguinte, próximo do horário do almoço, Carlos marcou um encontro às pressas com seus dois amigos do tempo de escola — e agora capangas — no galpão secreto onde seu pai e o seu braço-direito Marcos Eiras escondiam os projetos militares da Castle Industrial. A voz exaltada do rapaz ecoou pelos mais de cem metros quadrados daquele armazém.
— Não era para vocês matarem aquele jornalista, seus dois imbecis!
Régis estava em pé ao lado do jipe equipado com um canhão de precisão calibre .50 e sentiu o rosto ferver enquanto o loiro gesticulava enraivecido à sua frente. Robson parecia uma estátua ao centro do piso com os braços para trás e o peitoral estufado por dentro da camiseta justa que usava.
— Não era para ele voar pela janela. Eu...
— Você simplesmente arremessou uma pessoa contra o vidro de uma janela a trinta metros de altura do chão, Robson — disse Carlos, encarando o grandalhão a poucos centímetros dele, olhando-o de baixo —, o que achou que ia acontecer?
Era uma pergunta retórica, mas Robson pensou em respondê-la mesmo assim. Optou pelo silêncio.
— Pelo menos, a gente conseguiu a pasta de arquivos que você queria — Régis tateou a capa preta da pilha de plástico, papelão e papel sobre o capô do jipe, perto dele —, eu dei uma olhada depois que saímos do jornal. Parece que está tudo aí.
Carlos tinha sentido que perdera a linha por um instante e após ajeitar os cabelos que lhe caíram no rosto após seu surto nervoso, ele ajeitou a gravata slim sobre o peito e caminhou até o jipe ainda com feição raivosa.
— Espero que a incompetência de vocês não acabe trazendo algum policial bonzinho até a minha porta. Estou tendo um trabalho desgraçado para desvincular a minha imagem e da Castle do meu pai. Se um assassinato for ligado a mim logo no início da minha carreira, estarei liquidado!
O rapaz esguio segurou a pasta de arquivos e começou a folhear suas páginas. Ali, protegidos por plásticos, estavam guardados inúmeros artigos de jornais, transcrições de registros telefônicos, cópias de extratos bancários e centenas de fotografias que relacionavam uma boa parte das pessoas que haviam ajudado Edmundo Bispo a construir seu império, há bem mais de uma década.
Como era sabido agora popularmente devido a reportagem explanadora de Alexsandro Batista, uma parte do território de São Francisco d'Oeste jazia sobre um riquíssimo reservatório de petróleo e pouco antes de morrer, o magnata Bispo havia se aliado aos membros da família Mateo Santinni no intuito de varrer a área ambiental preservada da Alameda dos Cajarás, ao sul da cidade, e se beneficiar da exploração petrolífera da região. Entre os documentos que agora Carlos tinha em mãos, haviam provas claras dos planos maquiavélicos daqueles que se intitulavam donos da cidade, incluindo as que incriminavam o seu próprio pai.
— As provas sempre existiram e elas estavam em todas as partes bem aos olhos de quem quisesse enxergar. Caras como o meu pai, o Edmundo Bispo e o Paulo Menezes, no entanto, nunca precisaram se preocupar em serem pegos antes. Não havia ninguém burro o bastante para enfrentar as pessoas que mandavam verdadeiramente na cidade ou com tão pouco amor a própria vida para ousar destroná-las... até a chegada desse tal de Pássaro Noturno.
Régis e Robson se entreolharam. Tinham certo receio estampado no rosto. Carlos estava parado diante do jipe de combate e seus dedos moviam para o lado as páginas do dossiê conseguido na noite anterior.
— Como acha que esse cara conseguiu reunir esse monte de provas contra o seu pai e os amigos dele, Carlos?
O rapaz loiro não encarou o seu interlocutor. Seus olhos estavam fixos agora em uma imagem feita por um tipo de câmera infravermelha que detalhava o complexo subterrâneo secreto que a Corporação havia montado embaixo do terreno do centro esportivo da cidade e onde seus membros se reuniam mensalmente para discutir seus planos de dominação territorial. Aquilo o intrigou.
— Ele deve ter usado escutas telefônicas, vírus-espião de computador... não sei. Algum tipo de tecnologia avançada esse maldito deve ter em seu poder.
Régis correu os olhos sobre a foto infravermelha do CSU e coçou o queixo sobre a sombra de um cavanhaque que nascia na região.
— Esse cara não pode ser da cidade... ninguém que mora aqui há muito tempo ia querer peitar, de uma hora para outra, alguém poderoso como o Edmundo Bispo. O sujeito mandava e desmandava na vizinhança toda. Tinha a polícia, empresários, a imprensa e até políticos em suas mãos... ninguém de dentro ia querer enfrentar um cara como ele. O Pássaro Noturno deve ser um forasteiro qualquer.
Os olhos verdes de Carlos encararam Régis ao mesmo tempo em que ele fechou abruptamente a pasta em cima do capô do veículo à sua frente.
— A essa hora, nós saberíamos quem se esconde atrás daquela máscara preta se o nosso amigo idiota ali não tivesse defenestrado o repórter que o conhecia pela janela!
Os outros dois se voltaram para Robson que tinha agora uma expressão infeliz no rosto carrancudo.
Algum tempo depois, os três rapazes estavam se precipitando para a saída do galpão e do lado de fora, Valdo já esperava por Carlos encostado no Mercedes. Assim que passaram pela segurança do portão que os levava para a parte mais externa no terreno em torno do prédio, ele deu uma nova instrução aos amigos.
— É possível que ninguém os tenha rastreado dentro das armaduras de combate da Brigada de Elite, mas por via das dúvidas, sumam de vista por um tempo. Enviei a quantia em dinheiro combinada para as suas casas. Peguem a grana e desapareçam. Eu volto a entrar em contato assim que possível.
Os três seguiram caminhos diferentes depois daquilo, e enquanto os pneus do Mercedes levantavam poeira do chão acidentado, Carlos encarava o próprio reflexo no vidro de trás do veículo, com vários pensamentos tormentosos em sua mente.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top